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Assistência Farmacêutica no Sistema

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Prévia do material em texto

Assistência Farmacêutica no Sistema 
Único de Saúde
Apresentação
Nas últimas décadas, a assistência farmacêutica (AF) têm sido amplamente discutida por 
pesquisadores, formuladores de políticas e profissionais e, como consequência, passou por várias 
transformações. No Brasil, a AF faz parte da Política Nacional de Medicamentos (PNM) e da Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF); entretanto, ainda assim encontra dificuldades em 
relação à sua implementação no Sistema Único de Saúde (SUS), assim como na atenção primária ao 
paciente.
Em 2013, a Resolução n.o 578, de 26 de julho de 2013, foi publicada e regulamentou as atribuições 
técnico-gerenciais do farmacêutico na gestão da assistência farmacêutica no âmbito do SUS, 
ficando regulamentado que o farmacêutico pode atuar na elaboração do plano de saúde do usuário, 
nas áreas da gestão, na seleção de medicamentos, na capacitação dos profissionais da saúde e no 
desenvolvimento de ações para a promoção do uso racional de medicamentos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as diretrizes e os fundamentos da assistência 
farmacêutica no sistema de saúde público do Brasil. Além disso, você conhecerá e analisará a 
evolução da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, uma lista baseada em evidências 
científicas, a qual orienta a oferta, a prescrição e a dispensação de medicamentos nos serviços do 
SUS.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Relacionar os princípios e as diretrizes do SUS com as políticas de assistência farmacêutica.•
Analisar a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).•
Reconhecer os fundamentos da assistência farmacêutica na Atenção Básica.•
Desafio
A aproximação entre o profissional farmacêutico da comunidade é de extrema importância, de 
modo que este possa ter a oportunidade de interagir com os usuários do sistema de saúde, além de 
conhecer melhor os problemas e resultados negativos associados aos medicamentos, para tentar 
solucioná-los e garantir a saúde do usuário. Além disso, a aproximação com os usuários ajuda na 
resolução de outros problemas, como, por exemplo, a falta de medicamentos.
Imagine que você acaba de ser contratado, com o propósito de reorganizar o controle de estoque 
da farmácia da Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua cidade. 
Qual seria a sua estratégia para não deixar nenhum medicamento importante faltar? Monte um 
plano estratégico, detalhando cada etapa do processo.
Infográfico
Vários esforços são feitos por parte do governo brasileiro para melhorar e promover a saúde da 
população. Entretanto, o maior número de ações nesse sentido é percebido somente após o 
surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas (Política Nacional de Medicamentos e 
a Política Nacional de Assistência Farmacêutica).
Neste Infográfico, você vai ver a evolução da assistência farmacêutica.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) normatizou, em 2013, por meio da Resolução n.° 578 de 26 
de julho de 2013, as atribuições para o exercício da profissão farmacêutica no âmbito do sistema 
público de saúde. Com o objetivo de promover, prevenir e proteger a saúde da população por meio 
da assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção; o farmacêutico, de acordo com a nova 
resolução, poderá participar da gestão, organização e seleção de assuntos referentes a 
medicamentos, além de promover a capacitação de profissionais da saúde.
No capítulo Assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde, da obra Assistência farmacêutica, 
base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os princípios e as diretrizes 
do SUS referente às políticas de assistência farmacêutica, à Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (Rename) e os fundamentos de assistência farmacêutica na Atenção Básica.
Boa leitura.
ASSISTÊNCIA 
FARMACÊUTICA
Carolina Passarelli 
Gonçalves 
Assistência 
Farmacêutica no SUS
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Relacionar os princípios e diretrizes do SUS com as Políticas de Assis-
tência Farmacêutica.
  Analisar a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).
  Reconhecer os fundamentos da Assistência Farmacêutica na Atenção 
Básica.
Introdução
O acesso a medicamentos essenciais é considerado uma importante 
ferramenta de política pública para melhorar a qualidade de vida das 
populações, e o uso apropriado desses medicamentos é um dos com-
ponentes mais importantes para o sucesso de um tratamento. O acesso 
aos medicamentos exige articulações de um conjunto de setores dentro 
do sistema de saúde, além de ações governamentais mais amplas, como 
a promoção de pesquisas, o desenvolvimento de fármacos e a regulação 
sanitária e econômica do mercado.
No Brasil, esse conjunto de ações e serviços foi chamado de Assistência 
Farmacêutica, ganhando destaque no cenário público nacional desde 
meados dos anos 2000, quando decisões judiciais ampliadas possibilita-
ram a oferta de medicamentos aos cidadãos pelos gestores do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
Neste capítulo, você vai conhecer os princípios e diretrizes do SUS em 
relação à Assistência Farmacêutica e como ela pode prover os cuidados 
básicos dos pacientes. Além disso, vai conhecer a evolução da Relação 
Nacional de Medicamento Essenciais (RENAME), uma lista elaborada a 
partir de evidências científicas que norteia as atividades do SUS relacio-
nadas a medicamentos, e a relação da Assistência Farmacêutica com a 
Atenção Básica.
Princípios e diretrizes do SUS com as políticas 
de Assistência Farmacêutica
O Brasil é o único país com mais de 200 milhões de habitantes que conta 
com um sistema de saúde público com cobertura universal, reconhecido 
internacionalmente como uma das propostas mais bem-sucedidas na área da 
saúde. Entretanto, é um desafi o manter um sistema de saúde público, universal, 
integral e gratuito a toda população. Nesse sentido, a Assistência Farmacêu-
tica, no âmbito do SUS, garante o acesso a medicamentos e insumos para a 
população, assim como serviços farmacêuticos. Ela é baseada nos princípios 
constitucionais e nas suas doutrinas, destacando-se entre eles: universalidade, 
equidade, integralidade, regionalização e hierarquização.
