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DESIGN E DESIGN E 
SOCIEDADESOCIEDADE
Esp. Andréia Vitorinho
IN IC IAR
introdução
Introdução
Nesta unidade, vamos aprender sobre tendências no design, como as
tendências surgem e como podemos identi�cá-las. Discorrer sobre alguns
estilos e suas principais características, falaremos também sobre a relação do
design com a identidade cultural e como um interfere no outro,
compreendendo como é o processo de construção de um grupo social
de�nindo sua identidade pela cultura. Os elementos que in�uenciam o design
dos produtos, sejam visuais ou materiais, suas percepções e interpretações
do consumidor. Tecnologia ligada ao processo para novos produtos criativos e
funcionais, e como o design pode colaborar na divulgação e aplicação de
diretrizes do momento em que vivemos, por exemplo, sustentabilidade e
ecologia como fatores determinantes. Espero que o conhecimento nesta
unidade seja prazeroso e muito bem aproveitado por você.
A tendência por de�nição dos dicionários é: “aquilo que leva alguém a seguir
um determinado caminho ou a agir de certa forma; predisposição,
propensão” (DICIO.COM, 2018, ON-LINE ), está ligada diretamente ao
comportamento das pessoas gerando mudanças em qualquer área, produtos
ou serviços. Essas mudanças ocorrem conforme a realidade do mercado,
alternando de tempos em tempos.
Essas tendências são percebidas por meio de pesquisas de mercado,
observando as alterações comportamentais da sociedade e seus hábitos.
Toda a informação colhida durante as pesquisas é processada alterando
atitudes e formas para atender essas necessidades percebidas na sociedade
ou público especí�co. São de suma importância histórica e marcam
movimentos sociais, de classes e, também, épocas.
O design não impõe tendência, simplesmente, busca na sociedade as suas
necessidades, que dependendo de sua atuação, podem ser mais duradouras
e, por alguns momentos dominantes, mas sempre em constante mudança.
Tendências Design Grá�coTendências Design Grá�co
Um projeto tem seus objetivos especí�cos, que estão voltados a um cenário e
particularidades aos quais é destinado. Para determinar os caminhos a serem
seguidos, são necessárias várias pesquisas em diversas bases, não deixando
sair do foco que foi predeterminado, mas percebendo todas as tendências
que rodeiam o objetivo do projeto.
A criatividade no mercado está em permanente mudança, alterando
processos de comunicação, colocando novas tendências a nossa frente e
novos meios à disposição. O design vai se utilizar desses meios e tendências
para se comunicar melhor com um determinado público, pois faz a percepção
das alterações sociais e as difunde em grande volume de pessoas, alterando
os discursos visuais e oratórios, �rmando as maneiras de comunicação
daquele momento. Essa é uma propriedade do design: identi�car as
tendências que se alternam de forma cada vez mais rápida na nossa
sociedade e dispô-las rapidamente para o público em geral.
praticar
Vamos Praticar
O setor de pesquisa deve se preparar com antecedência para cada nova coleção ou
produto. A importância de um bom pro�ssional na análise de tendências é
incalculável. Caso a pesquisa não seja efetiva, os produtos correm o risco de
encalhar, o que gera prejuízo à empresa. A segmentação mercadológica refere-se à
identi�cação de grupos de consumidores que pode ser efetivamente atendida e
atingida por meio do mesmo esforço do marketing. Segmentar signi�ca agrupar, de
forma homogênea, consumidores de determinada categoria de produtos que
possuam características semelhantes.
Considerando as informações apresentadas, a pesquisa de tendências tem como
função:
a) Determinar as preferências de consumo no futuro próximo por meio de
uma fotogra�a do consumidor em interação com os acontecimentos sociais,
políticos, econômicos e culturais.
b) Prever a reação do ser humano diante de uma realidade social,
econômica, política, espiritual e ambiental por meio do processo intuitivo.
c) O processo de Pesquisa de Mercado consiste na de�nição do problema,
desenvolvimento do plano de pesquisa, coleta de informações, análise das
informações e apresentação dos resultados para administração.
d) Fomentar a qualidade e a competitividade de marcas por meio do aporte
de informações aleatórias e casuais.
e) Identi�car produtos especí�cos que farão sucesso no semestre ou ano
seguinte.
