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REVISAO PROCESSO CIVIL IV 1 UNIDADE - PROF MATHEUS GALDINO

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Aluna: Flávia P. Crusoé 
REVISÃO PROCESSO CIVIL IV | 1ª UNIDADE | PROFESSOR MATHEUS GALDINO 
 
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA CIVIL 
 Qual a relação entre Direito Potestativo, Direito a uma prestação e o conceito de execução? Dê exemplo. Direito 
potestativo é o direito de sujeitar outra pessoa a vontade de outra, como por exemplo, revogar uma procuração, 
ou uma sentença de divórcio, não sendo sujeito à execução, enquanto o direito a uma prestação é sujeito à 
execução, que tem como conceito, justamente, satisfazer uma prestação. 
 Dê exemplos de sentenças que exigem execução por um processo autônomo não podendo ocorrer mediante 
fase de um procedimento sincrético? Todos os títulos extrajudiciais, ou, excepcionalmente, judiciais, como a 
sentença penal condenatória transitada em julgado, a sentença arbitral, a sentença estrangeira homologada 
pelo STJ e a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequátur à carta rogatória pelo STJ. 
 Há possibilidade de execução sem intermédio do poder judiciário no Brasil? Sim, execução de cédula 
hipotecária, por exemplo. 
 Há distinções de amplitude entre a defesa do executado em uma execução de título judicial e a defesa do 
executado em uma execução por título extrajudicial? Sim, no título judicial a amplitude da defesa é menor, 
enquanto no extrajudicial, é maior. 
 O cumprimento provisório de sentença pode conceder integralmente a prestação exigida? Sim, o que é 
provisório é a sentença, enquanto o cumprimento pode ser definitivo. 
 É possível uma execução indireta, mediante apreensão de passaporte. pelo não pagamento de obrigação em 
dinheiro? Sim, é possível. 
 Qual é o mérito da tutela executiva civil? Não é certificar o direito, mas sim efetivar o direito, se relacionando 
com o pedido. 
 Há coisa julgada na execução? Dê exemplo. Há também coisa julgada na execução, por exemplo, o incidente 
de desconsideração de personalidade jurídica. 
 
2. NORMAS FUNDAMENTAIS DA EXECUÇÃO 
 Qual o principal efeito em se reconhecer o direito fundamental à tutela executiva? Fazer a ponderação entre 
direitos fundamentais. 
 O princípio da responsabilidade patrimonial sofre alguma restrição? De forma geral, não, mas, 
excepcionalmente, pode ocorrer a coerção para motivar o adimplemento recai sobre a pessoa, por exemplo, a 
prisão do devedor de alimentos, mas não sendo a forma principal de se cobrar. 
 É direito do devedor a substituição da tutela específica por indenização pelo equivalente? Sim. 
 O princípio da menor onerosidade incide quando há apenas um meio de se promover a execução? Não, apenas 
quando há mais de um meio possível para promover a execução. 
 O princípio da atipicidade dos meios executivos aplica-se a execução por quantia certa? As obrigações de pagar 
quantia, como regra, se destinam medidas típicas, excepcionalmente, de forma fundamentada, as atípicas, como 
o intenso regramento do CPC na execução por quantia certa aliada a hipótese de suspensão da execução 
constante do art. 921, III. 
 Exige-se prova da culpa do exequente em liquidação por prejuízos causados por uma execução indevida? Não 
existe prova. 
 A desistência da execução após sua impugnação pelo executado exige a concordância destes? Não, o exequente 
quem tem responsabilidade na execução, existindo exceção. 
 As regras do cumprimento de sentença se aplicam à execução de títulos extrajudiciais? E o inverso? Sim e sim. 
 
3. FORMAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 Qual o conteúdo da causa de pedir em uma execução? Demanda executiva. 
 O que é o pedido imediato e o pedido mediato em uma execução? Imediato é a tutela jurisdicional e mediato 
o bem da vida, o fazer, o não fazer e/ou o dar. 
 Em uma demanda executiva de obrigação alternativa o que é a concentração da obrigação? É o incidente de 
natureza cognitiva prévio à atividade executiva. 
 O que é necessário para que se possa cumular demandas executivas? Ser o mesmo juízo competente, o mesmo 
procedimento e as mesmas partes. 
 Quais são os documentos indispensáveis em uma execução por quantia certa? O título executivo extrajudicial 
ou mesmo judicial nos casos de cumprimento de sentença por processo autônomo, o demonstrativo do débito 
quando for o caso de execução por quantia certa, a prova da condição ou termo se for o caso e a prova do 
adimplemento da contraprestação, se for o caso. 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
 O que pode justificar a necessidade de se intimar terceiros acerca de uma execução em andamento? Quando a 
penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária. 
 É possível falar em um direito do exequente à emenda da inicial? Sim, é um direito subjetivo do autor. 
 Qual a finalidade de proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução? O objetivo 
é caracterizar fraude a execução em caso de alienação ou oneração. 
 
QUESTÕES SUBJETIVAS 
Caso hipotético: Tio Patinhas promove execução civil contra o Mickey Mouse após uma sentença penal condenatória 
não transitada em julgado. Na execução, boa parte do patrimônio do Mickey é vendida e o dinheiro é entregue ao Tio 
Patinhas. Mickey, posteriormente, consegue um reconhecimento judicial de inexistência de sua obrigação, pois 
conseguiu provar que outro rato fora o autor do crime. 
 
1. A execução do Tio Patinhas contra o Mickey foi por um processo autônomo ou como fase de um processo 
sincrético? Por Um Processo Autônomo, eis que tratando-se de sentença penal não é possível a execução civil 
no juízo penal. Nesse sentido assim dispõe o art. 515, §1º do CPC “§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor 
será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. 
2. Pelos termos do enunciado, Tio Patinhas já possuía um título executivo para sua execução? Não. Eis que pelos 
termos do enunciado a sentença penal ainda não havia transitado em julgado, o que é necessário para tal 
espécie de sentença na forma do art. 515, VI do CPC. 
3. Caso a execução tenha causado algum prejuízo ao Mickey, tio Patinhas pode ser condenado a indenizá-lo? Sim, 
na forma do inc. I do art. 520 e art. 776, ambos do CPC. 
4. Caso a resposta anterior seja positiva, para tanto será necessário provar a culpa de Tio Patinhas? Não. Trata-se 
de hipótese de responsabilidade objetiva. 
 
4. LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA 
 É preciso prova do inadimplemento para deflagrar um procedimento executivo? Em regra, não será necessário 
a apresentação de prova do inadimplemento para deflagrar um procedimento executivo, bastando somente a 
afirmação do inadimplemento, sendo a prova uma questão de mérito. Contudo, existe exceção nas condutas 
comissivas (ex: inadimplemento decorre de fazer, descumprindo obrigação de não fazer), nestes casos, além de 
afirmar, cabe a demonstração da ocorrência do inadimplemento pelo Exequente. 
 Havendo deveres recíprocos qual é a crítica que se faz a necessidade de prova pelo credor que satisfez sua 
contraprestação? A crítica ocorre no sentido que, o texto do 787 do CPC induz o leitor a confundir os efeitos de 
uma exceção substancial, com a presença de uma condição ou termo. Assim, deixam lacunoso quanto a 
necessidade de prova pelo credor para se iniciar a execução. Contudo, o que de fato é previsto no CPC é que, 
o credor, ao propor a execução, não será obrigado a apresentar prova de sua contraprestação, visando reafirmar 
a exigibilidade daquele título objeto, mas sim o Executado, quando cobrado, exercer a exceção substancial, que, 
se acolhida, a prestação deixará de ser exigível. 
 A necessidade de operações aritiméticas exige liquidação de sentença? Não, art. 786 do cpc, par. único 
 É cabível liquidação de sentença em execução de títulos extrajudiciais? Sim, mas de forma excepcional. Ex: 
conversão de obrigação de fazer ou entregar coisa distinta de dinheiro o em perdas e danos. 
 O que distingue a intimação da parte na liquidação porarbitramento e pelo procedimento comum? Por 
arbitramento as partes serão intimadas para apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, já no 
procedimento comum o juiz intimará a parte na pessoa de seu advogado para apresentar contestação. 
 Quando permanece necessário um processo de liquidação e um incidente de liquidação? O processo de 
liquidação será necessário em casos que, havendo um processo anterior, neste não há competência para a 
liquidação da sentença (arbitral, penal condenatória transitada em julgado). Já o incidente de liquidação incidirá 
nos casos em que venha ocorrer um incidente em uma execução já instaurada (ex: conversão de obrigação de 
fazer em perdas e danos) 
 O juiz pode iniciar a liquidação de ofício? Não, somente a requerimento do credor ou do devedor. Art. 509 cpc 
 Qual a competência para o processo autônomo de liquidação? Juízo cível competente na forma do art.516, III 
 