Existem, no Brasil, políticas públicas específicas, que atribuem ao profis-
sional farmacêutico o exercício de atividades de natureza clínica –– como a 
Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que define Assistência 
Farmacêutica como um conjunto de ações praticadas pelo profissional farma-
cêutico para que ocorra a interação direta do farmacêutico com o usuário. O 
objetivo é proporcionar uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados 
clínicos definidos e mensuráveis. Entende-se essa prática como importante 
para garantir a integralidade do tratamento. Entretanto, ainda observam-se 
lacunas em relação às informações sobre o desempenho dessas atividades na 
atenção primária no SUS. Com isso, em 2013, foi publicada a Resolução do 
CFF nº. 578, elaborada após um amplo debate promovido entre o Grupo de 
Trabalho (GT) de Saúde Pública do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o 
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, o Conselho Nacional 
de Secretários de Saúde e o Ministério da Saúde (por meio do Departamento 
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos) a respeito das atribuições 
do farmacêutico na gestão da Assistência Farmacêutica no SUS. 
Essa resolução aponta as diretrizes para o papel relevante do farmacêutico 
na política de saúde nos diversos níveis de atenção, definindo como atribuições 
do profissional:
  participar na formulação de políticas e no planejamento das ações, em 
consonância com a política de saúde de sua esfera de atuação e com o 
controle social;
  participar da elaboração do plano de saúde e demais instrumentos de 
gestão em sua esfera de atuação;Assistência Farmacêutica no SUS2
  utilizar ferramentas de controle, monitoramento e avaliação que pos-
sibilitem o acompanhamento do plano de saúde e subsidiem a tomada 
de decisão em sua esfera de atuação;
  participar do processo de seleção de medicamentos; 
  elaborar a programação da aquisição de medicamentos em sua esfera 
de gestão;
  assessorar na elaboração do edital de aquisição de medicamentos e de 
outros produtos para a saúde, bem como nas demais etapas do processo;
  participar dos processos de valorização, formação e capacitação dos 
profissionais de saúde que atuam na assistência farmacêutica; 
  avaliar, de forma permanente, as condições existentes para o armaze-
namento, a distribuição e a dispensação de medicamentos, realizando 
os encaminhamentos necessários para atender à legislação sanitária 
vigente; 
  desenvolver ações para a promoção do uso racional de medicamentos; 
  participar das atividades relacionadas ao gerenciamento de resíduos dos 
serviços de saúde, conforme legislação sanitária vigente;
  promover a inserção da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção 
à Saúde (RAS) e nos serviços farmacêuticos.
Com essa resolução, o profissional farmacêutico assume um papel de 
grande importância e de liderança, sendo corresponsável pela qualificação 
das equipes, dos serviços e do controle social da saúde. 
A Portaria de Consolidação nº. 3.992, de 28 de dezembro de 2017, alterou as regras 
sobre o financiamento e a transferência de recursos federais para as ações e os ser-
viços públicos do Sistema Único de Saúde. Considerando a mudança do modelo de 
financiamento das ações e dos serviços de saúde no país, é necessário repensar a 
atual organização das ações da Assistência Farmacêutica no contexto definido pelas 
normativas vigentes. Nesse sentido, tendo a Assistência Farmacêutica como uma política 
articulada às diretrizes gerais da saúde, destaca-se a importância de ressignificá-la com 
o intuito de superar os desafios e avançar progressivamente no acesso a medicamentos 
e no cuidado ao paciente. Leia a Portaria na íntegra no link a seguir. 
https://goo.gl/z3qNFg
3Assistência Farmacêutica no SUS
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 
(RENAME)
O acesso a medicamentos essenciais compõe uma das diretrizes das políticas 
nacionais de saúde. A adoção de uma lista padronizada com os principais 
medicamentos que possam atender à população tem grande importância. Tem-
-se, por meio dela, a pretensão de se “atingir a cobertura universal de saúde, 
incluindo a proteção do risco fi nanceiro, o acesso a serviços de saúde essen-
ciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais, seguras, 
efi cazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos”, conforme estabelecido 
nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Política Nacional de 
Medicamentos (PNM) aborda a RENAME como um instrumento chave para 
as atividades do SUS, visto que os medicamentos são fundamentais para a 
promoção, prevenção e proteção da saúde. A RENAME tem como objetivo 
abordar o elenco de produtos necessários ao tratamento e ao controle da maioria 
dos problemas de saúde prevalentes no país, promovendo o uso racional e 
orientando o fi nanciamento de medicamentos na Assistência Farmacêutica. 