Os estilos são elementos de grande in�uência nos projetos de design, são
fatores históricos e sociais. Esses conceitos de estilos aplicados no design vão
caracterizar o visual da peça a ser desenvolvida, bem como determina e
especi�ca locais e datas de peças já produzidas anteriormente. As
características desses estilos podem ser de ordem tecnológica, expondo a
forma como foram produzidos e impressos, o que havia disponível na época e
a linguagem usada, tanto a verbal como a visual e tátil, mostrando a cultura
que havia no período histórico em que foram produzidos. O conhecimento
histórico da sociedade e meios de produção vão dar diretrizes para um
projeto de design com conceitos e objetivos especí�cos.
Clássico
Surgido na antiguidade, no período grego e romano entre VI e IV a. C., era
marcado pelo sinônimo de beleza e linhas elegantes. Sua característica é a
riqueza dos detalhes; as cores, como azul-marinho, verde esmeralda,
dourado, branco, rosa claro; a apreciação por materiais, como a cristais,
EstilosEstilos
porcelanas, latão, sempre acompanhados por pedras. A repetição é uma
característica desse estilo para criar uma harmonia. 
Figura 4.1 – Exemplo do estilo clássico aplicado em convites de casamento 
Fonte: Freepik.
Moderno
O design moderno emprega uma sensação de simplicidade em todos os seus
elementos, a funcionalidade e o acabamento são pontos fortes desse estilo.
Suas linhas e formas são mais simples; e as cores, por sua vez, sem muita
mistura, na maioria das vezes, cores primárias, preto ou branco. As suas
principais características são a simplicidade e a praticidade, oferecendo uma
atmosfera clean . O estilo moderno tem como lema a frase "a forma segue a
função", pronunciada pelo famoso arquiteto norte-americano Louis Sullivan.
Figura 4.2 – Exemplo do estilo moderno em cartão de visita 
Fonte: Freepik.
Contemporâneo
É um estilo que incorpora as tendências mais recentes de design e está
sempre antenado às novidades, marcado por linhas retas e angulares, as
cores neutras e claras auxiliam como base para detalhes sutis e chamativos
em cores mais vibrantes. O estilo contemporâneo permite uso de cores e
texturas, sendo o contraponto do estilo moderno, embora mantenha seu
equilíbrio e simplicidade. Conta com elementos de vidro, pedra, cimento, aço,
mármore e madeira clara ou escura.
Figura 4.3 – Exemplo de cartaz contemporâneo 
Fonte: Rawpixel / Freepik.
Minimalista
Esse estilo de design é de�nido por um senso de funcionalidade e linhas
muito limpas e sem excessos. A famosa frase do arquiteto Mies Van der Rohe,
“Less is More” (“Menos é Mais”), contrapõe-se totalmente aos estilos clássicos,
sendo a completa redução de elementos de ornamentação. O supér�uo é
desnecessário. O minimalismo começa com as cores: o branco é a base, não
se tratando apenas de uma estética, mas como funcionalidade e base para
tons neutros como o�-white , bege, cinza e, até mesmo, o preto são bem-
vindos na hora de compor a paleta de cores. Materiais como vidro, madeira,
espelhos, mármores e a assimetria são características fundamentais desse
estilo.
Industrial
O estilo se inspira em armazéns, proporcionando a sensação de crueza
inacabada em boa parte de seus elementos; é muito comum ver tijolos,
madeira e outros materiais expostos sem acabamentos. São usadas
referências urbanas com uso de galpões industriais com amplos espaços e
estruturas expostas em contraste com a decoração so�sticação. As suas
características são a escolha de materiais naturais, como algodão e lã;
acabamentos inacabados; e uso de cores neutras e pontuais com cores
vibrantes,como amarelo, vermelho e azul. Há também o uso de metal com
acabamentos fosco de acordo com o projeto.
Figura 4.4 – Exemplo de cartaz minimalista 
Fonte: Myriammira / Freepik.
Figura 4.5 – Estilo industrial - Loft 
Fonte: Vintage Industrial Style / Pinterest.
