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Artigo Termo e Foto 20 10

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Brazilian Journal of health Review 
 
Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 1, n. 2, p. 399-420, oct./dec. 2018. ISSN 2595-6825 
399 
Efeitos da crioterapia sobre a estabilidade e equilibrio estático e dinâmico 
 
Cryotherapy effects on stability and static and dynamic balance 
 
Recebimento dos originais: 20/08/2018 
Aceitação para publicação: 21/09/2018 
 
Larissa Elvira Martins Sartini 
Instituição: Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora- SUPREMA 
Endereço: Rua Alameda 200, Salvaterra- Juiz de Fora CEP: 36033-003 
E-mail: larissasartini@gmail.com 
 
Mayara Oliveira Machado 
Instituição: Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora- SUPREMA 
Endereço: Rua Alameda 200, Salvaterra- Juiz de Fora CEP: 36033-003 
E-mail: mayaraoliveiramachado@gmail.com 
 
Vanessa Frauches Giovannini 
Instituição: Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora- SUPREMA 
Endereço: Rua Alameda 200, Salvaterra- Juiz de Fora CEP: 36033-003 
E-mail: va_vfg@hotmail.com 
 
Thiago Casali Rocha 
Mestre em Ciências do exercício e do esporte 
Instituição: Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora- SUPREMA 
Endereço: Rua Alameda 200, Salvaterra- Juiz de Fora CEP: 36033-003 
E-mail: thiagocasali@physio10.com.br 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: o controle postural é caracterizado pela habilidade de sustentar a posição do centro de 
massa dentro dos limites de oscilação e a capacidade de manter alinhamento do corpo em relação 
aos outros segmentos e meio ambiente. O controle postural pode ser afetado pelas informações 
sensoriais captadas pelo sistema somatossensorial, dentre essas informações sensoriais, a crioterapia 
por diminuir a velocidade de condução nervosa, pode exercer alguma alteração sobre o controle 
postural. Objetivos: verificar a estabilidade e o equilíbrio corporal após a aplicação da crioterapia 
em tornozelo de indivíduos adultos jovens. Métodos: trata-se de um estudo de natureza quase 
experimental, do tipo ensaio clínico com amostragem não probabilística. A amostra foi constituída 
por 39 indivíduos adultos jovens avaliados através da estabilometria antes e após a crioimersão. 
Resultados: verificamos que nas variáveis estabilométricas a aplicação da crioimersão apresentou 
diferenças significativas nos valores de área (p=0,0497), comprimento (p=0,0007), oscilações da 
velocidade média ântero-posterior (p=0,0005) e látero-lateral (p=0,0100), e oscilações da largura 
Brazilian Journal of health Review 
 
Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 1, n. 2, p. 399-420, oct./dec. 2018. ISSN 2595-6825 
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ântero-posterior (p=0,0178).Não observando diferença significativa para largura látero-lateral 
(p=0,6007), desvio médio ântero-posterior (p=0,0668), desvio médio látero-lateral (p=0,4444), , 
assim como a amplitude de movimento ativa de tornozelo e valores obtidos na Escala de 
Berg(p=0,6609). Conclusão: mediante ao exposto, concluímos através da análise das variáveis 
estabilométricas antes e após a crioimersão que houve diferença significativa no equilíbrio estático, 
porém, verificamos que não houve diferença significativa na avaliação do equilíbrio dinâmico pela 
Escala de Berg. 
 
Palavras-Chave: crioterapia; equilíbrio, estabilidade, estabilometria. 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: postural control is characterized by the ability to support the position of the center of 
mass within the limits of the oscillation and the ability to maintain the body alignment in relation to 
the other segments and environments. Postural control may be affected by the sensory information 
taken by the somatosensory system. Among those sensory information, cryotherapy has one of its 
effects a reduction in the nerve conduction velocity, a factor that may changes the postural control. 
Objective: to verify the stability and the body balance after the cryotherapy application on the 
young adult’s ankles. Methods: this is a quasi-experimental, nonprobability, type-of-trial study. The 
sample consisted of 39 young adults evaluated through stabilometry before and after cryo-
immersion. Results: It was verified that in the stabilometric variables, the cryo-immersion 
application showed significant differences in the area (p = 0.0497), length (p = 0.0007), mean ± 
standard deviation (p = 0.0005) and laterolateral (p = 0, 0100) and oscillations of the 
anteroposterior width (p = 0.0178). On the other hand, found that there was no significant level in 
the lateral lateral width (p = 0.6007), mean anteroposterior deviation (p = 0.0668), the lateral lateral 
deviation (p = 0,4444), as well as the active range of motion of the ankle and the values obtained in 
the Berg Scale (p = 0.6609). Conclusion: in the final, we concluded that through the analysis of the 
stabilometry variables before and of a created-immersion, there was significant difference without 
static equilibrium, however, we verified that there was no significant difference in the evaluation of 
the dynamic equilibrium by a Berg Scale. 
 
