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Auditoria sobre o balanço patrimonial Neste capítulo abordaremos a auditoria nos subgrupos de contas que compõem o Balanço Patrimonial (BP), destacando os principais itens que devem ser observados pelo auditor, comentando acerca dos aspectos de controles básicos sobre cada um dos subgrupos que serão citados. Balanço patrimonial O balanço patrimonial é uma das demonstrações financeiras exigidas pela legislação atual no Brasil, conforme Artigo 176, inciso I, da Lei 6.404/76, Lei das Sociedades por Ações, também aplicável às demais sociedades, con- forme segue: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; Pelo texto legal é possível observar a importância das demonstrações fi- nanceiras e, notadamente, do balanço patrimonial, pois nessa peça deve ser apresentada de forma clara a situação do patrimônio da companhia. No balanço patrimonial temos o agrupamento dos bens, direitos e obri- gações da empresa, além do seu Patrimônio Líquido (PL), motivo pelo qual o auditor deve estar atento à formação, avaliação e clareza dos valores apresentados. Grupos e subgrupo de contas do balanço patrimonial Seguindo a determinação contida no parágrafo 1.º, do artigo 178 da Lei 6.404/76 há uma estruturação hierárquica dos grupos e subgrupos de contas que devem ser apresentados no balanço patrimonial, sendo que as contas do ativo devem estar dispostas de acordo com a ordem decrescente de grau de liquidez1. Portanto o ativo deve ser disposto conforme segue: 1 Ordem decrescente de liquidez significa dizer que virão por primeiro as contas que serão mais rapidamente convertidas em dinheiro, motivo pelo qual a conta caixa é a primeira na estrutura do ativo. 199 200 Auditoria sobre o balanço patrimonial ATIVO Circulante2 (grupo) Não circulante3 (grupo) Realizável a longo prazo (subgrupo) Investimentos (subgrupo) Imobilizado (subgrupo) Intangível (subgrupo) Para o passivo, de acordo com o parágrafo 2.º, do artigo 176 da Lei 6.404/76, não há claramente definida a estrutura dos subgrupos, todavia a boa técnica recomenda que seja respeitada a ordem decrescente de grau de exigibilidade4. O passivo deve ser disposto conforme segue: PASSIVO Circulante (grupo) Não circulante (grupo) Da diferença entre o ativo e o passivo é composto o grupo de contas de- nominado patrimônio líquido, onde é representado pelos recursos próprios da empresa. Conforme estabelece o artigo 182 e seus parágrafos, a disposição dos subgrupos de contas que compõem o patrimônio líquido é a que segue: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial Reservas de lucros [–] Prejuízos acumulados [–] Ações em tesouraria 3 Não circulante são os bens e direitos (no caso do ativo), ou obrigações (no caso do passivo) que serão realizados, ou exi- gidos, em um prazo supe- rior a 12 meses da data do balanço patrimonial. 2 Circulante são os bens e direitos (no caso do ativo), ou obrigações (no caso do passivo) que serão realizados, ou exigidos, em até 12 meses da data do balanço patrimonial, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, que em certas circuns- tâncias poderá ser maior do que 12 meses. Em uma empresa cuja habitualida- de da formação do ciclo financeiro seja superior a 12 meses, como por exemplo, segmento agrí- cola, mesmo assim seria considerado circulante, pela peculiaridade do negócio. 4 Ordem decrescente de exigibilidade significa dizer que deveriam vir por pri- meiro as contas que serão mais rapidamente exigidos os pagamentos. Auditoria sobre o balanço patrimonial 201 Na fase inicial da auditoria sobre o balanço patrimonial deverá ser verifi- cada visualmente se a disposição dos grupos e subgrupos de contas atende ao que a legislação determina pois, caso contrário, antes mesmo de avaliar os saldos e formação das contas, já mereceria uma crítica por parte da audi- toria no que diz respeito à falta de atendimento à adequada representação do balanço patrimonial. Estrutura do balanço patrimonial Cia CMRC Industrial S.A. Balanço patrimonial Encerrado em 31/12/11 ATIVO Circulante � Não circulante � Realizável a longo prazo Investimento Imobilizado Intangível PASSIVO Circulante � Não circulante � PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social (–) Ações em tesouraria Ajustes de avaliação patrimonial Reservas de lucros Reservas de capital (–) Prejuízos acumulados TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO E PL Auditoria sobre o balanço patrimonial Passaremos a discorrer sobre os itens principais que devem ser aborda- dos na auditoria realizada sobre os saldos das contas do balanço patrimo- nial, destacando que para as contas do ativo, atenção especial deve ser dada, pois conforme cita Crepaldi (2010), o auditor deve estar atento a oito aspec- tos fundamentais, sendo: Existência � – verificação in loco de bens e direitos que compõem o ati- vo, tais como dinheiro, estoques, imobilizado; Avaliação � – constatação se a atribuição de valor aos elementos do ati- vo atende ao que recomenda a legislação e práticas de mercado; 202 Auditoria sobre o balanço patrimonial Autorização – � certificação de que toda transação relevante na empre- sa foi autorizada por pessoas que possuíam competência para tal; Propriedade – � observação de que os itens registrados no ativo são de propriedade da empresa, ou se estão em posse, com devida autoriza- ção de utilização; Restrições – � a determinação da posse de um ativo está diretamente relacionada à verificação se há algum ônus ou restrição de qualquer natureza sobre o ativo; Exatidão de valores � – verificação se os itens que compõem os bens e direito estão registrados por seus valores exatos, ou por estimativas confiáveis e demonstráveis; Utilidade – � certificação da efetiva utilidade de um item que esteja re- gistrado no ativo, em relação à sua potencialidade de uso; Apresentação nas demonstrações � – neste item, conforme havíamos ressaltado anteriormente, o auditor deve estar atento, pois um erro de classificação ou descrição inadequada nas demonstrações financeiras pode ser tão grave quanto um erro de valor. Auditoria em caixas e bancos Por ser um ativo de pronta liquidez, é um dos mais sujeitos à utilização indevida por parte de empregados da empresa. Nessa área, mesmo que exista um bom sistema de controle interno, o au- ditor deve fazer um volume maior de testes, já que o risco de manipulações é grande. Aspectos de controle Os aspectos mais importantes a considerar em um sistema de controles internos sobre caixa e bancos, os quais devem ser observados pelo auditor, são: 1.º) Em relação à estrutura organizacional Existência de segregação de funções entre a tesouraria e a conta- � bilidade; Auditoria sobre o balanço patrimonial 203 Adequada segregação de tarefas dentro do setor financeiro; � Definição por escrito das responsabilidades e autoridade dentro do � departamento; Concessão regular de férias aos funcionários que movimentam o � caixa. 2.º) Em relação ao dinheiro movimentado através do caixa Adequadas medidas de segurança e proteção; � Acesso restrito ao local onde se guardam os fundos; � Contagem periódica dos fundos em caixa por pessoa independen- � te das funções de caixa; Existência de limite de valor a ser pago pelo caixa; � Existência de sistema de fundo fixo de caixa; � Existência de normas claras a respeito do funcionamento do fundo � fixo. 3.º) Em relação às cobranças em carteira Emissão de recibos pré-numerados tipograficamente, para todos � os recebimentos; Verificação de descontos ou acréscimos concedidos por pessoa � alheia à função de caixa; Comprovação de depósito integral dos recebimentos; � Controle físico e contábil dos recebimentos a partirdo momento � que são recebidos; Segregação de funções entre o controle físico e contábil. � 4.º) Em relação aos pagamentos com cheques Existência de procedimentos para a emissão de cheques; � Dupla assinatura e rubrica nos documentos; � Comunicação imediata aos bancos quando um funcionário, com � poderes para assinar cheques, é desligado da companhia; 204 Auditoria sobre o balanço patrimonial Identificação e cancelamento de documentos pagos; � Arquivo dos cheques cancelados para controle da sequência � numérica; Controle dos cheques emitidos a serem entregues aos favorecidos; � Controle dos cheques em branco. � 5.º) Em relação aos registros contábeis Existência de registro contábil sobre cada fundo, e cada conta � bancária; Existência de controle sobre a sequência numérica dos recibos, no- � tas fiscais de vendas, cheques emitidos e notas de débitos ou de créditos; Que toda a movimentação seja contabilizada de imediato de modo � que os saldos das contas se mantenham atualizados; Que sejam preparadas conciliações pelo menos uma vez ao mês; � Que as conciliações sejam preparadas por pessoa independente � daquela que registrou os valores em caixa e bancos; Que as conciliações sejam preparadas em formulário específico; � Que as conciliações sejam examinadas e aprovadas por pessoa � distinta de quem as preparou, e de nível superior a ela. Auditoria no contas a receber As contas a receber representam, normalmente, um dos mais importan- tes ativos das empresas em geral. São oriundas das vendas a prazo de mer- cadorias e serviços de clientes, ou oriundas de outras transações que geram valores a receber. Pelo fato de envolver valores normalmente elevados, o auditor deve ter atenção redobrada quando do exame dos saldos que compõem as contas a receber. Auditoria sobre o balanço patrimonial 205 Aspectos de controle O auditor, após selecionado certo número de operações dos clientes, poderá ter uma visão ampla dos controles internos, verificando pontos de controle, tais como: 1.