Rústico
O design rústico tem inspiração natural, usando elementos em estado bruto,
muitas vezes, inacabados, como madeira e pedras. A referência à natureza, ao
campo e ao natural são uma das características mais relevantes desse estilo.
A combinação de cores claras e escuras, tons neutros e terrosos é bastante
utilizada. É preciso um pouco de cautela para não deixar o projeto muito
saturado. Para combinações mais harmoniosas, pode-se utilizar elementos
modernos para quebrar o “peso” da decoração rústica.
Vintage
O Estilo vintage é a apropriação de outros períodos que tenham mais de 20
anos, podemos dizer que é a junção do que havia de melhor em cada década.
Suas maiores in�uências são as décadas de 1920 a 1980. O design grá�co no
estilo vintage se apropria das cores, fontes antigas, com valor nostálgico e
envelhecimento, sendo o estilo identi�cado por pistas visuais muito
marcantes. O estilo vintage é a perfeita apropriação do estilo, sem mudanças
estilísticas, destacando a individualidade e recordando a memória histórica,
com resquício de brilhantismo que identi�ca o público-alvo.
Vale ressaltar que é sempre importante fazer uma pesquisa para o projeto a
ser produzido, pensando no seu público e no seu objetivo para relacioná-lo
aos estilos que in�uenciam o design.
praticar
Vamos Praticar
“Surgido na década de 80, pode ser tido como uma reação aos
movimentos pós-modernos no design. Contrapondo-se à grande variação
cromática, formal e simbólica presente nos objetos projetados por
ambos os grupos, o seu design cria produtos baseados numa redução
formal extremamente forte e no uso de cores neutras, ou mesmo
ausência de cores. No entanto, ao tratar o projeto apenas como antítese
ao design pós-moderno”.
MINIMALISMO. Wikipédia : a enciclopédia livre. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minimalismo >. Acesso em: 20 ago. 2019.
Figura 4.6 – Exemplo de cartaz vintage 
Fonte: Macrovector / Freepik.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minimalismoc
A que estilo ou linguagem aplicada ao design o texto se refere:
a) Art Déco.
b) Clean .
c) Rococó.
d) Minimalismo.
e) Moderno.
Temos nossa identidade única como indivíduos, dessa forma, para Cardoso
(2008), a identidade é algo indissociável do conceito de memória, ou seja, está
relacionada a nossas experiências pessoais, vivências e uma realidade
interior, com in�uências exteriores, como hábitos da sociedade, experiências
coletivas plurais e ecléticas. O conjunto dessas experiências constrói a nossa
identidade individual e original.
As características de como vivemos, de como nos relacionamos uns com os
outros e de como usamos a comunicação oral e visual determinam uma
identidade nacional, a cultura de um povo e de um país. In�uenciam o nosso
modo de viver e de nos relacionarmos com valores físicos, mentais,
psicológicos, espirituais, isto é, tudo o que tem como referência os valores
pessoais.
Todo o conjunto de manifestações culturais e a maneira de se relacionar em
uma região determinada de�nem um grupo social, uma etnia, um povo,
pessoas que têm suas vivências e relações construídas através dos tempos. 
Design e IdentidadeDesign e Identidade
CulturalCultural
A identidade cultural mantém o indivíduo pertencente a um local, com
características únicas, ligações que in�uenciam e participam da construção
das pessoas. Ela é construída por fatores pessoais e sociais, identi�cados e
singularizados, formando a identidade de um grupo, uma comunidade, uma
região, durante anos de relações.
Componentes Culturais no Design
O conceito de cultura nos permite idealizar valores ou identidades, usando as
bases do design para sanar as necessidades de uma pessoa ou comunidade,
mantendo essa unidade ao grupo social. Auxilia também na comunicação
visual, fazendo uso dos conjuntos de características que possibilitará o design
ser preciso em relação aos hábitos e às idades a que se destina.
O Brasil, por ser um país extenso e com grande diversidade de etnias e
cultura, di�culta uma identidade única. Por um lado, essa diversidade deu
uma identidade ao nosso design, sendo criativo e dinâmico. O seu
amadurecimento revela a grande riqueza da nossa cultura.