KeyWord: cryotherapy, equilibrium, stability, stabilometry 
 
1 INTRODUÇÃO 
A capacidade de manter o equilíbrio na postura ereta decorre do controle postural1, tanto em 
ações estáticas quanto durante os movimentos são necessárias ações conjuntas dos sistemas 
vestibular2, visual3 e somatossensorial4. As sensações externas captadas por receptores periféricos 
no corpo humano são enviadas ao córtex por vias aferentes, quando essas sensações são 
interpretadas promovem respostas que são transmitidas a periferia por vias eferentes, essas 
respostas sejam elas motoras ou articulares são responsáveis pelo controle postural4,5,6,7. Para que o 
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indivíduo apresente um controle postural favorável necessita de dois componentes 
comportamentais, que são: equilíbrio postural, que é caracterizado pela habilidade de sustentar a 
posição do centro de massa dentro dos limites de oscilação, levando em conta as forças atuantes 
sobre o corpo (inércia, gravidade e musculatura) tanto em postura estática quanto dinâmica8, e 
orientação postural que se refere ao posicionamento do corpo alinhado aos outros segmentos e meio 
ambiente na manutenção da postura ereta9. 
Para Cyarto EV et al. 2008, o equilíbrio é subdividido entre: equilíbrio estático, definido 
como a capacidade de controlar a oscilação corporal na postura ortostática sobre uma base de apoio; 
e equilíbrio dinâmico, que capta informações internas e externas para promover uma reação de 
ativação muscular coordenada para vencer as perturbações existentes mantendo o indivíduo em 
postura ortostática10. 
O controle postural pode ser afetado pelas condições ambientais, pelas informações 
recebidas de uma determinada tarefa a ser realizada pelo indivíduo e também pelas informações 
sensoriais captadas pelo sistema somatossensorial11. Dentre essas informações sensoriais, a 
crioterapia tem como um de seus efeitos reduzir a velocidade de condução nervosa dos estímulos12, 
portanto, ela pode ser um fator que altera o controle postural sendo observado um óbice na 
literatura13,14,15,16. A crioterapia é caracterizada pela redução da temperatura dos tecidos por meio da 
transferência de calor levando a uma diminuição do metabolismo celular, realiza também uma 
vasoconstrição local, leva a uma redução no consumo de oxigênio pelas células, e aumenta o limiar 
excitatório reduzindo a velocidade de condução nervosa dos estímulos promovendo analgesia12,17. 
O pé também é um fator de grande influência no equilíbrio postural, seu formato pode 
beneficiar ou prejudicar o equilíbrio e levar a desalinhamentos e alterações nos padrões de 
movimentos dos membros inferiores18,19,20. 
Sabendo da existência de mecanismos que podem alterar o controle postural, o objetivo do 
presente estudo foi verificar a estabilidade e o equilíbrio corporal apósa aplicação da crioterapia em 
tornozelo de indivíduos adultos jovens. 
 
