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APS - ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - PROCESSO DO TRABALHO - RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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AO JUÍZO DO TRABALHO DA XX VARA DO TRABALHO DE PORTO 
ALEGRE - RS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA JOAQUINA, brasileira, solteira, desempregada, nascida em XX, inscrita no 
RG nº 325abc e no CPF nº ABC366, portadora da CTPS nº XX, inscrita no PIS sob o 
nº XX, filha de XX, endereço eletrônico XX, residente e domiciliada na Rua da 
Esperança, casa 6, Bairro Tradição, em Porto Alegre/RS - CEP 333, por intermédio de 
seu advogado subscritor (conforme procuração em anexo), com endereço profissional 
em XX, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor, pelo 
procedimento ordinário, na forma do artigo 840, §1º da CLT. 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
em face de LIMÃO DOCE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº XX, 
representada por XX, endereço eletrônico XX, com sede na Rua do Limoeiro, n.º 999, 
em Porto Alegre/RS, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
 
 
I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A ora RECLAMANTE, com base nos artigos 790, §3º e §4º da CLT e 98 e 99, 
§2º e §3º do CPC/2015, vem pleitear a concessão dos benefícios da justiça gratuita, 
dado que não dispõe de condições financeiras para custear as despesas processuais sem 
causar prejuízo a seu próprio sustento e de sua família. 
 
II - DOS FATOS 
 A ora RECLAMANTE, conforme cópia da CTPS que instrui a inicial, prestou 
serviços como assistente administrativo à sociedade empresária LIMÃO DOCE, ora 
RECLAMADA, na sede da referida empresa, localizada em Porto Alegre/RS, pelo 
período de 08/08/2018 a 08/08/2021. 
 A demissão ocorreu em 08/08/2021, sem justa causa, tendo o reclamante 
recebido as verbas inerentes à rescisão contratual, conforme consta da cópia da CTPS 
acostada aos autos. 
Ainda, de acordo com o reclamante, embora tenha tido a CTPS assinada como 
assistente administrativa do RH, afirma que parte de sua jornada de trabalho exercia a 
função de assistente de compras, pois sua chefe solicitava que ela analisasse os 
relatórios dos produtos em estoque e identificasse as demandas relativas às compras de 
produtos circunstância que caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de 
assistente administrativa, razão pela qual requer o pagamento de 30% sobre o valor do 
seu salário. 
Diante do exposto a seguir, propõe-se a presente reclamação trabalhista com o 
propósito de que os direitos da reclamante sejam resgatados. 
 
III – DOS FUNDAMENTOS 
a) DO ACÚMULO DE FUNÇÃO 
Conforme pode ser verificado em sua CTPS, a reclamante foi contratada, 
unicamente, para exercer a função de assistente administrativa. 
Acontece que além das atribuições de ferramentista, após dois meses, outra lhe 
foi imposta, cumulativamente com esta, qual seja a de manobrista. Contudo, a 
contraprestação correspondeu apenas ao exercício da função de ferramentista, nada lhe 
sendo pago pela função de manobrista. 
Nesse sentido, é sabido que o contrato de trabalho faz lei entre as partes, ao 
passo que qualquer alteração em suas cláusulas deve ser por mútuo acordo, conforme 
dispõe o art. 468, da CLT: 
 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta 
garantia. 
 
Assim, no caso concreto, o que se extrai é que a reclamada determinou que o 
reclamante realizasse funções diferentes das que foi contratado, sem a sua concordância, 
assim como não foi remunerado por isso, motivo pelo qual se constata a alteração 
unilateral do contrato, o que é indevido. 
Assim, em razão do acúmulo de função, requer-se o pagamento das diferenças 
salariais emergentes da situação, estimadas em 30% do salário contratual percebido pelo 
reclamante. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
a) A concessão da gratuidade de justiça, na forma dos artigos 790, §3º e §4º da 
CLT e 98 e 99, §2º e §3º do CPC/2015; 
b) A procedência do pedido, de modo que seja a RECLAMADA condenada: 
a. A reintegrar o RECLAMANTE na função de ferramentista, dada a 
demissão durante o período de estabilidade, ou, caso não seja esse o 
entendimento de V. Excelência, a pagar a indenização substitutiva, na 
forma do art. 496, da CLT; 
b. Ao pagamento de horas extras, devidamente acrescidas do adicional de 
50%, relativas ao excesso de jornada diária e semanal, em 40 minutos e 4 
horas, bem como de seus reflexos nas verbas contratuais e rescisórias; 
c. Ao pagamento horas relativas à supressão diária de 40 minutos do 
intervalo intrajornada, com o devido acréscimo de 50%; 
d. Ao pagamento de adicional noturno, na razão de 20% sobre a jornada 
diária (22h às 5h), bem como de seus reflexos nas verbas contratuais e 
rescisórias; 
e. Ao pagamento de acúmulo de função, na razão de 30% sobre o salário. 
c) A notificação da RECLAMADA oferecer resposta à presente reclamação, sob 
pena de ser considerada revel; 
d) Que seja julgado procedente o pedido para condenar a RECLAMADA nas 
custas processuais e nos honorários advocatícios no valor de 15%, a teor do art. 
791-A da CLT 
 
V - DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos 
artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a 
testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. 
 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ XX (valor expresso em reais). 
 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado)

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