Buscar

PETIÇÃO - EMBARGOS DE TERCEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX – ESTADO DE XXX
Por dependência nos Autos nº XXX
KATIUSCA VELOSO, brasileira, solteira, auxiliar de escritório, inscrita no CPF nº XXX e RG nº XXX e AMANDA DIAS brasileira, solteira, empresária, inscrita no CPF sob o nº XXX, ambas residentes e domiciliadas na Rua XXX, nº XXX, bairro XXX, Cidade de XXX, vem à presença de Vossa Excelência apresentar:
EMBARGOS DE TERCEIRO
Em face de JOSÉ DAS NEVES, brasileiro, inscrito no CPF nº XXX, casado, residente e domiciliado na Rua XXX, nº XXX, Bairro, XXX, Cidade de XXX, Estado de XXX, em razão dos fatos e fundamentos doravante transcritos:
I. PRELIMINARMENTE
1.1. Da gratuidade da Justiça
As Embargantes não têm condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.
Destarte, as postulantes ora formulam pleito de gratuidade da justiça, nos termos do art. 98, conforme faz prova a inclusa declaração de hipossuficiência e demais comprovantes de rendimentos.
II. SÍNTESE DA DEMANDA
A parte embargada propôs ação de despejo c/c cobrança de aluguel em face de JOÃO DO BRICK e KATIUSCA VELOSO, aduzindo em tese, que teria rescindido contrato de compra e venda, de um direito de posse, firmado com o réu João e que, com efeito, logo após realizaram contratação de contrato de aluguel, pelo prazo de XXX meses.
Ultrapassado o prazo do contrato, havia se tornado por tempo indeterminado e que há aproximadamente 1 ano o réu João teria deixado de efetuar o pagamento dos alugueres, razão pela qual propôs ação de despejo e exigiu os supostos alugueres atrasados.
Todavia, a sentenciante exclui da demanda a requerida Katiusca, em razão de não constar no contrato de aluguel, o postulante, com efeito, concordou e o processo teve o regular seguimento.
No evento de nº 19, a Embargante apresentou informações, aduzindo que os contrato de aluguel e de rescisão, formulados pelos irmão Luiz (embargado) e João (réu na ação original) era fraudulento, com o intuito de prejudicar a embargante Katiusca.
Foi requerido um prazo de 5 dias para a apresentação dos embargos de terceiro, que se encerrariam na presente data de 10/08/2022.
Entretanto, o magistrado ignorou as informações e sentenciou a ação de despejo no dia 09/08/2022, às 18:40horas.
Todavia, conforme se verá adiante, as informações, fatos e o processo realizado pelo embargado Luiz, trata-se de um conluio entre ele, o irmão João que é o réu e a ex-esposa Clarisse, credora de João, para tentar desapossar as embargantes que possuem usucapionem do imóvel em litígio, ou seja, simulação com intuito ilegal!
III. DOS FATOS
Os fatos apresentados pelo embargado são totalmente inverídicos, razão pela qual, passa a expor, neste momento, os verdadeiros.
Antes de mais nada, é importante destacar que a Embargante Katiusca conviveu em união estável com o réu João de Brick, pelo período de 03/2013 até 01/03/2022, quando o relacionamento terminou em razão de violência doméstica, conforme faz prova os inclusos documentos.
Conforme já informado na ação de usucapião de autos nº XXX, que corre perante a 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de XXX, movida pelo embargado Luiz Gobi, por volta do início do ano de 2014, o réu João chamou a autora Katiusca para morar junto com ele na Rua XXX, nº XXX, bairro XXX, Cidade de XXX, CEP: XXX.
Desde sempre, Sr. Paulo deixou claro que ali onde eles moravam era apenas um direito, decorrente de posse e que por ela e a filha dela morarem lá, também teriam direito de propriedade, razão pela qual continuam morando e exercendo posse de proprietárias até hoje.
As informações restaram comprovadas, no momento em que o embargado Luiz Gobi, promoveu ação de usucapião, atestando que o imóvel seria irregular, inclusive, se descobriu recentemente, que um dos contratos originários nem era de aquisição, mas de uso (informação da ação de usucapião movida por ele).
A referida ação de usucapião, foi mais uma tentativa de embargado e seu irmão o réu João, de lesar o direito de propriedade da autora, pois o casal já se encontrava com a relação bastante desgastada em razão de brigas e discussões, geralmente motivadas por ciúmes excessivos de João.
Certamente, o embargado e o irmão João, orientados por algum profissional jurídico, os guiou a produzir provas, mesmo que ilegais, contra as embargantes, pois sabiam que, em razão da posse de proprietária, poderia adquirir a parte ocupada pela usucapião.