No Brasil, a primeira lista foi estabelecida pelo Decreto nº. 53.612, de 26 de 
fevereiro de 1964, sendo chamada de Relação Básica e Prioritária de Produtos 
Biológicos e Matérias para Uso Farmacêutico Humano e Veterinário. A partir 
dela, houve 12 atualizações, em 1972, 1975, 1989, 1993, 2000, 2002, 2006, 
2007, 2010, 2012, 2014 e 2017, já sob a denominação de Relação Nacional 
de Medicamentos Essenciais (RENAME). Apesar das diversas versões da 
RENAME, as atualizações sistemáticas baseadas em resultados científicos 
começaram apenas em 2005, quando o Ministério da Saúde instituiu a Comissão 
Técnica Multidisciplinar de Atualização da Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (COMARE). Essa comissão foi responsável pela atualização da 
RENAME de 2005 a 2011. Após esse período, o Brasil, incentivado pela Lei 
nº. 12.401, de 28 de abril de 2011, e pela Resolução da Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT) nº. 25, de 31 de agosto de 2017, criou uma comissão denominada 
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), 
responsável por assessorar o Ministério da Saúde nos pedidos de incorporação, 
exclusão ou alteração de tecnologias em saúde. Nesse momento, a RENAME 
passou a abranger os medicamentos oferecidos em todos os níveis de atenção 
e nas linhas de cuidado do SUS. Consequentemente, tornou-se norteadora 
para a seleção, aquisição, programação e prescrição médica, além de subsidiar 
decisões de judicialização. Acompanhe a evolução da RENAME na Figura 1.
Assistência Farmacêutica no SUS4
Figura 1. Ao longo dos anos, pôde-se verificar que essa importante ferramenta de consoli-
dação do direito à saúde modificou-se com o intuito de atender às demandas e ao próprio 
processo de amadurecimento do SUS como política pública. Foi possível verificar uma (i) 
RENAME em fase de estruturação como política, com tentativas de difusão e organização de 
métodos de elaboração em uma fase pré-SUS, dentro do contexto da CEME. Na sequência, 
uma (ii) RENAME em fase de consolidação, no contexto da PNM e da PNAF, com estruturação 
de métodos de elaboração sob a condução da Comissão Técnica e Multidisciplinar de 
Atualização da RENAME (COMARE). E, por último, uma (iii) RENAME pautada pelos novos 
marcos legais, que a colocam como definidora do financiamento da Assistência Farmacêutica 
no país, além dos processos de elaboração, agora conduzidos pela CONITEC.
Fonte: Brasil (2018, p. 14).
Saiba mais sobre a RENAME e suas perspectivas lendo o artigo “Avanços e perspectivas 
da RENAME após novos marcos legais: o desafio de contribuir para um SUS único e 
integral” no link a seguir. 
https://goo.gl/AixdB3
5Assistência Farmacêutica no SUS
Fundamentos da Assistência Farmacêutica na 
Atenção Básica
Com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, 
integrando ações de promoção, prevenção, recuperação da saúde, a Assistência 
Farmacêutica (AF) possui diversas atividades, listadas a seguir:
  Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações que tratam 
dos medicamentos como itens essenciais à saúde. 
  Articular a integração entre os serviços, profissionais de saúde, áreas 
interfaces e coordenação dos programas. 
  Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos.
  Elaborar instrumentos de controle e avaliação. 
  Selecionar e estimar a necessidade de medicamentos.
  Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos.
  Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos. 
  Gerir estoques.
  Distribuir e dispensar medicamentos. 
  Manter cadastro atualizado de usuários, unidades e profissionais de saúde.
  Organizar e estruturar os serviços de AF nos três níveis de atenção à saúde 
em âmbito local e regional.
  Desenvolver sistemas de informação e comunicação.
  Desenvolver e capacitar recursos humanos.
  Participar de comissões técnicas.
  Promover o uso racional de medicamentos.
  Promover ações educativas para prescritores, usuários de medicamentos, 
gestores e profissionais da saúde.
  Desenvolver estudos e pesquisa em serviço.
  Elaborar material técnico, informativo e educativo.
  Prestar cooperação técnica. 
  Assegurar qualidade de produtos, processos e resultados.
Considerando essas informações, podemos perceber a necessidade de in-
tersetorialidade e interdisciplinaridade para o desenvolvimento das ações que 
compreendem a AF, de modo a beneficiar o sistema de saúde e, principalmente, 
o ser humano ao qual se destinam tais práticas. Para isso, o modelo de AF im-
plantado no SUS fundamenta-se em:
  descentralização da gestão;
Assistência Farmacêutica no SUS6
  promoção do uso racional de medicamentos;
  otimização e eficácia das atividades; 
  desenvolvimentode iniciativas que possibilitem a redução de preços de 
produtos, viabilizando o acesso da população, inclusive no âmbito privado.
Descentralização da gestão
É preciso garantir a disponibilidade dos medicamentos nas unidades de saúde 
por meio da descentralização dos medicamentos. Uma das medidas adotadas 
para a descentralização foi a estruturação de uma Central de Abastecimento 
Farmacêutico (CAF), que tem como principais objetivos:
  controlar entrada e saída de medicamentos, tanto no âmbito físico quanto 
no financeiro;
  manter o estoque regular sem faltas;
  diminuir o número de itens em falta para três medicamentos por mês por 
um período máximo de 15 dias;
  não permitir a falta de nenhum medicamento crítico, como ácido acetil-
salicílico (AAS), soro, paracetamol, omeprazol, captopril, etc.;
  controlar a validade, dispensando medicamentos fracionados e identifi-
cados com validade e lote.
A CAF é o local onde os medicamentos podem ser armazenados de modo 
a respeitar as regras básicas de estocagem. São manuseados, distribuídos ou 
remanejados para que não ocorram perdas por validade, por exemplo. A CAF 
é responsável por atividades relacionadas aos medicamentos. Essas atividades 
compreendem toda a conferência sobre o recebimento por compra ou troca; o 
controle de lotes para organização adequada nas prateleiras; a confecção e or-
ganização de documentação para registro de entrada, saída, estorno e perdas de 
medicamentos. Também é de responsabilidade da CAF manter as características 
físico-químicas das composições em relação à temperatura e umidade, seguindo 
as orientações do fabricante. É também a partir do trabalho desenvolvido na 
CAF que se apura o giro dos estoques, o consumo médio dos medicamentos 
padronizados e os estoques mínimos. 
