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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia PROFESSORA MARCELO – AULA 03 Obstetricia – Bacias Ginecologicas, Estatica Fetal, e Mecanismos do Parto ESTUDOS DA BACIA O trajeto é o canal de parturição, podendo ser dividido em: • Trajeto mole; sendo composto do segmento inferior do útero (istmo); colo; vagina; região vulvoperineal (região composta por músculos e aponeuroses que devem promover contração das vísceras pélvicas e abdominais); NÃO OFERECE RESISTÊNCIA AO PARTO! • Trajeto duro: é a pequena bacia, obstáculo ao parto irredutível devido aos ossos. Essa pequena bacia é o nosso interesse em saber sobre esse assunto, para que o parto pela via vaginal ocorra. Se tivermos uma bacia desfavorável, isso se torna impossível de um parto vaginal. Um dos requisitos é que tenhamos uma pequena bacia favorável em todos os diâmetros. Uma avalição correta permite o cálculo da proporção entre o trajeto e o feto e determinar a conduta durante a assistência do parto. ANATOMIA DA PELVE E ARTICULAÇÕES Temos na pelve: • Ossos ilíacos, sacro, coccige (único osso que consegue se mobilizar na hora do parto com intuito de oferecer mais espaço para passagem = retropulsão do cóccix) e pube; Nas articulações: • Sínfise púbica, sacroilíacas, sacrococcígea, sacro-lombar (promontório) e coxo-femoral; Na divisão da pelve, temos que ela é dividida pelo anel superior por meio da linha inominada em: grande bacia (não tem importância no mecanismo do parto), pequena bacia e estreitos superior/médio/inferior. Também é pela linha inominada que se forma as bacias obstétricas A PEQUENA BACIA É A PELVE VERDADEIRA OU BACIA OBSTÉTRICA! Os diâmetros da pequena bacia devem corresponder a biometria fetal para que o parto vaginal possa acontecer. Por isso, é dividido em 3 estreitos, esses estreitos constituem as regiões angustiadas da pelve que podem impedir ou dificultar a passagem do bebê. Quando temos -10cm em qualquer desses estreitos, vai criar um obstáculo e fazer o que chamamos de DCP (desproporção céfalo-pélvica), indicação formal de cesariana. ESTREITO SUPERIOR: delimitado anteriormente pelo PUBE, lateralmente pela linha TERMINAL e posteriormente pelo PROMONTÓRIO e asa do SACRO. Esse estreito possui 3 diâmetros importantes: • ANTEROPOSTERIOR: menor distância entre promontório e a sínfise (10,5 cm) sinônimo de CONJUGATA VERA OBSTÉTRICA; 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia o Conjugata anatômica: borda superior da sínfise e o promontório com uma distância de 11cm, sua avalição é somente possível em peças anatômicas (macete para nome); o Conjugata obstétrica: distância entre promontório e a face interna da sínfise, representa o espaço real do trajeto da cabeça fetal que mede cerca de 10,5cm, o mais importante da obstetrícia (por isso o nome); o Conjugata diagonal: linha que une promontório e a borda inferior do osso púbico que mede 12cm, é o diâmetro que atravessa todo canal do parto de forma diagonal (CONJ DIAG – 1,5CM = CONJ OBST) Quando fazemos o toque e tentamos procurar o promontório, mas não conseguimos, significa dizer que possivelmente essa diagonalis tem +12cm, o que deixa totalmente tranquilo a respeito de um parto vaginal. ESTREITO MÉDIO: é um plano delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas isquiáticas, tem um diâmetro anteroposterior GRANDE em torno de 12cm. O problema do estreito médio é a respeito das espinhas que estrangula o canal do parto, normalmente numa bacia ginecóide sendo maior que 10,5cm. Esse plano se torna importante por abrigar a menor dimensão pélvica (diâmetro transverso). As espinhas ciáticas costumam ser o ponto de referência para o plano DeLee, da onde origina o Plano 0. ESTREITO INFERIOR: É limitado pelos músculos e suas referências agora já se tornam as partes moles. Dessa forma, podemos imaginar que é a parte que MENOS oferece problema no parto vaginal. Limitado pelos músculos que unem o sacro as espinhas isquiáticas e pelos músculos que unem o ísquio ao cóccix. 