 A quem compete, como regra, a liquidação da sentença arbitral? Em regra, do arbitro. Caso ocorra um incidente 
da sentença já liquida na fase de execução, a competência será do juízo estatal. 
 É possível liquidar decisão pendente recurso recebido com efeito suspensivo? Sim, na forma do art.512 do cpc 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
 Há distinção entre a prescrição da pretensão executiva e prescrição da pretensão à liquidação? Sim. O prazo da 
prescrição a pretensão executiva se inicia com o trânsito em julgado da decisão da liquidação, já o prazo da 
pretensão a liquidação se inicia a partir do trânsito em julgado da decisão liquidanda. 
 Quais os limites da cognição na liquidação de sentença? É vedado discutir novamente a lide ou modificar a 
sentença que a julgou. Não podem ser discutidas questões que possam ofender a coisa julgada ou já alcançadas 
pela preclusão. 
 O silêncio da parte na liquidação por arbitramento implica revelia? E na liquidação pelo procedimento comum? 
na por arbitramento não, tendo em vista que os fatos já foram discutidos. Já na liquidação por procedimento 
comum implica, tendo em vista a apresentação de fato novo. 
 A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença ofende a coisa julgada? não ofende, súmula 344 do 
stj 
 Qual o recurso cabível contra decisão que encerra liquidação de decisão que julga antecipada e parcialmente o 
mérito? Agravo de instrumento, na forma do art.356, §5º do cpc 
 Quais os atributos da obrigação representada no título executivo apto a fundamentar uma execução? Certeza, 
liquidez e exigibilidade 
 
5. ROL DE TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS 
 
 Uma decisão meramente declaratória pode ser título executivo judicial? Sim, caso certifique a existência de um 
direito a uma prestação com todos os seus elementos (art. 20 do CC e art. 515, I do CPC). 
 Qual a vantagem em homologar judicialmente um título executivo extrajudicial? Mesmo títulos que já possuam 
executividade extrajudicial podem ser homologados para se transformarem em títulos judiciais. A principal 
vantagem é que nos títulos judiciais a cognição é limitada pela coisa julgada que se forma mesmo nas decisões 
homologatórias. 
 Há alguma distinção entre a cognição na impugnação da execução de uma decisão arbitral e a cognição na 
impugnação das demais execuções de títulos judiciais? A distinção se dá na maior amplitude identificada na 
impugnação da execução de uma decisão arbitral, vez que títulos judiciais a cognição é limitada pela coisa 
julgada que se forma mesmo nas decisões homologatórias. 
 Há títulos de crédito sem eficácia executiva? Títulos de créditos atípicos. 
 Documento particular assinado pelo devedor, por 1 testemunha e garantido por fiança é título executivo? Sim, 
só pela fiança já se configura título executivo. 
 Contrato de seguro de vida em que ocorre uma incapacidade permanente é título executivo? Não, apenas em 
caso de morte. 
 É possível a formação de um título executivo extrajudicial sem assinatura do devedor? Sim, como por exemplo 
a certidão de dívida ativa. 
 É possível interferir sobre a eficácia enquanto título executivo por meio de negócios processuais? 
Aparentemente sim. 
 