2 MÉTODOS 
 Neste respectivo projeto de pesquisa foi adotado um estudo de natureza quase experimental 
que consiste em um ensaio clínico. A amostra do tipo não probabilística por conveniência foi 
constituída por 39 indivíduos adulto jovens avaliados na Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde 
de Juiz de Fora – Suprema, localizada no município de Juiz de Fora - MG. O estudo foi aprovado 
pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – 
SUPREMA, com CAAE 70131817.6.0000.5103. 
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 Foram adotados como critérios de inclusão, indivíduos que possuam idade entre 18 e 30 anos, 
de ambos sexos, sem lesão musculoesquelética. E como critérios de exclusão, utilização de 
medicamentos passíveis a interferência sobre a estabilidade e postura, doenças neurológicas, 
vestibulares, cognitivas e com alterações visuais sem utilização de métodos corretivos. 
 A coleta de dados foi realizada no período de Outubro de 2017. Inicialmente, os 
pesquisadores se dirigiram à Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora no turno da 
manhã, abordando possíveis voluntários. Os dispostos a participarem da pesquisa assinaram o 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e foram guiados até a sala de avaliação. 
 A coleta de dados foi realizada através de três etapas. A primeira foi composta por uma 
anamnese desenvolvida pelos avaliadores, contendo dados como sexo, raça, idade, tamanho do pé, 
medicamentos em uso e patologias associadas (APÊNDICE). Em seguida foram aferidos altura e 
peso utilizando uma balança da marca Welmy no modelo W200 A fabricada no Brasil. Na 
sequência realizamos a estabilometria que consiste na quantificação das oscilações corporais 
enquanto o indivíduo permanece em ortostatismo sobre uma plataforma de força. Essa plataforma 
analisa o deslocamento do centro de pressão nas direções ântero-posterior e látero-lateral21,22. O 
aparelho utilizado foi o baropodômetro S-plate da marca Podaly fabricado no Brasil. O voluntário 
permaneceu 30 segundos sobre a plataforma de pressão obedecendo a comandos do avaliador como 
manter-se em silêncio na postura estática de maneira relaxada e com olhos abertos23. Logo após, 
realizamos a análise do tipo de pé através de um plantígrafo da marca Podaly fabricado também no 
Brasil, esse instrumento permite identificar as pressões plantares e o formato dos pés através de 
uma lâmina com tinta que registra tais informações24,25. Posteriormente foi feita a medição da 
amplitude de movimento ativa de tornozelo com a realização de plantiflexão e dorsiflexão por meio 
do goniômetro da marca Carci. Ao final desta etapa, aplicamos a escala de Berg que avalia o 
equilíbrio estático e dinâmico em 14 tarefas de vida diária, incluindo itens de baixa, média e alta 
complexidade. Sua pontuação varia entre 0 a 4 pontos para cada tarefa e é baseada em como o 
indivíduo realiza as tarefas propostas e qual o tempo gasto, possui um score máximo de 56 
pontos26,27 (ANEXO). 
Na segunda etapa, foi realizada a aplicação da crioimersão através de um recipiente com 
água a uma temperatura controlada em níveis terapêuticos para o corpo, escolhemos entre 8ºC a 
10ºC a fim de reduzir a velocidade de condução nervosa sem causar danos ao tecido12,28,29, a técnica 
foi aplicada por 20 minutos30,31,32,33. 
Na terceira etapa, imediatamente após a crioimersão os voluntários foram submetidos 
novamente ao teste estabilométrico por 30 segundos com os mesmos comandos, seguidos do teste 
de goniômetria e escala de Berg. 
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Para a análise dos dados, inicialmente, foi testada a normalidade e a homoscedasticidade 
da distribuição, validando a utilização da estatística paramétrica. Os dados foram apresentados 
como média ± desvio padrão para estatística descritiva. Para comparar o efeito da crioimersão sobre 
a estabilidade e o equilíbrio nas variáveis estabilométricas e escala de Berg antes e após a aplicação 
do gelo utilizamos o teste T pareado. A mesma análise foi utilizada para comparar a goniometria. 
Todas as análises foram realizadas pelo Software GraphPad Prism 5 (2015), adotando como 
nível de significância 5%. 
 
3 RESULTADOS 
Os resultados foram estudados por meio de uma amostra constituída de 39 voluntários, que 
se dispuseram a ficar 20 minutos em crioimersão de tornozelo para verificar se logo após a 
intervenção haveria alteração do equilíbrio estático e dinâmico. Foram excluídos da amostra 2 
destes participantes por não tolerarem a crioimersão por mais de 1 minuto. 
A análise descritiva da amostra pode ser observada na tabela 1. 
 