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia Delimitado anteriormente pela borda inferior do púbis, lateralmente por músculos sacroilíacos e posteriormente por isquiococcígeos. • ANTEROPOSTERIOR: conecta borda do púbis ao cóccix, medindo em torno de 9,5cm. Porém já que estamos falando de cóccix e que anteriormente citamos ser um osso móvel, é nesse momento que o cóccix se estende podendo oferecer até 11cm quando a cabeça está passando = RETROPULSÃO DO CÓCCIX; é como também chamamos de CONJULGATA EXITUS • TRANSVERSO: determinado pelas tuberosidades isquiáticas e mede 11cm ESTUDOS DA BACIA São quatro os tipos fundamentais de bacia: 1- Bacia Ginecoide: Constitui a pelve feminina típica. Corresponde aproximadamente a 50% das bacias femininas. O estreito superior tem a forma arredondada e a porção posterior é bastante espaçosa. As paredes pélvicas não são paralelas e as espinhas ciáticas não são proeminentes. A chanfradura ciática e a escavação são amplas e o diâmetro bi-isquiático é grande. É a bacia que apresenta melhor prognóstico para o parto vaginal. 2- Bacia Androide: Possui as características da bacia masculina normal. Representa aproximadamente 20% das bacias femininas. Apresenta o estreito superior triangular, com o diâmetro transverso máximo deslocado para a região posterior. As paredes pélvicas são convergentes, as espinhas ciáticas salientes, o ângulo subpúbico é estreito e o estreito superior reduzido. O parto por via baixa não tem bom prognóstico. 3- Bacia Antropoide: É semelhante à bacia dos antropoides superiores (gorilas). Representa aproximadamente 25% das bacias femininas. Apresenta o estreito superior elíptico e alongado no sentido anteroposterior e o diâmetro transverso diminuído (o diâmetro anteroposterior é maior que o transverso). As chanfraduras sacrociáticas são amplas, as paredes laterais convergem ocasionalmente e as espinhas ciáticas não são proeminentes. É comum em pacientes negras. 4- Bacia Platipeloide: É o tipo mais raro de bacia, e está presente em aproximadamente 5% dos casos. Possui a forma achatada, estreito superior ovalado, pequeno diâmetro anteroposterior e amplo diâmetro transverso. A chanfradura sacrociática é angustiada, o sacro é côncavo e largo, o ângulo subpúbico muito amplo, as paredes da escavação divergem e o estreito inferior é semelhante ao da bacia ginecoide. Em resumo, este tipo de bacia é achatado/curto no sentido anteroposterior. Portanto, esta bacia apresenta diâmetros transversos maiores que os anteroposteriores. ESTÁTICA FÉTAL É o estudo das várias relações do feto com a bacia e o útero, que permite o conhecimento da nomenclatura obstétrica. As relações que serão estudadas são: • Atitude (hábito fetal); • Situação (manobra de leopold zweifel) • Apresentação (manobra de leopold zweifel) • Posição (manobra de leopold zweifel) • Variedade de posição (toque vaginal) 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia ATITUDE OU HÁBITO Caracteriza-se pela relação das diversas partes fetais entre si. Geralmente, o concepto apresenta-se em flexão generalizada, o que constitui o chamado ovoide fetal. Isso ocorre por volta da 32ª semana, o feto cresce mais do que o útero gerando essa atitude. Em situações anômalas, pode haver extensão da coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às apresentações defletidas de 1º, 2º e 3º grau. SITUAÇÃO É a relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nádegas) e o maior eixo uterino (canal cervical – corpo uterino). Três situações podem ocorrer: longitudinal, transversal e oblíqua. Lembrando que na situação longitudinal temos a versão cefálica com a versão pélvica (indicação de cesária também, apesar de poder nascer normal nessa posição). Já a situação transversal é indicação de cesária.No oblíquo o feto pode estar nessa posição, mas nunca nasce nela, provavelmente ele muda ou pra longitudinal ou para transversal, digamos que seria uma posição transitória e nunca permanente. APRESENTAÇÃO É a relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna. Na situação longitudinal, as apresentações possíveis são as cefálicas