Uso racional de medicamentos
A promoção do uso racional de medicamentos é um dos principais pontos da 
Política Nacional de Medicamentos (PNM). A preocupação pode ser explicada 
7Assistência Farmacêutica no SUS
ao analisarmos os dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações 
Toxicológicas –– SINITOX, que aponta o medicamento como a maior fonte 
básica de intoxicações. Alguns eixos estratégicos foram defi nidos para garantir 
o uso racional de medicamentos na Resolução MS/CNS nº. 338, de 6 de maio de 
2004, que foi resultado da 1ª Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica. 
Os eixos defi nidos são (BRASIL, 2004):
  Garantia de acesso e equidade às ações de saúde, o que inclui, necessa-
riamente, a Assistência Farmacêutica.
  Manutenção de serviços de Assistência Farmacêutica na rede pública de 
saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articu-
lação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias 
gestoras do SUS.
  Qualificação dos serviços de Assistência Farmacêutica já existentes, em 
articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis 
de atenção.
  Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de re-
cursos humanos.
  Promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que 
disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. 
Além dos eixos estratégicos, é importante considerar, também, a implantação 
e utilização da Relação de Medicamentos Essenciais (RENAME), dos protocolos 
clínicos e das diretrizes terapêuticas.
Na Assistência Farmacêutica, são objetivos dos protocolos clínicos, segundo 
o manual de Assistência Farmacêutica elaborado pelo Conselho Federal de 
Farmácia (CFF) (CONSELHO..., 2010, p. 23): 
  estabelecer os critérios de diagnóstico de cada doença, o tratamento preco-
nizado com os medicamentos disponíveis nas respectivas doses corretas, os 
mecanismos de controle, o acompanhamento e a verificação de resultados;
  promover o uso racional de medicamentos;
  criar mecanismos para a garantia da prescrição segura e eficaz;
  garantir o acesso da população aos medicamentos;
  fornecer subsídios para a implementação de serviços voltados para a prática 
de um modelo em Atenção Farmacêutica e para a gestão dos medicamentos; 
  padronizar condutas terapêuticas;
  reduzir a incidência de reações adversas a medicamentos (RAMs).
Assistência Farmacêutica no SUS8
Os protocolos clínicos são instrumentos que promovem a padronização das condutas 
no atendimento a pacientes e auxiliam na uniformização dos tipos de tratamento para 
determinados diagnósticos. Neste link, você pode encontrar os protocolos clínicos 
terapêuticos elaborados pelo Ministério da Saúde.
https://goo.gl/z3qNFg
Otimização e eficácia das atividades de Assistência 
Farmacêutica
A melhoria do acesso e a otimização de recursos é uma atividade da Assistência 
Farmacêutica. Evitar desperdícios e promover a racionalização no uso dos 
medicamentos, por meio da melhoria da adesão ao tratamento, necessita da 
estruturação de recursos humanos, fi nanceiros e materiais. A Portaria GM/MS 
nº. 204, de 29 de janeiro de 2007, regulamentou o fi nanciamento e a transfe-
rência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde na forma de 
blocos de fi nanciamento. Os blocos compreendem a Atenção Básica, a Atenção 
de Média e de Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, a Vigilância em 
Saúde, a Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS. O bloco de fi nanciamento 
para a Assistência Farmacêutica é constituído por três componentes: 
  Componente Básico da Assistência Farmacêutica: está relacionado 
aos medicamentos e insumos do âmbito da Atenção Básica à Saúde. A 
regulamentação desse componente é dada pela portaria de Consolidação 
n°. 2, de 28 de setembro de 2017, e pela Portaria de Consolidação nº. 6, 
de 28 de setembro de 2017.
  Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica: todos os medi-
camentos utilizados para o tratamento das doenças de perfil endêmico 
que tenham impacto socioeconômico. 
  Componente Especializado (antigo excepcional), Portaria nº. GM/MS 
2981/2009: é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do 
SUS que garante a integralidade do tratamento medicamentoso em nível 
ambulatorial. As linhas de cuidado de tal estratégia estão definidas 
pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicados 
9Assistência Farmacêutica no SUS
pelo Ministério da Saúde. Esses medicamentos estão sob responsabili-
dade das Secretarias Municipais de Saúde, no âmbito do componente 
básico da Assistência Farmacêutica. O CEAF é regulamentado pelas 
Portarias GM/MS nº. 02, de 28 de setembro de 2017, e nº. 6, de 28 de 
setembro de 2017, retificadas no Diário Oficial de 13 de abril de 2018.
Redução de preços de produtos
A Política Nacional de Medicamentos destaca o “desenvolvimento de ini-
ciativas que possibilitem a redução nos preços dos produtos, viabilizando, 
inclusive, o acesso da população aos produtos no âmbito do setor privado” 
(BRASIL, 2001, p. 14).
Os preços de medicamentos são uma barreira para o acesso a medica-
mentos essenciais no Brasil, já que chegam a ser 13,1 vezes mais caros do 
que a média internacional.
A regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil passou por 
diversas reformulações, até que, em 2003, criou-se a Câmara de Regulação do 
Mercado de Medicamentos (CMED), órgão da administração pública presidido 
pelo Ministério da Saúde. Criada pela Lei nº. 10.742/2003 e responsável pela 
regulação dos preços de medicamentos no Brasil, a CMED é composta por 
um Conselho Colegiado dos Ministros de Estado da Saúde, da Justiça, da 
Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além do Chefe 
da Casa Civil da Presidência da República. Além disso, temos um Comitê 
Técnico-Executivo, constituído pelo Secretário da Ciência, Tecnologia e 
Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o Secretário-Executivo da 
Casa Civil, o Secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, o 
Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, o 
Secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio Exterior.A secretaria executiva da CMED é 
exercida pela ANVISA.
Suas principais funções são “definir diretrizes e procedimentos relati-
vos à regulação econômica do mercado de medicamentos” e “estabelecer 
critérios para fixação e ajuste de preços de medicamentos” (BRASIL, 2003, 
documento on-line).
Quanto ao cálculo de regulação do preço máximo de medicamentos, 
estabelecido pela Resolução CMED nº. 1, de 27 julho de 2003, revogada pela 
Resolução CMED nº. 2, de 5 de março de 2004, e alterada pelas Resoluções 
CMED nº. 4, de 15 de junho de 2005, e CMED nº. 4, de 18 de dezembro 
de 2006, estabelece-se que os produtos novos e as novas apresentações de 
Assistência Farmacêutica no SUS10
medicamentos devem ser classificados em seis categorias, com diferentes 
métodos de cálculo de preço, sendo as alterações feitas pelas Resoluções nº. 
4/2005 e 4/2006 referentes ao CAP (Coeficiente de Adequação de Preços):
  Categoria I: “produto novo com molécula que seja objeto de patente no 
país e que traga ganho para o tratamento em relação aos medicamentos 
já utilizados para a mesma indicação terapêutica” e que possua: 1) a 
comprovação de maior eficácia em comparação com os “medicamentos 
já utilizados para a mesma indicação terapêutica”; 2) “mesma eficácia 
com redução significativa nos efeitos adversos” e 3) “mesma eficácia 
com redução significativa do custo global de tratamento” (inciso I, do 
art. 2º, da Resolução nº. 2, de 5 de março de 2004). Para essa categoria, 
o preço fábrica estabelecido não pode ser maior que o menor preço 
fábrica praticado para o mesmo produto nos seguintes países: Austrália, 
Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Itália, 
Nova Zelândia e Portugal. Do mesmo modo, não pode ser maior que o 
menor preço fabricante praticado no país de origem do produto somado 
aos impostos incidentes (Inciso VII, do §2º, do art. 4º, do Anexo da 
Resolução nº. 2, de 5 de março de 2004).
  Categoria II: “produtos novos que não se enquadrem na definição do 
inciso anterior” (inciso II, do art. 2º, da Resolução nº. 2, de 5 de março 
de 2004). O preço fábrica para essa categoria é definido segundo o 
art. 6º dessa Resolução, “tendo como base o custo de tratamento com 
os medicamentos utilizados para a mesma indicação terapêutica, não 
podendo, em qualquer hipótese, ser superior ao menor preço praticado 
dentre os países relacionados no inciso VII do §2º, do art. 4º” (BRASIL, 
2004). O medicamento a ser comparado “será definido pela ANVISA, 
que deverá considerar em sua análise os medicamentos utilizados para 
tratamento em questão no país e as evidências científicas existentes”. 
  Categoria III: “nova apresentação de medicamento já comercializado 
pela própria empresa, em uma mesma forma farmacêutica” (inciso I, 
do art. 3º, da Resolução nº. 2, de 5 de março de 2004). O preço fábrica, 
segundo o art. 7º da mesma Resolução, “não poderá ser superior à 
média aritmética dos preços das apresentações do medicamento, com 
igual concentração e mesma forma farmacêutica, já comercializada 
pela própria empresa”.
  Categoria IV: definida como as novas apresentações de medicamentos 
que sejam novos na lista dos comercializados pela empresa ou que 
sejam medicamentos já comercializados pela empresa em nova forma 
11Assistência Farmacêutica no SUS
farmacêutica (inciso II, do art. 3º, da Resolução nº. 2, de 5 de março de 
2004). Para essa categoria, o preço fábrica será definido pelo “preço 
médio das apresentações dos medicamentos com mesma forma far-
macêutica, ponderado pelo faturamento de cada apresentação” e “com 
base nas apresentações de igual concentração existentes no mercado”. 
Em virtude de não existir apresentações iguais, “a média deverá ser 
calculada com base em todas as apresentações da mesma fórmula e 
mesma forma 29 farmacêutica existentes no mercado, seguindo o cri-
tério da proporcionalidade da concentração do princípio ativo” (caput, 
incisos I e II, do art. 9º, da Resolução nº. 2, de 5 de março de 2004). 
  Categoria V: medicamentos que se apresentem com “nova forma 
farmacêutica no país” e “nova associação de princípios ativos já 
existentes no país” (inciso III, do art. 3º, da Resolução nº. 2, de 5 
de março de 2004). O preço fábrica será definido por: 1) no caso de 
associação entre princípios ativos já comercializados no país, “o preço 
da associação não poderá ser superior à soma das monodrogas e desde 
que o referido preço não implique custo de tratamento superior ao já 
existente” (inciso III, do art. 13º, da Resolução CMED nº. 2, de 5 de 
março de 2004); e 2) no caso de novas formas farmacêuticas ,“será 
considerado o custo de tratamento com os medicamentos existentes 
no mercado brasileiro para a mesma indicação terapêutica, não po-
dendo, em qualquer hipótese, ser superior ao menor preço praticado 
nos países selecionados” (inciso II, do art. 11º, da Resolução CMED 
nº. 2, de 5 de março de 2004). 
