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Hipertensão Arterial Sistêmica

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Pulsos arteriais: . 
Radial 
 
Carotídeo 
 
Femoral 
 
Poplíteo 
 
Tibial Posterior 
 
 
 
Pedioso 
 
 
Pulso central: 
Quando a zona onde tomamos o pulso estiver 
próximo do coração fala-se em pulso central. 
 
Pulso periférico: 
Pulso mais afastado do coração. 
 
Abordagem semiológica: . 
• Anamnese: 
- Identificação do paciente 
- Queixa principal 
- HMA (começá-la sempre com o tempo) 
- Interrogatório Sintomatológico 
- Antecedentes pessoais fisiológicos 
- Antecedentes pessoais patológicos 
- Antecedentes familiares 
- Hábitos de vida 
- Condições socioeconômicas e culturais 
• Exame físico: 
- Obter medidas acuradas de PA em 
ambos os braços 
- Medidas antropométricas (peso, altura, 
FC, CA e IMC) 
- Região cervical: palpação e ausculta das 
artérias carótidas, verificação de estase 
jugular e palpação de tireoide. 
- Cardiovascular: desvio de ictus e 
propulsão à palpação; presença de B3 ou 
B4, hiperfonese de B2, sopros 
- Respiratório: presença de estertores, 
roncos e sibilos 
Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
 
- Extremidades: edemas, pulsos em 
membros 
- Abdome: frêmitos, sopros, massas 
abdominais 
- Fundoscopia ou retinografia (quando 
disponível) 
Normotensa: pressão normal. 
 
IMC normal: 
 
 
Ictus normal= 1 ou 2 polpas digitais. 
 
Volume sanguíneo: . 
9% destinado à circulação pulmonar 
7% coração 
84% circulação sistêmica (64%=veias; 13%= 
artérias; 7%=arteríolas e capilares) 
 
Fluxo de sangue: . 
Quantidade de sangue que passa por um 
determinado ponto da circulação durante 
determinado intervalo de tempo. 
 
Determinantes do fluxo sanguíneo: 
✓ Velocidade do fluxo: 
Determinantes da velocidade: diâmetro, 
área de secção transversal, circulação 
(micro ou macro). 
✓ Gradiente de pressão (diferença de 
pressão) 
✓ Fluxo laminar: 
- Sangue que usualmente flui em linhas 
de fluxo com cada camada do sangue 
permanecendo a uma mesma distância 
da parede do vaso. 
- Fluxo na borda do vaso costuma ser 
mais lento que o do central, devido a 
atrito e resistência. 
 
✓ Resistência vascular periférica: 
Impedimento ao fluxo de sangue pelo 
vaso. A resistência é influenciada pelo 
diâmetro do vaso, comprimento e 
viscosidade sanguínea (determinada 
pelo hematócrito-porção do sangue 
representada pelos eritrócitos-). 
 
Pressão arterial: . 
• É a força exercida pelo sangue nas 
paredes dos vasos. 
• Sofre variações contínuas dependendo da 
posição da pessoa, das atividades e da 
situação em que se encontra. 
• Tem a finalidade de promover uma boa 
perfusão dos tecidos e, com isso, 
possibilitar as trocas metabólicas, sem 
causar dano ao epitélio vascular. 
• Está relacionada com o trabalho do 
coração e traduz o sistema de pressão 
vigente na árvore de pressão arterial 
• É um parâmetro fisiológico indispensável 
na investigação diagnóstica, e o seu 
registro é parte obrigatória do exame 
clínico. 
 
 
• Deve ser medida em todas as idades, até 
mesmo em recém-nascidos e crianças 
menores. 
Débito cardíaco-> 
Refere-se à quantidade de sangue que está 
saindo do coração em determinado tempo. 
VSxFC (volume sistólico x frequência 
cardíaca). 
Resistência-> depende do diâmetro, 
comprimento e viscosidade do vaso. 
 
Pressão sistólica: 
120mmHg=valor normal. 
Pressão diastólica: 
Relaxamento do ventrículo. 
80mmHg=valor normal. 
 
Hipertensão arterial sistêmica: . 
Condição clínica multifatorial caracterizada 
por elevação sustentada 
(constante/permanente), medida com técnica 
correta em pelo menos duas ocasiões 
diferentes, na ausência de tratamento 
medicamentoso. 
 maior igual 140 e/ou 90mmHg 
• Pode estar associada a distúrbios 
metabólicos, alterações funcionais e/ou 
estruturas de órgãos-alvo. 
• Agravada por fatores de risco como: 
dislipidemia, obesidade abdominal, 
intolerância a glicose, diabetes. 
• Importância da hipertensão: 
Presente em cerca de 51% de pacientes 
com AVE, 50% de DAC, IC; 60% de DAP 
(doenças arteriais periféricas); 45% de 
mortes cardíacas. 
• Os valores de PA elevados tem sido 
associados ao risco para cardiopatia 
isquêmica, AVE, doença renal crônica e 
mortalidade precoce. 
• Relaciona-se com as seguintes doenças 
de apresentação precoce: 
- AVE 
- Doença cardíaca coronária 
- Insuficiência cardíaca 
- Morte cardiovascular. 
• Relaciona-se com as seguintes doenças 
de apresentação tardia: 
- Cardiomiopatia hipertensiva 
- IC com fração de ejeção preservada 
- Fibrilação atrial 
- Cardiopatia valvar 
- Síndromes aórticas 
- Doença arterial periférica 
- Doença renal crônica 
- Demências 
- Diabetes mellitus 
- Disfunção erétil 
 
