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ELETROTERMOFOTOTERAPIA Eletroterapia (eletricidade) Termoterapia (calor/frio) Fototerapia (luz) São recursos físicos disponíveis na natureza e utilizados para o tratamento de certas patologias. ✓ A eletroterapia começou a ser utilizada com os peixes elétricos para produzir efeito analgésico a partir da eletricidade. ✓ A termoterapia é o tratamento a partir da mudança de temperatura, podendo ser positiva (calor) ou negativa (frio). ✓ A fototerapia consiste no tratamento a partir da luz/radiações eletromagnéticas visíveis ou não. EQUIPAMENTOS DA FOTOTERAPIA 1. Infraververmelho: pouco utilizado, pois, seu efeito terapêutico é pequeno/superficial). 2. Ultrassom terapêutico: ondas sonoras em uma faixa de frequência acima da capacidade auditiva do ser humano –> ondas mecânicas que produzem efeito terapêutico devido ao calor (agitação) das moléculas. 3. Ondas curtas: emite radiação eletromagnética, por isso, precisa de certo cuidado para uso. É necessário manter a distância de 4 a 6m (recomenda-se o uso da Gaiola de Faraday), outros aparelhos elétricos e até mesmo eletrônicos (celular, relógio...) e/ou instrumentos de metal (adornos, marca-passo...) do paciente devem ser retirados do local. 4. Laser terapêutico: pode ser pontual ou de tamanho maior (abrangendo maior área); recomenda-se o uso de óculos protetor para os olhos. Quando usar calor e quando usar frio? Caso clínico 1: entorse de tornozelo agudo -> gelo (nas primeiras 24h/48h o gelo vai diminuir o processo inflamatório). https://www.1001fonts.com/love-instinct-demo-font.html ✓ se for um processo pós-operatório a recomendação do gelo é restrita, pois esse “diminui” o processo de cicatrização. Caso clínico 2: torcicolo agudo inespecífico (presença de espasmos musculares) -> compressa quente (o calor pode diminuir a tensão muscular, relaxando o músculo) ou gelo (faz uma sedação nervosa, diminuindo a condução nervosa que chega ao músculo). EFEITOS LOCAIS DO CALOR ✓ Vasodilatação (aumento do calibre dos vasos sanguíneos) ✓ Aumento da taxa metabólica celular ✓ Aumento da liberação de leucócitos (ativando o sistema imunológico) ✓ Aumento da permeabilidade capilar (sistema de permeabilidade da membrana plasmática) ✓ Aumento da drenagem venosa e linfática ✓ Redução dos resíduos metabólicos ✓ Aumento da elasticidade dos tecidos superficiais e profundos (aumento do colágeno: tecido conjuntivo) ✓ Analgesia e sedação nervosa ✓ Redução do tônus muscular (estado de contração muscular dos músculos profundos relaxados geram maior flexibilidade) ✓ Redução do espasmo muscular ✓ Perspiração (pelo suor pode-se ocorrer a liberação de metabólitos nocivos ao corpo) EX: paciente pós retirada de gesso, para devolver a mobilidade necessita-se de alongamento e técnicas manuais e o calor é recomendado antes da fisioterapia para que o paciente esteja com os músculos relaxados e tenha maior ADM e menor dor. - Efeitos sistêmicos do calor (que atingem todo o corpo): aumento da temperatura corporal, da frequência cardíaca e respiratória e redução da pressão arterial. Indicações: • Quadros inflamatórios subagudos e crônicos • Redução da dor • Espasmo muscular • Ganho de ADM • Diminuição de hematomas • Redução de contraturas articulares Contraindicações: • Traumatismo agudo • Circulação insuficiente (trombose, varizes, problemas circulatórios -> calor faz a vasodilatação!) • Regulação térmica insuficiente • Áreas anestésicas (lesões no sistema nervoso, diabetes, falta de sensibilidade etc. -> necessita-se testar a sensibilidade tátil e térmica do paciente!) • Neoplasias (tumor maligno) -> o calor aumenta o metabolismo e pode-se ter o estímulo de metástases!) Os agentes de aquecimento superficial devem ser capazes de aumentar a temperatura da pele dentro de um limite de 40 a 45°C (se não chegar a essa temperatura não se tem o efeito terapêutico