  Categoria VI: “medicamento classificado como genérico, de acordo 
com a redação dada pela Lei nº. 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, ao 
inciso XXI do art. 3º, da Lei nº. 6,360, de 23 de setembro de 1976” 
(inciso IV, do art. 3º, da Resolução nº. 2, de 5 de março de 2004). O 
preço fábrica desses medicamentos não poderá ser maior que 65% 
do medicamento de referência (art. 12º, da Resolução nº. 2, de 5 de 
março de 2004).
É importante ressaltar que qualquer pessoa jurídica (distribuidoras, em-
presas produtoras de medicamentos, representantes, postos de medicamentos, 
unidades volantes, farmácias e drogarias) que deseje vender medicamentos 
sobre os quais incida o CAP aos entes da Administração Pública Direta ou 
Indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios, está obrigada a 
aplicar o CAP.
Assistência Farmacêutica no SUS12
1. O financiamento da Assistência 
Farmacêutica é de responsabilidade 
das três esferas de gestão 
do SUS. Esse financiamento 
é constituído por:
a) Componente Básico, 
Componente Estratégico e 
Componente Especializado 
da Assistência Farmacêutica.
b) Componentes Básico e 
Estratégico, Programa 
de Doenças Infecciosas, 
Programa de Doenças 
Parasitárias e Programa de 
Doenças Excepcionais.
c) Cuidados da Atenção Básica, 
Saúde Mental e Saúde da Mulher 
e Componente Especializado 
da Assistência Farmacêutica.
d) Programa de Hipertensão 
e Diabetes, Programa de 
Asma e Rinite e Combate 
ao Tabagismo e Álcool e 
componente diferenciado da 
Assistência Farmacêutica.
e) Programa Aqui tem Farmácia 
Popular, Programa de Doenças 
Infecciosas e Programa 
controle de natalidade.
2. Tendo como base os princípios 
de Assistência Farmacêutica e 
os aspectos a ela relacionados, 
julgue as alternativas abaixo: 
I. A Atenção Farmacêutica atua 
na identificação e avaliação 
de problemas relacionados 
à segurança, à efetividade 
e aos desvios da qualidade 
de medicamentos. 
II. No ciclo da Assistência 
Farmacêutica, a aquisição de 
medicamentos é uma atividade 
de extrema importância e deve 
ser executada em âmbito federal.
III. É de responsabilidade dos 
três gestores do SUS o 
financiamento da Assistência 
Farmacêutica; porém, cabe 
ao governo federal uma parte 
fixa do componente básico.
IV. A Assistência Farmacêutica 
no SUS engloba as atividades 
de seleção, programação, 
aquisição e armazenamento, 
devendo ser baseada na política 
de preços dos laboratórios 
farmacêuticos oficiais.
a) I e II estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) Apenas a opção III está correta.
d) Apenas a opção I esta correta.
e) Todas as afirmações 
estão corretas.
3. A Assistência Farmacêutica é 
compreendida como uma política 
pública que serve para orientar a 
formulação de políticas setoriais, 
como, por exemplo, as políticas 
de medicamentos, de ciência e 
tecnologia, de desenvolvimento 
industrial e de formação de recursos 
humanos. Em relação às diretrizes do 
SUS para a Assistência Farmacêutica, 
assinale a alternativa correta.
a) O farmacêutico deve participar 
do processo de seleção de 
medicamentos, elaborando a 
programaçãoda aquisição.
b) Os médicos assessoram a 
elaboração do edital de 
aquisição de medicamentos e 
outros produtos para a saúde.
13Assistência Farmacêutica no SUS
c) Participar dos processos de 
contratação dos profissionais 
de saúde que atuam na 
Assistência Farmacêutica.
d) Participar das atividades 
relacionadas ao gerenciamento 
de resíduos ambientais conforme 
legislação sanitária vigente.
e) Promover a inserção da 
Assistência Farmacêutica nas 
redes de atenção à saúde 
privadas e dos serviços 
farmacêuticos nas drogarias.
4. De acordo com a Organização 
Mundial de Saúde, o uso racional 
de medicamentos ocorre 
quando “os pacientes recebem 
os medicamentos apropriados à 
sua condição clínica, em doses 
adequadas às suas necessidades 
individuais, por um período de 
tempo adequado e ao menor 
custo possível para eles e sua 
comunidade”. Quais ações 
podem corroborar para o uso 
racional de medicamentos?
a) Aperfeiçoamento dos 
profissionais de saúde e 
aumento do acesso aos 
medicamentos de venda livre.
b) Fortalecimento da indústria 
farmacêutica e aumento 
de recursos para a compra 
de medicamentos.
c) Gestão eficiente da Assistência 
Farmacêutica e aumento do 
acesso aos medicamentos 
essenciais, bem como 
aumento do número de 
medicamentos sem prescrição.
d) Adoção da RENAME, ações 
que promovam o URM 
na comunidade e gestão 
eficiente do ciclo da 
Assistência Farmacêutica.
e) Desenvolvimento e produção 
de novos medicamentos, 
em substituição a 
medicamentos mais antigos.
5. A escolha dos medicamentos a 
serem padronizados pelo serviço 
público de saúde é uma das 
competências da Assistência 
Farmacêutica, visando a eficácia 
terapêutica e a segurança do 
medicamento. Considerando essas 
informações, assinale a alternativa 
correta em relação aos processos 
de padronização e seleção dos 
medicamentos para uso no SUS.
a) Deverão ser selecionados de 
acordo com o menor preço. 
