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AUTORES: MAYRA SOARES PROCÓPIO JAIR JOSÉ GASPAR JÚNIOR ADRIANA FERREIRA DA SILVA LETÍCIA NAKAMURA LEONARDO DOS SANTOS TEIXEIRA IZABELA RODRIGUES DE MENEZES AMANDA DOS SANTOS FERREIRA CAMPO GRANDE, 2014 3 PREFÁCIO a mesma forma dinâmica do corpo humano o sistema único de saúde SUS nos revela neste livro suas analogias com o corpo humano, trazendo numa didática comparativa mais compreensível assimilação aos acadêmicos e profissionais na área de saúde. O termo anatomia refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. Sendo neste intuito, que neste livro procuramos detalhar as estrutura do SUS, de forma a conhecer as estruturas micro e macroscópicas deste sistema único de saúde. Portanto, nossa proposta é literalmente de HUMANIZAR o SUS. SUMÁRIO 1. O que é SUS? .................................................................................................... 6 2. Por que o SUS foi criado? ............................................................................ 11 3. Quais os princípios e diretrizes do SUS? ................................................... 16 4. Leis e normas do SUS? ................................................................................. 21 5. O que mudou com a criação do SUS? ........................................................ 28 6. Quais os níveis de atenção á saúde no SUS .............................................. 33 7. Atenção primaria, média, complexidade e alta complexidade ................ 37 8. Estratégia de saúde da família e NASF ....................................................... 45 9. Como é a formação de profissionais para o SUS? ................................... 54 10. Como e onde o fisioterapeuta interfere no SUS ...................................... 59 11. Como podemos melhorar o SUS e a saúde no Brasil ............................. 63 4 Dedicamos toda esta obra ao Criador de toda humanidade, e que por sua graça enviou JESUS como a resolução do pecado do mundo, sendo, no princípio o Verbo: o Deus auto-revelado (Luz) e a redenção (Vida), para proporcionar a todos nós a dádiva da “Sabedoria de Deus" (I Coríntios 1:21). 5 PARTE ❶ • O que é o SUS? 6 O que é o SUS? Mayra Soares Procópio1 Adriana Ferreira da Silva2 O Sistema Único de Saúde do Brasil que é reconhecido pela sigla SUS é uma instituição publica dos três níveis de governo: federal, estadual e municipal, com a participação complementar do setor privado. Cabendo unicamente ao setor publico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle da gestão e financiamento do sistema único de saúde1, 2. Assim, da mesma forma, que o crânio abriga o encéfalo com um sistema nervoso central que controla as demais redes do sistema corporal; o SUS também dispõe de um sistema central dos três poderes primordiais para os demais setores da saúde do Brasil. Figura 1. Três níveis de governo cada um autônomo e apenas fundido como poderes do estado democrático. 1 Graduada em Educação Física UFMS/2008 Especialista Pedagogia Critica UFMS/2010 Graduanda em Fisioterapia UFMS/2015 2Graduando em Fisioterapia -UFMS/2016 7 Assim, um Sistema universal e hierárquico, o conjunto de ações dos Estados, Distrito Federal e Municípios que integra o SUS em prol de um mesmo objetivo: a saúde pública, ao mesmo tempo, cada uma destas esferas de gestão dos três níveis de governo possui funções e competência especifica. Entretanto, devem estar articuladas entre si, para propor as três doutrinas ideológicas do SUS: universalidade, equidade e integralidade á nível da saúde nacional 2, 3, 5. O SUS tem como objetivo principal em atender o direito social, previsto no art. 6º da Constituição Federal de 1988, sendo considerado o maior programa de inclusão social no mundo. Por sua vez, o artigo 198 da Constituição brasileira inclui a participação da comunidade entre os itens que tratam das ações e serviços públicos integrantes de uma rede regionalizada e hierarquizada pelo sistema único de saúde 1, 5. Assim, o SUS tem como gestão publica e gerencia a administração de unidades ou órgãos de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação, etc..) que se caracterizam como prestadores de serviço do SUS. E a própria gestão pública que pode decidir sobre a contratação de serviço de setor privado de saúde, sendo proibida a destinação de recursos públicos para auxílios as instituições privada com fins lucrativos e também proibido capitais financeiros dos estrangeiros na assistência a saúde do Brasil 2, 3. Do mesmo modo, o cérebro tem a capacidade de processar e mandar informações especifica para atender a necessidades dos órgãos e funções orgânicas. Já, os Conselhos de Saúde e as Conferências de Saúde são instâncias de participação social presentes em todos os níveis de gestão do SUS. O primeiro reúne-se em caráter permanente, é composto por representação de vários segmentos - governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários do SUS, e atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões são 8 homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído, ou seja, na esfera do governo federal, o Ministro da Saúde 2,4. Portanto, como a cabeça possui estruturas ósseas que se articulam e protege o sistema central, nesta mesma analogia os 3 níveis de governo atuam de forma articulada, para manter o foco do SUS e sua relação com os demais rede do SUS. Figura 2. Três níveis de governo articulado em uma mesma proposta de Saúde no Brasil, foco do SUS e a democratização do SUS. Atualmente, o SUS completa 25 anos, é notável reconhecer que houve melhora no acesso à atenção básica à saúde prestada por Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas por todo o território nacional; o avanço obtido pela cobertura vacinal que oferece proteção a todas as crianças do País, assim como do sistema de assistência pré- natal realizado pelas UBS (Unidade Básica de Saúde) como também, os benefícios 9 decorrentes de um programa de transferência de rendas que permitiu diminuir o índice de pobreza no País, que, nos anos 1970, simulava 68% da população, e, no início de 2008, reduziu-se a 31% da população. Embora, tenham as vitórias a comemorar, é preciso reconhecer que ainda existam metas a serem cumpridas desde a criação do Sistema Único de Saúde, muitas vezes, por falta de empenho das autoridades federais é o da destinação de recursos públicos para o pagamento de serviços prestados pelo setor privado 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DE SOUZA, Maria do S. e CABRAL, Ivone E. 25 anos de regulamentação do SUS e a 15º Conferência Nacional de Saúde. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem Rev. Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal. 18(3) Jul-Set 2014;18(3):376-378, 2014. 2. MENDES, José D. V. e BITTAR, O. J. N. V. Perspectivas e desafios da gestão pública no SUS. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 16, n. 1, p. 35 - 39, 2014. 3. PETTA, Helena Lemos. Formação de médicos especialistas no SUS: descrição e análise da implementação do programa nacional de apoio à formação de médicos especialistas em áreas estratégicas (Pró-Residência). Rev. bras. educ. med. [online], vol.37, n.1, pp. 72-79, 2013. 4. SIQUEIRA, José E. 25 anos do SUS: o que há para comemorar?. Rev.O Mundo da Saúde, São Paulo;37(1):56-64,2013. 5. VALENCA, Cecília Nogueira and GERMANO, Raimunda Medeiros. O que é SUS. Cad. Saúde Pública [online], vol.26, n.6, pp. 1262-1263, 2010. 10 PARTE❷ • Por que o SUS foi criado? 11 Por que o SUS foi criado? Leonardo dos Santos Teixeira1 Assim como o coração funciona como um dos principais órgãos do nosso organismo o contexto histórico do Brasil antes desse sistema de saúde é a base e o impulsionador da vida do SUS, além de tudo isso serve como fonte de ideologias e exemplos de luta1,2. O Brasil traz consigo um atraso desde a época de colônia, afinal foi um dos últimos países da América do sul a se tornar independente e no quesito saúde não foi diferente, nessa época a existência de médicos era extremamente escassa e não existia nenhum tipo de saneamento básico, o que trazia para a população pobre muitas doenças, e consequentemente mortes, afinal a única coisa que existia na época eram boticários, curandeiros e hospitais filantrópicos que faziam somente o mínimo2,3. Com a chegada da família real vieram também às primeiras escolas de medicina que deu um maior enfoque aos profissionais dessa área, e iniciaram-se as discussões das práticas em saúde. Porém pra realidade da época isso não foi suficiente2. O inicio do século XX trouxe consigo muitas pestes, trazendo uma visão ruim do Brasil perante os outros países, mostrando a face da saúde péssima existente, prejudicando muito as indústrias, afinal muitas pessoas morriam num período muito curto de tempo. Havia assim a necessidade de uma reforma sanitária que se iniciou com Oswaldo cruz, e com as politicas públicas de tirar os pobres das regiões centrais para o saneamento básico e também as vacinas obrigatórias para tentar diminuir as pestes que ainda assombravam o nosso país. Ainda nessa época houve através de trabalhadores influentes a institucionalização dos CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões), que davam algum amparo ao trabalhador, mas somente aos que tinham carteira assinada, não abrangendo nem mesmo um por cento da população brasileira2,3,4. 