e as pélvicas. Na situação transversal, o ponto de referência é o acrômio, e a apresentação é denominada córmica. Já sobre as variações na atitude fetal na hora da apresentação temos: • cefálica fletida (vértice, occipício); • cefálica defletida de primeiro grau (bregmática), de segundo grau (de fronte) e de terceiro grau (de face). Sendo A – vértice, B – bregma, C- fronte e D- face. Isso pro caso do feto sendo cefálico. É através pelo toque das fontanelas Lambdóide (em 95% das vezes) e Bregmática (já temos uma deflexão de 1º grau) que conseguimos saber se o feto está fletido ou defletido. Se conseguimos tocar a glabela é uma deflexão de 2º grau e quando tocamos o mento é uma deflexão de 3º grau. 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia Fontanelas: são depressões na cabeça fetal que se formam pelo encontro das suturas. • Grande Fontanela ou Anterior ou Bregmática: marca o ponto de encontro entre os dois parietais e os dois frontais. Apresenta formato de um losângulo. • Pequena Fontanela ou Fontanela Posterior ou Lambdoide: define o ponto de encontro entre os dois parietais e o occipital. Possui formato triangular. • Esfenoidal: representa duas fontanelas que são limitadas pelo temporal, pelo frontal, pelo parietal e esfenoide. • Mastoidea: em número de duas; é limitada pelo occipital, pelo temporal e pelo parietal Quando o bebê chega a defletir é quando ele está com dificuldades no estreito superior, o bebê não nasce e é indicativo de cesária. O de 4º grau ele ainda nasce pela via vaginal, é um parto extremamente demorado. QUAL A CONDIÇÃO PARA NASCER EM 3º GRAU? • Se o mento estiver para a sínfise púbica, se estiver virado para baixo NÃO NASCE! Caso seja uma apresentação pélvica, possuímos apenas duas variedades de apresentação: • Pelvipodálica ou Pélvica Completa: quando as pernas e as coxas estão fletidas, com os pés junto às nádegas. • Pélvica Simples ou Incompleta Modo deNádegas ou Agripina: quando as coxas estão fletidas sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a superfície anterior do tronco, é o mais comum, sendo em torno de 70% dos casos; • Pélvica Incompleta, Variedade de Pés ou de Joelhos ou Pélvica com Procedência de Pés ou de Joelhos: quando essas partes fetais ocupam o estreito superior da bacia. ALTURA DA APRESENTAÇÃO: como vimos um pouco mais acima temos o Plano DeLee, onde o estreito médio é a espinha isquiática. A cada cm para cima da espinha é negativo, pelo macete temos que ainda tá longe e difícil de começar o parto. Quando esse plano está positivo, significa que temos uma dinâmica acontecendo ali, portanto cada vez mais próximo de nascer. O -3,-4 tem contato com o estreito superior, já o -2,-1 tem contato com a conjugata obstétrica. Quando atinge o plano zero o feto está INSINUANDO. O plano positivado já corresponde ao estreito médio. 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia Diz-se que a apresentação é alta e móvel, quando não toma contato com o estreito superior. Ajustada, quando ocupa a área deste estreito. Fixa, quando não é possível mobilizá-la à palpação. Insinuada, quando o maior diâmetro transverso da apresentação ultrapassa a área do estreito superior. POSIÇÃO É a relação dos pontos de referência com pontos de referência da pelve materna, pube/abdome (anterior) e sacro (posterior). Por exemplo, na apresentação cefálica de vértice devem ser consideradas na avaliação as fontanelas anterior e posterior e a sutura sagital (que constituirá uma linha de orientação). A posição fetal corresponde à relação entre o dorso fetal e o lado direito ou esquerdo do abdome materno. As posições frequentemente observadas são duas: • Esquerda: quando o dorso do feto se apresenta à esquerda do abdome materno. • Direita: quando o dorso do feto se apresenta à direita do abdome materno. Excepcionalmente, são observadas outras duas posições: o Ainda podem estar divididos em anterior (occipitopúbica -OP) e posterior (occipitossacra – OS) Ao fim da gestação é comum que o feto fique a ESQUERDA. Mas por que? • Leve rotação uterina para direita; • Posicionamento