O design e suas várias de�nições ao longo do tempo foram acompanhando as
mudanças sociais e culturais. Sempre visando ampliar e estabelecer
qualidades do produto ou processo, possuindo como fator central a inovação.
Figura 4.7 – Lanternas chinesas, exemplos da identidade do país 
Fonte: Tuusitt / Freepik.
A cultura como um fator relevante para o design exerce o equilíbrio,
valorizando a identidade local, a funcionalidade e os atributos diferenciados
de um projeto.
Compreendendo as mudanças da sociedade e o contexto das
transformações, o designer adquire novas formas de pensar e agir com a
capacidade de compreender essas mudanças, orientando os rumos dos
projetos e sendo capaz de solucionar problemas, criar e instigar
conhecimento.
praticar
Vamos Praticar
O sistema cultural está em constante mudança e compreender essa dinâmica é
importante para entender a humanidade e as diferenças entre povos de culturas
diferentes, por isso é necessário entender as diferenças dentro de um mesmo
sistema. O design pode interferir na cultura estabelecendo e aperfeiçoando
padrões, confrontando-a, destruindo-a, recriando-a e alterando-a.
Diante do enunciado podemos concluir que:
a) O design descarta aspectos culturais em seus projetos, pois a cultura é um
conceito recente e envolve vários aspectos relativos ao homem como
membro de uma sociedade que se origina.
b) O design busca ferramentas determinantes para a de�nição de uma
estratégia de valorização do per�l do consumidor, recusando os fatores
culturais.
c) O designer rejeita a tradição cultural do produto, contribuindo para a
valorização do produto e podendo conferir um alto valor.
d) O design ao projetar busca compreender a cultura do lugar como uma
oportunidade fundamental no desenvolvimento de produtos, bene�ciando o
produto seja qual for o contexto cultural de referência.
e) O design cria produtos que recusam expressões culturais com resultados
relacionados ao per�l da empresa e não possui valores do lugar com que se
relaciona.
Já pontuamos várias vezes em todas unidades a importância do design. Agora,
vamos ressaltar as in�uências para o design ter sucesso. Ele destina a
mensagem a um público determinado sobre produtos, identidade visual,
cores, estilos, princípios etc., potencializando a comunicação dentro da
sociedade.
Para que esse sucesso seja assertivo, estudos voltados ao comportamento do
público, suas percepções e interpretações dos projetos são imprescindíveis.
A�nal, o design é um fator decisivo e in�uencia muitas decisões. Algo que
ajuda nos dias de hoje é a tecnologia que está diretamente ligada ao processo
de decisão, pois traz novos meios e métodos de comunicação. Alinhar um
bom design com as experiências do público e sua cultura estabelece o
sucesso e o objetivo desejado.
Tecnologia e Globalização
Com a Revolução industrial, a tecnologia começa a melhorar o dia a dia das
pessoas, as indústrias aceleraram os meios de produção e os meios de
Elementos queElementos que
In�uenciam o DesignIn�uenciam o Design
comunicação �caram mais acessíveis. Nesse processo, o design foi se
ajustando para dar melhores soluções a produtos gerais e meios de
comunicação, expandindo as relações humanas. Esse desenvolvimento da
tecnologia de conexão entre as pessoas permitiu o conhecimento de lugares,
culturas, entre muitas outras coisas, sem sair de nosso conforto e de�nindo
uma globalização da comunicação.
Figura 4.8 – Mapa mundial com tecnologia global ou rede de conexão social. 
Fonte: Macrovector / Freepik.A globalização é um processo de interação econômica, social, cultural e
política, que teria sido impulsionada no �nal do século XX e no início do século
XXI. Assim, para Cardoso (2016):
O design nasceu com o �rme propósito de pôr ordem na bagunça
do mundo industrial. Entre meados do século XVIII e �ns do século
XIX – o período que corresponde, grosso modo, ao surgimento do
sistema de fábricas em boa parte da Europa e dos Estados Unidos
– houve um aumento estonteante da oferta de bens de consumo,
combinado com queda concomitante do seu custo, ambos
provocados por mudanças de organização e tecnologia produtivas,
sistemas de transporte e distribuição. (CARDOSO, 2016, p. 9).