º) Em relação às duplicatas a receber Existência de relatórios com todos os dados relativos a duplicatas; � Existência de acompanhamento da numeração sequencial das � duplicatas; Existência de acompanhamento dos recebimentos dos valores nas � datas de vencimento; Serviço de cobrança eficiente; � Segregação de funções entre a área de contas a receber e a conta- � bilidade; Existência de política de descontos e devoluções com a ciência da � área de contas a receber. 2.º) Em relação às duplicatas descontadas Controles que evidenciem a “entrega” de duplicatas a terceiros; � Histórico do vencimento das duplicatas; � Existência de relatório de acompanhamento da liquidação das � duplicatas. 3.º) Em relação ao registro nos livros fiscais Lançamento de todas as notas fiscais, origem das duplicatas, nos � livros fiscais. 4.º) Em relação à constituição de crédito de liquidação duvidosa Histórico da base de cálculo que motivou a constituição do crédito; � Existência de relatório que contemple todos os dados das duplica- � tas consideradas na constituição. 206 Auditoria sobre o balanço patrimonial 5.º) Em relação aos registros contábeis Existência de contabilização de todas as duplicatas vencidas e a � vencer; Adequada segregação dos valores no curto e no longo prazo; � Contabilização do crédito de liquidação duvidosa adequadamente; � Contabilização das duplicatas descontadas; � Existência de escrituração regular nos livros fiscais; � Conciliações periódicas dos saldos das contas. � Auditoria nos estoques Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação das companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabi- lização e principalmente de avaliação. Aspectos de controle A auditoria nos estoques tende a ser importante e trabalhosa, pois en- volve muitos aspectos de controles internos, os quais devem ser cuidadosa- mente averiguados pelo auditor, onde destacamos: 1.º) Em relação à autonomia departamental e responsabilidades Segregação de funções entre compras, registros contábeis e custó- � dia dos estoques; Responsabilidade quanto à revisão das autorizações de compras e � respectivas execuções; Responsabilidade quanto à revisão da documentação referente à � recepção das mercadorias; Responsabilidade quanto ao controle e contagem física dos estoques; � Responsabilidade pela valorização dos saldos do inventário físico; � Responsabilidade pela requisição de mercadorias; � Auditoria sobre o balanço patrimonial 207 Responsabilidade pela aprovação da ordem de compra; � Responsabilidade pela conferência das faturas emitidas pelos � fornecedores. 2.º) Em relação aos registros das transações Adequado registro contábil de todos os saldos dos estoques, � segregados; Adequado registro contábil e fiscal dos impostos incidentes sobre � os estoques; Adequado registro dos custos de produção e de venda; � Adequado registro contábil das requisições de materiais; � Adequado registro contábil das devoluções de itens dos estoques. � 3.º) Em relação ao acesso, seguro e condições de armazenamento Estoques armazenados em local seguro, limpo e com restrições de � acesso por pessoas estranhas; Existência de instruções e dispositivos de segurança contra incêndio; � Existência de apólice de seguro sobre esses ativos; � Toda movimentação suportada por documento hábil. � 4.º) Em relação ao inventário dos itens de estoques Existência de instruções internas sobre o inventário; � Periodicidade da realização dos inventários e soluções após identi- � ficações das diferenças. Auditoria nos investimentos Para tornar rentável o excesso de dinheiro temporário em bancos, expan- são dos negócios, diversificação das operações, ou alianças estratégicas com outras companhias, as empresas aplicam seus recursos, caracterizando os investimentos. Normalmente essas aplicações dividem-se em três grupos, a saber: 208 Auditoria sobre o balanço patrimonial Aplicações financeiras; � Participação do capital social de outras companhias; � Outros investimentos. � Aspectos de controle O auditor deverá sempre estar atento às transações pertinentes a esses tipos de investimento, principalmente voltado a identificar os critérios e mé- todos de avaliação desses ativos, além da correta contabilização dos valores, podendo auditar os seguintes aspectos: 1.º) Em relação às aplicações financeiras Existência de documento que evidencie o tipo de aplicação finan- � ceira, bem como as taxas praticadas; Existência de extratos bancários que possibilitem a contabilização � dos rendimentos; Adequada classificação contábil respeitando o prazo de liquidação � da aplicação; Conciliação periódica das contas. � 2.º) Em relação à participação no capital social de outras companhias Existência de documento formal que evidencie a participação em � outras companhias, representada pela quantidade de ações ou co- tas no capital social; Existência de documento que evidencie o método de avaliação � desses investimentos; Adequada classificação contábil, respeitando o método de avalia- � ção do investimento e a intenção, ou não, de alienar; Conciliação periódica das contas. � 3.