Tabela 1. Características demográficas dos indivíduos da amostra (n= 37) 
 Variável Valor 
 
Idade 21,83 ± 2,72 (18 e 27) 
 
 
 
 
Peso 67,52 ± 14,67 (49,5 e 100,4) 
 
 
 
 
Altura 1,65 ± 0,08 (1,47 e 1,85) 
 
 
 
 
IMC 24,79 ± 4,49 (18,8 e 36,9) 
 
 
 
 
Tamanho do pé 37,86 ± 2,48 (34 e 44) 
 
 
 Legenda: média  desvio padrão; (mínimo e máximo); IMC= Índice de Massa Corporal. 
 
Desses participantes 75,7% eram do sexo feminino, além disso, foi avaliado o formato dos 
pés, cuja maior parte da amostra apresentou o pé do tipo plano, bilateral, dados estes observados na 
Tabela 2. 
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Tabela 2. Frequência das distribuições dos indivíduos conforme sexo e tipologia do pé. 
 Variável FA FP 
 
 
 
Sexo 
Masculino 9 24,3 
Feminino 28 75,7 
Total 37 100 
 
 
 
 
 
 
Tipo de pé direito 
Cavo 5 13,5 
Plano 29 78,4 
Normal 3 8,1 
Total 37 100 
 
 
Tipo de pé esquerdo 
Cavo 2 5,4 
Plano 32 86,5 
Normal 3 8,1 
Total 37 100 
 
 Legenda: FA= Frequência Absoluta; FP= Frequência Percentual. 
 
Após a análise por meio do teste T Pareado verificamos que a aplicação da crioimersão não 
teve significância (p<0,05) quando avaliado a amplitude de movimento ativa de tornozelo em 
adultos jovens, dados estes observados na tabela 3. 
Tabela 3. Goniometria antes e depois da crioimersão. 
N=37 Pré Pós P-Valor 
 
 
Dorsiflexão pé direito 15,76 ± 3,91 16,16 ± 4,31 0,52 
 
 
 
 
Dorsiflexão pé esquerdo 15,68 ± 4,18 15,11 ± 4,23 0,38 
 
 
 
 
Plantiflexão pé direito 36,46 ± 6,97 36,81 ± 7,28 0,7 
 
 
 
 
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Plantiflexão pé esquerdo 34,22 ± 7,11 33,70 ± 7,25 0,6 
 
 Legenda: média  desvio padrão. 
Para avaliar o controle postural utilizamos os métodos da estabilometria e da Escala de 
Berg. 
Os gráficos a seguir estão representados os resultados estabilométricos.Os valores de área e 
comprimento aumentaram significativamente quando comparados com os resultados antecedentes 
da crioimersão (p=0,0497 e p=0,0007) respectivamente, esses resultados podem ser observados na 
Figura 1. 
 
Legenda: * p<0,05 em relação ao momento antes. 
Figura 1. Área e comprimento avaliado pelo estabilômetro antes a após a aplicação da crioimersão. 
 
Na análise da Figura 2, nota-se que os valores das oscilações da velocidade média, tanto 
ântero-posterior quanto látero-lateral, obtidos através da estabilometria após a aplicação da 
crioimersão aumentou significativamente com um p=0,0005 e p=0,0100 respectivamente. 
 
 
Legenda: * p<0,05 em relação ao momento antes. 
Figura 2. Velocidade média ântero-posterior e velocidade média látero-lateral antes e após a aplicação de crioimersão. 
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Na análise da Figura 3, verifica-se que o valor das oscilações da largura ântero-posterior 
obtido através da estabilometria após a aplicação da crioimersão aumentou significativamente com 
um valor de p=0,0178. Já os valores de largura látero-lateral, desvio médio ântero-posterior, desvio 
médio látero-lateral pode-se observar que não alcançaram um nível de significância de p<0,05 
como critério de aceitação, em razão dos valores de p=0,6007, p=0,0668 e p=0,4444 
respectivamente. 
Legenda: * p<0,05 em relação ao momento antes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Largura ântero-posterior; largura látero-lateral; desvio médio ântero-posterior; desvio 
médio látero-lateral antes e após a aplicação da crioimersão. 
 
Com a intenção de avaliar o equilíbrio estático e dinâmico foi aplicada a Escala de Berg 
antes e após a aplicação da crioimersão. No entanto, percebe-se na Figura 4 que os valores não 
aumentaram após a aplicação da crioimersão, dado que o valor de p=0,6609, com um nível de 
significância de p<0,05 como critério de aceitação. 
 