A globalização do processo de comunicação por meio de redes, acelera as
mudanças de comportamento que acontecem a todo momento. A informação
que passa a todo momento nas nossas mãos por meio dos smartphones ,
altera opiniões e sistemas de busca facilitam o acesso a diversas informações
por pesquisa cruzadas de palavras especí�cas.
A transformação de paradigma que mais afetou a prática do
design é ainda mais recente, datando essencialmente dos últimos
25 anos. Trata-se, é claro, do salto revolucionário em tecnologias
da informação – em especial, equipamentos e programas que
possibilitam manipular com facilidade e exatidão, assim como
transmitir com extrema rapidez, grande quantidade de dados,
inclusive imagens e modelos (CARDOSO, 2016, p. 125).
A inovação tecnológica re�ete a capacidade do design se desenvolver e
proporcionar soluções para problemas e projetos. Precisa ter cautela com a
quantidade de informações que recebemos hoje. Administrar as tecnologias
de comunicação para não �car dependente e nem se limitar a um meio. A
pro�ssão de design é um desa�o, pois deve-se utilizar a tecnologia como uma
ferramenta para solucionar problemas, aprofundar ideias e proporcionar
experiências sem torná-las mais do mesmo.
Sustentabilidade e Ecologia
A importância e a discussão sobre a ecologia e sustentabilidade no mundo
globalizado levam os designers a terem um olhar mais criativo, pois este
alcança todas as áreas de conhecimento. Re�ete diretamente no design,
rede�nindo todos os processos de um projeto. A compreensão do conceito de
sustentabilidade é necessária para desenvolver o assunto.
O conceito de sustentabilidade ambiental refere-se às condições
sistêmicas segundo as quais, em nível regional e planetário, as
atividades humanas não devem interferir nos ciclos naturais em
que se baseia tudo o que a resiliência do planeta permite e, ao
mesmo tempo, não devem empobrecer seu capital natural, que
será transmitido às gerações futuras (MANZINI; VEZZOLI, 2008, p.
27 apud RODRIGUES; BELLIO; ALENCAR, 2012, p. 98).
Com a evolução da indústria e tecnologia, os modos de produção e a
sociedade têm mudado com muita rapidez, afetando a vida das pessoas e
re�etindo diretamente no meio ambiente. O design atua com relevância no
impacto ambiental, na busca de novas soluções e recursos que causem
menos impactos ao meio ambiente. Calegari et al. (2017) discorrem a respeito
da importância do design:
Neste contexto, percebe-se a importância de aliar a
sustentabilidade com o design, na medida em que os designers
podem partir de seus preceitos para desenvolver produtos que
causem menos danos ao planeta (CALEGARI et al., 2017, p.3).
O design utiliza ferramentas para minimizar o impacto ambiental, reduzindo
custos e faz uso da pesquisa de materiais com menor impacto ou conexão
com o ambiente, podendo ser materiais extraídos da natureza sem seu
esgotamento, pensando em todo seu ciclo de vida.
Portanto, os conceitos sobre sustentabilidade abordados nas
ementas analisadas nesta pesquisa enfatizam o papel do designer
como personagem estratégico no desenvolvimento de produtos,
avaliando implicações ambientais, soluções técnicas, considerando,
durante a concepção de produtos, a diminuição de impactos
ambientais ligadas ao ciclo de vida do produto (CALEGARI et al.,
2017, p. 9).
Figura 4.10 – Recipientes de comida rápida ecologicamente corretos 
Fonte: Yuliyafurman / Freepik.
O design em seu papel sempre inovador, idealizador e respeitando os três R’s
da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), vem descobrindo e
apresentando soluções que atendem às necessidades sociais e econômicas,
sem agredir o meio ambiente, anexando os conhecimentos multidisciplinares
e saído, muitas vezes, de sua área de conforto para ter uma visão mais ampla
dos problemas apresentados.
praticar
Vamos Praticar
O conceito de sustentabilidade ambiental refere-se às condições sistêmicas,
segundo as quais, em nível regional e planetário, as atividades humanas não devem
interferir nos ciclos naturais em que se baseia a resiliência do planeta.