QUESTÕES SUBJETIVAS 
Caso hipotético: A Branca de Neve, orientada pelo seu advogado, o anão Zangado, logra duas condenações contra a 
Rainha Má: a) uma no juízo penal, no qual uma indenização cível é efeito da condenação (art. 91, I do CP), ainda pendente 
de liquidação considerando que a Branca de Neve continua com despesas médicas para concluir seu tratamento contra 
o envenenamento; b) outra, no juízo civil, por danos morais ante o sofrimento causado com a morte prematura do seu 
pai (o Rei) outro fato causado pela Rainha Má. A decisão penal já fora transitada em julgado e a decisão cível se encontra 
pendente de recurso recebido com efeito suspensivo. 
 
1. A liquidação da indenização devida pela Rainha Má, em decorrência da sentença penal condenatória transitada 
em julgado, ocorrerá mediante fase de liquidação, processo de liquidação ou incidente de liquidação? Mediante 
Processo de liquidação, o que se depreende da expressão “citação” constante dos termos do §1º do art. 515 do 
CPC. 
2. A liquidação da indenização devida pela Rainha Má, em decorrência da sentença penal condenatória transitada 
em julgado, ocorrerá por arbitramento ou pelo procedimento comum? Ocorrerá pelo procedimento comum 
considerando que a Branca de Neve continua com despesas médicas para concluir seu tratamento, tais despesas 
são fatos novos na redação do art. 509, II do CPC (não foram objeto de prova, pois não haviam ocorrido até a 
sentença) ainda serão objeto de prova para que se alcance o real valor da indenização. 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
3. A liquidação da indenização devida pela Rainha Má, pelos danos morais devidos, em decorrência da morte do 
pai da Branca de Neve (o Rei), precisará aguardar o julgamento do recurso? Não precisará aguardar o 
julgamento do recurso na forma do art. 512 do CPC. 
4. Caso a decisão que condenou a Rainha Má por danos morais tenha sido uma decisão que resolveu antecipada 
e parcialmente o mérito, qual será o recurso cabível contra a decisão que venha julgar sua liquidação? O recurso 
cabível será o agravo de instrumento na forma do art. 356, §5º do CPC. 
 
6. PARTES E RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
 
 Quem é o legitimado ordinário ativo na execução? Quem se afirme credor com título executivo. 
 Quem é o legitimado ordinário passivo na execução? É todo aquele que puder ser responsabilizado pelo 
cumprimento da prestação, seja o devedor principal ou responsável a outro título como o fiador. 
 É possível o litisconsórcio na execução? Sim. 
 Diferencie o protesto pela preferência do concurso especial de credores. O protesto pela preferência é quando 
o credor com título legal de preferência intervém protestando para que sua preferência seja respeitada, 
enquanto a preferência do concurso especial de credores é o caso de penhoras sucessivas. Todos os credores 
penhorantes devem vir a juízo afirmando o crédito e provando a penhora. 
 Qual é a relação entre débito e responsabilidade? A responsabilidade apenas emerge com o inadimplemento. 
O débito se dirige ao dever de prestar. A responsabilidade se dirige ao patrimônio do devedor ou do terceiro 
responsável no caso de inadimplemento 
 Qual a diferença entre responsabilidade primária e secundária? Recai sobre os bens do devedor obrigado, 
enquanto a secundária recai sobre os bens de não devedor. 
 Bens passados do devedor podem se sujeitar a execução? Bens presentes e futuros, como regra. 
Excepcionalmente os pretéritos (em relação à execução, e não a constituição da obrigação), desde que dados 
em garantia real ou alienados em fraude. 
 Um herdeiro pode ter seus bens pessoais (não herdados) sujeitos à execução por dívida do de cujos? Bens dos 
herdeiros, não apenas os herdados, são penhoráveis, desde que, nos limites da herança, e a prova do excesso 
compete ao herdeiro 
 
QUESTÕES SUBJETIVASFato 1: Quando da chegada da Branca de Neve, os sete anões, moravam em uma pequena residência, imóvel submetido 
ao regime da enfiteuse e cujo senhorio direto era um rico príncipe de um império vizinho. A família não estava 
conseguindo manter adimplente os custos com foro anual, estando em atraso para com tal obrigação. 
Fato 2: O anão Zangado, advogando no seu interesse e de seus irmãos, considerando ter a família (os 7 anões) e a 
Branca de Neve pactuado verbalmente que sua permanência implicaria uma módica contribuição mensal com as 
despesas da casa a título de aluguel (a Branca de Neve comia muito, afinal ela era grande!), decide, por cautela, na 
dúvida sobre a existência de um título hábil a eventual execução extrajudicial futura (ante a discordância de muitos em 
formalizar a obrigação com a princesa) decide, de sua parte, ingressar com uma ação Declaratória sobre a existência da 
relação jurídica. 
 