1 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 12 Com a crise de 29 e a implantação do estado novo com um governo populista os trabalhadores conseguiram certa voz no governo, conquistando alguns ministérios, inclusive entre eles o Ministério da Saúde e Educação, porém isso não mudou a visão perante a saúde do povo, pois ainda assim somente uma pequena parte da população era abrangida pelo novo sistema que eram os IAPs (Institutos de Aposentadorias de Pensões) de cada classe, que dava direito a aposentadoria e saúde para os trabalhadores de carteira assinada que estavam nas classes trabalhadoras determinadas3,4. O inicio da ditadura trouxe consigo a mudança dos IAPs para o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) e através de um governo extremamente autoritário e elitista trouxe um maior enriquecimento aos ricos e tirou muitos recursos dos pobres. Além disso, o governo militarista foi marcado por uma gestão fraudulenta na qual se tirou muito fundo da previdência social para obras extremamente custosas no país, o que gerou uma indignação muito grande na população, além de tudo isso a saúde era centrada na visão médico-privatista, completamente hospitalocêntrica e com uma medicina superespecializada, tudo isso com o objetivo de agradar as elites e promover maior lucro para estas. O decreto 200/1967 trouxe a priorização da contratação dos serviços privados para a saúde pública, o que deixou a saúde pública sem nenhum desenvolvimento, ficando estagnada quiçá ainda pior do que antes2,5. A saúde estava caótica, a população descontente, doenças novamente acometendo a população, tudo isso serviu como instrumento de revolta para a população contar o militarismo e o mal que esse governo estava trazendo para a população, a partir daí se tem movimentos para lutar contra a ditadura, esses movimentos servem como o nó sinoatrial em nosso coração, afinal este dá estímulo ao batimento cardíaco, e também faz com que o este estímulo chegue ao todo e assim surta resultado3,4. 13 As revoluções não pararam aí e ainda tivera um aditivo, o conceito de saúde coletiva chegou e consigo trouxe mais mobilização para que este fosse colocado em prática, desde o ambiente universitário até as grandes massas, esse conceito em analogia com o coração seria o miocárdio, afinal da estruturação, base e contorno se obtém daí1. 14 A partir do movimento sanitário que foi feito por diversas classes conseguiu a participação civil nas conferências de saúde, dentre estas a participação mais notória foi na 8ª Conferência Nacional de Saúde que contou com cerca de quatro mil pessoas, e conquistou uma reforma do sistema de saúde, para que este fosse de acesso a todos sem distinção e totalmente livre do sistema privado, que funcionaria somente como complementar, tudo isso na constituição brasileira. E assim em mil novecentos e noventa foi criado o SUS2,5. O SUS foi criado por uma necessidade de uma saúde pública de qualidade para todas as pessoas e não somente a trabalhadores ou as elites através do sistema privado, o que serviu de motivo de descontentamento da população por muito tempo, até que esta conseguiu se juntar e lutar pelo que as pessoas enxergavam como um direito, e assim conquistaram e garantiram na constituição o direito da saúde a todos sendo dever do estado 1,2,5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. PIRES, Adriane Batiston e De Moraes, DOS SANTOS, Mara Lisiane. Capacitação de Profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) do Mato Grosso do Sul. 2013. 2. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. SUS: avanços e desafios. – Brasília : CONASS, p. 23-28, 2006. 3. NETTER, MD Frank H. Atlas de Anatomia Humana. Ed. Elsevier. 5ª edição –p. 205- 223, 2011. 4. BRASIL, Ministério da Saúde, Portaria Nº 154 de 24 de janeiro de 2008. 15 PARTE ❸ • Quais os princípios e diretrizes do SUS? 16 Quais os princípios e diretrizes do SUS? Amanda dos Santos Ferreira 1 Izabela Rodrigues de Menezes2 Assim como os dedos das mãos, os princípios e diretrizes são divididos para que sua união possa resultar em um Sistema Único de Saúde preparado para atender a toda a população com qualidade, interagindo uns com os outros como os próprios dedos e sabendo que cada um tem sua importância e utilidade para o melhor funcionamento da máquina humana1,2. 1. UNIVERSALIDADE Fazendo uma analogia com o dedo indicador, a universalidade é o principio norteador do SUS, pois como previsto na Constituição Federal “Saúde é um direito de todos”4,5. Acesso à saúde e serviços do SUS para todo o cidadão garantido pela Constituição. E tem por objetivo o fim das barreiras jurídicas que foi conquistado com a Constituição de 1, 2 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 17 88, das barreiras econômicas (dificuldade de acesso, p. ex. meio de transporte, das barreiras socioculturais (barreira da linguagem, comunicação entre prestadores de serviços e usuários), que acabam por impedir a população de ter uma qualidade de vida desejada1,2,3. 2. EQUIDADE Seguindo a analogia com os dedos, a equidade representa o 3º dedo. Ela garante o cuidado do cidadão, tratando desigualmente os desiguais1. Cuidar ou tratar de cada cidadão de acordo com sua necessidade, reconhecer as desigualdades e atende-las de forma justa, garantindo saúde qualidade de vida igualmente a todos. Para isso o fluxo de investimentos e a orientação das ações devem ser organizados a fim de suprir as necessidades da população. Esse princípio se interage com o princípio da integralidade3,4,5. 3. INTEGRALIDADE O dedo anelar é muito utilizado para a ornamentação, com anéis e alianças, representando assim um compromisso. A integralidade é também um compromisso com os usuários do sistema, atendendo-os de forma completa7. Refere-se à promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do indivíduo por meio de unidades de prestação de serviçoequipadas e bem estruturadas, pessoas capacitadas e recursos necessários à produção de saúde, envolvendo desde a promoção da saúde de modo inespecífico até a vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica2,3,4. 4. DESCENTRALIZAÇÃO Assim como o dedo mínimo, sendo o menor e não menos importante, a descentralização tem seu papel, tornando a gestão do sistema mais eficiente1.É a divisão da gestão do sistema, gerando autonomia nos níveis federal, estadual e municipal sobre as funções e responsabilidades de cada nível1,4. 18 5. PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS Novamente no dedo indicador, se faz analogia à participação dos cidadãos nas políticas de saúde. Sendo de extrema importância para que o sistema se desenvolva com competência1. É direito de o cidadão participar da formulação de políticas de saúde, com representação nos conselhos de saúde e nas conferências de saúde. É direito de a população receber informações e conhecimento sobre as questões de saúde através das instituições1,2,6. 6. REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO O dedo médio, como o próprio nome diz, está no meio dos demais dedos. Ou seja, faz a intermediação do sistema com a população assim, estão correlacionados e dizem respeito à forma com que o sistema se organiza entre si e com a população e a regionalização se refere à delimitação de um espaço territorial para o sistema, levando em conta a divisão político administrativa do país e suas subdivisões, enfim aHierarquização é a organização das unidades do sistema de saúde segundo o grau de complexidade de serviço, utilizando o sistema de referência e contra referência1,4. 7. RESOLUBILIDADE Assim como o compromisso de um casamento, o SUS tem seu compromisso na resolução dos casos que chegam até as unidades de saúde e tendo uma porcentagem mínima de resolubilidade assegurada normativamente e corresponde à resolução de toda necessidade de saúde do indivíduo ou do coletivo segundo a competência da instituição5. 8. COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO Não menos importante que os demais princípios e diretrizes, essa é uma forma de não afogar o sistema, utilizando de meios privados para atender a população, assim foi definido segundo a Constituição que quando o serviço do setor público tiver a necessidade por insuficiência, será feita a contratação de serviços privados, se dando por três condições: 19 1. Celebração de contrato conforme as normas do sistema público; 2. A instituição privada deverá agir e estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS; 3. A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS. Em cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar1,2,3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, Ministério da Saúde. ABC DO SUS-Doutrinas e Princípios. Brasília/DF, 1990. 2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 3. LANCMAN, Selma; MÂNGIA, Elisabete F. Núcleos de Apoio à Saúde da Família: integralidade e trabalho em equipe multiprofissional. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ed. da Revista de Terapia Ocupacional da USP. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 19, n. 2, p. i, maio/ago. 2008. 