Assim, os réus tiveram a brilhante ideia de forjar os contratos de aluguel e distrato de compra e venda, em conluio, para prejudicar a Embargante Katiusca e sua filha Amanda.
Excelência, o caso é grave, pois quando o réu João, percebeu que o relacionamento entre ele e a embargante Katiusca, não teria mais possibilidade de reatar ou ser salvo, movido de raiva e espírito de vingança, o demandado desistiu do divórcio consensual em que ele DEIXAVA METADE DO IMÓVEL para Katiusca e criou um plano nefasto para prejudicar a embargante.
Todavia, como diz o ditado: “o diabo faz a panela, mas não faz a tampa”, o réu João se esqueceu, que em uma de suas conversas via WhatsApp, confessou para a embargante Katiusca, que os malsinados contratos de aluguel e de rescisão de compra e venda, teriam ocorrido apenas neste ano!
Mensagem enviada dia XXX às XXX: XXX
Ora! Não restam dúvidas, mesmo porque, ele não teria feito um acordo judicial, que deixaria a metade do imóvel para a postulante Katiusca e de igual modo, não faria sentido um contrato de aluguel de algo que já lhe pertenceria.
Tais documentos foram produzidos, com o intuito de tentar desqualificar a posse usucapionem das embargantes e de expulsá-las do local.
No que se refere a ex-esposa de João, a Sra. Clarisse, importa esclarecer que ela pode ser vítima (eventual fraude de assinatura, por exemplo) ou está agindo em conluio com o embargado e o réu João.
É que ela é credora do réu JOÃO DO BRICK, na execução de alimentos de autos nº XXX, que corre perante a 2º Vara da Família, Idoso, Órfãos e Sucessões da Comarca de XXX, de um valor considerável (próximo da casa dos cem mil reais), isto é, haveria interesse direto na ação, para expulsar as embargantes do local.
A velha história do “você me ajuda e eu te ajudo”, até porque o imóvel em questão já recebeu proposta de compra de R$XXX, que o réu José, tentou chegar a um acordo, deixando um valor para a embargante Katiusca, algo insignificante, já que ela e sua filha tem a posse de mais da metade do imóvel e o bem também é utilizado como moradia.
Não obstante, o distrato firmado entre Luiz, José e Clarisse é totalmente nulo, já que não há assinatura de testemunhas, versa sobre valor significativo, isto é superior a R$XXX e foi feito como se fosse um recibo de “bodega”.
Ora, se no contrato de compra e venda que o réu e embargado fizeram foi com firma reconhecida, o que se diria do contrato de rescisão?!
O caso é tão absurdo, que o embargado Luiz, propôs a ação de despejo, alegando que o réu José não pagava o aluguel há aproximadamente um ano!
Ninguém esperaria um ano para exigir o aluguel ou deixaria de protocolar a ação de despejo depois de tanto tempo.
A ação é tão confusa, que o embargante Luiz, inventou toda uma história, para justificar a execução, inclusive, tratando do suposto contrato de rescisão, sendo que, em uma execução de aluguel ou cobrança, só é preciso executar o contrato de locação. Logo, não faria sentido nenhum ele contar como, supostamente, reouve a propriedade do imóvel.
Está na cara que ele queria a revelia de Katiusca, para presumir verdadeiros os fatos narrados, para evitar a futura ação de usucapião que será protocolada.
É tanta explicação, que torna a ação muito mais suspeita, mais uma indicação de que o contrato de locação é totalmente fraudulento, porém, as embargantes nunca receberam a citação da demanda. Logo, os fatos da exordial não se presumem verdadeiros em relação a elas.
Aliás, a ninguém, pois são falsos!
Tanto é verdade, que o embargado informouque teria notificado o réu José em 11/11/2021, para desocupar o imóvel, só que a notificação, incrivelmente, também não foi realizada via correios e muito menos via tabelião ou oficial de justiça através de interpretação judicial.
Aliado a está série de “coincidências”, o réu Paulo assinou de bom grado a notificação, que supostamente o expulsaria do local.
O embargado Luiz age como de forma totalmente dissimulada, pois esqueceu que ele possuía diversas ações de cobrança em curso na época e não pagou nenhuma, pois sua empresa havia falido Processos nº XXX, XXX, XXX.
Chama-se a atenção para o processo de autos nº XXX, que correu perante a 2ª Vara Federal de XXX, a União fez uma verdadeira varredura em busca de bens e ativos financeiros em nome do embargado, nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, mas não foi localizado nada, tudo conforme a cópia do processo anexo, sendo declarado como devedor insolvente.
O embargado não tinha dinheiro nem para ele, quanto mais para pagar R$20.000,00 (reais) à vista.
Os IRMÃOS (embargado e réu) arquitetaram toda uma estratégia, pra tubar a posse das embargantes, mas esqueceram que havia muitas provas contra eles.