1. O que é necessário para que o contrato de locação entre a Branca de Neve e os Sete anões seja considerado 
um título executivo extrajudicial? Ser o crédito dele decorrente “documentalmente comprovado” na forma do 
que exige o art. 784, VIII do CPC. 
2. A ação declaratória proposta pelo anão Zangado, em alguma circunstância, pode resultar em um título 
executivo judicial? Sim, caso certifique a existência de um direito a uma prestação com todos os seus elementos 
(art. 20 cc art. 515, I do CPC). 
3. O crédito decorrente do foro anual no caso é título executivo extrajudicial? Sim, na forma do art. 784, VII CPC. 
4. Se as partes pedem ao juízo a homologação de uma autocomposição judicial esta pode incluir uma dívida dos 
Sete Anões com o rico príncipe por atraso no pagamento do foro anual referente ao imóvel? Sim, na forma 
prevista no §2º do art. 515 do CPC. 
 
7. FRAUDE CONTRA CREDORES, FRAUDE À EXECUÇÃO E ATOS ATENTATÓRIOS À DIGNIDADE DA JUSTIÇA 
 O que distingue a fraude contra credores da fraude a execução? A fraude contra credores trata da diminuição 
patrimonial do devedor que o conduz à insolvência ou a agrava em prejuízo de seus credores, enquanto a 
fraude a execução permite a ineficácia ao credor de atos do devedor que causa dano ao credor e a atividade 
jurisdicional, vez que ocorre no curso de um processo de execução ou capaz de ensejar futura execução. 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
 Quais o pressuposto para a configuração da fraude contra credores? A redução patrimonial que reduza a 
insolvência ou a agrave e a consciência da fraude pelo terceiro beneficiário de atos onerosos. 
 Em regra, de quem é o ônus da prova da configuração dos pressupostos da fraude contra credores? Do credor. 
 Em negócios gratuitos é necessário provar o pressuposto subjetivo da fraude contra credores? Não, há 
presunção absoluta de fraude, apenas em negócios onerosos. 
 O que é uma ação pauliana? É ação do credor lesado para buscar a ineficácia (para alguns, menos tecnicamente, 
invalidação) do ato de alienação/oneração do bem em razão de fraude contra credores. 
 Na fraude à execução qual a distinção na prova da ciência pelo terceiro (pressuposto subjetivo) entre bens 
sujeitos a registros públicos e bens não sujeitos a registro? Se o bem é sujeito a registro público a averbação 
gera presunção absoluta de ciência, no contrário o ônus da prova recai sobre o exequente, se o bem fornão 
sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas de praxe. 
 Para fins de fraude a execução quando se considera a litispendência em relação ao sócio nos casos de 
desconsideração da personalidade jurídica da pessoa jurídica? A partir da citação da parte cuja personalidade 
se pretende desconsiderar. 
 Na fraude à execução sempre é necessária a prova da insolvência? Não, não dependendo da demonstração de 
insolvência quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, 
quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução e quando tiver sido 
averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo em 
que foi arguida a fraude. 
 Quais são os poderes específicos do juiz na execução? De ordenar o comparecimento das partes/terceiros, 
advertir acerca de conduta do executado que se enquadra como ato atentatório à dignidade da justiça e de 
determinar que terceiros indicados pelo exequente forneçam informações úteis à execução 
 Exige-se prova do elemento subjetivo no ato atentatório a dignidade da justiça na execução? Em regra, não, 
apenas com a exceção do art. 774, II do CPC 
 