Medicamentos de baixo custo 
podem atender a uma maior 
parcela da população.
b) Deverão ser considerados 
remédios alternativos, 
independentemente da 
eficácia clínica comprovada 
e da situação de registro 
junto à ANVISA.
c) As indústrias farmacêuticas 
não poderão participar dos 
processos de licitação para a 
aquisição dos medicamentos.
d) Deve-se considerar segurança, 
eficácia, qualidade, preços 
acessíveis e que se satisfaça 
as necessidades de saúde 
da maioria da população.
e) Não se pode levar em 
consideração apenas o custo 
do medicamento, cabendo ao 
gestor, preferencialmente, optar 
pelo fármaco mais inovador 
disponível no mercado. 
Assistência Farmacêutica no SUS14
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº. 338, de 06 de maio de 2004. Aprova 
a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Brasília, DF, 2004. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html>. 
Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS: 20 anos de políticas e 
propostas para desenvolvimento e qualificação. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_farmaceu-
tica_sus_relatorio_recomendacoes.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
BRASIL. Política Nacional de Medicamentos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001. Dis-
ponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.
pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
BRASIL. Resolução nº. 3, de 29 de julho de 2003. Aprova, na forma do Anexo a esta Reso-
lução, o Regimento Interno da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. 
Brasília, DF, 2003. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/resolucao-n-3-de-29-de-
-julho-de-2003->. Acesso em: 8 dez. 2018. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. A assistência farmacêutica no SUS. Brasília, DF: 
CFF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/
prt3992_28_12_2017.html>. Acesso em: 8 dez. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções 
técnicas para sua organização. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: 
<http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/283.pdf>. Acesso em: 
4 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do 
Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <http://
www.cff.org.br/userfiles/40%20-%20BRASIL_%20MINIST%C3%89RIO%20DA%20
SA%C3%9ADE%202009%20Diretrizes%20para%20Estruturacao%20Farmacias%20
no%20Ambito%20do%20SUS.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
BRASIL. Portaria nº. 3.992, de 28 de dezembro de 2017. Altera a Portaria de Consolidação 
nº. 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o financiamento e a 
transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde do 
Sistema Único de Saúde. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2017/prt3992_28_12_2017.html>. Acesso em: 8 dez. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS: 
diretrizes para ação. Brasília, DF: CFF, 2015. Disponível em: <http://www.cff.org.br/
userfiles/file/livro.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
15Assistência Farmacêutica no SUS
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº. 578 de 26 de julho de 2013. Sobre as 
atribuições técnico-gerenciais do farmacêutico na gestão da assistência farmacêutica 
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF, 2013. Disponível em: <http://
www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/578.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Assistência Farmacêutica no SUS. 
Brasília, DF: CONASS, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
colec_progestores_livro7.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
ESHERICK, J. S.; CLARK, D.S.; SLATER, E. D. CURRENT: Diretrizes Clínicas em Atenção 
Primária à Saúde (Série Lange). 10. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013.
NASCIMENTO JUNIOR, J. M. et al. Avanços e perspectivas da RENAME após novos marcos 
legais: o desafio de contribuir para um SUS único e integral. Gestão & Saúde, v. 6, Supl. 
4, p. 3354-3371, 2015. Disponível em: <http://www.farmacia.pe.gov.br/sites/farmacia.
saude.pe.gov.br/files/artigo-rename.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
OLIVEIRA, L. F. Análise econômica do preço de medicamentos no Brasil: a diferença entre 
os valores declarados pelas instituições de saúde e os valores regulados no ano de 
2013. 2015. 55 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) 
-Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://bdm.unb.br/bits-
tream/10483/10857/1/2015_LucasFelipeCarvalhoOliveira.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
PAIM, J. et al. The Brazilian health system: history, advances, and challenges. The Lancet, 
v. 377, n. 9779, p. 1778-1797, 2011.
RIBEIRO JUNIOR, O. C. Avaliação da assistência farmacêutica na Atenção Básica de Saúde 
no Brasil com base no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Aten-
ção Básica (PMAQ-AB). Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Fundação Oswaldo 
Cruz – Fiocruz, Manaus, 2017. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/handle/
icict/26459>. Acesso em: 8 dez. 2018.
Assistência Farmacêutica no SUS16
Conteúdo:
 
Dica do professor
Apesar de o Sistema Único de Saúde (SUS) ter apresentado grandes avanços desde a sua criação, 
apenas ele não é suficiente para garantir o cuidado adequado para toda a população brasileira. 
Sendo assim, foram criadas as redes de atenção à saúde, as quais se fundamentam na compreensão 
da assistência primária básica como primeiro nível de atenção, enfatizando a função resolutiva dos 
cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde. Os pontos de atenção à saúde são 
entendidos como espaços nos quais se ofertam determinados serviços de saúde, por meio de uma 
produção singular.
Nesta Dica do Professor, você vai aprender mais sobre para que servem e como funcionam as 
redes de atenção à saúde.
Aponte a câmera para o códigoe acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/91577a9492ba90db2d8d0d43c514a8f4
Exercícios
1) O financiamento da assistência farmacêutica é de responsabilidade das três esferas de 
gestão do SUS. 
Esse financiamento é constituído por: 
A) Componente básico, componente estratégico e componente especializado da assistência 
farmacêutica.
B) Componente básico e estratégico, Programa de Doenças Infecciosas, Programa de Doenças 
Parasitárias e Programa de Doenças Excepcionais.
