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DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
EDUCAÇÃO FÍSICA- 6º PERÍODO
GUSTAVO DA SILVA ARAÚJO
ITALO PESSANHA VIANA BARRETO
MARINA AZEVEDO DE SIQUEIRA
MAYARA AZEREDO PAES
“DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR”
Campos dos Goytacazes-RJ
2019
GUSTAVO DA SILVA ARAÚJO
ITALO PESSANHA VIANA BARRETO
MARINA AZEVEDO DE SIQUEIRA
MAYARA AZEREDO PAES
“DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR”
Trabalho apresentado ao Curso de Educação Física da UNOPAR- UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR para as disciplinas de Anatomia Aplicada a Educação Física; Ciências Moleculares e Celulares; Educação de Jovens e adultos; Libras – Língua Brasileira de Sinais; Práticas Pedagógicas: identidade Docente; Psicologia da Educação e da Aprendizagem.
Professores:Ana Paula ScaramalRicietto; Sandra Cristina MalzinotiVedoato; Tulio Bernardo Macedo Alfano Moura; VilzeVidotte Costa; Juliana Chueire Lyra; Jorge Luiz Vargas Prudencio de Barros Pires; Luana Pagano Peres Molina; Luana Cristine Franzini de Conti
Campos dos Goytacazes/RJ
2019
Sumário
1-INTRODUÇÃO....................................................................................................................4
2-DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................5 
3- CONCLUSÃO.....................................................................................................................9
REFERÊNCIAS......................................................................................................................10
1 - Introdução 
Muito se tem discutido ultimamente sobre igualdade de gênero, mas as discussões acerca deste tema estão longe de se chegar a um fim ou consenso. Não foi diferente na escola da professora Alessandra, pois até alguns professores reagiram contrários a ideia de se formar um time de futebol para as alunas, alegando até que deveriam ver outro esporte mais feminino.
É notório que ao longo dos tempos a mulher teve e ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere a “ busca de espaço na sociedade”.Os preconceitos não são só referente ao homem, mas muitas vezes as mulheres também mostram-se preconceituosas.
 Em se tratando de desigualdade e preconceito, a gerente técnica de gênero da Plan International Brasil, Viviana Santiago coloca a seguinte frase:
“A nossa sociedade diferenciou mulheres e homens em uma prática social e, em seguida, atribuiu maior valor às características masculinas. E quando você tem dentro de uma diferença uma atribuição de maior e menor valor, gera-se a desigualdade.”( Viviana Santiago) 
Embora exista legislação que assegura à igualdade de gênero o caminho a percorrer ainda é longo, pois o preconceito e a falta de informação coloca as mulheres à margem da sociedade. 
Mesmo diante de tanto preconceito, nos dias de hoje, as mulheres vem quebrando tabus e conquistando seu espaço tanto em algumas profissões que antes eram exercidas somente por homens como nos esportes.
Nos esportes, cada vez mais as mulheres tem ganhado espaço e destaque. Um exemplo disso é no futebol que hoje já participam de competições mundiais onde o número de expectadores vem aumentando consideravelmente.
 
2 –Desenvolvimento
A história das desigualdades é antiga e como vemos ela é reproduzida, em algumas atitudes bem sutis ou extremas.Os debates a respeito dos direitos e da igualdade da mulher na sociedade, ganharam força no século XX com a legislação. Vale ressaltar que em um dos artigos da constituição de 1988, que foi a promulgada num momento de redemocratização do país,já era citado a eliminação de qualquer espécie de discriminação, inclusive de gênero.
Nossa, a legislação é de 1988 e hoje em dia ainda se vê que muito ainda há que ser feito para que de fato seja eliminado tal preconceito. 
 A história não favoreceu a mulher que durante muito tempo, viveu à margem da sociedade, não tinha vez nem voz. Hoje ainda há muito que se fazer para que a mulher consiga se afirmar como alguém capaz de ser o que ela decidir na sociedade.
Se analisar friamente veremos que a escola foi e ainda é, em algumas situações, uma reprodutora e até incentivadora das desigualdades e da desvalorização da mulheres.Chegaremos a conclusão que é na escola principalmente que o reconhecimento e o empoderamento deve começar.
 Se pararmos para refletir sobre como a escola contribui para as desigualdades, basta lembrar de quando se pede pra se formar uma fila de meninos e outra de meninas, ou quando se fala para menina não brincar de pique por ser brincadeira de menino.Essa atitudes, mesmo que inconsciente levam a reprodução das diferenças. Essas práticas, aplicadas nas escolas, reforçam nas crianças,que estão na fase das descobertas e transformações a ideia de que existe um distanciamento entre meninos e meninas e que devido ser menina, muitas coisas não lhe competem.
Na situação geradora da aprendizagem, vimos uma professora ter dificuldade para formar um time de futebol feminino na escola, mas a perplexidade acontece, quando professores opinam sobre o assunto deixando claro a discriminação quanto a questão de futebol se tratar de um esporte masculino.
Propor junto a coordenação pedagógica uma formação docente acerca do tema foi uma atitude coerente da professora Alessandra, visto que faltava conhecimento a respeito do tema, por parte dos demais professores.
As divisões constitutivas da ordem social e, mais precisamente, as relações sociais de dominação e de exploração que estão instituídas entre os gêneros, se inscrevem, assim, progressivamente em duas classes de habitus diferentes, sob a forma de hexis corporais opostos e complementares e de princípios de visão e de divisão, que levam a classificar todas as coisas do mundo e todas a práticas segundo distinções redutíveis à oposição entre o masculino e o feminino. (BOURDIEU, 1999, p. 41)
A quebra de paradigmas que permeiam a igualdade de gênero deve acontecer em todos os âmbitos. Há que se deixar de criar esteriótipos e mudar pensamentos e atitudes preconceituosas.
A atitude da professora Alessandra em relação a realizar capacitação para levar ao professor esclarecimento a respeito dos pensamentos cheios de preconceitos, na verdade é a grande tacada para que este mude o jeito de pensar e consiga então levar aos alunos ideias diferentes e embasamento teórico para quebrar os paradigmas e ajudar na disseminação de igualdade de direitos. O caminho é árduo , pois a sociedade arrasta durante muito tempo a ideia da condição de submissão da mulher em detrimento ao homem, infelizmente algumas pessoas vêem como algo tão natural o homem como ser superior.
As legislações vigentes muito tem contribuído para que algumas atitudes e alguns pensamentos mudem, porém muito há que ser feito. 
A BNCC trás em seu texto , dentre as Competências Gerais para a Educação Básica a preocupação com o desenvolvimento da empatia, do diálogo, da resolução de conflitos, da cooperação e da promoção do respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas, e potencialidades, sem preconceito de qualquer natureza. 
Para que tais competências sejam verdadeiramente colocadas em prática é necessário conhecimento para mudança de atitudes. O conhecimento do professor a respeito das competências a serem desenvolvidas pelo aluno levará a mudança de práticas já executadas pelo professor ou professora mecanicamente. Tais práticas arraigadas só contribuem para que a desigualdade. 
Segundo Bourdieu, a discriminação da mulher foi durante muito tempo fortalecida pela família , pela igreja e pela escola.
O trabalho de reprodução esteve garantido, até época recente, por três instâncias principais, a Família, a Igreja e a Escola, que, objetivamente orquestradas, tinham em comum o fato de agirem sobre as estruturas inconscientes. É, sem dúvida, à família que cabe o papel principal na reprodução da dominação e da visão masculinas;é na família que se impõe a experiência precoce da divisão sexual do trabalho e da representação legítima dessa divisão, garantida pelo direito e inscrita na linguagem. Quanto à Igreja, marcada pelo antifeminismo profundo... ela inculca (ou inculcava) explicitamente uma moral familiarista, completamente dominada pelos valores patriarcais e principalmente pelo dogma da inata inferioridade das mulheres.... Por fim, a Escola, mesmo quando já liberta da tutela da Igreja, continua a transmitir os pressupostos da representação patriarcal (baseada na homologia entre a relação homem/mulher e a relação adulto/criança) e sobretudo, talvez, os que estão inscritos em suas próprias estruturas hierárquicas, todas sexualmente conotadas, entre as diferentes ... faculdades, entre as disciplinas ('moles ou duras' ...), entre as especialidades, isto é, entre as maneiras de ser e as maneiras de ver, de se ver, de se representarem as próprias aptidões e inclinações. (p. 103-104)
A família, a escola e a igreja fortaleciam o preconceito através de atitudes consideradas normais. Na família o homem era visto como o detentor do controle; na igreja o machismo imperava pois a mulher teria que “ser submissa ao homem”, e na escola todos os valores sociais eram ensinados como verdades absolutas, mesmo com a desvinculação da igreja.
A luta da mulher para ganhar seu espaço é diária. Nos esportes tem se visto um avanço muito grande pois esportes que antes eram tidos como masculinos, hoje são praticados por mulheres e isso tem ganhado uma boa visibilidade e respeito por parte da sociedade. Um bom exemplo das mulheres no esporte aqui no Brasil é a valorização do futebol feminino onde a melhor jogadora mundialmente conhecida é a Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora de futebol feminino do mundo pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A ideia da mulher como sexo frágil deve ser rompida urgentemente e a escola pode e deve ser a grande disseminadora de tal atitude.
 É importante pontuarmos que ser diferente é uma coisa e ser desigual é outra. Mulher e homem são diferentes em muitos aspectos e essa diferença é importante de existir, mas ser tratados, os homens como seres superiores é uma atitude preconceituosa.
Segundo Collin (1992), “a diferença sexual não é uma questão teórica, mas sim uma questão da práxis. A diferença sexual só aparece na experiência do diálogo que confronta uma mulher e um homem, mulheres e homens, um sujeito-mulher (ou homem) e a sua condição de gênero, no espaço público, social ou privado.”
Uma forma de preconceito disfarçada que se perpetua em discursos é a forma que nos referimos a um grupo de pessoas quando se tem uma homem entre elas. Usamos o gênero masculino e assim disfarçadamente mostramos que uma figura masculina em meio a várias mulheres deve ser considerada. Na verdade os arranjos de gênero usados fortalecem o preconceito e as desigualdades.
Quando abrimos o leque das desigualdades e dos preconceitos, não podemos deixar de citar que as expectativas de gênero nas escolas não só estão voltadas para as mulheres, mas também para os meninos negros e das periferias. Infelizmente vemos nas escolas atitudes e falas preconceituosas que levam ao pensamento que ser pobre e morar na periferia é estar fadado ao fracasso.A escola não deve contribuir para as desigualdades, ela deve sim, ser um agente que deve ser usada para desmistificar certas ideias através do conhecimento que tem o poder de libertar mentes. 
3- Conclusão
É notório que muito tem que se pensar e mudar em relação a igualdade de gênero.A história nos mostra que o preconceito se arrastou por muito tempo e ainda se arrasta. Mudar atitudes é muito difícil, porém não é impossível. Através informações e de repensar atitudes pode se mudar cada dia mais a sociedade. Como nos diz em uma de suas frases o pensador Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.” Cabe a escola o papel de quebrar paradigmas e mudar a forma com que os docentes e discentes vêem a sociedade. A escola é o local onde os saberes se cruzam e as informações chegam em sua forma técnica e é o local de disseminação de saberes.As mudanças não acontecem como um passe de mágica, é preciso ter perseverança e atitude para que gradativamente elas aconteçam.Quando profissionais da educação se dispõe a entender mais sobre a igualdade de gênero e suas implicações sociais é possível mudar atitudes pensamentos e ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Muitos são os desafios a serem enfrentados dentro dessa temática , mas as possibilidades de mudança de pensamentos são a esperança.
Referenciais bibliográficos
BASILIO,Ana Luiza . A igualdade de gênero pressupõe uma sociedade justa para meninos e meninas. site:https://educacaointegral.org.br/reportagens/igualdade-de-genero-pressupoe-uma-sociedade-justa-para-meninos-e-meninas/.Publicado em 22 de dezembro de 2016.
CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de.Revista Ártemis N.1, João Pessoa-PB file:///C:/Users/usuario/Downloads/2364-Texto%20do%20artigo-3578-1-1020080719.pdf
ARAUJO, Maria de Fátima. Psicol. clin. vol.17 no.2 Rio de Janeiro  2005.Seção Temática Conjugalidade, Parentalidade e Gênero .Diferença e igualdade nas relações de gênero: revisitando o debate. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652005000200004
III Simpósio Gênero e Políticas Públicas.Universidade Estadual de Londrina 
 27 a 29 de maio de 2014 .ISSN: 2177-8248
http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/anais/iii-simposio-genero-e-politicas-publicas.php
https://citacoes.in/autores/paulo-freire/
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