4. BRASIL, Ministério da Saúde, Portaria Nº 154 de 24 de janeiro de 2008. 5. FIGUEIREDO, Elisabeth Niglio de - Estratégia Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: diretrizes e fundamentos. Modelo Político Gestor. Especialização em Saúde da Família. UNA-SUS / UNIFESP, 2011. 6. ROSA , Walisete de Almeida G; LABATE , Renata Curi. Artigo de Revisão. Programa saúde da família: a construção de um novo modelo de assistência. Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.13 n.6 Ribeirão Preto Nov./Dec. 2005. 20 • Leis e normas do SUS? PARTE ❹ 21 Leis e normas do SUS Letícia Nakamura1 Jair José Gaspar Júnior2 O pescoço sustenta a cabeça, assim como, as leis e normas são a base para o funcionamento do SUS que foi idealizado e planejado para a construção de uma saúde melhor e para todos. O processo de implantação do SUS, que começou anatomicamente na cabeça, começou a ser pactuada da forma do Ministério da Saúde a partir de definições legais estabelecidas pela Constituição Federal e Lei Orgânica de Saúde. Sendo, orientado pelas Normas Operacionais do Sistema Único de Saúde, instituídas por meio de portarias ministrais. As normas definem a competência de cada esfera do governo e as condições necessárias aos Estados e municípios para assumir as novas implantações no processo de implantação do SUS³. O tronco protege a maior parte dos órgãos que compõem o corpo humano. Desta forma, as normas e leis protegem um órgão primordial, o coração, onde se deu a criação do Sistema por uma causa nobre. Além de, contribuir para a sustentação da cabeça e do pescoço, o tronco protege de fragilizações. Por isso, as Normas Operacionais definiram critérios para que os Estados e Municípios se habilitassem para receber repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde, sendo compromisso assumir o conjunto de responsabilidade referente à gestão do sistema de saúde¹. 1, 2 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 22 As Normas Operacionais Básicas foram instrumentos utilizados para a definição de estratégias e movimentos tático-operacionais que reorientavam a operacionalidade do SUS, a partir da avaliação periódica de sua implementação e desempenho¹. Tendo alguns objetivos principais¹: • Induzir e estimular mudança no Sistema Único de Saúde; • Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; • Definir objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimento tático-operacional; • Regular as relações entre os gestores, • Normatizar o SUS. NOB 91 RES Nº 258/91: Normaliza a assistência à saúde no SUS; estimula a implantação, o desenvolvimento do sistema e dar forma concreta e instrumentos operacionais à efetivação dos preceitos constitucionais da saúde². NOB 92 PRT Nº 234/92Fornece instruções aos responsáveis pela implantação e operacionalização do SUS (mecanismos de financiamento do SUS - recursos repassados pelo INAMPS aos municípios e/ou estados)². 23 NOB 01/93 PRT Nº 545/93 Estabelece normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde, através da Norma Operacional Básica - SUS 01/93. PRT Nº 545/93². NOB 96 PRT Nº 2203/96 Redefine o modelo de gestão do SUS, constituindo, por conseguinte, instrumento imprescindível à viabilização da atenção integral à saúde da população e ao disciplinamento das relações entre as três esferas de gestão do Sistema². As duas principais leis que garantem o funcionamento do SUS são 8.080 que dispõem sobre promoção, proteção e recuperação da saúde e a 8.142, que fala sobre o controle social, foram baseada no artigo 196 da Constituição Federal de 1.988. Nesse sentido, podem ser comparadas ao osso esterno. Ele é considerado um dos ossos mais resistentes do corpo; assim com a lei 8.080 e 8.142, para os usuários do sistema, pois protege e ampara o sonho de milhares de brasileiros que, no passado, lutaram pela sua criação3. 24 Nesse sentido, outra estrutura importante é a caixa torácica. Assim como essa estrutura abriga órgãos vitais e serve escudo para os mesmos, pode-se fazer uma analogiacom a Constituição Federal de 1.988, pois é ela que seria o todo, ou seja, é o que sustenta, fornece base5,6. Segundo o artigo 196 da Constituição de 1.988, a saúde é direito de todos e dever do Estado com políticas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos, além disso, deverá proporcionar o acesso igualitário e universal promovendo a proteção, promoção e recuperação da saúde. Nesse sentido, o SUS é de importância pública e cabe a mesma regulamentação, controle das ações e ainda fiscalizar tudo o que acontece. Ou seja, se fortaleceu e cresceu de modo que ganharam resistências as críticas, infidelidades, corrupções que desviam dinheiro para o seu funcionamento, aumentando a cada dia a acessibilidade do povo brasileiro e hoje possui muito vigor contra qualquer tipo de corrupção que venha tentar afetá-lo. Assim como o osso esterno que precisa até de uma serra especial para cortá-lo durante uma autópsia, não é qualquer tipo de acontecimento que poderá abalar o seu funcionamento5,6,7. A Lei 8.080 de 19 de setembro de 1.990, é considerada a lei mais importante da saúde e ela marcou o fim da ditadura militar. A partir dela foi criado o SUS, isso fez com que a saúde brasileira tomasse outro rumo, partindo agora para o sentido da equidade. 25 Nesse sentido, o controle social foi introduzido, ou seja, a cabe também a população fiscalizar as ações5. Além disso, a Lei 8.080 garantiu a universalidade, em todos tem direito a saúde; igualdade, ou seja, todos os brasileiros, independente de qualquer característica, tem direito a saúde, baseado no artigo 5º da Constituição Federal5,6.Ademais, há de de ressaltar as competências e atribuições do SUS, tendo portando as três esferas de governo como mediadores: federal, estadual e municipal. Porém a principal é a municipal, pois é nela que está mais evidente a realidade da população e também a responsável por distribuir as verbas vindas das outras esferas. Para isso é preciso que estejam organizadas e adequadas as exigências5,6. Outra lei que compõem o SUS e contribui para o seu funcionamento é a 8.142, criada em 29 de dezembro de 1.990 e tem o controle social como destaque. Com isso, pode-se fazer uma comparação com as costelas que compõem a caixa torácica, pois são elas que ligam vértebras e esterno percorrendo todo um trajeto. Assim, cabe a comunidade participar e fiscalizar todo esse percurso garantindo que todos os recursos disponibilizados sejam repassados, ou seja desde a esfera Federal até a Municipal5,6. Nesse sentido, a população é peça chave, pois através das Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde, na qual há uma divisão em que os usuários tem papel fundamental, pois 50% da composição pertence a eles, é que se tem controle e fiscalização das ações realizadas. E isso garante uma estabilidade e proteção para o SUS, assim como as costelas firmam o tronco permitindo o bom funcionamento dos ógãos internos5,7. As Conferências de Saúde são estâncias colegiadas onde há a possibilidade da participação popular. Para proporcionar essa participação, as Conferências acontecem a cada quatro anos na qual é discutidos diversos assuntos ligados a saúde; já os Conselhos de Saúde tem caráter permanente e tem representações do governo, prestadores de 26 serviço, profissionais da saúde e usuários. É aqui que são criados estratégias e controle da efetuação das políticas de saúde na instância correspondente e, também, a questão financeira e econômica. Nesse sentido, o Conselho Nacional de Saúde terá representações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde –Conass; e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde -Conasems. Além disso, a representação dos usuários nos Conselhos serão de carácter paritário, comparando com os outros segmentos5,6,7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Sistema Único de Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS,.291 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 1), 2011. 2. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação Estruturante do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 534 p. (Coleção Para entender a gestão do SUS 2011, 13), 2011. 3. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS / Conselho Nacional deSecretários de Saúde. - Brasília : CONASS, 248 p, 2003. 4. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. 5. BRASIL. Diário Oficial da União. Lei nº 8080/90. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e da outras providências. Brasília • DF, 19 de setembro de 1990. 6. BRASIL. Diário Oficial da União. Lei 8142/90. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Brasília • DF, 28 de dezembro de 1990. 7. PIRES, Adriane Batiston e De Moraes, Mara Lisiane dos Santos. Capacitação de Profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) do Mato Grosso do Sul, 2013. 