C) Cuidados da Atenção Básica, Saúde Mental e Saúde da Mulher e componente especializado 
da assistência farmacêutica.
D) Programa de Hipertensão e Diabetes, Programa de Asma e Rinite e Combate ao Tabagismo e 
álcool e componente diferenciado da assistência farmacêutica.
E) Programa Aqui Tem Farmácia Popular, Programa de Doenças Infecciosas e Programa 
Controle de Natalidade.
2) Tendo como base os princípios de assistência farmacêutica e aspectos a ela relacionados, 
julgue as alternativas a seguir: 
I. A atenção farmacêutica atua apenas na identificação e avaliação de problemas 
relacionados à segurança, à efetividade e aos desvios da qualidade de medicamentos. 
II. No ciclo da assistência farmacêutica, a aquisição de medicamentos é uma atividade de 
extrema importância, devendo ser executada em âmbito federal. 
III. É responsabilidade dos três gestores do SUS o financiamento da assistência farmacêutica. 
 
IV. A assistência farmacêutica no SUS engloba as atividades de seleção, programação, 
aquisição e armazenamento, devendo ser baseada na política de preços dos laboratórios 
farmacêuticos oficiais. 
Quais são as alternativas corretas? 
A) I 
B) I e II 
C) III 
D) I e III 
E) II e IV 
3) A assistência farmacêutica é compreendida como política pública e serve para orientar a 
formulação de políticas setoriais, como, por exemplo, as políticas de medicamentos, de 
ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de recursos humanos.
Em relação às diretrizes do SUS para a assistência farmacêutica, assinale a alternativa 
correta.
A) O farmacêutico deve participar do processo de seleção de medicamentos, elaborando a 
programação da aquisição destes.
B) Os médicos assessoram a elaboração do edital de aquisição de medicamentos e outros 
produtos para a saúde.
C) Participar dos processos de contratação dos profissionais de saúde que atuam na assistência 
farmacêutica.
D) Participar das atividades relacionadas ao gerenciamento de resíduos ambientais, conforme 
legislação sanitária vigente.
E) Promover a inserção da assistência farmacêutica nas redes de atenção à saúde privadas e dos 
serviços farmacêuticos nas drogarias.
4) De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o uso racional de medicamentos ocorre 
quando “os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua condição clínica, em 
doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao 
menor custo possível para eles e sua comunidade”. 
Quais ações podem corroborar para o uso racional de medicamentos? 
A) Aperfeiçoamento dos profissionais de saúde e aumento do acesso aos medicamentos de 
venda livre.
B) Fortalecimento da indústria farmacêutica e aumento de recursos para a compra de 
medicamentos.
C) Gestão eficiente da assistência farmacêutica e aumento do acesso aos medicamentos 
essenciais, aumento do número de medicamentos em prescrições.
D) Adoção da Rename, ações que promovam o URM na comunidade e gestão eficiente do ciclo 
da assistência farmacêutica.
E) Desenvolvimento e produção de novos medicamentos, em substituição a medicamentos mais 
antigos.
5) A escolha dos medicamentos a serem padronizados pelo serviço público de saúde é uma das 
competências da assistência farmacêutica, visando a eficácia terapêutica e a segurança do 
medicamento.
Considerando essas informações, assinale a alternativa correta em relação aos processos de 
padronização e seleção dos medicamentos para uso no SUS.
A) Deverão ser selecionados de acordo com o menor preço. Medicamentos de baixo custo 
podem atender uma maior parcela da população.
B) Deverão considerar remédios alternativos, independentemente da eficácia clínica 
comprovada e da situação de registro junto à Anvisa.
C) As indústrias farmacêuticas não deverão participar e não poderão participar dos processos de 
licitação para a aquisição dos medicamentos.
D) Deve-se considerar a segurança, a eficácia, a qualidade, os preços acessíveis e que satisfaça 
as necessidades de saúde da maioria da população.
E) Não podem considerar apenas o custo do medicamento, cabendo ao gestor, 
preferencialmente, optar pelo fármaco mais inovador disponível no mercado.
Na prática
Um aspecto muito relevante na assistência farmacêutica é o planejamento de políticas e ações com 
o objetivo de atingir positivamente a parcela da sociedade que depende do serviço oferecido pelos 
profissionais da saúde.
Você vai conhecer uma iniciativa realizada pela Secretaria Municipal de Casimiro de Abreu, cidade 
localizada no interior do Rio de Janeiro, com uma população de aproximadamente 43.000 
habitantes. A proposta foi elaborada pela coordenação de farmácia do município, a farmácia 
emergencial.
Neste Na Prática, você vai ver o relato do problema.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Papel do farmacêutico na atenção básica
A respeito das explicativas sobre as atribuições do farmacêutico no Sistema Único de Saúde. Veja a 
seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Cuidado farmacêutico na Atenção Básica
O Ministério da Saúde publicou uma coleção de livros sobre os serviços farmacêuticos na atenção 
primária. Confira o site a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Componente estratégico da assistência farmacêutica
O canal EducarSUS disponibilizou um vídeo abordando detalhadamente o componente estratégico 
da assistência farmacêutica. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/colunista-farmacia-papel-do-farmaceutico-na-atencao-basica
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/servicos_farmaceuticos_atencao_basica_saude.pdf
https://www.youtube.com/embed/OHy4RQo7jNM
Assistência farmacêutica nos 30 anos do SUS na perspectiva da 
integralidade
Veja a seguir uma análise sobre a assistência farmacêutica e o acesso a medicamentos no Brasil na 
perspectiva do princípio da integralidade nos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-1937.pdf

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