Logo, resta claríssima a simulação engendrada pelo embargado e o Réu José , razão pela qual é que foi protocolada Ação Anulatória de Ato Jurídico, de autos nº XXX, que corre perante 2ª Vara Cível, desta Comarca, buscando declarar a nulidade dos contratos de distrato e de locação c/c perdas e danos.
Atualmente, conforme documentação inclusa, as embargantes possuem posse usucapionem da área abaixo desenhada em vermelho, localizada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP: XXX, Cidade de XXX, ocupando como proprietárias.
(área de posse das embargantes) IMAGEM
A luz de todas estas provas, é de evidência palmar que não restou às embargantes alternativa, senão propositura dos presentes embargos de terceiro, com o intuito de salvaguardar sua posse.
Até porque, além da moradia, a embargante Amanda, com auxílio financeiro de seu pai, transformou um casebre caindo aos pedaços, que era utilizado apenas para guardar quinquilharias, ferramentas, etc, em um restaurante, construiu um deck, fachadas, reformou toda a estrutura, o chão as paredes, pintou, comprou imóveis, enfim, transformou o lixo em luxo, conforme se depreende das imagens anexas.
A embargante Amanda somente fez tal reforma porque o réu José e autora Katiusca, na época em que estavam juntos, cederam aquele local para ela, mesmo porque, conforme já dito o terreno era irregular e eles queriam que o máximo do imóvel fosse aproveitado, para que se configurasse a posse usucapionem em conjunto.
O fato é que a embargante Katiusca e o réu José, tornaram-se inimigos e ele não aceita o fato de que o relacionamento terminou, inclusive ele vem descumprindo reiteradas vezes a medida protetiva, o que já está sendo abordado em outra ação judicial.
Diante disso, portanto, é que as autoras vêm ao juízo buscar guarida de seus direitos.
IV. DO PEDIDO LIMINAR DE SUSPENSÃO E NULIDADE DA SENTENÇA EM RAZÃO DE PREJUDICIAL EXTERNA
No caso em questão, considerando-se a existência da demanda perante a XXX Vara da Comarca de XXX, de autos nº XXX, que visa reconhecer a nulidade do distrato e respectivo contrato de aluguel, discutido nas vertentes embargos e ação de despejo, por si só, já gera o dever de suspender o feito principal, até que haja a decisão definitiva da ação anulatória, conforme prevê o art. 313, inciso V, alínea “a”, do CPC.
A propósito:
Art. 313. Suspende-se o processo:
V – Quando a sentença de mérito:
a) Depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente:
A prejudicial externa, com efeito, atrai a nulidade absoluta da sentença proferida, já que a ação anulatória foi protocolada na data de 09/08/2022, às 17:53 horas e a sentença da ação de despejo foi proferida, na data de 09/08/2022, às 18:40 horas, ou seja, após o protocolo da anulatória.
É dizer, portanto, que desde às 17:53 horas do dia 09/08/2022, a ação de despejo estava suspensa automaticamente.
Não obstante, convém destacar, que o art. 506, do CPC/2015, prescreve que: “A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”.
Sendo assim, ainda que se considere válida a sentença proferida e suspenso o processo, após a ciência do magistrado, da ação anulatória, de qualquer forma a decisão de piso não pode atingir as embargantes.
É que, o processo já estaria suspenso, porque a definição da posse exercida pelas embargantes, também já está sendo discutida na ação de usucapião movida pelo embargado Luiz, nos autos nº XXX, que corre perante a XXX Vara da Fazenda Pública da Comarca de XXX, em que elas apresentaram contestação, afirmando possuírem usucapionem.
É dizer, portanto, que desde 15/07/2022, o processo de despejo já deveria estar suspenso.
As matérias são todas correlatas e dependentes, pois se verá adiante, que o pedido nº 2, da peça vestibular do embargado, atinge ou coloca em risco a posse das embargantes, independentemente, de estarem no polo passivo ou não.
Por tudo isso, com efeito, até a definição da posse das embargantes e o julgamento da nulidade do distrato e contrato de locação, a demanda principal deve ficar suspensa, a sentença declarada nula e as autoras mantidas na posse do imóvel em litígio.
V. DO DIREITO
Não se perdendo de vista, a obrigação da declaração de nulidade da sentença e a respectiva necessidade da suspensão do processo, vejamos o que prescreve o art. 674, §1º, do CPC/2015, in verbis:
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§1º. Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. (Grifo nosso).
Ora, a parte embargada é categórica no pleito de nº 2, que a imissão deve ser conferida contra sua companheira e demais familiares que porventura ali residem.
A despeito de a embargante não se tratar mais de companheira do réu José, insta ressaltar que o pedido genérico coloca em risco a posse das embargantes, situação totalmente ilegal e abusiva.