anatômico do reto e sigmoide a esquerda. VARIEDADE DE POSIÇÃO: É a relação entre o ponto de referência da apresentação e o ponto de referência da pelve materna. Durante o toque em obstetrícia, devemos procurar identificar o ponto de referência fetal, o qual é a fontanela lambdoide na apresentação cefálica fletida. Caso a mesma possa ser atingida, podemos afirmar que estamos diante de uma apresentação fletida. Ponto de referência materno: púbis (anterior), eminência íleopectínea, extremidades do diâmetro transverso, sinostose sacroilíaca e sacro. Normalmente essa variedade possui 3 letras: • 1 LETRA: ponto de referência do feto; • 2/3 LETRAS: ponto de referência materno (quadrante); Acima a variedade mais comum do feto! 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia Já na apresentação córmica temos como referência o acrômio, Dorso define posição, mas vai depender da posição do ombro. Dorso anterior = voltado para frente; Dorso posterior = voltado para trás MECANISMOS DO PARTO É o conjunto de movimentos que o feto realiza na sua passagem pelo canal do parto. É o que chamamos de impulsão, que ocorre pela contratilidade uterina e pelos músculos da parede abdominal. FINALIDADE PRIMORDIAL: Os movimentos próprios do mecanismo de parto concorrem para que haja adaptação aos pontos mais estreitos do canal do parto e às diferenças de forma do canal, mediante redução e acomodação dos diâmetros fetais aos pélvicos. Menores diâmetros do feto em concordância com os menores diâmetros da pelve. Com a progressão do parto, geralmente após a rotura das membranas, adota forma aproximadamente cilíndrica. Divide-se então em três tempos principais (insinuação, descida e desprendimento). INSINUAÇÃO: é a passagem do maior diâmetro transverso da apresentação pelos limites do estreito superior da bacia materna. Isto normalmente é confirmado através do toque vaginal, usando-se como referência as espinhas ciáticas, quando o vértice da apresentação atinge esse ponto. O movimento complementar que possibilita a diminuição dos diâmetros da apresentação é a flexão (na apresentação cefálica fletida) ou a deflexão (na apresentação cefálica defletida de face). O diagnóstico de insinuação pode ser realizado pela palpação abdominal ou pelo toque. Na palpação abdominal, no 4° tempo da manobra de Leopold-Zweifel não se consegue palpar o limite inferior do polo cefálico, ou apenas é percebida parte da região frontal. O QUE SERIA O ASSINCLITISMO? Consiste no encaixamento da cabeça fetal com a sutura fetal desnivelada em relação ao plano do estreito superior. Em outras palavras, é observada uma inclinação lateral da apresentação. O assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele) ocorre quando a sutura sagital fetal está próxima ao sacro, e o parietal anterior ocupa a maior parte dos estreitos da pelve. O assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann) ocorre quando a sutura sagital se aproxima do pube, e é o parietal posterior que ocupa grande parte da bacia. DESCIDA: é o que chamamos de uma insinuação mais profunda, já que a cabeça penetra bem mais e enche escavação. Seu movimento acessório é a rotação interna da apresentação fetal até o +2/+3 e, concomitantemente, a penetração das espáduas no estreito superior da bacia com a cabeça em OP (occiptopube é a única forma que o feto encontra de desprender).8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia Levará a sutura sagital a se orientar no sentido anteroposterior da saída do canal e, na maioria das vezes, a pequena fontanela se coloca em relação à sínfise púbica, e a grande fontanela se dirige para o sacro. DESPRENDIMENTO FETAL: o movimento acessório seria a deflexão na apresentação cefálica fletida ou a flexão na apresentação da face. É o momento da expulsão. Também temos nesse momento a rotação externa. É O QUE CHAMAMOS DE COROANDO – desprendendo. Quando o bebê fica com os ombros no púbis e ele vira lateralmente, esse é o momento de colocar as mãos e puxar, até o momento não precisaria. A rotação externa serve para retirar o ombro. 