 
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Figura 4. Avaliação da escala de Berg antes e depois da aplicação de crioimersão. 
 
4 DISCUSSÃO 
Hipotetizamos que a aplicação da crioterapia em região de tornozelo teria influência no 
equilíbrio de indivíduos adultos jovens. Desta forma, o presente estudo observou que o efeito da 
crioimersão alterou o equilíbrio estático desses indivíduos. 
No equilíbrio só foi observada diferença significativa nos dados estabilométricos, após a 
aplicação da crioimersão durante 20 minutos com uma temperatura entre 8º a 10ºC. Uma explicação 
fisiológica para isso é que na aplicação do gelo, a primeira resposta do organismo é sobre o sistema 
vascular, que se inicia através do resfriamento rápido da pele34. Ocorre uma diminuição da 
atividade metabólica, vasoconstrição e consequentemente, menor oferta de sangue e demanda de 
oxigênio para as células locais35,36. 
A crioterapia realiza resfriamento dos tecidos por meio da transferência de calor levando a 
uma diminuição do metabolismo celular como um todo. Sobre o sistema muscular, ela atua 
alterando a sensibilidade do fuso muscular, o que diminui a espasticidade35,37, promove analgesia 
devido à vasoconstrição local, além de aumentar a viscosidade dos tecidos17. No sistema nervoso38, 
a informação captada pelo sistema somatossensorial de frio, estimula os mecanorreceptores 
aumentando seu limiar de excitabilidade e diminuindo sua velocidade de condução nervosa 
interferindo diretamente sobre a transmissão sináptica nas junções neuromusculares17, portanto, a 
crioterapia altera a propriocepção e função muscular, podendo alterar o controle postural12. 
Com objetivo de determinar o nível crítico de refrigeração necessária para efeitos 
específicos, um estudo evidenciou que para reduzir a velocidade de condução nervosa em 
aproximadamente 10% é necessária uma temperatura tecidual de 12,5ºC12. Durante nosso estudo, 
não foi verificado a temperatura do tecido, apenas da água onde os pés estavam em imersão, pois de 
acordo com Holcomb WR 2005, fatores como densidade da pele, influenciam significativamente no 
processo de resfriamento dos tecidos39, áreas como pé e tornozelo apresentam pouco tecido 
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adiposo, por isso foi adotado um tempo de 20 minutos em crioimersão a uma temperatura de 8ºC a 
10ºC, pois assim garantimos o resfriamento dos tecidos a fim de reduzir a velocidade de condução 
nervosa, sem gerar lesão aos tecidos e também por manter uma temperatura mais tolerável aos 
voluntários. Adotamos a crioimersão como forma de aplicação da crioterapia, pois de acordo com 
Myrer WJ et al.,1988, a crioimersão é superior a pacotes de gelo se seu objetivo é uma redução 
prolongada da temperatura40. 
Um método considerado padrão ouro para avaliar o equilíbrio e o controle postural é o 
exame estabilométrico, que quantifica as oscilações corporais na postura ortostática através de uma 
plataforma de força. A partir dos dados registrados por essa plataforma podemos obter maiores 
informações a cerca do equilíbrio41,42. Existem vários os instrumentos utilizados para avaliar o 
equilíbrio estático e dinâmico43, mas nenhum é tão minucioso como este, pois a leitura do sinal 
estabilométrico é realizada por meio de um programa computadorizado que transforma o sinal 
vindo da plataforma em gráficos; para que essa leitura seja realizada de forma adequada é 
necessário a permanência do indivíduo por no mínimo 30 segundos sobre a plataforma23,44,45. Nos 
resultados, encontramos para as variáveis: área, comprimento, velocidade média ântero-posterior, 
velocidade média látero-lateral e largura ântero-posterior, uma diferença significativa (p<0,05) dos 
dados quando comparados os resultados antes e após a crioimersão. 
Alguns dos instrumentos utilizados para avaliar o equilíbrio são a Escala de Equilíbrio e 
Mobilidade de Tinetti ou Índice de Tinetti46,47; o Teste Time Up and Go48; Teste de Alcance 
Funcional26,49 e a Escala de Equilíbrio de Berg26,27. 
O presente estudo avaliou o equilíbrio dinâmico através da Escala de Berg26,27, por ser uma 
escala validada no idioma original e possuir boa confiabilidade na avaliação da capacidade de 
manter o equilíbrio e mobilidade em variadas posições, porém não foi encontrado diferença 