É que a parte embargada não pode requerer expedição de mandado de imissão de posse em face de terceiros estranhos a lide, que sequer tiveram a oportunidade de defender seus direitos perante o processo originário.
Nesse sentido, colhe-se da Jurisprudência;
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - CONDENAÇÃO DE TERCEIRO - SENTENÇA EXTRA PETITA - NULIDADE - CAUSA MADURA - IMPOSSIBILIDADE - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA - DEVOLUÇÃO DOS AUTOS PARA NOVO JULGAMENTO - NECESSIDADE. A sentença deve guardar intrínseca relação com a demanda que lhe deu causa. Se a sentença atinge pessoa que não faz parte da relação processual, deve ser considerada extra petita, porque não guardou congruência aos limites subjetivos da lide. Inviável a aplicação da causa madura quando o vício extra petita ocorreu por condenação de terceiro estranho à lide, porque esta hipótese não está prevista dentre as elencadas no artigo 1013, §3º do CPC, além de implicar em clara supressão de instância e violação ao princípio do duplo grau de jurisdição. 
(TJMG - Apelação Cível 1.0433.08.267410-5/001, Relator(a): Des.(a) Leite Praça , 19ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 03/10/2019, publicação da súmula em 10/10/2019). (Grifo Nosso).
Com base no entendimento apontado pelo ínclitos Desembargadores, aplicar a decisão de mérito, em face de terceiro estranho à lide, redundaria em nulidade completa do processo.
Além disso, não há nenhum indício de eventual fraude por parte das embargantes, aliás, há indícios e provas de fraude por parte do embargado e seu irmão José.
Diante do presente quadro, em que a parte embargante busca o reconhecimento do seu direito de propriedade e declaração de nulidade dos contratos de locação e de distrato, consequentemente, devese reconhecido o direito das embargantes continuarem na posse do imóvel, já que ocupam como proprietárias.
Aliás, na próxima semana, será protocolada a ação de usucapião das embargantes e, com efeito, o processo principal também estará prejudicado em relação a elas.
Até porque, considerando-se que o embargado nunca havia cientificado as embargantes dos aludidos fatos, mesmo ciente que elas residiam lá e fizeram diversos investimentos no local, não agora, ao pretexto de que a embargante Katiusca seria ex-companheira de seu irmão, aduzir que tivesse conhecimento dos fatos.
Logo, comprovada a posse e a existência de ação paralela, visando o reconhecimento de posse usucapionem, restam evidenciados os quesitos para o deferimento do pleito de embargos de terceiro, para manutenção da posse nas mãos das embargantes.
VI. DAS PROVAS
Provará o alegado por todos os documentos inclusos e por todos os meios de prova em direito admitidos, principalmente pelo depoimento pessoal do embargado, que desde já requer, sob pena de confissão, bem como o testemunhal, cujo rol será apresentado futuramente, caso seja necessária esta prova.
VII. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos dos artigos 98 e seguintes do CPC/2015, e para tanto declara que é pobre, no sentido legal do termo, não dispondo de recursos para arcar com as despesas da demanda sem prejuízo do sustento próprio e de sua família;
b) A cientificação da parte embargada, na pessoa de seus respectivos advogados, conforme previsão do art. 677, §3º do Código de Processo Civil, para que apresente defesa, no prazo legal, sob pena de revelia;
c) O deferimento do Pedido Liminar de suspensão e nulidade da sentença em razão de prejudicial externa, por depender o caso vertente de julgamento de outra demanda, conferindo a manutenção da posse pelas embargantes;
d) A procedência dos presentes embargos de terceiro, confirmando-se pedido liminar, mantendo-se as embargantes, na posse do imóvel localizado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP: XXX, Cidade XXX, Estado XXX, eis que amplamente comprovada a posse, a intenção de aquisição em razão de prescrição aquisitiva e, por tratar-se de terceiro estranho à lide;
e) Valer-se das provas acima apontados, bem como a juntada de novos documentos que se fizerem necessários;
f) A condenação do embargado em eventuais custas judiciais e nos honorários advocatícios sucumbenciais no importe de 20% sobre o valor da ação, principalmente, pelo fato de que deu causa a presente demanda.
g) A eventual designação de audiência conciliatória, em caso de manifesto interesse pela parte embargada em transigir;
h) A distribuição do presente feito, por dependência aos autos de nº XXX, que correm perante a XXX Vara Cível da Comarca de XXX.
Dá-se à causa o valor de R$XXX, correspondente ao valor do imóvel apontado pelo embargado na ação de usucapião de nº XXX, eis que a parte pertencente às embargantes ainda não foi definido.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Chapecó (SC), 10 de agosto de 2022.
ADVOGADO (A)
OAB/SC nº XXX

Continue navegando