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N1 - ÉTICA E JORNALISMO TÉCNICAS DE ENTREVISTAS INVESTIGATIVAS

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ÉTICA E TÉCNICAS DE ENTREVISTA 
A entrevista para a série de reportagens com o "chefe do tráfico" em uma das 
maiores comunidades paulistanas deve ser realizada em off e preservar os limites 
éticos do jornalista. 
Para que esses tais limites sejam resguardados, o entrevistador deve manter 
a postura crítica e cética perante às informações que lhe serão repassadas durante a 
entrevista. Porém, antes de se dirigir ao local, é imprescindível que o material de apoio 
seja preparado. Deve-se saber quanto tempo terá para que a entrevista seja 
concedida, organizar e verificar todos os equipamentos necessários - câmera, 
microfone, luz, por exemplo; além do preparo anterior sobre o assunto - como é a 
comunidade, o tráfico no local, facções que dominam e que brigam pelo poder, como 
a polícia age, etc. 
Partindo já para a entrevista em si, é missão do jornalista não julgar o 
entrevistado, apenas colher as informações, provas e evidências, confrontá-las com 
dados sempre que possível, de forma crítica e cética. O jornalista também deve 
procurar não se envolver emocionalmente. O entrevistador também deve se lembrar 
das questões de preservação da fonte como permissão para o uso ou a distorção de 
voz e imagem. 
Durante a gravação, é missão do jornalista ficar atento a tudo que é dito e feito. 
Lembrar dos 4 elementos: Personagem, Contexto, Conflito e Conclusão; fazer 
perguntas diretas e abertas, que levem a respostas complexas, porém, não apenas 
as palavras podem direcionar a um rumo diferente na conversa, mas também 
gesticulações e, até mesmo, silêncio. Confrontar o "chefe do tráfico" com dados 
previamente estudados também é de grande valia. E, claro, não esquecer de ouvir 
todas as partes envolvidas na questão, como comunidade e polícia.

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