significativa (p<0,05), possivelmente por não ser um teste especifico de adultos jovens e 
minucioso quanto a estabilometria ou por ser aplicada em indivíduos saudáveis sem comorbidades. 
Alguns estudos revelam informações contraditórias na utilização da crioterapia em relação 
ao equilíbrio13,14,15,16, dentre esses, alguns revelam que a crioterapia influenciou negativamente14,16, 
no entanto, outros estudos revelam que não há diferença significativa no equilíbrio de indivíduos 
que foram submetidos a terapia13,15. 
Os dados de Steinagel et al., 1996, corroboram com a presente pesquisa, evidenciando que a 
crioimersão altera o equilíbrio estático. Ele avaliou os voluntários em apoio unipodal com olhos 
abertos sobre a plataforma, e utilizou crioimersão a uma temperatura de 2º a 4ºC por 15 minutos. 
Nas variáveis: estabilidade geral, desvio médio-lateral e desvio ântero-posterior houve diferença 
significativa (p<0,05) entre o momento antes e depois a crioimersão no grupo experimental16. 
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No entanto, Douglas et al., 2013, encontrou que não houve diferença estatística no equilíbrio 
estático nas três resultantes avaliadas (desvio ântero-posterior, desvio médio-lateral, estabilidade 
geral), já no equilíbrio dinâmico o desvio médio-lateral apresentou diferença estatística, porém, o 
desvio ântero-posterior e estabilidade geral não tiveram diferença estatística. Possivelmente a 
explicação para este fenômeno foi o método utilizado pelo pesquisador, no qual adotou a 
crioimersão apenas no pé dominante por 15 minutos a uma temperatura abaixo de 4,4ºC14. 
Cassolato et al., 2012, também não encontrou diferença significativano equilíbrio estático 
em nenhum dos momentos antes e após a crioimersão. Contudo foi observado o número da amostra 
substancialmente menor que o da presente pesquisa, dados como o tempo de permanência dos 
indivíduos na plataforma estabilométrica e o tempo da aplicação da crioimersão também foram 
consideravelmente menores15. 
O presente estudo demonstra que o equilíbrio estático pode sim ser alterado após a aplicação 
da crioimersão. Justificamos a contradiçãocom alguns dos estudos acima citados, devido à 
metodologia utilizada. Ao compararmos a avaliação na plataforma de força, alguns autores 
utilizaram apoio unipodal14,16 e não bipodal13,15, enfatizando desta maneira, o membro com maior 
dominância. A temperatura mantida durante a crioimersão foi inferior a utilizada por nós. Segundo 
Matsen et al., 1975, a crioterapia quando aplicada de forma prolongada produz efeitos nocivos50 e 
McMaster et al., 1980, concluiu que se aplicada por tempo prolongado, mas em temperaturas muito 
altas, não produz benefícios51. Justificamos o uso de temperatura mais elevada e o tempo escolhido 
de 20 minutos devido ao fator de proteção dos tecidos, para que dessa forma a vasoconstrição 
induzida pelo gelo fosse suficiente para produzir apenas efeitos como analgesia local e diminuição 
da velocidade de condução nervosa, sem promover estase sanguínea, hipóxia local e consequente 
morte celular. 
Em relação ao formato dos pés avaliados através da plantigrafia observamos que a maior 
parte da amostra apresentou um formato de pés planos, bilateral. Esse dado pode influenciar durante 
a análise do equilíbrio, devido a maior área de contato com o solo, no entanto, a tipologia do pé não 
foi um dado correlacionado a alteração do equilíbrio, o que deixou em aberto uma lacuna científica. 
Na avaliação da goniometria verificou-se que os resultados não apresentaram diferença 
significativa (p>0,05) na amplitude de movimento ativa de tornozelo. Sugerimos ser pelo fato de 
não termos colocado em imersão o ventre muscular do gastrocnêmio, sóleo e tibial anterior, que são 
os principais músculos responsáveis pelos movimentos de plantiflexão e dorsiflexão. O que foi 
submetido a imersão, foram apenas os tendões em inserção dos músculos que estão localizados em 
calcâneo (gastrocnêmio e sóleo), e cuneiforme medial e base do 1º metatarso (tibial anterior)52. 
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Contudo, ressaltamos que os resultados encontrados na presente pesquisa implicam sobre a 
prática clínica achados importantes, como, o cuidado ao orientar o uso da crioterapia em pacientes, 
principalmente, idosos, pois estes podem ter seu equilíbrio prejudicado, aumentando o risco de 
quedas. 
 