º) Em relação à aplicação de recursos em outros investimentos Existência de documentação formal que evidencie a propriedade � do ativo; Auditoria sobre o balanço patrimonial 209 Existência de documento que evidencie o método de avaliação � desses investimentos; Adequada classificação contábil respeitando o método de avalia- � ção do investimento e a intenção, ou não, de alienar; Conciliação periódica das contas. � 4.º) Em relação aos investimentos avaliados pelo método da equiva- lência patrimonial Evidências das sociedades caracterizadas como controladas na � companhia auditada; Evidências das sociedades caracterizadas como coligadas na com- � panhia auditada; Evidências que caracterizem a influência significativa dos investi- � mentos nas empresas investidas; Evidênciasque caracterizem os investimentos que deverão ser ava- � liados por esse método; Evidências que caracterizem a determinação do valor do PL da so- � ciedade investida; Existência de cálculos que evidenciem a avaliação pelo método da � equivalência; Evidências de recebimentos de dividendos da sociedade investida; � Adequada contabilização de todas as variações pertinentes ao mé- � todo da equivalência patrimonial. Investimentos sujeitos à avaliação pela equivalência patrimonial Deve-se aplicar o Método de Equivalência Patrimonial (MEP) no caso de avaliação do investimento em coligadas e controladas, conforme artigo 248 da Lei 6.404/76 que diz que, no Balanço Patrimonial da companhia, os in- vestimentos em sociedades coligadas ou controladas, ou mesmo em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum, serão avaliados por esse método. 210 Auditoria sobre o balanço patrimonial Sociedades coligadas, controladas e controladoras São coligadas as sociedades quando uma participa com 10% ou mais do capital de outra, sem controlá-la. Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou por intermédio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores. Observa-se, assim, que o controle pode ser direto ou indireto (por meio de outras controladas) e refere-se à participação no capital votante. É considerada controladora aquela empresa que detém a maioria do ca- pital votante de suas controladas, normalmente representado por 20% das ações ordinárias, que são aquelas onde os detentores têm poder de votação nas assembleias. Ressaltamos que, existindo o capital pulverizado entre di- versos acionistas, a empresa controladora poderá deter o controle mesmo com participação inferior a 20% do capital votante, desde que com essa par- ticipação seja o maior acionista em percentual de ações com direito a voto. Auditoria no imobilizado O ativo imobilizado das empresas é composto por todos os bens e di- reitos, de permanência duradoura, que se destinem à manutenção das ati- vidades da companhia, inclusive os de propriedade industrial e comercial. Os itens classificados na categoria de ativo imobilizado incluem os bens tangíveis, que têm corpo físico, tais como terrenos, obras civis, máquinas, móveis, veículos, direitos sobre recursos naturais etc. Integram ainda o imobilizado, os recursos aplicados ou já destinados a bens, mesmo que ainda não estejam em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tais como construções em andamento, importações em anda- mento, adiantamento para inversões fixas etc. Aspectos de controle Por ser um subgrupo de contas que contempla um número muito grande de movimentações, e que geralmente envolve valores relevantes, o audi- tor deve estar atento à composição das contas, realizando testes globais que possibilitem a verificação da fidedignidade dos números registrados, avaliando: Auditoria sobre o balanço patrimonial 211 1.º) Em relação aos itens já incorporados e às adições Existência de arquivos organizados que contemplem todos os do- � cumentos originais que serviram de base para a contabilização das adições, tais como notas fiscais, escrituras de terrenos, impostos de transmissão de posse etc.; Existência de planejamento para a aquisição de bens e direitos do � ativo imobilizado; Aprovação formal das aquisições por pessoas competentes; � Afixação de plaqueta de controle do patrimônio; � Existência de inventários internos em todos os bens do imobilizado; � Contabilização segregada dos valores. � 2.º) Em relação aos gastos de manutenção que aumentam a vida útil dos bens do ativo imobilizado Existência de arquivo organizado dos documentos que suportam � os gastos; Critério adotado para a imobilização dos valores; � Existência de planejamento anual de manutenções; � Contabilização segregada dos valores. � 3.º) Em relação às depreciações, amortizações e exaustões Existência de evidências do método de cálculo adotado pela em- � presa; Evidências da vida útil do bem ou do direito; � Evidências de cálculos de depreciação acelerada; � Contabilização segregada dos valores. � 4.