Sobre o papel do designer em relação à sua interferência ecológica, avalie as
a�rmações e assinale a verdadeira
a) Cabe ao designer pensar no objeto projetado, em termos sustentáveis,
usando apenas recursos naturais.
b) A globalização trouxe consigo um quadro ambiental mais sustentável.
c) O designer deve pensar na sustentabilidade de seus projetos quando
usados materiais sintéticos, pois materiais naturais são recicláveis.
d) O design não precisa pensar na vida útil de um produto, apenas nos
materiais sustentáveis.
e) Pensando em soluções sustentáveis no projeto de um produto ou
ambiente, o designer estimula valores e resoluções sustentáveis de consumo
e comportamento.
indicações
Material
Complementar
LIVRO
O essencial do design grá�ico
Bob Gordon e Maggie Gordon
Editora: Senac São Paulo
ISBN-10: 8539607603
ISBN-13: 978-8539607600
Comentário: O livro apresenta as etapas do design,
seus fundamentos e como podemos desenvolver ideias
e conceitos. O livro explana sobre o design grá�co,
como identi�camos um bom design e discorre um
pouco sobre a tecnologia, design grá�co de superfície,
embalagens, web design e multimídia.
LIVRO
Design, Cultura e Sociedade.
Gui Bonsiepe
Editora: Blucher, São Paulo
ISBN: 978-85-212-0532-6
Comentário: Um conteúdo que apresenta a análise do
design no século XX, descrevendo e relatando o
desenvolvimento deste e sua a relação com os meios
políticos e sociais. Também mostra o despreparo e
oportunismo de alguns designers, mas aponta soluções
para um futuro melhor.
FILME
Design & Thinking
Ano: 2012
Comentário: O documentário apresenta como o
design pode gerar mudanças sociais e in�uenciar o
mundo dos negócios. Aborda também como os
designers podem mudar o mundo por meio de suas
criações.
Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, vimos as tendências no design, como surgem, como podemos
identi�cá-las e quais suas implicações para o processo de criação do design.
Foram tratados aqui alguns estilos e suas principais características, a relação
do design e a identidade cultural, compreendendo essa interação e qual é o
papel do pro�ssional ao solucionar problemas do dia a dia, sempre com a
visão voltada a um grupo social determinado.
Como os processos criativos e a tecnologia afetam o desenvolvimento de
projetos e como a percepção da sociedade vai sendo alterada com o passar
dos tempos, todos estes aspectos que nos cercam vão in�uenciar nossas
decisões. A mudança de paradigma na concepção de novos projetos é
necessária, com um olhar mais sustentável, atentando-se à preservação do
meio ambiente e respeitando o ciclo de vida.
referências
Referências
Bibliográ�cas
CALEGARI, E. P.; OLIVEIRA, B. F. A sustentabilidade no ensino de design em
instituições federais de ensino superior no brasil . 2017.
CARDOSO, C. L.; QUEIROZ, S.; GONTIJO, L. A. Identidade cultural em projeto de
produto: técnicas e ferramentas. In: XXIX Encontro nacional de engenharia
de produção , Salvador/BA, 2009.
CARDOSO, R. Uma introdução à história do design . São Paulo: Blucher,
2008.
CARDOSO, R. Design para um mundo complexo . São Paulo: Ubu Editora,
2016.
MINIMALISMO. Wikipédia : a enciclopédialivre. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minimalismo >. Acesso em: 20 ago 2019.
RODRIGUES, J. A. R.; BELLIO, L.; ALENCAR, C. O. C. Sustentabilidade no design:
A transversalidade das teorias �losó�cas e suas articulações na
contemporaneidade complexa. In: ModaPalavra e-periódico , v. 5, n. 9, 2012,
p. 98.
TENDÊNCIA. Dicionário online do Dicio.com . 2018. Disponível em <
https://www.dicio.com.br/tendencia/ >. Acesso em: 20 ago. 2019
IMPRIMIR
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minimalismo
https://www.dicio.com.br/tendencia/

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