Estratificação do risco: 
Para se evitar os riscos para demais doenças 
e visando definir metas e terapêuticas mais 
adequadas deve-se estratificar o risco. 
 
Avaliação da HAS: . 
Objetivos 
✓ Confirmar o diagnóstico de HAS 
✓ Identificar fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (DCV) 
✓ Pesquisar lesões em órgãos alvo 
✓ Estratificar o risco de fatores de risco 
adicionais 
✓ Avaliar indícios de HAS secundária 
Diagnóstico: 
✓ Aferição da PA: 
1) Método direto: 
- Invasivo-intra-arterial 
- Monitoramento contínuo por meio de 
 
 
um cateter introduzido na artéria. 
 
2) Método auscultatório: 
Uso de esfigmo e estetoscópio 
*Manguito muito pequeno: pressão pode 
dar mais alta 
*Manguito muito grande: pressão pode 
dar mais baixa. 
Como aferir a PA: . 
• Orientar o paciente sobre o 
procedimento (avisar ao paciente sobre 
cada procedimento). 
• Paciente deve estar em repouso de pelo 
menos 5 minutos. 
• Paciente não pode estar com a bexiga 
cheia, não pode ter fumado nos últimos 
30min, não pode ter realizado exercício 
nos últimos 60min, não pode ter ingerido 
álcool ou café. 
• Posição do paciente: sentado, pés 
apoiados no chão. (habitualmente). 
ENTRETANTO, pode-se aferir a pressão 
do paciente em qualquer posição, 
dependendo do estado do mesmo. 
• Braço sempre desnudo e na altura do 
coração. 
• Etapas: 
1) Determinar a circunferência do braço 
no ponto médio entre o acrômio e 
olecrano. 
 
2) Selecionar o manguito adequado. 
3) Colocar o manguito, sem folga, 2 a 3 
cm acima da fossa cubital. 
 
4) Centralizar o meio da parte 
compressiva do manguito sobre a artéria 
braquial. 
5) Estimar o nível da PAS pela palpação 
do pulso radial. Inflar o manguito até a 
perda do pulso. Desinsuflar lentamente 
até sentir o pulso novamente. Verificar 
no manômetro o valor registrado até 
reaparecimento do pulso. 
Adicionar a este valor 30mmHg. O 
resultado obtido será o valor que será 
utilizado para insuflar novamente o 
manguito na aferição auscultatória. 
6) Palpar a artéria braquial na fossa 
cubital e colocar a campânula ou o 
diafragma do esteto sem compressão 
excessiva. 
7) Inflar rapidamente até o valor 
estimado na aferição pelo método 
palpatório. 
8) Proceder a deflação lentamente. 
9) Determinar a pressão sistólica (PAS) 
pela ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff) 
 
 
 
 
Fases de Korotkoff-.> 
Primeira fase: se inicia com pulsações 
fracas (marcador da pressão sistólica). 
Segunda fase: Manutenção das pulsações 
fracas com a presença de sons sibilantes. 
Terceira fase: pulsações mais fortes com 
o desaparecimento de sons sibilantes. 
Quarta fase: abafamento das pulsações. 
Quinta fase: interrupção completa do 
som (marcador da pressão diastólica) 
10) Determinar a PAD no 
desaparecimento dos sons (fase 5 de 
Korotkoff). 
11) Auscultar cerca de 20 a 30mmHg 
abaixo do último som para confirmar seu 
desaparecimento e depois proceder a 
deflação rápida e completa. 
 
Aferição da PA no consultório: 
• Na primeira consulta realizar 3 medidas 
com intervalo de um min,em ambos os 
braços. Sempre descartar a primeira 
medida e realizar média das 2 últimas. 
• Medidas adicionais devem ser realizadas 
caso as duas primeiras leituras diferirem 
mais que 10 mmHg. 
• MRPA (medida residencial da PA) 
- 3x antes do café e 3x antes do jantar, 
por 5 dias 
- 2x antes do café e 2x antes do jantar, 
por 7 dias 
- Pressão maior igual a 130x80: paciente 
hipertenso 
• MAPA (medida ambulatorial da PA): 
- 16 medidas válidas na vigília e 8 no 
sono. 
- Vigília: maior igual a 135/85; Sono: maior 
igual 120/70. 
- Média nas 24h maior igual 130x80: 
hipertenso. 
Classificação: . 
 