9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia MECANISMO DO PARTO PÉLVICO Convém decompor seu estudo em três segmentos do feto, a saber: cintura pélvica, cintura escapular e cabeça derradeira. INSINUAÇÃO: descida é lenta. A insinuação é mais difícil nas apresentações pélvicas completas (pelvipodálicas) devido ao maior volume das nádegas em conjunto com os membros inferiores. Na apresentação pélvica incompleta (simples), a insinuação é mais fácil, porque o volume é menor. No entanto, o desprendimento nesta última modalidade tende a ser mais difícil. DESCIDA E ROTAÇÃO INTERNA: Tal rotação se processa em obediência ao facilimum de flexão, que se situa lateralmente no tronco fetal. Diversamente da apresentação cefálica, o facilimum de flexão do polo pélvico é laterolateral e não anteroposterior. DESPRENDIMENTO: O desprendimento é mais fácil na apresentação pélvica completa (pelvipodálica) que na pélvica incompleta (simples). Nesta última, os membros inferiores estendidos ao longo do corpo do feto funcionam como verdadeiras talas. QUAIS AS INDICAÇÕES DE CESARIANA PÉLVICA? - Peso fetal estimado entre 750 e 2.000 g, o que se deve à falta de capacidade da pelve fetal em dilatar o colo materno suficientemente para a passagem da cabeça do feto. - Idade gestacional menor que 34 semanas. - Fetos muito grandes, pesando mais de 4.000 g. - Vício pélvico. - Cesariana anterior. - Amniorrexe prematura. - Malformação fetal (compatível com a vida). - Cabeça fetal hiperestendida. - Parada de progressão do parto. - Ausência de trabalho de parto, frente à indicação de interrupção da gestação. - Gestação gemelar quando o primeiro feto estiver em apresentação pélvica. - Obstetra inexperiente. - Procidência de membros. 10 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia - Mau passado obstétrico (morte fetal ou sequela). MANOBRA DE BRACHT: A liberação dos ombros e da cabeça fetal pode ser tentada com várias manobras quando não ocorre espontaneamente. A mais usada e a que a maioria dos autores advoga é a manobra de Bracht. Ela consiste na elevação do dorso fetal ao encontro do abdome materno, e na espera do desprendimento espontâneo dos braços ou na retirada suave dos mesmos com auxílio digital, com a ajuda de pressão suprapúbica realizada por assistente. MANOBRA DESPRENDIMENTO DAS ESPÁDUAS: Ela consiste na apreensão de um dos braços fetais (anterior ou posterior), aplicando-se os dedos indicador e médio no úmero e o polegar na axila, tracionando o braço pela face anterior do Tórax fetal. MANOBRA DEVENTER-MULLER: baseia em movimentos pendulares de abaixamento e elevação do corpo fetal, procurando fazer com que o ombro anterior se encaixe no subpúbis e, em seguida, desprenda com auxílio digital. O movimento seguinte, de elevação, toma possível a expulsão do ombro posterior. MANOBRA DE ROJAS: consiste na transformação da espádua posterior em anterior, por meio de tração, rotação axial e translação fetal. Durante a manobra, o obstetra deve fixar as mãos na pelve do feto, girando-o no sentido do dorso (dorso para face materna anterior) com um movimento helicoidal, formando um arco de 180º. A seguir, repete.se o movimento no outro sentido, para que se desprenda o outro ombro, agora posterior (previamente anterior). Essa manobra pode ser traumática, MANOBRA DE PAJOT: indicada nos casos em que não houve apenas deflexão dos braços, mas também o deslocamento destes para a face anterior ou posterior da cabeça fetal. 11 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2021.1 | @medibulandia MANOBRA DE MAURICEAU: consiste em apreender o corpo fetal com uma das mãos sobre o dorso e os dedos indicador e médio em tomo da região cervical. A outra mão deve segurá-lo pelo ventre, com os dedos indicador e médio locados no interior da boca fetal, mais propriamente na base da língua. Por meio de movimento de tração delicada, flexiona-se o tronco do feto para baixo e traz.se o mento de encontro ao esterno. QUAIS SÃO AS MANOBRAS PARA CABEÇA DERRADEIRA EM PARTO PÉLVICO?
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