27 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm PAR TE ❺ • O que mudou com a criação do SUS? 28 O que mudou com a criação do SUS? Izabela Rodrigues de Menezes1 A região dorsal é o suporte para postura ereta, as modificações no SUS procuram manter o sistema renovador com postura cada vez mais direcionada a questão da qualidade de saúde da população brasileira. Assim, a partir dos anos 70, começaram as lutas e organizações em busca da reforma sanitária, a defesa da saúde como uma questão social e política. Sindicatos e associações foram formados, como por exemplo, a ABRASCO- Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. O movimento foi crescendo e em 1980 criou-se o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS). A 8º Conferência Nacional de Saúde, contemplou a aprovação de um conceito de saúde para todos e também os fundamentos do SUS. Em 1988, foi proclamada a nova Constituição, estabelecendo o SUS. Numa época de instabilidade econômica e num momento em que as empresas de saúde se preparavam para atender a demanda no setor privado1. O Sistema Único de Saúde aumentou o acesso ao cuidado com a saúde para uma parcela considerável da população brasileira em uma época em que o sistema vinha sendo progressivamente privatizado. Ainda há muito a fazer para que o sistema de saúde brasileiro se torne universal. Nos últimos vinte anos houve muitos avanços, como investimento em recursos humanos, em ciência e tecnologia e na atenção básica, além de um grande processo de descentralização, ampla participação social e maior conscientização sobre o direito à saúde1. 1 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 29 A SAÚDE PÚBLICA HOJE NO BRASIL A implementação do SUS começa em 1990, nesse momento a reforma sanitária teve uma trégua devido ao não interesse do então Presidente da República Fernando Collor de Melo, mas ela seguiu sua revolução em 1992 logo após o impeachment do presidente. Em 1990, foi aprovada a Lei orgânica do SUS 8.080/90, pela qual se organiza o SUS. E logo foi lançado o Programa Saúde da Família (PSF), com o então Presidente Fernando Henrique Cardoso. Foram lançadas várias iniciativas, como um programa nacional de controle e prevenção de HIV/AIDS, maiores esforços para o controle do tabagismo, a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o estabelecimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar e também a criação de um modelo de atenção para atender a população indígena1. O PROCESSO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DO SETOR DE SAÚDE E O ANTECEDENTE PARAO SISTEMA BRASILEIRO DE CUIDADO DA SAÚDE1 30 Criação do SUS • Descentralização do sistema de saúde; 9ª Conferência Nacional de Saúde • Extinção do INAMPS (1993); • Criação do Programa de Saúde da Família (1994); • Crise de financiamento e criação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (1996); • Tratamento gratuito para HIV/AIDS pelo SUS; • Financiamento via Piso da Atenção Básica (1998); • 10ª e 11ª Conferências Nacionais de Saúde; • Normas Operacionais Básicas (NOB) e de assistência à saúde (regionalização); • Regulamentação dos planos de saúde privados; • Criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (1999); • Criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar para regulamentar e supervisionar os planos de saúde privados (2000); • Criada a lei dos medicamentos genéricos; • Lei Arouca institui a saúde do indígena como parte do SUS; • Emenda Constitucional 29 visando à estabilidade de financiamento do SUS definiu as responsabilidades da União, estados e municípios (2000); • Aprovada a Lei da Reforma Psiquiátrica (2001); • Expansão e consolidação do PHC; • Criado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU(2003); • Estabelecido o Pacto pela Saúde (Pacto de Defesa do SUS, Pacto de Gestão, Pacto pela Vida; 2006); • Política Nacional de Atenção Básica (2006); 31 • Política Nacional de Promoção da Saúde (2006); • 12ª e 13ª Conferências Nacionais de Saúde; • Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde e Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente; 2006); • Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) criadas em municípios com populações >100·000 (2008); • Criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) junto ao PSF (2008)1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. PAIM, Jairnilson; Travassos, Claudia; Almeida, Celia; Bahia, Ligia; Macinko, James; Saúde no Brasil 1-O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. Publicado Online em 9 de maio de 2011/ www.thelancet.com acessado: 18/11/2014. 32 http://www.thelancet.com/ PAR TE ❻ • Quais os níveis de atenção á saúde no SUS? 33 Quais os níveis de atenção á saúde no SUS Jair José Gaspar Júnior1 O sacro articula-se de cada lado com os ilíacos, enquanto os ilíacos unem-se anteriormente pela sínfise púbica. Existe muito pouco movimento entre os ossos ilíacos e o sacro. A pelve comporta-se como uma unidade em todos os movimentos do corpo, que por sua vez estão intimamente relacionados aos movimentos da coluna vertebral. Deste modo, os níveis de atenção de saúde no SUS estão articulados de acordo com a prioridade do usuário do SUS, envolvendo ações e serviços de promoção, prevenção, reabilitação e tratamento1,3. Nesse sentido, pode-se destacar os níveis de atenção que compõem essa estrutura, que são a base do SUS, assim como a cintura pélvica sustentando o corpo humano. Isso faz com que esses nível sirvam para organizar, programar e planejar melhor as ações e serviços do sistema, assim como a cintura pélvica que apoia e da mobilidade para o corpo1,2. Os níveis de atenção, são: Figura 1- os níveis de atenção de saúde no SUS estão articulados de acordo com a prioridade do usuário do SUS. 1 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 34 • Básica: engloba um conjunto de ações de caráter individual ou coletivo, que envolvem a promoção da Saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação dos pacientes1; • Média complexidade: procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros de nível superior e nível médio; cirurgias ambulatoriais especializadas; procedimentos traumato-ortopédicos; ações especializadas em odontologia; patologia clínica; anatomopatologia e citopatologia; radiodiagnóstico; exames ultra-sonográficos; diagnose; fisioterapia; terapias especializadas; prótese e órtese; anestesia1,. • Alta complexidade: assistência ao paciente portador de doença renal crônica (através dos procedimentos de diálise); assistência ao paciente oncológico; cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; procedimentos da cardiologia intervencionista; procedimentos endovasculares extra-cardíacos; laboratório de eletro- fsiologia; assistência em traumato-ortopedia; procedimentos de neurocirurgia; assistência em otologia; cirurgia de implante coclear; cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; procedimentos em fissuras lábio palatais; reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; procedimentos para a avaliação e tratamento dos transtornos respiratórios do sono; assistência aos pacientes portadores de queimaduras; assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica) cirurgia reprodutiva; genética clínica; terapia nutricional; distrofia muscular progressiva; osteogênese imperfecta; fibrose cística e reprodução assistida1. Pensar nos níveis de atenção significa uma união, não havendo a possibilidade de considerar um mais relevante que o outro, da mesma forma dizer que o osso pélvico 35 direito é melhor que o esquerdo. Todos trabalham em conjunto para que alcance melhor resultado, seja no cuidado com o paciente ou no movimento corporal 1,2. Entretando, nem sempre um município necessita que todos os níveis de atenção estejam presentes na sua localidade, basta haver um dinamismo e planejamento em conjunto com outras cidades próximas de modo que supra essa falta, garantindo então, o atendimento integral aos pacientes1,2.Ademais há de ressaltar que, mesmo dividindo as ações de servições por níveis de atenção, promover a saúde do usuário através de educação em saúde que, teoricamente seria de baixa complexidade, pode ser executada em todos eles, dando assim autonomia ao mesmo buscando a melhora na qualidade de vida1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL, Ministério da saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios / Ministério saúde, Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Brasilia: Ministério da Saúde, 2005. 2. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. SUS: avanços e desafios. – Brasília : CONASS, p. 23-28, 2006. 3. NETTER, MD Frank H. Atlas de Anatomia Humana. Ed:Elsevier. 5ª edição – 2011 p. 205- 223. 36 PAR TE ❼ • Atenção Primária, Atenção Média, Complexidade e Alta complexidade? 37 Atenção Primária, Atenção Média, Complexidade e Alta complexidade? Adriana Ferreira da Silva1 O equilíbrio pélvico mantém á região pélvica sem sobrecarregar determinadas musculatura, assim cada setor de atenção mantém o equilíbrio de não sobrecarregar o atendimento do SUS.Assim, a organização do SUS em nosso país está assentada em três pilares, que sustentam o modelo de atenção à saúde1,2: 1. Rede (integração dos serviços). 