5 CONCLUSÃO 
Mediante ao exposto, concluímos através da análise das variáveis estabilométricas antes e 
após a crioimersão que houve diferença significativa no equilíbrio estático, porém, verificamos que 
não houve diferença significativa na avaliação do equilíbrio dinâmico pela Escala de Berg. 
 
6 APÊNDICE 
FICHA DE AVALIAÇÃO TCC 
 
Avaliador (a): _____________________________________ Data: ___/___/___ 
 
1- IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Nome: _________________________________________________________ Idade: ____ 
DN: ___/___/___ 
Telefone (s): (__)__________ / (__)___________ 
Sexo: ( )F ( )M Nº do calçado: _______ Raça: ____________ 
Medicamentos: _______________________________________________________________ 
 
2- ANAMNESE 
Possui doenças neurológicas, vestibulares, visuais e cognitivas: 
( ) Não ( ) Sim, quais? 
_______________________________________________________________ 
Intolerante ao frio/gelo: ( ) Não ( ) Sim 
 
3- EXAME FÍSICO 
Peso:_______ Kg Altura:_______ m IMC:________ 
 
4- AVALIAÇÃO 
 ESCALA DE BERG: Antes: ______/ 56 Depois: ______/ 56 
 PLANTIGRAFIA: Pé esquerdo: ___________ Pé direito: _________ 
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 GONIOMETRIA: ADM de tornozelo(ativo) 
 
 
 
 
 
 
 TESTE ESTABILOMÉTRICO: 
7 ANEXO 
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG 
 
Avaliador (a): ____________________________________ Data: ___/___/___ 
 
1- Posição sentada para posição em pé 
 Instrução: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar. 
( ) 4 capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente 
( ) 3 capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos 
( ) 2 capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas 
 Antes Depois 
Dorsiflexão D= E= D= E= 
Plantiflexão D= E= D= E= 
 
Antes Depois 
Comprimento (mm) 
 
Área (mm²) 
 
 
Desvio ântero-posterior 
 
Largura (mm) 
 
Desvio médio (mm) 
 
Velocidade media (mm/s) 
 
 
Desvio látero-lateral 
Largura (mm) 
 
Desvio médio (mm) 
 
Velocidade media (mm/s) 
 
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( ) 1 necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se 
( ) 0 necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se 
 
2- Permanecer em pé sem apoio 
 Instrução: Por favor, fique em pé por 2 minutos sem se apoiar. Se o paciente for capaz de 
permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, dê o número total de pontos o item Nº 3. Continue 
com o item N°4. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 2 minutos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
( ) 1 necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
( ) 0 incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
 
3- Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou num 
banquinho 
 Instrução: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas com os braços cruzados por 2 minutos. 
( ) 4 capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2 minutos 
( ) 3 capaz de permanecer sentado por 2 minutos sob supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer sentado por 30 segundos 
( ) 1 capaz de permanecer sentado por 10 segundos 
( ) 0 incapaz de permanecer sentado sem apoio durante 10 segundos 
 
4- Posição em pé para posição sentada 
 Instrução: Por favor, sente-se. 
( ) 4 senta-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 controla a descida utilizando as mãos 
( ) 2 utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida 
( ) 1 senta-se independentemente, mas tem descida sem controle 
( ) 0 necessita de ajuda para sentar-se 
 
5- Transferências 
 Instrução: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente para a outra para uma 
transferência em pivô. Peça ao paciente para transferir-se de uma cadeira com apoio de braço 
para uma cadeira sem apoio de braço, e vice-versa. 
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( ) 4capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos 
( ) 2 capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão 
( ) 1 necessita de uma pessoa para ajudar 
( ) 0 necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar a tarefa com segurança 
 
6- Permanecer em pé sem apoio com os olhos fechados 
 Instrução: Por favor, fique em pé e feche os olhos por 10 segundos. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 3 segundos 
( ) 1 incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos, mas mantém-se em pé 
( ) 0 necessita de ajuda para não cair 
 
7- Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos 
 Instrução: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar. 
( ) 4 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com 
segurança 
( ) 3 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com 
supervisão 
( ) 2 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 30 segundos( ) 1 necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés juntos durante 
15 segundos 
( ) 0 necessita de ajuda para posicionar-se e é incapaz de permanecer nessa posição por 15 
segundos 
8- Alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé 
 Instrução: Levante o braço a 90º. Estique os dedos e tente alcançar a frente o mais longe 
possível. 
( ) 4 pode avançar a frente >25 cm com segurança 
( ) 3 pode avançar a frente >12,5 cm com segurança 
( ) 2 pode avançar a frente >5 cm com segurança 
( ) 1 pode avançar a frente, mas necessita de supervisão 
( ) 0 perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo 
 
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9- Apanhar um objeto do chão a partir da posição em pé 
 Instruções: Pegar um sapato/chinelo localizado a frente de seus pés 
( ) 4 capaz de apanhar o chinelo facilmente e com segurança 
( ) 3 capaz de apanhar o chinelo mas necessita supervisão 
( ) 2 incapaz de apanhar o chinelo mas alcança 2-5cm (1-2 polegadas) do chinelo e manter o 
equilíbrio de maneira independente 
( ) 1 incapaz de apanhar e necessita supervisão enquanto tenta 
( ) 0 incapaz de tentar / necessita assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda 
 
10- Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto 
permanece em pé 
 Instrução: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do seu ombro esquerdo sem 
tirar os pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito. 
( ) 4 olha para trás de ambos os lados com uma boa distribuição do peso 
( ) 3 olha para trás somente de um lado, o lado contrário demonstra menor distribuição do peso 
( ) 2 vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio 
( ) 1 necessita de supervisão para virar 
( ) 0 necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair 
 
11- Girar 360 graus 
 Instrução: Gire-se completamente ao redor de si mesmo. Pausa. Gire-se completamente ao 
redor de si mesmo em sentido contrário. 
( ) 4 capaz de girar 360 graus com segurança em 4 segundos ou menos 
( ) 3 capaz de girar 360 graus com segurança somente para um lado em 4 segundos ou menos 
( ) 2 capaz de girar 360 graus com segurança, mas lentamente 
( ) 1 necessita de supervisão próxima ou orientações verbais 
( ) 0 necessita de ajuda enquanto gira 
 
12- Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho enquanto permanece em pé 
sem apoio 
 Instrução: Toque cada pé alternadamente no degrau/banquinho. Continue até que cada pé tenha 
tocado o degrau/ banquinho quatro vezes. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança, completando 8 movimentos 
em 20 segundos 
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( ) 3 capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em >20 segundos 
( ) 2 capaz de completar 4 movimentos sem ajuda 
( ) 1 capaz de completar >2 movimentos com o mínimo de ajuda 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair 
 
13- Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente 
 Instrução: Coloque um pé diretamente à frente do outro na mesma linha, se você achar que não 
irá conseguir, coloque o pé um pouco mais à frente do outro pé e levemente para o lado. 
( ) 4 capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro, independentemente, e permanecer por 
30 segundos 
( ) 3 capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente para o lado, 
independentemente, e permanecer por 30 segundos 
( ) 2 capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30 segundos 
( ) 1 necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15 segundos 
( ) 0 perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar de pé 
 
14- Permanecer em pé sobre uma perna 
 Instrução: Fique em pé sobre uma perna o máximo que você puder sem se segurar. 
( ) 4 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por >10 segundos 
( ) 3 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 5-10 segundos 
( ) 2 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por ≥ 3 segundos 
( ) 1 tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3 segundos, embora permaneça em 
pé independentemente 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair 
 
ESCORE TOTAL: (Máximo 56) 
Antes: ______/56 
Depois: ______/ 56 
 
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