desejado), para que possam produzir efeitos terapêuticos. A transferência de calor para os tecidos subjacentes ocorre através da condução, mas os agentes de aquecimento superficial limitam-se a profundidades inferiores a 2 cm. Efeitos sobre a ADM O calor pode ser visto como um coadjuvante para aumento da ADM (não isoladamente), em conjunto com técnicas de mobilização articular. Para os tecidos colagenosos como tendões, ligamentos e cicatrizes, são necessárias temperaturas entre 39 e 45°C. A chave para a terapia eficaz é aplicar o alongamento ou a mobilização das articulações enquanto o tecido está na faixa da temperatura alvo, em geral somente de 2 a 3 minutos após a termoterapia. Aumento da circulação O aumento da temperatura produz a vasodilatação nos vasos superficiais. A dilatação ocorre também no membro contralateral e permite o aumento da perfusão do leito capilar alimentado pelas arteríolas. Redução da dor O calor faz o paciente se sentir bem pois relaxa e alivia a dor, pois, diminui a velocidade de condução do nervo periférico, inibe receptores do sistema nervoso e alteram a condução nervosa espinhal. ✓ A termoterapia estimula os receptores cutâneos de temperatura -> controle das comportas da dor (“portão da dor”) EX: quando a pessoa sente dor, utilizamos o calor para interromper o caminho de informação da dor, o que faz a diminuição da dor para que chegue à informação somente do calor. Compressas quentes Banho de parafina (parafina derretida com óleo mineral -> utilizada para tratamento de mão e pés entre 48 e 52°C, de 7 a 12 vezes para formar uma “luva” que então é embrulhado com saco plástico e toalhas para manutenção do calor durante 15 a 20 minutos) Turbilhão (pode ser frio ou quente e faz a imersão do paciente ou parte de seu corpo para a redução da percepção da sensibilidade). Fluidoterapia (envolve a circulação de ar quente seco através de uma cabine dentro da qual a parte do corpo é inserida uma manga de nylon com a temperatura de 38 a 48°C por 20min) https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html Infravermelho Forno de Bier O gelo realiza a transferência de energia térmica para fora dos tecidos causando efeitos fisiológicos similares ao do aquecimento, podendo ser local ou sistêmico. Indicações: • Espasmos musculares • Dor decorrente de lesão • Redução de sangramento/edema • Traumatismo agudo • Prevenção de lesão hipóxica secundária • Controle de edema • Alívio da dor • Lesões atléticas (estágio agudo) Contraindicações: • Arteriosclerose • Doenças vascular periférica • Doença de Raynaud (vasoespasmo) • Crioglobulinemia • Hemoglobinúria (ruptura das hemácias) • Urticária • Elevação da PA • Não deve ser aplicado em áreas afetadas por alguma enfermidade vascular periférica • Aumento da rigidez mecânica do tecido colagenoso e articular A velocidade de remoção do calor depende: da área, profundidade, duração, intensidade e método de resfriamento. Efeitos fisiológicos locais do frio: diminuição do metabolismo celular e vasoconstrição. Como um mecanismo de defesa, ocorre a vasodilatação induzida pelo frio (VDIF) após algum tempo de vasoconstrição. Assim a pele assume uma cor vermelha mais brilhante em decorrência da presença de mais oxiemoglobina. O frio pode inibir os estímulos excitatórios dominantes que operam na região dos neurônios do corno anterior da medula espinhal e causam espasmo (contração involuntária, por exemplo, câimbra ou torcicolo) e espasticidade (contração constante, por exemplo, em pacientes neurológicos). ✓ RISCOS: frio excessivo + bolhas/dor localizada + necrose/equimoses/úlceras (improvável). ✓ CUIDADOS: doença cardíaca e pressão arterial+ sensibilidade cutânea (cabeça da fíbula) + aversão ao frio + área com suprimento circulatório comprometido ou sobre anestesia Método (Protection, Rest, ice, compression e elevation) É a aplicação de gelo com o membro elevado em 45° graus e