2. Regionalização (região de saúde) 3. Hierarquização (níveis de complexidade dos serviços). O modelo do sistema de saúde brasileiro é centrado na hierarquização das ações e serviços de saúde por níveis de complexidade. Isto significa dizer que ele se estrutura em níveis de maior ou menor complexidade de ações e serviços de saúde, conforme dispõe, ainda, os arts. 8º e 7º, II, da Lei 8.080/901,2,3. Nesse sentido, o modelo de atenção à saúde, deve ser estruturado pela atenção básica, a qual deve ser a sua ordenadora. A hierarquização se compõe da: 1. Atenção primária ou básica; 2. Atenção secundária ou de média complexidade. 3. Atenção terciária ou de alta complexidade (ou densidade tecnológica)1,2. 1Graduando em Fisioterapia- UFMS/2016 38 39 Figura 1- Equilibrio de acesso ao atendimento ao SUS.A atenção primária deve atuar como se fora um filtro inicial, resolvendo a maior parte das necessidades de saúde (por volta de 85%) dos usuários e ordenando a demanda por serviços de maior complexidade, organizando os fluxos da continuidade da atenção ou do cuidado. Este papel essencial da atenção primária, tanto na resolução dos casos, quanto no referenciamento do usuário para outros níveis, torna-a a base estruturante do sistema e ordenadora de um sistema piramidal1,3. Este modelo piramidal, de base alargada, densa, em razão de a atenção primária ser a principal porta de entrada do sistema e responsável pela resolução da maioria da necessidade de saúde da população, deve ser estruturada qualitativamente, com fixação de metas e a atribuição de garantir o acesso do usuário ou o seu caminhar na rede de atenção à saúde. Os serviços denominados de ‘regulação’ devem ser, na realidade, serviços que se integram à atenção primária, ordenadora de todo o modelo assistencial do SUS1,3. Há uma discussão a respeito da denominação da atenção à saúde: primária ou básica. Na Europa, a denominação que prevalece é atenção primária que dá ensejo a pensar em prioritária, em essencial. Contudo, a EC 29/2000, dispõe que 15% dos recursos das transferências da União para os demais entes federativos deve ser para o custeio de ações e serviços básicos de saúde. Se entender serviços básicos como atenção básica, esta, então, seria a denominação a ser utilizada1,2. A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, e dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância em seu território2,3. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e da continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.A atenção básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Na infra-estrutura necessária para a atenção básica, destaca-se a unidade básica de saúde, com ou sem saúde da família, com equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros1,3. Média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e 40 tratamento. Em acréscimo a esta definição, temos uma relação dos grupos que compõem os procedimentos de média complexidade do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA)1,3: • procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros profissionais de nível superior e nível médio; • cirurgias ambulatoriais especializadas; • procedimentos tráumato-ortopédico; • patologia clínica; • anatomopatologia e citopatologia; • radiodiagnóstico; • exames ultra-sonográficos; • diagnose; • fisioterapia; • terapias especializadas; • próteses e órteses; • ações especializadas em odontologia; • anestesia. Alta complexidade é o conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade)1,3. Principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS, organizadas em redes são: • assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos procedimentos de diálise); • assistência ao paciente oncológico; • cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; 41 • procedimentos da cardiologia intervencionista; • procedimentos endovasculares extracardíacos; • laboratório de eletrofisiologia; • assistência em tráumato-ortopedia; • procedimentos de neurocirurgia; • assistência em otologia; • cirurgia de implante coclear; • cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; • cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; • procedimentos em fissuras lábio-palatais; • reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; • procedimentos para a avaliação e o tratamento dos transtornos respiratórios do sono; • assistência aos pacientes portadores de queimaduras; • assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); • cirurgia reprodutiva; • genética clínica; • terapia nutricional; • distrofia muscular progressiva; • osteogênese imperfecta; • fibrose cística e reprodução assistida. Os procedimentos da alta complexidade encontram-se na tabela do SUS, em sua maioria no Sistema de Informação Hospitalar e também no Sistema de Informações Ambulatoriais em pequena quantidade, mas com impacto financeiro extremamente alto, como é o caso dos procedimentos de diálise, quimioterapia, radioterapia e hemoterapia. A 42 citação dessas definições não tem o objetivo de fixar uma “relação definitiva” de média e alta complexidade de atenção à saúde, mas, antes, demonstrar as dificuldades que essas áreas de atenção representam para os gestores do SUS: sua visão foi desde sempre fragmentária, um conjunto de procedimentos relacionados nas tradicionais “tabelas de procedimentos do sistema”, ambulatorial ou hospitalar, sendo procedimentos que “não cabem” nas unidades básicas de saúde e na atenção primária em saúde, pelos custos ou densidade tecnológica envolvida1,3. As ações e procedimentos considerados de média e alta complexidade ambula- torial e hospitalar constituem-se para os gestores um importante elenco de respon- sabilidades, serviços e procedimentos relevantes para a garantia da resolutividade e integralidade da assistência ao cidadão. Além disso, este componente consome em torno de 40% dos recursos da União alocados no Orçamento da Saúde (Média e Alta Complexidade – MAC e Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – Faec).No ano de 2005, as transferências de recursos federais do SUS para média e alta complexidade no Brasil representaram R$ 12,82 bilhões, o dobro das transferências para atenção básica (R$ 6,07 bilhões), conforme se observa nos dados do Departamento de Informática do SUS 4. Outro ponto complexo é a delimitação das funções das esferas de governo (federal, estadual e municipal) no planejamento, no financiamento e na execução das ações e dos procedimentos de média e alta complexidade, pois esta divisão não foi estabelecida nas normas legais maiores que constituíram o SUS. Entretanto, é atribuído ao Ministério da Saúde (MS) definir e coordenar os sistemas de redes integradas de assistência de alta complexidade e de rede de laboratórios de saúde pública (Art. 16, Inciso III)1,2. 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília :CONASS,2007. 2. MS, Define média e alta complexidade em saúde, em seu site na internet (http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm), conforme se segue(artigo em azul)http://blogs.bvsalud.org/ds/2011/09/15/o-modelo-de-atencao-a-saude-se- fundamenta-em-tres-pilares-rede-regionalizacao-e-hierarquizacao/ 3. Atenção: A íntegra das portarias do MS podem ser obtidas na Internet no “site” do Ministério em <http://portal.saude.gov.br/saudelegis/> ou da SAS/MS em <http://www.saude.gov.br/sas> <http://www.conass.org.br> 4. DATASUS, do Ministério da Saúde. disponíveis na internet (http://w3.Datasus.gov.br/Datasus/Datasus.php). 44 http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm) http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm) http://blogs.bvsalud.org/ds/2011/09/15/o-modelo-de-atencao-a-saude-se- http://portal.saude.gov.br/saudelegis/ http://www.saude.gov.br/sas http://www.conass.org.br/ http://w3.datasus.gov.br/Datasus/Datasus.php PAR TE ❽ • Estratégia de Saúde da família e Nasf? 45 Estratégia de Saúde da família e Nasf Amanda dos Santos Ferreira 1 Izabela Rodrigues de Menezes2 As funções básicas da coxa são a locomoção e a sustentação de um indivíduo, deste mesmo modo a estratégia de saúde da família e NASF, promove locomoção de uma equipe organizada em prol da sustentação da saúde, tendo como foco a família1,2. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Vamos começar com o conceito de vigilância epidemiológica, que está amplamente ligado à estratégia de saúde da família, sendo um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos, assim 1, 2 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 46 Vigilância à saúde é uma proposta de redefinição das práticas sanitárias que se fundamenta no principio de integralidade 3. O QUE É ESF? É uma estratégia criada pelo Ministério da Saúde, para reorientar a promoção da qualidade de vida da população, com as práticas da promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação.Esta estratégia faz uso da inter e multidisciplinaridade e a integralidade do cuidado, previstas na vigilância à saúde. Deve estar amparada nos conhecimentos e técnicas vindos da epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais2,3. Como objetivo está a prestação da assistência integral e contínua de boa qualidade; a intervenção sobre os fatores de risco a que a população esta exposta, humanizando as práticas de saúde, estabelecendo confiança para o conhecimento do processo saúde-doença2,3. A ESF também se estabelece pelos princípios do SUS e se estrutura pela Unidade de Saúde da Família (USF): • Integralidade e Hierarquização: a USF está inserida na atenção básica à saúde. Suas equipes realizam o diagnóstico, reconhecendo os problemas e elaboram um plano local para o enfrentamento dos problemas. É utilizado o sistema de referência e contra-referência, onde a referência se dá do nível de menor para o nível de maior complexidade sendo a contra-referência o inverso. • Territorialização e Adscrição da Clientela: a USF trabalha com território de abrangência, cadastramento e acompanhamento desta população. Equipe com no máximo 4000 pessoas do território. 