º) Em relação às baixas Existência de nota fiscal de venda; � Existência de autorização formal para a venda; � 212 Auditoria sobre o balanço patrimonial Apuração do resultado da venda do bem; � Evidência de baixa do bem no sistema de controle patrimonial; � Contabilização segregada em conta de resultado. � 5.º) Em relação ao teste de recuperação dos ativos Existência de documento interno emitido por pessoa competente � que avaliou a recuperabilidade dos ativos; Se for o caso, existência de laudo técnico comprovando a avaliação � realizada por pessoa habilitada; Controle segregado das contas avaliadas; � Contabilização segregada dos valores. � Auditoria no intangível As entidades frequentemente despendem recursos ou contraem obri- gações com a aquisição, desenvolvimento, manutenção ou a ampliação de recursos intangíveis, como conhecimento científico e técnico, projetos e im- plantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento mercadológico e marcas registradas. Alguns exemplos de itens que se enquadram nessas amplas divisões in- cluem software de computadores (em alguns casos), patentes, direitos de reproduções, filmes cinematográficos, listas de clientes, entre outros. Como conceito, um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física, mantido para uso na produção ou suprimento de bens ou serviços, para ser arrendado a terceiros ou para fins administrativos. Aspectos de controle O auditor deverá estar atento à correta classificação dos valores, bem como quanto aos critérios de amortização adotados pela empresa, preser- vando a adequada contabilização em conformidade com a legislação. 1.º) Controles básicos sobre os intangíveis Existência de documentos idôneos que geraram a classificação dos � valores; Auditoria sobre o balanço patrimonial 213 Existência de autorização formal, aprovada por pessoa competente, � dos gastos realizados; Existência de planejamento anual de gastos intangíveis; � Existência de controle de projetos onde conste a finalidade, prazo � de duração, início de resultados, objetivos a serem alcançados; Critérios de cálculos dos valores amortizados; � Controle de amortização dos intangíveis; � Contabilização segregada dos valores. � 2.º) Controles adicionais sobre os intangíveis Existência de documento especificando a data de aquisição, perío- � do de formação do valor, nome do cedente, prazo de duração, valor da aquisição e valor dos acréscimos utilizados para cada imobiliza- ção intangível; Existência de registro em cartório, ou amparado por lei, das imobi- � lizações intangíveis; Existência de controle das datas de vencimento e cessão de direitos � das imobilizações não desenvolvidos pela empresa; Quando a imobilização técnica é formada dentro da empresa: � Existência de projeto que gerou o valor intangível e o orçamento que possuía quando foi aprovado; Natureza da autorização e a legitimidade administrativa de quem autorizou; Validade da documentação e a coerência dela com a discrimina- ção dos objetivos e metodologia do projeto; Os resultados conseguidos em cada fase do projeto; A adequação das apropriações dos custos; O plano de amortização dos valores. 214 Auditoria sobre o balanço patrimonial Auditoria nas obrigações As obrigações das companhias são apresentadas no passivo, que se sub- divide em passivo circulante e passivo não circulante. Os registros das obrigações da companhia devem obedecer ao Princípio Contábil da Competência do Exercício, assim, mesmo que determinadas obrigações não tenham a correspondente documentação, mas já sejam pas- sivos incorridos, conhecidos e calculáveis, deverão ser registradas atravésde provisão. Seguindo o ensinamento de Almeida (2003), as contas do passivo são testadas para que o auditor tenha a certificação de que todas as dívidas da companhia foram devidamente registradas na contabilidade. No entendimento de Sá (1998) para as contas de obrigações a preocupa- ção do auditor é observar se realmente os títulos representativos das dívidas se originam de operações aprovadas e comprovadas. Aspectos de controle Por envolver prováveis desembolsos de numerários, muitas vezes signifi- cativos, o auditor deverá estar atento quanto à correta classificação dos valo- res, idoneidade dos documentos originais e segurança dos registros contá- beis, avaliando, entre outros itens: 1.º) Controles básicos sobre as obrigações Segregação de funções entre o setor de contas a pagar e a tesouraria; � Segregação de funções entre o setor de contas a pagar e compras; � Sistema de autorização e aprovação para compras e pagamentos; � Conciliação periódica dos saldos do contas a pagar e tesouraria; � Utilização de duas assinaturas de pessoas independentes nos � cheques; Evidências de cancelamentos dos documentos após os pagamentos; � Atualização constante dos passivos sujeitos a variações dos valores; � Auditoria sobre o balanço patrimonial 215 Controle de pagamentos para evitar atrasos e consequentes de- � sembolsos de multas e juros; Segregação de valores tanto a curto como a longo prazo; � Existência de setor fiscal responsável pelo acompanhamento dos � tributos; Adequação dos cálculos da folha de pagamento, provisão de férias � e décimo terceiro salário. 2.º) Controles adicionais sobre os empréstimos Existência de contrato com instituições financeiras fixando prazo � de liquidação da dívida, nome do credor, tipo de moeda, forma de atualização dos valores; Memória de cálculo de variação monetária e juros; � Contabilização de eventuais encargos financeiros antecipados; � Critério para amortização dos valores; � Segregação dos saldos no curto e no longo prazo; � Evidência de notas explicativas nos balanços patrimoniais, demons- � trando a existência de dívidas. Para Dal Mas (2000), é imprescindível que o auditor obtenha uma decla- ração do cliente, por escrito, de um ou mais titulares responsáveis, a respeito dos passivos. Essa declaração recebe o nome de certificado da gerência, ou carta de representação, e deve conter comentários sobre: a certificação de que todos os passivos são conhecidos ou determináveis � e que foram refletidos nas demonstrações financeiras da companhia; a existência de uma relação por espécies dos passivos contingentes � conhecidos e respectivas importâncias; casos importantes em demanda ou pendentes, tais como ações judi- � ciais, questões com o imposto de renda, infrações aos regulamentos. A obtenção dessa declaração é de suma importância para resguardar o auditor de fraudes ou erros que não foram identificados na auditoria, em razão da ausência do registro nas demonstrações financeiras. 216 Auditoria sobre o balanço patrimonial Auditoria no patrimônio líquido No balanço patrimonial, a diferença entre o valor do ativo e do passivo representa o patrimônio líquido, que é o valor contábil que pertence aos acionistas ou sócios. Por ser um grupo de contas de interesse direto dos acionistas ou sócios, a principal missão do auditor é constatar se as transações que ocorreram durante o período auditado foram atendidas em conformidade com a legis- lação, e com as disposições societárias e estatutárias. Aspectos de controles São vários os aspectos a serem observados pelo auditor no grupo de contas do patrimônio líquido, sendo os principais: 1.º) Em relação aos controles básicos Decisões importantes aprovadas por atas de reuniões ou assem- � bleias da diretoria; Assinatura de cheques para pagamentos de dividendos por pelo � menos duas pessoas independentes; Sistema de autorização e aprovação para desdobramento de cau- � telas; Segregação de funções entre o departamento responsável pela � guarda das cautelas e a contabilidade. 2.º) Em relação ao capital social Evidências da integralização, que poderá ser em bens, créditos ou � direitos; Documentação de comprovação da entrada efetiva dos valores; � Adequado arquivamento do estatuto social, ou contrato, eviden- � ciando as incorporações de capital; Registros contábeis fidedignos. � Auditoria sobre o balanço patrimonial 217 3.º) Em relação às reservas de capital Evidências de constituição do saldo, cujo valor não deve ter tido � como origem o resultado; Constituição da reserva de capital, que somente poderá conter: � Correção monetária do capital realizado (extinta a partir de 1996); Ágio na emissão de ações; Alienação de partes beneficiárias; Alienação de bônus de subscrição; Reservas para aumento de capital. Evidências da destinação da reserva que somente poderá ser: � Absorção de prejuízos, quando estes ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; Resgate, reembolso ou compra de ações; Resgate de partes beneficiárias; Incorporação ao capital social; Pagamento de dividendos. 4.º) Em relação às reservas de lucros: Evidências da constituição desta reserva, que obrigatoriamente é � constituída pela apropriação dos lucros; Desmembramento das reservas de lucros que podem ser: � Reserva legal; Reserva estatutária; Reserva para contingências; Reserva de lucros a realizar; Reserva de lucros para expansão; Reserva de lucros para dividendos não distribuídos. 218 Auditoria sobre o balanço patrimonial 5.º) Em relação aos lucros (intermediários) ou prejuízos acumulados Evidências de ajustes de exercícios anteriores, que somente pode- � rão ser realizados em virtude de mudança de critério contábil ou retificação de erros do passado, que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes; Composição dos últimos resultados e distribuição de dividendos. � 6.º) Em relação aos dividendos Evidências de critério de constituição e distribuição de dividendos � mencionados no estatuto social; Evidências de registros de dividendos propostos pelos administra- � dores. 7.º) Em relação às ações em tesouraria Metodologia de aquisições de ações, que somente poderão ser � para: Operações de resgate, reembolso ou amortização; Aquisição para permanência em tesouraria ou cancelamento, limitada ao saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social ou recebimento dessas ações por doação; Aquisição para diminuição do capital; Mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, se o preço desta for inferior ou igual à importância que deve ser restituída. Evidências de alienação de ações em tesouraria que deverão ser re- � gistradas como reserva de capital. Enfatizamos que, de acordo com Franco e Marra (2001), terminada a au- ditoria dos bens e direitos do ativo, e concluída a auditoria das obrigações, estaria, a rigor, auditado o patrimônio líquido, pois este constitui a diferença entre os valores de ativos e passivos. Todavia, conforme observamos ante- riormente, a auditoria do patrimônio líquido extrapola os registros contá- beis, devendo o auditor estar atento a vários documentos, como estatutos, atas e, principalmente, se estes estão em sintonia com a legislação. Auditoria sobre o balanço patrimonial 219 Ampliando seus conhecimentos Auditoria e credibilidade (SÁ, 2010) Diversos têm sido os artigos e comentários, nacionais e internacionais, sobre o problema das auditorias. A questão é bem antiga, de mais de trinta anos, mas só agora em nosso país tem ocorrido a evidência de tal fato com maior insistência. Em 28 de janeiro deste 2002 o Jornal do Brasil, por exemplo, editou um artigo de Isabel Clemente sobre a questão, evocando o caso do Banco Na- cional, do Banco Econômico e outros, ou seja, de balanços onde os auditores se certificaram sobre a regularidade das empresas, mas essas, na realidade, estavam já arruinadas e escondiam tal situação em seus balanços. Ressaltoua articulista a dimensão dos erros no caso do Banco Nacional e que não só eram centenas como se arrastaram por muitos anos. Informa o artigo que os auditores de nome internacional apresentaram como correta uma posição sólida quando em realidade o estabelecimento estava quebrado. Também sob o título “Contabilidade indecifrável torna-se desafio para analistas e investidores” o The Wall Street Jornal Américas estampou em edição em português, no Estado de Minas de 24 de janeiro de 2002, um artigo do re- pórter Steve Liesman. O tema enviado dos Estados Unidos girou em torno dos fatos ocorridos com o colapso da grande empresa Enron, sobre o escândalo que provocou a falsidade das demonstrações contábeis da mesma, seguida de práticas que foram denunciadas como fraudes, envolvendo, no evento, uma empresa in- ternacional de auditoria. O enfoque da questão, tanto no artigo brasileiro como no estadunidense, deixa evidente uma crítica à falta de segurança e à complicação das normas contábeis, tudo sem conseguir evitar a falsidade da opinião emitida sobre a situação das empresas auditadas. 220 Auditoria sobre o balanço patrimonial Envolve, o trabalho de Liesman as opiniões de alguns professores e analis- tas contendo acusações à “engenharia financeira” e outros pontos que enten- dem débeis quanto à validade e à segurança das demonstrações contábeis. O problema, todavia, como afirmei, não é recente e eu o acusei, há mais de vinte anos, em artigos, livros, conferências e entrevistas, como o fizeram outros intelectuais brasileiros e estadunidenses (basta dentre eles ressaltar o brilhante papel do professor Abrahan Briloff da Universidade de Nova York). A questão, todavia, não se encontra nas normas, nem na incapacidade de uma auditoria detectar fraudes, mas na qualidade de métodos de serviços e de algumas normas. Acresce a tudo isto a questão da ética e a da fragilidade com que as pu- nições às fraudes ocorreram. Não é à contabilidade que se deve culpar, nem à sua tecnologia da auditoria, mas sim à forma como essas são usadas pelos que as transformam em instrumento de falsidade demonstrativa. Se culparmos a ciência do Direito pelas fraudes de alguns advogados que a imprensa também, vez por outra, noticia; se culparmos a medicina pelos erros médicos; se culparmos a Física pelos prédios que desabam por incúria de alguns engenheiros, estaremos, sim, cometendo uma grave injustiça. A realidade que existe sobre a matéria é a da forma defeituosa que se consagrou para normatizar e a omissão de órgãos controladores e que pos- suem o poder de fiscalização. Nos Estados Unidos, nação da qual se copiaram normas em nosso país, como se elas fossem infalíveis e evoluídas, o regime contábil foi conside- rado pelo Senado daquela nação, desde a década de 1970, como de má qualidade. Mesmo assim pouco ou quase nada se fez para mudar o quadro de tão crua realidade. Foi naquela nação mesmo que a atuação de grupos de interesses em ma- nipular dados, os levou ao domínio político de entidades de classe e uma vez com o poder manipularam as regras contábeis e de auditoria de acordo com os interesses da especulação (assim o denuncia o senado norte-americano). O Brasil, entretanto, é o único país do mundo que conheço que procurou de certa forma dar seriedade científica em seus caminhos normativos. Auditoria sobre o balanço patrimonial 221 Os trabalhos do professor Olívio Koliver, principalmente, na defesa da produção de normas de teor científico e os esforços dos professores Ynel Alves Camargo e Alberto Almada Rodrigues (para nos referimos apenas a esses três como exemplos) foram relevantes para contornar pressões políti- cas sobre a questão e dar cunho mais seguro ao sistema normativo. O Conselho Federal de Contabilidade tem evitado seguir a metodologia das “alternativas” e a má orientação que vitimou os Estados Unidos (como o acusa o senado daquela nação há mais de 30 anos), mas esbarra nos li- mites de nossas defeituosas leis que na parte contábil se limitaram a copiar o que na mesma época o parlamento norte-americano sugeria que fosse abandonado. O grande erro de toda essa parafernália que se armou, para sofisticar e empregar conceitos vazios para permitir exatamente o “jogo de opções” , foi o que o senado estadunidense, de forma pejorativa, denominou de “Conta- bilidade criativa” (em relatório de comissão parlamentar de inquérito presi- dida pelo senador Lee Metcalf ). A questão basicamente se situa no distanciamento que se teve da ciência contábil e que foi cometido por muitas das normatizações. Muito do que se apresentou como “a melhor técnica”, “inovação”, não passou de instrumentação para permitir o enfraquecimento da sinceridade dos balanços e de seus anexos. Para manter o domínio sobre a produção de tais ensejos de maquiagens, todavia, tem-se adotado toda forma de pressão, quer em entidades de classe quanto no governo e quem denuncia isso é o próprio senado dos Estados Unidos, como já nos referimos. Não é sem muitas razões, portanto, que procuram alguns agentes de tais sistemas aéticos desprestigiar a teoria científica da Contabilidade. Isso porque são as teorias científicas as que competentemente perseguem a verdade sobre os acontecimentos ocorridos com a riqueza, e a realidade que essas buscam é a que menos interessa aos que manobram nas Bolsas. O articulista estadunidense referido apresenta o tema ao feitio do utente da informação e o faz com justiça, pois, de fato, o que denuncia é algo evi- dente e muitas vezes comprovado. 222 Auditoria sobre o balanço patrimonial No Brasil, também a Folha de S.Paulo editou matéria do prestigioso jorna- lista Celso Ming sobre tema semelhante ao de Isabel Clemente, somando-se às justas críticas que se fazem ao comportamento das empresas e dos audi- tores mencionados, mas, nenhum deles, nega a capacidade da classe profis- sional e nem da Contabilidade em encontrar fraudes. Tem faltado ética, isto sim. Isto porque acima das normas está o homem. Tem faltado ação coercitiva dos órgãos fiscalizadores em entender que é impossível um trabalho aprofundado e seguro diante dos critérios hoje em uso no mercado. Em várias partes do mundo reclama-se por uma formação ética de melhor nível e é esta a que pode efetivamente mudar o quadro atual da corrupção e vícios. A questão, pois, tem raízes profundas, mas entendo que as soluções passam pelo amor à verdade não só como comportamento humano, mas, também, como metodologia e consciência de exercício do conhecimento estribado em fundamentos científicos, esses os exclusivos que deveras são competentes para a evidência da verdade. Enquanto a preocupação for só a de emitir regulamentos sob a ação de efeitos pragmáticos, enquanto não se cobrar a ética no exercício profissional, nos níveis que pode e deve ser exigida, estaremos sujeitos aos problemas agora denunciados e que não são culpa de um ramo de conhecimento, mas, sim, do uso do mesmo de forma inadequada. Atividades de aplicação 1. Comente sobre o cuidado que o auditor deve ter na verificação visual das contas que compõem o balanço patrimonial, antes mesmo de co- meçar a examinar os saldos contábeis. 2. No tocante aos aspectos de controles que o auditor deve ter sobre os subgrupos de contas de caixas e bancos, discorra sobre aqueles que se referem à estrutura organizacional. Auditoria sobre o balanço patrimonial 223 3. Como uma forma de resguardar o auditor contra possíveis passivos que não estão registrados, é comum a solicitação para a empresa au- ditada de um documento chamado certificado da gerência, ou carta de representação. Em relação a esse documento, comente quais são os principais itens que devem compô-lo. Referências ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades porações. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 11 out. 2010. BRASIL. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e di- vulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 06 dez. 2010. CREPALDI. Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. DAL MAS, José Ademir. Auditoria Independente. São Paulo: Atlas, 2000. FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. SÁ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998. _____. Auditoria e Credibilidade. Publicado em: 2010. Disponível em: <www. lopesdesa.com.br/>. Acesso em: 06 dez. 2010.