com apoio (ou acima da linha média do coração). *indica-se a mobilização precoce orientada A forma mais comum de aplicação do gelo é a bolsa de gelo, porém as modalidades de frio incluem, massagem com gelo, imersões em banho de gelo, imersões em água gelada, compressas com gel gelado, sprays refrigerantes, equipamentos para compressa gelada e até compressas geladas “instantâneas”. -> maior área de contato, maior transferência de calor -> maior espessura (tecido adiposo), menor a transferência de calor. -> diminuição no fluxo sanguíneo (vasoconstrição) menor hemorragia, menos https://www.1001fonts.com/genoa-font.html https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html formação de edema e menor acúmulo de células inflamatórias que podem causar lesão secundária (melhor resultado da lesão!). Aplicação tópica e barreira isolante -> bolsa de gelo ou compressas de gel congeladas na área lesada, usando algum tipo de envoltório de compressão (bandagem ou plástico). As bolsas de gelo são feitas de gelo em cubo ou gelo triturado e podem ser armazenadas em depósitos não refrigerados (podendo ser aplicadas diretamente sobre a pele), já os gelos armazenados em congelador necessitam de uma proteção para não causar lesão de frio. A aplicação pode ser de 20 a 40 min, mas preferencialmente não ultrapassar 30 min. Imersão no gelo (15 a 20 min) Sprays refrigerantes Criocinética É uma técnica que inclui alternância de séries de crioterapia e exercícios. Usada principalmente nas fases precoces de um programa de reabilitação, na tentativa de permitir que o exercício seja iniciado mais rápido do que seria possível, em função da dor e da inibição neuromuscular. E agora, frio ou calor? Fatores dependentes: 1. Estágio da inflamação -> o frio é preferível durante a fase aguda e calor durante fase crônica da inflamação. 2. Extensibilidade do colágeno -> quanto mais frio, mais o colágeno fica rígido. 3. Espasmo muscular e espasticidade -> Tanto o calor quanto o frio podem diminuir o espasmo, mas, o frio tem um efeito mais duradouro. 4. Área, conforto e preferência -> o frio pode ser intolerável para algumas pessoas, podendo gerar estresse e dor, nesse caso, seria melhor evitá-lo! 5. Redução do edema/sangramento -> ocorre devido a vasoconstrição (feita pelo frio), que reduz a circulação e consequentemente reduz o extravasamento de líquido. *A circulação sanguínea é essencial para o processo de cura, por carregar as células do sistema imune, logo, a aplicação do gelo deve ser feita desde que não prejudique a cura! 6. Redução da dor -> ocorre devido ao efeito direto do gelo sobre as terminações nervosas sensitivas, além disso, o frio pode ser usado como mecanismo de portão da dor (fator contra irritante). A diatermia consiste na aplicação de energia eletromagnética de alta frequência para produzir calor nos tecidos do corpo -> o calor é produzido pela resistência do tecido à passagem de energia. • A diatermia por ondas curtas pode ser contínua ou pulsada (produz menos calor). • As bandas de onda de radiofrequência é de 27,12 MHz (previne a interferência). Efeitos Térmicos O aparelho ondas curtas aumenta o fluxo sanguíneo (devido a vasodilatação), assiste na resolução da inflamação, aumenta a extensibilidade, diminui a rigidez articular e alivia a dor/espasmos. Efeitos NÃO-térmicos (atérmico) O aparelho ondas curtas auxilia no aumento do metabolismo e consequentemente na regeneração (cicatrização dos tecidos profundos). INDICAÇÕES • Lesões Musculoesquéticas pós-agudas • Aumento do fluxo sanguíneo – vasodilatação • Aumento do metabolismo • Aumento da extensibilidade do colágeno • Melhora da ADM • Reabsorção de Hematoma e reparo tecidual • Diminuição da rigidez articular • Relaxamento muscular/contraturas articulares • Aumento do limiar da dor • Pontos-gatilhos Técnicas de colocação dos eletrodos: ✓ Tecidos em série: resistores em série -> ação