47 • Equipe Multiprofissional: composta por um enfermeiro, um médico generalista ou de família, um auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Odontólogos, assistentes sociais e psicólogos, dentre outros, poderão fazer parte das equipes ou formar equipes de apoio, de acordo com as necessidades locais. • Caráter Substitutivo: substituição das práticas tradicionais de assistência, com foco nas doenças, por um novo processo de trabalho, centrado na Vigilância à Saúde. A ESF exige para sua consecução, profissionais com formação generalista, capazes de atuar de forma efetiva, na complexa demanda de cuidados da Atenção Básica, estando, desta forma, na contramão da medicina intervencionista e sofisticada dos dias de hoje. As USF trabalham com a atuação de uma ou mais equipes de profissionais que devem se responsabilizar pela atenção à saúde da população, cada equipe atende o máximo de 4000 pessoas por área, as equipes realizam o cadastramento das famílias por meio das visitas domiciliares. As informações obtidas levam ao conhecimento da realidade daquela população, seus problemas de saúde e seu modo de vida3,4. A partir de então, o gestor e sua equipe elaboram medidas de como atuar nessa população. As informações ficam armazenadas no SIAB- Sistema de Informações da Atenção Básica1,2 PRINCIPAIS PROGRAMAS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SEREM EXECUTADAS PELAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA Atenção à Saúde da Criança: • Vigilância nutricional com acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, promoção ao aleitamento materno; • Imunização - realização de esquema vacinal básico e busca ativa de faltosos; 48 • Assistência às doenças prevalentes entre elas as diarréicas em crianças menores de cinco anos; • Assistência e prevenção das patologias bucais com foco no desenvolvimento neurolinguístico e no processo de socialização da criança. Atenção à Saúde da Mulher: • Pré-natal - diagnóstico de gravidez, cadastramento das gestantes com e sem riscos gestacionais, na primeira consulta. Vacinação antitetânica, avaliação no puerpério e atividade educativa de promoção à saúde; • Planejamento familiar com fornecimento de medicamento e orientação quanto a métodos anticoncepcionais; • Prevenção de câncer de colo e útero; • Prevenção de problemas odontológicos e levantamento de doenças bucais especialmente cáries e doenças gengivais. Controle de hipertensão e diabetes: • Diagnóstico de caso e cadastramento dos portadores; • Busca ativa dos casos com medição de pressão arterial e/ou dosagem dos níveis de glicose; • Tratamento dos casos com fornecimento de medicação e acompanhamento do paciente; • Diagnóstico precoce de complicações; • Ação educativa para controle de risco como obesidade, vida sedentária, tabagismo além da prevenção de patologias bucais. Controle de Tuberculose: 49 • Busca ativa de casos e identificação de sintomáticos respiratórios; • Diagnóstico clínico dos comunicantes, vacinação com BCG e quimioprofilaxia quando necessário; • Notificação e investigação dos casos; • Tratamento supervisionado dos casos positivos e busca de faltosos; • Fornecimento de medicamentos; • Ações educativas. Eliminação da Hanseníase: • Busca ativa de casos e identificação dos sintomáticos dermatológicos e de seus comunicantes; • Notificação e investigação dos casos; • Diagnóstico clínico dos casos com exames dos sintomáticos e classificação clínica dos casos multi e palcibacilares; • Tratamento supervisionado dos casos com avaliação dermato-neurológica e fornecimento de medicamento; • Controle de incapacidades físicas; • Atividades educativas. Ações de saúde bucal: • Cadastramento de usuários, planejamento e programação integrada às demais áreas de atenção do ESF; • Alimentação e análise dos sistemas de informação específicos; • Participação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas no território de abrangência; • Desenvolvimento de ações intersetoriais. 50 É importante destacar que todas essas ações estão diretamente ligadas ao processo de Vigilância em Saúde1,4. NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) Em 2008 o ministério da saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) a fim de ampliar a abrangência da Atenção Básica, o NASF procura ampliar e aprimorar a atenção é a gestão da saúde na ESF, constituindo-seem apoio às equipes de Saúde da Família1,6. A principal diretriz a ser praticada pelo NASF é a integralidade, que deve estar presente nas atitudes do profissional, além disso, este núcleo tem como foco a participação social na gestão participativa, a educação permanente em saúde também faz parte dos princípios a serem seguidos, buscando a transformação das praticas profissionais e da organização do trabalho. Um grande desafio que é apresentado aos profissionais do NASF e da ESF é o trabalho em equipe, que deve ser realizado em espaços coletivos2,3. ORGANIZAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA O núcleo se divide em duas modalidades sendo estas o NASF 1 e o NASF 2, se diferenciando entre si pelo número de profissionais e ao número de equipes que estão vinculadas. No NASF 1 deve ter cinco profissionais com formação universitária e deve ser vinculado à no mínimo oito e no máximo vinte equipes de Saúde da Família, sendo os estados da Região Norte uma exceção, onde o número mínimo passa a ser cinco. Os profissionais dessa modalidade são: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, 51 médico homeopata, nutricionista, médicos acupunturistas, médico pediatra, psiquiatra e terapeuta ocupacional2,3. No NASF 2 o número mínimo de profissionais é de três e deve estar vinculado à no mínimo três equipes da Saúde da Família. Tendo como profissionais dessa modalidade: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional1. No NASF 3, deve ser composto por no mínimo três profissionais com formação universitária e estar vinculado à no mínimo três equipes de Saúde da Família, sendo os profissionais desta modalidade: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional3. RESPONSABILIDADES QUE SÃO ATRIBUÍDAS AOS PROFISSIONAIS QUE COMPÕE O NASF • Identificar as atividades e ações a serem praticadas nas áreas de abrangência. • Identificar o público alvo de cada ação. • Acolher os usuários e humanizar a atenção. • Desenvolver ações intersetoriais para integrar a saúde a outras políticas sociais como: educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, etc. • Promover a gestão integral e a participação dos usuários nas decisões, por meio de conselhos Locais e Municipais de Saúde. • Elaborar estratégias para divulgação e sensibilização das atividades dos NASF. • Avaliar juntamente com as ESF e os Conselhos de Saúde, o desenvolvimento e a implementação das ações e a medida de seu impacto sobre a situação de saúde por meio de indicadores previamente estabelecidos. 52 Elaborar projetos terapêuticos individuais realizando ações multiprofissionais e transdisciplinares, pelas ESF e os NASF desenvolvendo a responsabilidade compartilhada1. FERRAMENTAS UTILIZADAS PELO NASF Diversas ferramentas são utilizadas para o desenvolvimento do processo de trabalho do NASF, como por exemplo, o Apoio Matricial, que propõem o trabalho em equipes de referência, que produz apoio educativo com e para a equipe. A Clínica Ampliada, que significa dar enfoque teórico à necessidade de cada usuário, a existência do espaço para discussão dos casos clínicos é muito importante para o trabalho dos profissionais do NASF. O projeto terapêutico singular (PTS) é uma versão diferente da discussão do caso clínico, geralmente casos mais complexos, onde a equipe multidisciplinar discute e busca propostas para ajudar a entender o sujeito. E o Projeto de Saúde no Território (PST), que auxilia na integralidade do cuidado, com ações de vigilância e promoção da saúde4,5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2. Mângia, Elisabete F. et al. Núcleos de Apoio à Saúde da Família: integralidade e trabalho em equipe multiprofissional.Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 19, n. 2, p. i, maio/ago, 2008. 3. Brasil, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008. 4. FIGUEIREDO, Elisabeth Niglio de - Estratégia Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: diretrizes e fundamentos. Modelo Político Gestor. Especialização em Saúde da Família. UNA-SUS / UNIFESP. 5. ROSA, Walisete de Almeida G. et al. Programa saúde da família: a construção de um novo modelo de assistência.Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.13 n.6 Ribeirão Preto Nov./Dec. 2005. 