 
8. AVERBAÇÕES NOS REGISTROS DE BENS DO DEVEDOR. HONORÁRIOS DE ADVOGADO NA EXECUÇÃO. 
SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. 
 É possível averbar a pendência de uma ação pessoal não executiva no registro público de um bem do devedor? 
Não. 
 São devidos honorários no cumprimento provisório de sentença? Sim, tendo em vista que não cumprindo com 
a sua obrigação o devedor causa a necessidade da execução, havendo assim o nexo de causalidade com a 
fixação de honorários desde a intimação. 
 São devidos honorário em execução de título judicial não impugnada contra fazenda pública em caso de 
pagamento por precatório? Não, tendo em vista que o regime de precatórios não é resistência do poder publico, 
mas imposição constitucional. Art.100 cf/88 
 A impugnação ao cumprimento de sentença pode suspender o processo? Sim, desde que observados os 
pressupostos contidos no art.525, §6º e o art. 919 §1º do cpc. 
 A não localização do executado é causa de suspensão do processo? Sim, a falta de localização do executado 
ou de bens penhoráveis (ou sua insuficiência para uma penhora útil. 
 Com é contado o prazo de suspensão da prescrição intercorrente em caso de não localização de bens 
penhoráveis? Por um ano e por uma única vez. 
 A prescrição não intercorrente é causa de extinção da execução? Prescrição intercorrente ou não é causa. 
 É possível a extinção da execução sem exame de mérito? Sim, em casos, por exemplo, de falta de título executivo, 
de ausência de legitimidade, desistência pelo exequente ou acolhimento de recursos em execução provisória. 
 
9. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. GENERALIDADES E COMPETÊNCIA. 
 É possível que o cumprimento de sentença se inicie de ofício? Não, apenas a requerimento do exequente. 
 Qual é a regra de comunicação do executado do início da fase de cumprimento de sentença? Art. 513, §2º do 
CPC, pelo Diário da Justiça, por carta com aviso de recebimento, por meio eletrônico e por edital. 
 Para a incidência de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer é suficiente a intimação 
do executado pelo advogado? É necessária a prévia intimação pessoal do devedor para a cobrança de multa 
pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer antes. 
 A inclusão do nome do executado em cadastro de proteção ao crédito pode ser realizada de ofício? Não, exige 
requerimento da parte. 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
 Quais os foros concorrentes que pode optar o exequente para a propositura da execução? 4 foros, o foro que 
decidiu a causa, do local onde deva ser cumprida a obrigação de fazer ou não fazer, do local onde se 
encontrem os bens sujeitos à execução e do local do domicílio do executado. 
 Em caso de execução de alimentos qual a regra especial de competência para a execução? Juízo de seu domicílio 
 Em caso de exclusão do único ente federal, em recurso de apelação, qual a competência para a execução? 
Justiça estadual, ante a inexistência da regra de competência para manutenção do processo na justiça federal. 
 Em que juízo se executa a sentença arbitral estrangeira? Juízo cível competente. 
 
QUESTÕES SUBJETIVAS 
1. Caso o Mickey perceba que o Tio Patinhas alienou seu patrimônio previamente a propositura da ação 
indenizatória, que ação judicial ele deve mover a fim de assegurar patrimônio suficiente a sua indenização? Em 
tal ação, o que será necessário provar? Ele devemover uma ação pauliana, pelo procedimento comum, no qual 
deve provar: a) redução patrimonial que reduza o devedor a insolvência ou a agrave; b) consciência da fraude 
pelo terceiro beneficiário de atos onerosos; c) já ser credor ao tempo da alienação/oneração afirmada 
fraudulenta. 
2. Após a distribuição e admissão da execução, que providências o Mickey pode adotar caso localize bens de 
titularidade do Tio Patinhas sujeitos a registro? A averbação do art. 828 do CPC. 
3. Caso o Tio Patinhas alegue na execução que lhe foi movida pelo Mickey que o único bem que possui é seu bem 
de família, em caso de seu falecimento tal bem pode passar a ser penhorável no acervo patrimonial de um de 
seus herdeiros? Sim, caso o herdeiro possua outro bem com tal característica. Ocorre o que a doutrina denomina 
ampliação da garantia do credor. 
4. Caso o Mickey inicie o cumprimento provisório de sentença serão devidos honorários advocatícios da execução? 
Sim, na forma do art. 520, §2º do CPC. 
 
10. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE 
QUANTIA 
 Qual o fundamento lógico do cumprimento provisório de sentença? O cumprimento provisório será um 
instrumento para conciliar o direito a efetivação que o ordenamento permite eficácia, eis que a decisão não tem 
efeito suspensivo, com o direito do executado a reforma ou invalidação da decisão ainda não transitada em 
julgado. 
 Cabe execução provisória de sentença estrangeira? Não 
 Cabe execução provisória de decisão interlocutória estrangeira? Cabe 
 Exige-se o depósito para a impugnação ao cumprimento de sentença? Para que a impugnação (CPC, art. 475-
J) seja recebida, exige-se o prévio depósito do valor constante da "memória de cálculo". 
 A não impugnação ao cumprimento provisório gera preclusão temporal com relação ao cumprimento 
definitivo? Gera reclusão temporal e consumativa com relação à execução definitiva (impugnando ou não). Caso 
não impugne, não poderá fazê-lo depois (no cumprimento definitivo), salvo para os fatos supervenientes. Caso 
impugne, não poderá fazê-lo depois (no cumprimento definitivo), salvo para os fatos supervenientes 
 A reforma ou anulação da decisão implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de 
propriedade a terceiros? Não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade 
ou de outro direito real eventualmente já realizada (§4º do art. 520 do CPC). Os terceiros são protegidos. Será 
caso apenas de indenização por eventual dano causado por tal impossibilidade. 
 A execução de honorários de advogado possibilita a dispensa de caução? Sim. 
 No cumprimento definitivo de sentença o depósito do valor executado seguido de impugnação exclui a multa 
legal? Não. 
 
11. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA 
 Apresentados os cálculos pelo exequente ao juiz é cabível proceder ao seu controle de ofício? Sim, sempre que 
“aparentemente exceder os limites da condenação”, nesse caso “a execução será iniciada pelo valor pretendido, 
mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada”. 
 Na falta de documentos para complementar os cálculos em poder de terceiros, a não entrega pode implicar 
reconhecer os cálculos como corretos? Sim, o juiz pode, na intimação, indicar que, na não entrega, irá considerar 
corretos os cálculos apresentados sem o acesso aos documentos, ato atentatório a dignidade da justiça com 
multa (art. 774, IV par. ún. CPC) e crime de desobediência (art. 524, §3º do CPC). 
Aluna: Flávia P. Crusoé 
 O devedor pode efetuar o pagamento antes de ser intimado para tanto em uma sentença por quantia certa? É 
lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em 
pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo (Art. 526.) 
 Há preclusão na ausência de impugnação ao cumprimento de sentença? A ausência de apresentação de 
impugnação ao cumprimento de sentença torna preclusa a discussão relacionada ao excesso de execução e 
trazida apenas em exceção de pré-executividade, salvo para matérias que possam ser alegadas a qualquer 
tempo. 
 Como e em que prazo se alegam fatos supervenientes à impugnação? Prazo de 15 dias após a ciência do fato 
ou intimação e por petição simples. 
 Um título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo 
Tribunal Federal posteriormente ao trânsito em julgado é matéria passível de alegação em impugnação? Se a 
decisão do STF ou seus efeitos for posterior é caso de ação rescisória (art. 525, §15). Caso tenham ocorrido 
previamente ao trânsito julgado, é matéria passível de alegação em impugnação. 
 Qual o recurso contra a decisão que julga a impugnação ao cumprimento de sentença? A decisão que julga a 
impugnação será interlocutória recorrível por Agravo de Instrumento (art. 1.015 par. ún. do CPC), salvo se 
extinguir a execução, caso em que será recorrível por Apelação (art. 1.009 do CPC). 
 É possível o protesto de uma decisão judicial não definitiva? Apenas para execução definitiva, salvo prestação 
alimentar (art. 528, §1º do CPC).

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