térmica mais superficial ✓ Tecidos em paralelo: resistores em paralelo -> ação térmica mais profunda CONTRAPLANAR: eletrodos colocados em lados opostos do membro a ser tratada. COPLANAR: eletrodos colocados um ao lado do outro (no mesmo plano) -> ação menos profunda que a contraplanar! LONDITUDIONAL: um eletrodo na porção proximal do segmento a ser tratado e outro da porção distal. https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html OBS: as placas não podem se encostar -> indica-se pelo menos 4cm de distância! OBS 2: não se pode fazer um “sanduíche” de eletrodos -> só aquece superficialmente. - Colocação de eletrodos capacitivos Eletrodo indutivo: materiais mais rígidos em forma de tambor com contato direto e maior efetividade em tecidos mais profundos. - Aplicação de OC Os eletrodos flexíveis são folhas metálicas chatas cobertas com uma camada espessa de borracha colocados embaixo ou em torno da parte do corpo que requer tratamento. Os eletrodos de disco são metálicos chatos, arredondados e envolvidos por uma cobertura plástica, são colocados perto da parte do corpo que precisa de tratamento. O campo de OC é gerado entre as 2 placas. • Quanto menor o eletrodo, mais concentrado é o campo eletromagnético -> o eletrodo pode ser pequeno, médio ou grande. • A distância entre a pele e o eletrodo é de 2 a 4 cm • O eletrodo deve estar paralelo à pele DOSE -> DOSE = INTENSIDADE x tempo Para condições agudas, usar menor dose e para condições crônicas, doses +altas. • Low e Reed (2000) sugerem 5 níveis de dose de OC, indo do imperceptível ao aquecimento tolerável. • Delpizzo e Joyner dividem as doses OC em alta, média e baixa (efeito fisiológico sem efeito térmico) O modo contínuo pode ser aplicado por 15 a 25 min e o modo pulsado pode ser de 20 a 30 min. RISCOS E CONTRAINDICAÇÕES • Insuficiência cardíaca/marca passo • Sensação térmica comprometida • Tuberculose/trombose/tumor • Paciente piréxico (febre) • Áreas da pele afetadas por radioterapia • Sobre epífises de crescimento (usar a mínima dose ou evitar o uso) • Pacientes que não cooperam (EX: distúrbios de movimento, incapacidade mental ou idade) • Áreas hemorrágicas (mulheres que estejam em período menstrual devem ser alertadas que pode ocorrer um aumento temporário no sangramento se a pelve for irradiada) • Tecido isquêmico Para o atendimento... O operador deve examinar a sensibilidade térmica e dolorosa do paciente e verificar se não há nenhuma contraindicação, além disso, assegurar que não tenha nenhum objeto metálico, pele seca e sem roupa no local. O operador deve permanecer pelo menos 0,5m distante dos eletrodos e dos cabos. O aparelho deve ter os cabos conectados corretamente e não cruzados. O suporte do paciente (maca/cadeira) não pode ser metálico e devem ser mantidos pelo menos 3m distantes do aplicador e dos cabos. PRÁTICA 1. Verificar se a intensidade está zerada antes de ligar o aparelho 2. Ligar o aparelho 3. Resetar o aparelho 4. Escolher o tempo Modo contínuo = 15 a 25 min Modo pulsado = 20 a 30 min 5. Ajustar frequência Alta frequência = caso agudo -> gera analgesia Baixa frequência = casos crônico -> gera regeneração tecidual Modo contínuo -> casos crônicos 6. Ajustar sintonia (tentar chegar ao 100%) 7. Ajustar a intensidade A diatermia (aquecimento) por micro-ondas é profunda, mas não tanto quanto as ondas curtas e o ultrassom. Usa de radiações eletromagnéticasque se estende de ondas de frequência de 300MHz até 300 GHz. A especificação de operação varia pelos diversos países, no Brasil a frequência utilizada é de 2450MHz, com ondas de 12,24cm chegando até 3cm de profundidade da pele. Os reguladores básicos dos equipamentos são: intensidade, tempo e forma. A ondas do aparelho podem ser contínuas ou pulsadas e a transmissão é por vibração iônica e rotação de dipolos. Ondas Curtas ou Micro-ondas? Se a área for extensa e profunda, é melhor o ONDAS