53 PAR TE ❾ • Como é a formação de profissionais para o SUS? 54 Como é a formação de profissionais para o SUS Leonardo dos Santos Teixeira1 O joelho é uma articulação sinovial complexa. Na verdade ele possui duas articulações separadas: A articulação fêmoro-patelar e articulação fêmoro-tibial. Deste modo, o SUS possui uma formação profissional também complexa, no qual aborda os diversos sentidos da integralidade. Esta articulação referida é de fundamental importância para a movimentação do corpo, assim como a formação de profissionais para o SUS é de sumo valor para que o sistema seja adequado às suas propostas e diretrizes1. A formação de profissionais da saúde tinha um caráter unicamente biológico, que via o ser humano como um conjunto de engrenagens que quando funcionando bem estava saudável, e qualquer disfunção que ocorreria nesse processo traria como consequência uma doença, se subentende então que esse modo de ver o paciente visava a sua divisão em diversas partes focado única e exclusivamente na doença de um ser. O problema que viria junto com esse sistema seria justamente uma das doutrinas pregadas, a de superespe-cialização tanto dos profissionais como também dos exames e tratamentos requeridos, o que traz um altíssimo custo, além de não se obter certeza na manutebilidade da saúde das pessoas que viriam a utilizar desse modelo de saúde2. A nova formação dos profissionais de saúde veio após a implantação do SUS afinal esse sistema de saúde veio inovando a maioria das praticas em saúde buscando principalmente se alterar o modo de ver o paciente, afinal como defende as doutrinas do sistema único de saúde o usuário deve ser tratado integralmente, e a saúde deve ter uma gestão coletiva. Para tanto foi perpetuada essa necessidade de profissionais que entendessem e utilizassem dessa ideologia, e por consequência foram criadas as diretrizes curriculares nacionais que defendia tudo que acima foi descrito, caracterizando 1 Graduando de Fisioterapia –UFMS/2018 55 56 assim uma nova era dos profissionais de saúde1,2. Os profissionais do SUS devem agir de forma a fazer com que efetivamente se possa ter a visão de que este sistema e a integralidade, sendo assim dever ser o agente ligante, tal qual na articulação do joelho os ligamentos cruzados exercem essa função caso contrario as partes se moverão fazendo com que as duas partes não permaneçam da maneira que devem permanecer1. A formação dos novos profissionais de saúde segue um plano pedagógico para que assim forme profissionais segundo o chamado currículo integrado, que defende uma aprendizagem abrangendo todas as formas de conhecimento podendo assim mesclar o conhecimento produzido com o técnico, fazendo com que o profissional se torne de certa maneira mais critico e reflexivo, fazendo com que ele mesmo produza o conhecimento segundo a sua visão e não somente dependente de técnicas1. Além do que foi exposto há a necessidade da política nacional de educação permanente, afinal precisa-se de profissionais que sejamfeitos pra realidade atual e também para as particularidades de cada região sendo assim esse processo de adequação tem que ser de maneira continua para que assim possa ter um profissional que atinja a população sendo assim resolutivo nas ações do cotidiano. Em analogia as estruturas anatômicas a educação permanente se compararia aos ligamentos colaterais, pois dá estabilidade a toda articulação assim como da estabilidade à formação de novos profissionais para o sistema, e também juntamente com as outras estruturas faz com que esse processo seja necessário para o a continuidade do sistema2. Através de uma metodologia ativa na graduação que se busca uma estimulação crítica dos alunos para que eles sejam capazes de construir novos conhecimentos e novas teorias para que assim agreguem ao sistema e consequentemente a população. O que se busca é desmistificação de que a universidade seria a única detentora de conhecimento e as técnicas lá apreendidas sejam os únicos recursos, sendo assim a aliança entre a pratica e a teoria seja exercida de maneira ativa no sistema, para que ao mesmo tempo em que aprenda na teoria se situe na prática1,2. 57 Em analogia à anatomia essa metodologia ativa e essa nova maneira de formar os profissionais de saúde seria tais quais os músculos que se encontram nessa região, pois são as estruturas que dão a funcionalidade à todas as outras estruturas e fazem efetivamente o profissional ser formado para esse sistema e que por conseguinte traz toda a movimentação que esse sistema exige1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ARAUJO, Dolores; Gomes, Maria Claudina de Miranda e Brasil, Sandra L.. Formação de profissionais de saúde na perspectiva da integralidade. Revista baiana de saúde pública, 2007. 2. BARROS, Karina Calife Batista e Simões, Otília Janeiro Gonçalves. Formação de profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.4, p.884-899, 2011 3. SOBOTTA, Johannes. Atlas de anatomia humana volume. Editora Guanabara koogan. 21º edição. v2. 2000. p.288- 289 4. NETTER, MD Frank H. Atlas de Anatomia Humana. Editora Elsevier. 5ª edição – 2011 p. 494-500 58 PAR TE ❿ • Como e onde o Fisioterapeuta interfere no SUS? 59 Como e onde o Fisioterapeuta interfere no SUS? Mayra Soares Procópio1 Assim como a panturrilha interfere no retorno venoso, sendo denominada de segundo coração, assim a fisioterapia promove novos impulsos para sua atuação, permitindo se adequar no moderno perfil epidemiológico e os novos modelos assistenciais da saúde1,2. Com a aproximação entre a fisioterapia e o nível primário no sistema único de saúde , na incorporação da fisioterapia na saúde da família, surgi uma oportunidade capaz de fortalecer a atenção básica e aumentar a resolutividade do sistema e cooperando para a garantia da integralidade na assistência1,3. Embora, ao longo dos tempos, a fisioterapia tenha se mantido no nível da reabilitação e cura, entretanto, possui proficiência e habilidades suficientes para a atuação em outros níveis na saúde de forma qualitativa da saúde coletiva, tanto na atuação preventiva como na promoção da saúde1,6. 1. Figura: antes a fisioterapia era mutilada, apenas vista como reabilitadora no controle de danos. 1 Graduada em Educação Física UFMS/2008 Especialista Pedagogia Critica UFMS/2010 Graduanda em Fisioterapia UFMS/2015 60 Enquanto a fisioterapia reabilitadora concentra sua atuação em casos pontual de cada paciente, quase que exclusivo, no controle de danos físicos, isto é, seja na cura de determinadas patologias que restringem a locomoção humana, ou na reabilitação sequelas na capacidade funcional de indivíduos que tiveram lesões crônicas de determinadas funções, a fisioterapia coletiva possibilita e incentiva a atuação também no controle de risco, ou seja, no controle de fatores que potencialmente e que podem contribuir para o desenvolvimento da doença epidemiológica de uma determinada população 1,4. 2. Figura: com a coletividade da saúde, a fisioterapia assumiu sua função na qualidade da motricidade humana assumindo sua forma preventiva e na promoção da saúde. No entanto, deve ser destacado que os fisioterapeutas enfrentam dificuldades para atuação na atenção básica e no desenvolvimento de atividades preventivas e promocionais, sendo a maior demanda por assistência em reabilitação para o 61 fisioterapeuta, contribuindo como fator limitante para o exercício em outros níveis da saúde coletiva1,5. Outro fator limitante é a dificuldade de acesso dos usuários aos níveis secundários de assistência da fisioterapia, desencadeando um aumento no percentual população com debilidade motora, assim, o atendimento a essa demanda refreada na primeira instância, tende a uma barreira para possibilidades de desenvolvimento da fisioterapia de outras atividades no nível primário1. Mediante esta problemática, cabe ao fisioterapeuta em concordância com a equipe de saúde e com os gestores locais, planejar e desenvolver estratégias para contemplar tanto as ações de reabilitação, que são de relevância, quanto as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças que condiz a qualquer profissional de saúde, sendo proposto desta forma uma atuação profissional no seu âmbito global1,3,5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BISPO JÚNIOR, José Patrício. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais, Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 1):1627-1636, 2010. 2. FORNAZIERO, Célia C. et al. O Ensino da Anatomia Humana Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 34 (2) : 290 – 297 ; 2010. 3. GALLO, Douglas Luciano Lopes. A Fisioterapia no Programa Saúde da Família: percepções em relação à atuação profissional e formação universitária. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Universidade Estadual de Londrina. 2005. 4. MACHADO N.P, NOGUEIRA L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de serviços de Fisioterapia. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 5, p. 401-8, set./out. 2008. 5. NAVES, Cristiane R, BRICK, Vanessa de S. Análise quantitativa e qualitativa do nível de conhecimento dos alunos do curso de fisioterapia sobre a atuação do fisioterapeuta em saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1):1525-1534, 2011. 62 PAR TE ⓫ • Como podemos melhorar o SUS e a saúde no Brasil? 