14/10: se enquadra no II, pois sempre 
devemos considerar o maior estágio. 
 
Fenótipos da hipertensão: . 
Fenótipo PA 
consultório 
PA fora do 
consultório 
Normotensão 
verdadeira 
(NV) 
 
Normal 
 
Normal 
HA 
sustentada 
(HS) 
 
Anormal 
 
Anormal 
Hipertensão 
avental 
branco 
(HAB) 
 
Elevada 
 
Normal 
Hipertensão 
mascarada 
(HM) 
 
Normal 
 
Elevada 
 
Quando se aumenta 20 na sistólica e 10 na 
diastolica aumenta-se risco cardiovascular. 
 
 
 
 
 
Avaliação clínica e laboratorial: . 
Pressão <120/80-> indicação de aferições 
anuais 
Pressão 120-129/80-84-> aferições anuais 
Pré hipertensão 130-139/85-89-> Exames 
adicionais para acompanhamento (MAPA ou 
MRPA) 
Mapa normal (Normotenso ou avental branco): 
aferições anuais; Anormal (hipertensão 
mascarada ou sustentada): tratar 
HAS I e II 140-179/90-109-> considerar 
hipertensão do avental branco (fazer MAPA 
ou MRPA para considerar ou desconsiderar 
avental branco) Mapa normal (Normotenso ou 
avental branco): aferições anuais; Anormal 
(hipertensão mascarada ou sustentada): tratar 
HAS III maior igual 180/110-> Diagnóstico de 
hipertensão: inciair tratamento. 
Na dúvida sempre peça o MAPA. 
Emergencia ou urgencia hipertensiva-> 
Comprometimento de orgao alvo ou sintomas...: 
encamninhar ao serviço de urgencia: HAS 
confirmada iniciar tratamento 
 
Acúmulo de sangue no pulmão devido falha 
do coração em bombear este sangue-> 
dispneia de origem cardíaca. 
 
Comprometimento de órgao alvo->?? 
 
Exames: 
Exame laboratorial serve, sobretudo, para 
estratificar riscos. 
▪ Glicemia de Jejum 
▪ Creatinina 
▪ Potássio 
▪ CT, HDL, TG (tireoide) 
▪ Ácido úrico 
▪ Urina 
▪ ECG 
▪ Adicionais: 
Raio x de tórax, Eco, teste de esteira 
(TE), Doppler. 
Principais objetivos dos exames: 
Identificar fatores de risco para doenças 
cardiovasculares, confirmar diagnóstico de 
HAS, pesquisar lesões em órgãos alvo, 
estratificar o risco, avaliar indícios de HAS 
secundária. 
 
Fatores de risco adicionais: . 
H=homem; M=mulher 
• Idade: H>55/M>65 
• Diabetes Mellitus 
• História familiar de doença coronariana 
(H<55; M<65) 
• IMC maior igual 30/CA H maior igual 
102/M maior igual 88 (CA=cintura 
abdominal) 
• Tabagismo 
• Dislipdemia (CT>190; TG>150; LDL>115; 
HDL<40 H <46M) 
Lesões em órgaos alvo: . 
Coração, exames para avaliar 
comprometimento-> 
▪ ECG para verificar sobrecarga ventricular 
esquerda (SVE) 
▪ Ecocardiograma para verificar hipertrofia 
ventricular esquerda (HVE) 
▪ Espessura da carótida 
▪ Indice de tornozelo braquial (relação 
entre pressão no tornozelo e braço; se 
houver diferenças muito grandes entre 
estas pressões-> problema). 
▪ Velocidade onda pulso, mede rigidez 
arterial. 
▪ Presença de albumina na urina 
 
 
Estratificação de risco: . 
 
LOA=lesão de orgao alvo 
 
Paciente com doença coronariana, diabetes-> 
sempre alto risco 
 
De acordo com o risco definem-se as metas 
e tratamento. 
No apciente não se objetiva somente controle 
de PA, visa também: redução de lesões de 
órgãos alvo, redução dos desfechos 
cardiovasculares (infarto, AVC, IC, doença 
renal). 
 
Metas: . 
Todo paciente hipertenso deve ter como 
metas 
CATEGORIA RECOMENDAÇÃO 
HAS 1 e 2 + RCV 
baixo ou moderado 
ou Estágio III 
 
<140x90mmHg 
HAS 1 e 2 + RCV alto <130x80mmHg 
 
 
 
 
 
 
Decisão terapêutica: . 
Tratamento não medicamentoso ou 
tratamento medicamentoso + não 
medicamentoso. 
Não medicamentoso-> 
 
Controle do peso é o que tem maior impacto 
na pressão arterial.

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