CURTAS, mas se for uma área localizada (menor/mais superficial) é melhor usar o MICRO-ONDAS. As micro-ondas podem ser absorvidas, transmitidas, sofrer refração (quando a onda encontra uma barreira e acaba mudando de direção, o que consequentemente altera seu comprimento de onda) ou sofrer reflexão (quando a onda encontra uma barreira e é refletida, mas isso depende do tipo de barreira - Ex: interface periósteo osso (no corpo humano) faz a reflexão – assim, a onda volta pelo mesmo caminho que veio. A propagação das micro-ondas é determinada pela frequência da energia e pelo comprimento de onda -> penetração das micro-ondas é inversamente proporcional ao comprimento de onda (vale lembrar que essa relação pode ser alterada devido a composição do tecido). A penetração ocorre em tecidos com baixa condutividade elétrica, mas a absorção ocorre em tecidos de alta condutividade (vasos sanguíneos, músculos, pele úmida, órgãos internos e olhos). Obs: Uma camada de gordura subcutânea mais espessa do que 20 mm pode ser aquecida ainda mais do que um músculo subjacente ou osso, pois a energia é fortemente impedida devido a reflexão. LEIS DAS RADIAÇÕES POR MICRO-ONDAS A antena de emissão é sempre colocada a uma distância fixa curta (2 a 6cm) da parte a ser tratada; As micro-ondas obedecem a lei do quadrado inverso da distância (“A intensidade da radiação que incide sobre a unidade da área de superfície do corpo é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte de energia e a superfície.”) -> A antena deve ficar perto do corpo, mas deve-se tomar cuidado pois pequenas alterações resultam em grandes mudanças na potência. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS MICROONDAS ✓ Efeito analgésico (tira dor); ✓ Anti-inflamatório (não recomendado na fase aguda); ✓ Aumento da extensibilidade dos tecidos colagenosos; ✓ Redução da rigidez articular. https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html RISCOS • Queimaduras -> inabilidade dos tecidos de dissipar calor, tratamento sobre áreas com metal.... • Exacerbação de sintomas -> inflamação, infecção, áreas de aumento de tensão dos fluídos como bursite, edema e efusão sinovial, condições hemorrágicas (menstruação é pouco afetada) e doença cardíaca grave. • Insuficiência cardíaca devida a choque elétrico ou marca-passo • Alastramento de patologias -> tumor ou infecção • Início da gestação Para o atendimento... Deve-se retirar objetos metálicos, pois podem funcionar como antena; a sensibilidade do paciente deve ser normal à dor e temperatura na pele (testar); o Fisioterapeuta deve-se manter a 2m de distância ou usar a gaiola de Faraday. É a forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta frequência (ondas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos por segundos). A frequência média para diagnóstico de imagem varia de 5 a 20 MHz e para terapia de 0,7 a 3 MHz. A vibração gerada pelo ultrassom aciona as partículas do meio, produzindo ondas por compressão e descompressão, o que chamamos de efeito piezelétrico. TIPOS DE ONDAS DO ULTRASSOM ✓ Longitudinais (ou compressional) Velocidade e aceleração na mesma direção da propagação da onda, acontece em meios líquidos nãos viscosos. ✓ Transversais As partículas estão perpendiculares a propagação da onda e ocorre e sólidos. ✓ Estacionárias As ondas são refletidas por uma interface entre meio com impedância acústica diferentes (Ex: tecido mole e osso ou ar), Obs: ondas estacionárias podem produzir danos as células devido a um estresse/calor excessivo/força mecânica excessiva na região que está sendo aplicada. Por isso o ultrassom deve ser aplicado com movimentos lentos! Caso use a técnica estacionária, aplicar somente o ultrassom pulsado. - CAVITAÇÃO (vaporização de um líquido e que consiste na formação de bolhas de vapor pela redução da pressão durante seu movimento) O aumento e diminuição dessas bolhas é chamado de cavitação estável; caso colapsem (estouram), chamamos de cavitação transitória (pode prejudicar o paciente). A vibração em alta frequência do ultrassom deforma a estrutura molecular das substâncias não fortemente unidas. Pode reduzir espasmos, aumentar a ADM, quebrar depósitos de Calcio, mobilizar aderências e cicatrizes. - FREQUENCIA Quanto maior a frequência menor o comprimento de onda, melhor a colimação, maior temperatura, maior taxa de absorção e menor a profundidade de penetração (perda de energia). 1Mhz = tecidos profundos 3MHz = tecidos superficiais - MODO Contínuo -> tem efeitos térmicos, alteração de pressão, micro massagem e diatermia. Pulsado -> Tem frequência de 16, 48 e 100Hz com efeitos térmicos minimizados, alteração de pressão, micro massagem e efeitos não térmicos. Indicado quando o calor produz dor; houver necessidade de regeneração dos tecidos; processos inflamatórios. - CICLO DE TRABALHO Em alguns equipamentos pode ser mudado; o ciclo de trabalho (variação) é o tempo de duração de pulso/período x 100 -> Quanto menor o ciclo de trabalho, menor o calor produzido. Ex: 20% pulsado = 2mseg/10mseg x 100 ou 2:8 https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html Se o calor produzir dor ou for uma condição aguda deve-se usar 5 ou 10% (o menor que tiver). Um ciclo de 20% é útil quando houver grande quantidade de reflexão do osso subcutâneo (como uma epicondilite). CARACTERÍSTICAS DO ULTRASSOM ✓ Atenuação: a energia inicial do ultrassom não é totalmente absorvida pelos tecidos, por isso devemos saber em qual estrutura queremos chegar e seguir a tabela que mostra como a energia cai pela metade conforme passa por cada estrutura. ✓ Absorção: US é bem absorvido por proteínas em tecido nervoso, ligamentos, cápsulas intra-articulares, tendões, proteínas nos músculos, hemoglobina. Não é bem absorvido por pele e gordura! ✓ Reflexão: osso/periósteo; tecido/ar; cabeçote transdutor/ar; osso/tecido mole; Interfaces de tecidos conjuntivos EFEITOS FÍSICOS DO ULTRASSOM Efeitos não térmicos Agitação acústica - permite um movimento permanente do fluido podendo diminuir dor e espasmo e gerar atividade elétrica do tecido. Estes efeitos podem variar de um potencial de ação alterado até um bloqueio do nervo. O aumento do transporte de íon cálcio pode iniciar a degranulação dos mastócitos e a liberação de histamina (o que auxilia na cicatrização e remoção de coágulos), Mudanças biológicas – aumento da permeabilidade das membranas e do transporte de cálcio, liberação de histamina e agentes quimiotáxicos, aumenta a síntese de colágeno e de proteínas, aumenta a elasticidade dos tecidos e a atividade enzimática. EFEITOS TERAPÊUTICOS DO ULTRASSOM ✓ Aumento do transporte de Ca+ ✓ Síntese de proteínas/colágeno ✓ Diminui atividade elétrica dos tecidos ✓ Regenera/repara tecidos moles ✓ Estímulo do calo ósseo ✓ Aumento da circulação e das fibras nervosas aferentes ✓ Diminuição de espasmos ✓ Aumento de mobilidade articular ✓ Resolução de processos inflamatórios crônicos (usado com propósito térmico) INDICAÇÕES: • Contusões, distensões, luxações ou fraturas • Artrite reumatoide • Epicondilite, bursite, tendinite • Transtornos circulatórios • Cicatrização e pontos gatilhos CONTRAINDICAÇÕES: • Placasepifisárias • Endopróteses (plástico da prótese pode aquecer) • Tumores • Inflação séptica (devido ao contato) • Tromboflebites e varizes • Diabetes melitus (devido a redução da taxa de glicose) Para o atendimento... É necessário o contato direto entre o cabeçote e o corpo do paciente, além disso, é necessário antes de começar limpar a pele do paciente e aplicar o gel, pomada ou emulsão (aconselhado não ter pelo). O cabeçote pode mover-se por movimentos curtos e circulares (para pontos gatilhos usamos a técnica estacionária). Obs: existe uma técnica de imersão onde a superfície do corpo a ser tratada fica embaixo d’água, indicada se a superfície for muito irregular. A intensidade se expressa em W/cm2, sendo 2W/cm2 no modo contínuo e 3W/cm2 no modo pulsado. A área efetiva de radiação (ERA) não deve ser considerada como a área do cabeçote transdutor, por isso, deve-se olhar nas especificações do aparelho. Baixa intensidade <0,3W/cm2 Intensidade média [0,3 a 1,2W/cm2] Alta intensidade = 1,2 a 2W/cm2 A dose pode variar com a idade (jovens/adultos tem maior dose e idosos tem doses menores) e estágio da lesão (agudo, subagudo e crônico). Além disso deve-se respeitar a taxa metabólica de cada tecido, segue medidas que devem chegar em cada parte específica do corpo: • Nervos: 0,8 a 1,2 w/cm² • Músculos: 0,7 a 0,9 w/cm² • Capsulas: 0,5 a 0,7 w/cm² • Tendões: 0,4 a 0,7 w/cm² • Ligamentos: 0,3 a 0,6 w/cm² • Bursa: 0,3 a 0,5 w/cm² É valido lembrar que o raio se perde, por isso, deve-se levar em consideração o cálculo de atenuação (D/2). Segue medidas de atenuação que ocorrem em cada parte do corpo: O modo do ultrassom pode ser pulsado em fases agudas (5% a 10%) e subagudas (20%) ou contínuo em fases crônicas (>20%; começa a ser térmico e na maioria dos aparelhos é 50%) O ultrassom em 100Hz tem ação anti- inflamatória, analgésica e espasmolítica e entre 16 e 48Hz tem ação regenerativa. O ultrassom de 1MHz atinge até 4,5 cm de profundidade e o de 3 MHz, até 2,5 cm (bem superficial), e isso deve ser levado em consideração no tratamento. O tempo de aplicação é calculado área de tratamento (cm²) dividida pelo ERA do equipamento. A duração máxima é cerca de 15min. Tempo de aplicação = área de tratamento / ERA *Quanto menor a área, melhor distribuição energética! Prática: 1. Deve-se olhar na tabelinha a taxa metabólica do tecido a ser analisado (nervo, músculo. Tendão...maior número, mais crônico e menor número mais agudo) -> Ex: em caso de tendinite crônico deve chegar 0,7 w/cm² ao tendão. 2. Deve-se “imaginar” o quanto de tecido/pele/gordura tem antes do alvo específico e realizar o cálculo da atenuação para cada um (regra de 3) -> Ex: 1,11 de pele atenua 50%, logo 0,2 de pele atenuará “x%”. 3. Deve-se então chutar um valor para ser colocado na intensidade que quando sofrer as atenuações (anteriormente calculadas no item 2) chegará à intensidade basal esperada pelo tecido a ser tratado (visto no item 1) -> Ex: chute de 0,8 w/cm² menos 9% (que é o quanto atenua com a pele exemplificada no item 2). Para treinar: R: Deve chegar 0,7 w/cm² no tendão, antes do tendão temos a pele que atenua 9% e gordura que atenua 3%, então, podemos escolher a intensidade de 0,8J. R: Deve chegar 0,5 w/cm² na bursa, antes do tendão temos a pele que atenua 18%, gordura que atenua 3% e músculo que atenua 33%, então, podemos escolher a intensidade de 0,8J. Laserterapia de Baixa Potência foi descoberto por Albert Einstein, mas somente em 1960 com Theodore Maiman, que houve o primeiro disparo de luz laser nos EUA. - Usado na Medicina, na Odontologia, em exames diagnósticos e na Fisioterapia (onde usamos principalmente as propriedades não térmicas do laser). A energia luminosa são os fótons (que são “pacotes de energia”, e esses tem comprimentos de onda diferentes (gerando cores de feixes diferentes). Laser de baixa intensidade = <500mW Dosagem = <35J/cm² O laser pode funcionar como uma fotobiomodução (doses menores) ou fotobioinibição (doses maiores) para casos de inibição dos processos celulares. Devido a essa interação com as células, o laser interaje diretamente com as mitocondrias, aumentando a produção de ATP, síntese de DNA/RNA, fluxo linfático, proliferação de fibroblastos (síntese de colágeno), aumento metabólico, agiogênese e também regeneração/Anti-inflamatório. A radiação do laser tem 3 características: 1. Monocromaticidade (determinado comprimento de onda tem cor única) 2. Colimação (capacidade de não dispersar) 3. Coerência (capacidade de manter as suas propriedades durante a aplicação) A interação do laser com o tecido pode ocorrer de duas formas: dispersão da luz incidente ou absorção da luz incidente por um cromóforo (célula que absorve a luz). INDICAÇÕES: • Regeneração em feridas • Condições artríticas • Lesões em tecidos moles • Alívio da dor CONTRAINDICAÇÕES: • Proximidade com a retina • Focos bacterianos • Tumor, câncer ou malignidade • Gravidez, pacientes com arritmias, disfunções tireóideas, marca-passos, tratamentos com esteroides/fármacos fotossensibilizantes • Pacientes com barreiras como creme, suor etc. • Pacientes com distúrbios psicológicos (podem apresentar reações psicossomáticas) Obs1: seria bom usar óculos protetor Obs2: podem ocorrer efeitos colaterais como náusea, cefaleia ou sonolência (é raro e acontece normalmente quando a aplicação é >15min). Lei de Arndy-Schultz Para que um tecido consiga melhorar as suas funções ele precisa receber e captar uma quantidade de energia específica. Por isso, deve- se tomar cuidado com a dose do laser! - Laser visível (tecidos de 2 a 4mm de profundidade): tecidos vermelhos e superficiais são absorvidos pela melanina e hemoglobina - Laser infravermelho (tecido de 20 a 40mm): tecidos brancos e profundos são absorvidos pela água. https://www.1001fonts.com/macy-tyler-demo-font.html TIPOS DE LASER DE BAIXA POTÊNCIA ✓ Laser de Hélio-neônio (HeNe): faixa dos 650nm (comprimento de onda), com luz visível e ação superficial. A potência varia de 1 a 10mW. ✓ Arsenieto de Gálio Alumínio (GaAlAs): faixa dos 830nm (comprimento de onda), com luz infravermelho e ação profunda. ✓ Arsenieto de Gálio (AsGa): faixa dos 905nm (comprimento de onda), com luz infravermelho e ação profunda. PARÂMETROS ✓ Potência (é fixa e invariável expressa em mW, mas pode ser escolhida em 10% ou 25% as vezes) ✓ Energia (expressa em J, é calculada multiplicando a potência pelo tempo de irradiação) EX: um aparelho de 30mW (0,03W) aplicado por 1min (60s) emitirá 1,8J. ✓ Exposição (densidade de energia – expressa em J/cm2 é calculada dividindo a energia pelo tamanho da área da unidade de tratamento) ✓ Modo Pulsado ou Contínuo ✓ Dosagem Fase aguda = dose baixa (1 a 3J) Fase subaguda = dose média Fase crônica = dose alta (4 a 6J) ✓ Técnicas de aplicação ✓ Dosimetria (indica-se tratamento diário por 2 semanas ou em dias alternados por ¾ semanas, além disso, a energia vai sendo reduzida e, 30% conforme a progressão da fase aguda para a resolução do processo inflamatório) Obs: a caneta (feixe) deve permanecer perpendicular ao tecido e os tendões devem ser mantidos relaxados para melhor absorção. PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO Qualquer energia aplicada ao corpo pode ser absorvida, então sua absorção depende do tipo de energia absorvida. Por exemplo, o laser HeNe é absorvido superficialmente (primeiros 2 a 5mm), mas ele também exerce efeito indireto até 8/10mm. AÇÃO E EFEITOS 1. Efeitos primários ou diretos: efeito bioquímico, bioelétrico ou bioenergético 2. Efeito secundário: estímulo a microcirculação e trófico celular. 3. Efeito terapêutico: aumento do ATP,analgesia, anti-inflamatório, trofismo, pontos de acupuntura. DOSIMETRIA Fase aguda: doses baixas (01 a 03J) Fase crônica: 04 a 06J Recomenda-se o tratamento diário por 2 semanas ou em dias alternados por 3/4 semanas começando com a dose da tabela e reduzindo em 30% quando a inflamação aguda estiver sob controle. *O feixe deve permanecer sempre perpendicular ao tecido! Para o atendimento... Deve-se escolher a dose seguindo a tabela de Walt e então ligar o aparelho para escolher a energia para casos crônicos (4 a 6J) ou agudos (1 a 3J), após isso, posicionar a caneta no local a ser aplicado em 90° com a pele e ligar (“start”) na caneta. *Importante fazer uma “conchinha” com a mão em torno da luz para que nem o paciente nem o fisio fique olhando para o laser.
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