63 Como podemos melhorar o SUS e a saúde no Brasil? Letícia Nakamura1 Da mesma forma que o corpo necessita de movimento, o SUS de acordo com avaliações do serviço encontra com muitas ideias teóricas e poucas ações resolutivas para ganhar movimento e acesso a esta saúde. O SUS, tem sido estruturado e vem conseguindo se consolidar um sistema público de saúde de grande relevância, sendo os benefícios gerados são inquestionáveis para a população brasileira1,2. Com os resultados obtidos é inegável a progressão do SUS, mas algumas posturas devem ser tomada para resolução de problemas que precisam ser solucionados para que o sistema único de saúde possa manter em completo bem estar o funcionamento de todo o seu corpo e mantê-lo em movimento, sem que nenhuma estrutura seja prejudicada e para que a população tenha uma saúde de qualidade1,3. 1 Graduando Fisioterapia- UFMS/2018 64 Alguns desafios a serem resolvidos sai citados abaixo: • Universalização: consiste em uma saúde para toda a população, sem excessão e restringimento ao acesso, um direito e dever a ser comprido pelo Estado, dando ênfase não apenas a um único corpo, mas para todos os corpos que juntos são capazes de formar um sistema público universal de saúde com qualidade. Para isso, o SUS não pode ser segmentado, não se pode cuidar e tratar apenas de algo específico,mas sim do ser humano como todo. A segmentação do serviço vem sendo um desafio para a consolidação da universalização4. ▪ Financiamento: O desafio do financiamento da Saúde no Brasil pode ser analisado em vários aspectos. O mais comum é o da insuficiência dos recursos financeiros para se construir um sistema público universal. É verdade que se gasta pouco em Saúde no país, especialmente no que concerne ao gasto público. Todavia, também, gasta-se mal. É importante criar uma consciência interna no SUS de que se deverá melhorar a qualidade do gasto. Portanto, o desafio do financiamento na Saúde tem de ser enfrentado em duas vertentes, a da quantidade e a da qualidade do gasto. Haverá que se aumentar o gasto em Saúde, mas, ao mesmo tempo, melhorar sua qualidade2. • Educação em saúde: este, encontra-se em constante movimento, porém é preciso que continue o incentivo de uma educação permanente em saúde (EPS), para que os profissionais estejam abertos a novos aprendizados, agregando e aperfeiçoando conhecimentos e experiências do cotidiano. Desta forma, é possível a educação em saúde ser mais presente em todos os campos de convivência, capacitando e conscientizando os profissionais, acadêmicos e toda a população para o aprimoramento da atenção primária e dando a sua devido importância, promovendo saúde2. O Brasil precisa investir mais na saúde para se obter um sistema de saúde universal e de qualidade, com isso, políticas que sejam capazes de pensar economicamente na 65 saúde são necessárias. Além de, uma gestão comprometida, que dê a real importância, sabendo que é necessário no século XXI ter em hospitais equipamentos tecnológicos mais avançados e centro de pesquisas com instrumentos que possam auxiliar em um trabalho mais eficaz3,4,5. “O Brasil tem sete mil hospitais. Cerca de 70% são privados. Apenas algo em torno de 300 a 500 são informatizados. Como é que você consegue fazer gestão no século 21 sem tecnologia da informação?”, questiona o professor do Departamento de Prática de Saúde Pública da FSP/USP, Gonzalo Vecina. Na avaliação do especialista, é impossível desta maneira fazer estatísticas rápidas e confiáveis que permitam o remanejamento inteligente dos recursos físicos e humanos dos hospitais. (Exame Abril/ o que é preciso para termos um SUS de qualidade, 2012). O investimento na saúde básica é notável, vendo isto, podemos afirmar que é preciso dar maior ênfase para essa área da saúde, pois, é um processo de educação e reeducação, um aprender a aprender. Desta forma, investindo na base, é possível consolidar um Sistema Único de Saúde mais sólido e resistente, assim é preciso ensinar o bebê a caminhar, para que se tenha maior confiança e se aprenda mais rápido, depois os valores para o seu crescimento quanto cidadão e para a sua formação profissional serão acrescentados2,3,5. A saúde é um processo de aprendizagem e de evolução, não podemos pular etapas. 66 Os sistemas de saúde precisam se afastar do termo doença e se aproximar da saúde, tendo a possibilidade de diálogo com outras ciências, promovendo uma intersetorialidade e transversalidade, observando de uma perspectiva integradora, vendo o SUS como um todo e o ser humano com todas as suas necessidades3,5. Para melhorar a saúde no Brasil é preciso maior investimento financeiro, educar, reeducar, trocar experiências, comprometimento, investir na atenção primária como foi dito anteriormente, entre outras coisas. Mas, é de extrema importância estar em comunhão com a comunidade, a população, para auxiliarmos, com o objetivo de se tornarem pessoas capazes de promover saúde, a própria saúde. O Brasil conseguiu esse sistema de saúde devido à população que colaborou em 1904, Revolta da Vacina, buscando uma saúde acessível a todos e de qualidade. Hoje, não é diferente, pois para conseguir uma saúde melhor e humanizada é necessário à presença da população, em se manifestar, monitorar, ser também um gestor de saúde, promovendo saúde e exercendo a sua cidadania3,4,5. 67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SUS: avanços e desafios./ Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 164 p. 2006.. 2. PRATES, Marcos, Quatro desafios que devem ser vencidos para termos um SUS de qualidade (http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-que-e-preciso-para- ter-um-sus-de-qualidade), 2012. 3. NOTÍCIAS, SUS precisa gastar melhor para saúde melhorar, diz Economist(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110728_economist_s us_brasil_mm.shtml), 2011. 4. Opinião, Estadão, Como melhorar o SUS, (http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,como-melhorar-o-sus-imp- ,1107080),2011. 5. CONASS Debate – Caminhos da Saúde no Brasil / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 100 p. – (CONASS Debate, 2), 2014.http://fisioterapeutasgp.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html 16/11/2014 68 http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-que-e-preciso-para-ter-um-sus-de-qualidade http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-que-e-preciso-para-ter-um-sus-de-qualidade http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110728_economist_sus_brasil_mm.shtml http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110728_economist_sus_brasil_mm.shtml http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral%2Ccomo-melhorar-o-sus-imp-%2C1107080)%2C2011 http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral%2Ccomo-melhorar-o-sus-imp-%2C1107080)%2C2011 http://fisioterapeutasgp.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html Anatomia do SUS apresenta de maneira criativa e divertida de reforçar o slogan do ministério da saúde para a política nacional de humanização do SUS, no qual este livro procura abordar a relação do corpo humano com o SUS, assim mediante a dissecação anatômica do sistema muscular é desvelado conjuntamente o Sistema Único de Saúde, no qual em cada capitulo é demonstrado à trajetória do SUS em suas origens, estratégias, leis, diretrizes, metas e princípios no processo de produção de saúde, além de suas necessidades de mudanças e investimentos na saúde coletiva para o desenvolvimento populacional com qualidade de vida em todos os aspectos do termo saúde. MAYRA SOARES PROCÓPIO JAIR JOSÉ GASPAR JÚNIOR ADRIANA FERREIRA DA SILVA CAMPO GRANDE, 2014 SUMÁRIO 1. O que é SUS? 6 2. Por que o SUS foi criado? 11 3. Quais os princípios e diretrizes do SUS? 16 4. Leis e normas do SUS? 21 5. O que mudou com a criação do SUS? 28 6. Quais os níveis de atenção á saúde no SUS 33 7. Atenção primaria, média, complexidade e alta complexidade 37 8. Estratégia de saúde da família e NASF 45 9. Como é a formação de profissionais para o SUS? 54 10. Como e onde o fisioterapeuta interfere no SUS 59 11. Como podemos melhorar o SUS e a saúde no Brasil 63 O que é o SUS? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Por que o SUS foi criado? Por que o SUS foi criado? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Quais os princípios e diretrizes do SUS? Quais os princípios e diretrizes do SUS? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Leis e normas do SUS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS O que mudou com a criação do SUS? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Quais os níveis de atenção á saúde no SUS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Atenção Primária, Atenção Média, Complexidade e Alta complexidade? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Estratégia de Saúde da família e Nasf REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Como é a formação de profissionais para o SUS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Como e onde o Fisioterapeuta interfere no SUS? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Como podemos melhorar o SUS e a saúde no Brasil? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS