Buscar

EXERCICIOS DO SEMESTRE DE PRÁTICA TRABALHISTA - SÓ PETIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A (O) EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE RECIFE/PE.
ROBERVAL DA SILVA, brasileiro, vendedor, solteiro, CPF sob o nº ..., residente e domiciliado em ..., com endereço eletrônico..., vem, por meio do seu advogado abaixo assinado, conforme instrumento procuratório em anexo, que receberá intimação em seu escritório profissional situado na Rua ..., com fundamento nos arts. 659, X, e 840, § 1º, ambos da CLT, c/c os arts. 273 e 461 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Em face da empresa Ponto a Ponto Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ nº..., com sede em... e endereço eletrônico..., inscrita no CNPJ sob o nº..., pelos seguintes motivos de fato e de direito adiante transcritos:
PRELIMINARMENTE:
I- DO RITO PROCESSUAL
De início, como visto da própria fundamentação, bem como dos títulos postulados, além do valor atribuído à causa, o presente feito deve seguir o Rito Ordinário, em estrita obediência a norma legal que regula a matéria.
II - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
A Reclamante requer, com fundamento no inciso II, do art. 844, do CPC, que V.Exa. se digne a determinar que a Reclamada junte aos Autos seu Contrato Social e suas alterações, bem como os Recibos de Pagamentos da Reclamante (art. 464, da CLT), e os Documentos de Jornada de trabalho, sob pena de ser considerada Litigante de Má Fé por sonegação de provas (art. 17, IV do CPC).
III - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A Reclamante, por seus Patronos, declara que é pobre na forma da Lei, além de estar desempregada e encontrar-se em situação econômica que não lhe permite demandar em juízo, em prejuízo do seu próprio sustento e da sua família.
Em sendo assim, resta provado que está enquadrada nas condições previstas na Lei nº 1.060/50, c/c os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 7.115/83 e art. 1º da Lei nº 7.510/86. Corroborando com a tese do Autor, cabe também invocar a aplicação dos Enunciados 11 e 219 do Egrégio TST.
Logo, tendo em vista os motivos e os fundamentos legais acima defendidos, requer a Demandante os benefícios da assistência gratuita aos necessitados. 
IV – DOS FATOS
Roberval da Silva foi admitido pela PONTO A PONTO LTDA., empresa comercial, em 14.03.2008, exercendo as funções de vendedor, percebendo remuneração à base de comissão (remunerado por unidade obra), sendo que a média das comissões atingiu, por último, o valor de R$ 1.100,00 (um mil e cem reais). Foi eleito dirigente sindical em 01.10.2019. 
O autor trabalhava de segunda a segunda-feira, no horário de 8 às 22h30, com uma hora de intervalo para refeição e descanso, gozando uma folga semanal que coincidia com o domingo, no máximo na sétima semana. Ressalte-se que, apesar de sua jornada extrapolar a oito horas diárias e 44 semanais imposta pela Carta Maior (art. 7.º, XIII), a Reclamada somente pagava ao postulante as comissões pelas vendas efetuadas, não tendo o autor percebido o pagamento do adicional de 50% (cinquenta por cento) calculado sobre as comissões auferidas em razão das horas suplementares efetivamente laboradas no período, impondo-se, por conseguinte, o pagamento do respectivo adicional pelas horas extras trabalhadas, além de sua repercussão nas férias, nos repousos semanais remunerados, gratificação natalina e FGTS, conforme entendimento pacífico dos Tribunais, em especial consubstanciado nas Súmulas correlatas do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Impende destacar que o Reclamante laborava em ambiente insalubre, ficando exposto a ruídos no local de trabalho acima dos limites de tolerância, razão pela qual deve a empresa Reclamada ser condenada no pagamento do adicional de insalubridade referente a todo o período trabalhado, no percentual máximo de 40% (quarenta por cento) do salário-mínimo.
O Roberval levantou o saldo do FGTS em março de 2010, para compra de sua casa própria. Com relação ao FGTS, esclarece o Reclamante que a empresa Reclamada somente efetuou os depósitos fundiários até novembro de 2011, sendo inadimplente desde então. A empresa pagava ao Roberval apenas as comissões e o 13º salário e depositou o FGTS somente até novembro de 2011 e, com relação às férias esclarece também o reclamante que apesar de receber a remuneração das férias adquiridas jamais as gozou, sempre tendo trabalhado no período em que deveria estar gozando as respectivas férias. 
O Reclamante foi eleito dirigente sindical em 01.10.2019, sendo portador de estabilidade provisória nos termos do art. 8.º, VIII, da Constituição da República e art. 543, § 3.º, do diploma consolidado. No entanto, em 10.01.2021, o autor foi ilegal e arbitrariamente dispensado, sem receber qualquer verba rescisória proveniente da dispensa injusta.
Neste contexto, outra alternativa não restou ao Reclamante a não ser propor a presente ação trabalhista objetivando sua reintegração no emprego, com o pagamento e garantia de todas as parcelas e direitos advindos do pacto laboral, ou sucessivamente, caso este Juízo entenda pela não reintegração do autor, ao pagamento de todas as verbas rescisórias e parcelas inadimplidas do respectivo contrato de trabalho, bem como indenização dos salários do período da estabilidade.
V – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Dispõe o art. 8.º, VIII, da Constituição da República de 1988 que:
“é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”.
A disposição constitucional acima transcrita, em verdade, emprestou maior eficácia à norma contida no art. 543, § 3.º, consolidado, que igualmente veda a dispensa do empregado sindicalizado ou associado “a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação em entidade sindical ou de associação profissional, até um ano após o final de seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada”.
Torna-se evidente, portanto, que a única limitação à dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato está no cometimento de falta grave, prévia e devidamente apurada por meio da ação denominada Inquérito para Apuração de Falta Grave, prevista no art. 853 do diploma consolidado.
No caso em tela, cabe destacar que o requerente não cometeu qualquer falta capitulada como grave no art. 482 da CLT. E mesmo que tivesse cometido falta grave, o que efetivamente não ocorreu, sua dispensa, em função da legislação acima transcrita, não prescinde de prévia apuração pela autoridade judicial. 
O Código de Processo Civil, de aplicação subsidiária no processo do trabalho, prevê nos arts. 273 e 461 a possibilidade de antecipação de tutela sempre que diante da prova inequívoca se convença o magistrado da verossimilhança das alegações do postulante. 
Por sua vez o art. 659, X, da CLT confere competência aos Juízes das Varas, privativamente, para “conceder medida liminar, até a decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
À vista desses dispositivos legais, não se pode deixar de louvar a clareza e profunda sensibilidade social com que se revestira o legislador, ao evitar que trabalhadores fossem condenados à morte por inanição, juntamente com seus familiares, diante de abrupta supressão do seu principal meio de sobrevivência, no caso o salário, de caráter essencialmente alimentar. 
Devendo ser ponderado ainda, na hipótese de uma liminar reintegração funcional à empresa, que nenhum prejuízo poderá remanescer às partes: deum lado, porque passa o empregador a contar com a prestação laboral do trabalhador; do outro, porque passa o obreiro a ter uma contraprestação salarial, necessária à sua manutenção e a dos familiares.
O mestreArnaldo Sussekind salienta que “a estabilidade sindical tem por finalidade proteger o trabalhador, como empregado, contra possíveis atos do seu empregador, que possam impedir ou dificultar o exercício de seus direitos sindicais e, bem assim, dos praticados como represália pelas atitudes por ele adotadas na defesa de seus representados”.
Nesse contexto, afigura-se que a estabilidade sindical não é garantia pessoal do empregado, mas sim uma prerrogativa da categoria para possibilitar o exercício da representação sindical. Com a estabilidade sindical, o que está sendo diretamente protegido não é o direito individual patrimonial do dirigente sindical, mas o direito não patrimonial da categoria profissional relacionado com o exercício da liberdade sindical.
Por todo o exposto, e sabedor que o simples decurso do tempo se encarrega de tornar ilusório o reconhecimento judicial da pretensão perseguida pelo requerente, é que espera e confia o Reclamante pela concessão da antecipação de tutela por este Juízo, para que seja imediatamente reintegrado no emprego, até julgamento final da presente ação.
VI - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A Autora encontra-se desempregada, sem condições de arcar com os honorários advocatícios dos seus Patronos, razão porque requer de V. Exa., que condene a reclamada no pagamento de dito encargo, em sendo devido algum título a Autora, o que se espera.
Ressalvando, por oportuno, que foi a própria reclamada quem deu causa que a Reclamante viesse a esse MM. Juízo postular títulos que lhe foi suprimido pela Reclamada ao longo do pacto laboral.
Faz uso ainda, para robustecer dito pedido, do que determina os artigos 20 e seus parágrafos, 36º e 126º do CPC; 1º, 22º e seguintes da lei 8906/94; 8º e 769 º da CLT; 4º da LICC; 11º da lei 1060/50 e art. 133º da Constituição Federal, além do que estabelece a Resolução Administrativa TRT nº 04/2000.
VII – DOS PEDIDOS
Isto posto, requer o Reclamante:
a) seja concedida a antecipação de tutela nos termos dos arts. 273 e 461 do CPC e art. 659, X, da CLT, sem oitiva da parte contrária, para reintegrar imediatamente, no emprego o reclamante dirigente sindical, na mesma função até então exercida, com o respectivo pagamento de salários e demais vantagens, vencidos até 10.01.2021, e vincendos, até decisão final da lide requerendo, ao final, a confirmação da antecipação dos efeitos da tutela, reintegrando definitivamente o Reclamante, sob pena de multa diária a ser fixada por este juízo;
b) seja a empresa Reclamada condenada no pagamento do adicional de 50% sobre as comissões auferidas em função das horas extras laboradas acimada jornada diária e semanal permitidas durante todo o contrato de trabalho, nos termos da Súmula 340 do TST, além de sua repercussão nas férias, nos repousos semanais remunerados, gratificação natalina e FGTS;
c) seja a empresa Reclamada condenada ao pagamento das dobras efetuadas nos feriados laborados de todo o período do contrato de trabalho, conforme previsto na Súmula 146 do TST;
d) a fixação por este Juízo do gozo de todas as férias vencidas no curso do contrato de trabalho, nos exatos termos do art. 137, § 1.º, da CLT;
e) seja a empresa Reclamada condenada a efetuar os recolhimentos fundiários mensais inadimplidos desde dezembro de 2011 (art. 15 da Lei 8.036/1990), na conta vinculada do Reclamante, acrescidos de juros e mora legal;
f) seja a empresa Reclamada condenada a pagar o adicional de insalubridade, no percentual máximo (40% do salário-mínimo), em função do ruído excessivo e acima dos limites de tolerância suportados pelo Reclamante em seu local de trabalho, além de sua repercussão nas demais verbas salariais;
g) seja a empresa condenada a pagar o adicional noturno no percentual de 20% (vinte por cento) para a jornada laborada após as 22 horas, além de sua repercussão nas demais verbas.
Outrossim, sucessivamente, caso este Juízo entenda pela não reintegração do Reclamante, o que sinceramente não acredita, em função da dispensa imotivada e não pagamento dos haveres rescisórios, requer o Autor seja a empresa Reclamada condenada no pagamento das seguintes parcelas abaixo descritas:
a.1) adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre as comissões auferidas em função das horas extras laboradas acima da jornada diária e semanal permitidas durante todo o contrato de trabalho, conforme entendimento consubstanciado na Súmula 340 do TST, além de sua repercussão nas férias, nos repousos semanais remunerados, gratificação natalina, FGTS, indenização compensatória de 40% do FGTS e aviso prévio;
b.1) dobras efetuadas nos feriados laborados de todo o período do contrato de trabalho, conforme a Súmula 146 do TST;
c.1) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS não depositado desde dezembro de 2011, bem como liberação das guias para levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS;
d.1) indenização compensatória de 40% do FGTS;
e.1) multa do art. 477, § 8.º, da CLT;
f.1) liberação das guias de seguro-desemprego ou pagamento de indenização compensatória, nos moldes da Súmula 389 do TST; 
g.1) 13.º salário proporcional do ano de 2003 (3/12);
h.1) adicional noturno no percentual de 20% (vinte por cento) para a jornada laborada após as 22 horas, além de sua repercussão nas demais verbas;
i.1) adicional de insalubridade no percentual máximo (40% do salário-mínimo) em função do ruído excessivo acima dos limites de tolerância suportados pelo Reclamante no local do trabalho, além de sua repercussão nas demais verbas;
j.1) indenização dos salários do período de estabilidade, conforme previsto na Súmula 396 do TST;
k.1) pagamentos das parcelas incontroversas na 1ª audiência, sob as penas do art. 467 da CLT.
l.1) requer a aplicação de juros e correão monetária até o efetivo pagamento das verbas requeridas. 
Outrossim, requer a condenação da empresa Reclamada em honorários advocatícios, em face do art. 133 da CF, art. 20 do CPC e art. 22 da Lei 8.906/1994, calculados no percentual de 20% incidente sobre o valor da condenação.
Requer a notificação da empresa Reclamada, no endereço constante desta peça vestibular para, querendo, contestar os termos da presente reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria fática.
Protesta em provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do reclamado, sob as penas da lei, dando valor à causa de R$..............
Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife, 13 de março de 2021.
Isis Maria Emanuelle Batista Carvalho /OAB nº ..............
A (O) EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) TITULAR DA __ VARA DO TRABALHO DE RECIFE/PE.
MARINA JOSÉ DA SILVA, brasileira, casada, secretária, Id..., CPF..., CTPS..., residente na Avenida Acre n. 320, Centro, nesta Capital, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado ao final firmado, com procuração anexa, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, em desfavor de CASAS RAMOS LTDA., CNPJ..., estabelecida nesta Cidade, na Rua Libero Badaró, n. 1530, Centro, com fundamento nos artigos 839 e segs. Da Consolidação das Leis Trabalhistas, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
PRELIMINARMENTE:
I- DO RITO PROCESSUAL
De início, como visto da própria fundamentação, bem como dos títulos postulados, além do valor atribuído à causa, o presente feito deve seguir o Rito Ordinário, em estrita obediência a norma legal que regula a matéria.
II - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
A Reclamante requer, com fundamento no inciso II, do art. 844, do CPC, que V.Exa. se digne a determinar que a Reclamada junte aos Autos seu Contrato Social e suas alterações, bem como os Recibos de Pagamentos da Reclamante (art. 464, da CLT), e os Documentos de Jornada de trabalho, sob pena de ser considerada Litigante de Má Fé por sonegação de provas (art. 17, IV do CPC).
III - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A Reclamante, por seus Patronos, declara que é pobre na forma da Lei, além de estar desempregadae encontrar-se em situação econômica que não lhe permite demandar em juízo, em prejuízo do seu próprio sustento e da sua família.
Em sendo assim, resta provado que está enquadrada nas condições previstas na Lei nº 1.060/50, c/c os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 7.115/83 e art. 1º da Lei nº 7.510/86. Corroborando com a tese do Autor, cabe também invocar a aplicação dos Enunciados 11 e 219 do Egrégio TST.
Logo, tendo em vista os motivos e os fundamentos legais acima defendidos, requer a Demandante os benefícios da assistência gratuita aos necessitados. 
IV – DOS FATOS
A reclamante foi contratada pelo reclamado no dia 12 de março de 2009, ocupando o cargo de secretária, com salário mensal de R$ 900,00, tendo seu contrato de trabalho rescindido no dia 01 de fevereiro de 2021, após ter cumprido o aviso prévio, sendo notificada do mesmo em 01 de janeiro de 2021, quando já se encontrava no quinto mês de gestação, cumprindo destacar que as verbas rescisórias foram pagas intempestivamente, dezoito dias depois da dispensa – inteligência do § 6º do art. 477 da CLT, que prevê o prazo de dez dias para a quitação. A dispensa contrariou a estabilidade provisória da gestante, adquirida, à luz do art. 10, II, b, do ADCT, na confirmação da gravidez, estendendo-se até cinco meses após o parto. 
Ora, no momento da extinção contratual, a reclamante já era detentora da estabilidade. Irrelevante, para fins de aquisição da referida garantia de emprego, o fato de o empregador ter ou não conhecimento do estado gravídico da obreira, como bem define a Súmula 244, I, do TST. Assim sendo, a reclamante faz jus à reintegração ao emprego e ao pagamento dos salários e acessórios do período do injusto afastamento.
Em relação ao aviso-prévio, esclarece a Reclamante que a Reclamada não reduziu a sua carga horária durante o curso do aviso, conforme previsto no art. 488 e respectivo parágrafo único da CLT, impondo-se o pagamento de novo aviso-prévio a obreira.
Esclarece a Reclamante que, embora contratada para laborar oito horas diárias e 44 semanais, prestava habitualmente 20 (vinte) horas extras por mês, nunca tendo recebido a remuneração devida em função da jornada suplementar cumprida, impondo-se, por conseguinte, o pagamento das horas suplementares laboradas, além de sua repercussão nas férias, repousos semanais remunerados, gratificação natalina e FGTS, conforme entendimento pacífico dos Tribunais, em especial consubstanciado nas Súmulas correlatas do Tribunal Superior do Trabalho.
Esclarece a Autora que, em relação à gratificação natalina do ano em curso (2003), somente recebeu proporcionalmente 1/12 quando, em função da dispensa e integração do aviso-prévio, deveria ter recebido 7/12.
A gravidez da reclamante, cuja concepção se deu na vigência do contrato de trabalho, como demonstra o exame médico ora anexado, indica a presença insofismável da pungente probabilidade capaz de alicerçar a sua reintegração ao emprego, nos termos do art. 300 do CPC. A demandante, por outro lado, está correndo perigo de dano, já que se encontra desempregada. Diante disso, requer a concessão da tutela provisória de urgência de natureza antecipada, mediante expedição de liminar inaudita altera pars, com fulcro no § 2º do art. 300 do CPC, para que a reclamante seja imediatamente reintegrada ao emprego, recebendo os salários e demais verbas trabalhistas do período de injustificado afastamento na forma dos artigos 273 e 461 do CPC.
Caso Vossa Excelência entenda desaconselhável a reintegração, requer subsidiariamente, nos termos do art. 326 do CPC, o pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas pertinentes ao período entre a dispensa injusta e o término da estabilidade, à luz do art. 496 da CLT, c/c a Súmula 396 do TST, aplicando, assim, a multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT, ante a intempestividade na quitação das verbas rescisórias, pagas fora do prazo previsto no § 6º do mencionado artigo.
V – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Dispõe o art. 10, II, b, do ADCT que “fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto”.
A gestante, portanto, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, tem estabilidade no emprego, não podendo ser despedida arbitrariamente ou sem justa causa, entendimento este também consubstanciado na Súmula 244 do TST. Neste diapasão, a dispensa sumária e injusta da requerente, protegida pelo manto da estabilidade provisória, constitui-se em ato arbitrário e ilegal da empresa, justificando a propositura da presente ação. O Código de Processo Civil, por sua vez, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, prevê, nos arts. 273 e 461, a possibilidade de antecipação de tutela sempre que diante da prova inequívoca se convença o magistrado da verossimilhança das alegações do postulante. 
À vista desses dispositivos legais, não se pode deixar de louvar a clareza e profunda sensibilidade social com que se revestira o legislador, ao evitar que trabalhadores fossem condenados à morte por inanição, juntamente com seus familiares, diante de abrupta supressão do seu principal meio de sobrevivência, no caso o salário, de caráter essencialmente alimentar. 
Devendo ser ponderado ainda, na hipótese de uma liminar reintegração funcional à empresa, que nenhum prejuízo poderá remanescer às partes: de um lado, porque passa o empregador a contar com a prestação laboral do trabalhador; do outro, porque passa o obreiro a ter uma contraprestação salarial, necessária a sua manutenção e a dos familiares. 
Por todo o exposto, e sabedor que o simples decurso do tempo se encarregará de tornar ilusório o reconhecimento judicial da pretensão perseguida pela requerente, é que espera e confia a Reclamante pela concessão da antecipação de tutela por este Juízo, para que seja imediatamente reintegrada no emprego, até julgamento final da presente ação.
VI - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A Autora encontra-se desempregada, sem condições de arcar com os honorários advocatícios dos seus Patronos, razão porque requer de V. Exa., que condene a reclamada no pagamento de dito encargo, em sendo devido algum título a Autora, o que se espera.
Ressalvando, por oportuno, que foi a própria reclamada quem deu causa que a Reclamante viesse a esse MM. Juízo postular títulos que lhe foi suprimido pela Reclamada ao longo do pacto laboral.
Faz uso ainda, para robustecer dito pedido, do que determina os artigos 20 e seus parágrafos, 36º e 126º do CPC; 1º, 22º e seguintes da lei 8906/94; 8º e 769 º da CLT; 4º da LICC; 11º da lei 1060/50 e art. 133º da Constituição Federal, além do que estabelece a Resolução Administrativa TRT nº 04/2000.
VII - DOS PEDIDOS
a) seja concedida antecipação de tutela nos termos dos arts. 273 e 461 do CPC, sem oitiva da parte contrária, para reintegrar imediatamente no emprego a Reclamante gestante, na mesma função até então exercida, com o respectivo pagamento de salários e demais vantagens, vencidos até 01 de fevereiro de 2021, e, vincendos, até decisão final da lide, compensando-se com os valores recebidos a título de verbas rescisórias;
b) ao final, seja confirmada a antecipação de tutela deferida, ou mesmo, a procedência do pedido para determinar, definitivamente, a reintegração no emprego da Reclamante;
c) pagamento das horas extras laboradas durante todo o contrato de trabalho.
d) repercussão das horas extras no RSR.
e) repercussão das horas extras nas férias.
f) repercussão das no 13.º salário.
g) repercussão das horas extras no FGTS (sem identificação de valor).
Outrossim, sucessivamente, caso este Juízo entenda pela não reintegração da Reclamante, o que sinceramente não acredita, em função da dispensa imotivada, requer a Autora seja a empresa Reclamada condenada no pagamento das seguintes parcelas abaixo descritas:
a) pagamento de novo aviso prévio, tendo em vista a não redução de jornada. 
b) indenização dos salários do período de estabilidade. 
c) pagamentos das horas extras trabalhadas durante todo o contrato trabalhado.d) repercussão das horas extras no RSR. 
e) repercussão das horas extras nas férias.
f) repercussão das no 13.º salário.
g) repercussão das horas extras no FGTS.
h) repercussão das horas extras na indenização compensatória de 40%.
i) Pagamento do 13º salário proporcional ao ano de 2021. (2/12)
 
j) multa do art. 477, § 8º, da CLT. 
Requer também condenação da Reclamada em honorários advocatícios, em face do art. 133 da CF, art. 20 do CPC e art. 22 da Lei 8.906/1994, no percentual de 20% incidente sobre o valor da condenação, requerendo, ademais, que as parcelas incontroversas sejam quitadas na audiência, sob as penas do art.467 da CLT. 
Por último, requer a notificação da Reclamada, no endereço constante desta peça vestibular para, querendo, comparecer à audiência designada por este juízo e contestar os termos da presente reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria fática. 
Protesta em provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do reclamado, sob as penas da lei , dando valor à causa de...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife, 12 de Abril de 2021.
Isis Maria Emanuelle Batista Carvalho /OAB nº ..............
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA 2.ª VARA DO TRABALHO DE RECIFE/PE
Processo nº. 250102223-1
MARCENARIA JOÃO DE DEUS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. 829.341/0001-07, com sede e foro na Avenida Café Filho, nº. 17, Recife/PE, vem, por seu advogado infra firmado, o qual receberá intimações no endereço sito na Rua ..........., nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em epígrafe, movida por MARCO AURÉLIO SILVA, brasileiro, casado, marceneiro, CTPS no 3.889-7, residente e domiciliado na Rua Trairi s/n. e JOÃO DO BARRO, brasileiro, casado, auxiliar de marceneiro, CTPS no 4.729-0, residente e domiciliado na Rua dos Anzóis s/n. Devidamente qualificados na inicial, com fundamento no art. 847 da CLT c/c art. 300 do CPC, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
Pelos motivos de fato e direito adiante descritos:
I – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRESCRIÇÃO 
Conforme adiante se demonstrará, os Reclamantes somente laboraram para a empresa contestante no período compreendido entre o ano de 2005 quando iniciara suas atividades comerciais, porém em 20 de março de 2017, quando foram dispensados imotivadamente, em função do encerramento das atividades da empresa, ocasião em que receberam as verbas rescisórias devidas. 
Por outro lado, de março de 2017 até 18 de janeiro de 2021, a contestante não manteve contrato de emprego com os Reclamantes, mas simples sociedade de fato. 
Não obstante, por cautela, em caso de reconhecimento do vínculo de emprego em relação ao segundo período (março de 2017 até 18.01.2021), ou mesmo reconhecimento da unicidade contratual, argui a prescrição quinquenal, para que sejam consideradas prescritas as parcelas eventualmente postuladas anteriormente aos últimos cinco anos, nos moldes do art. 7.º, XXIX, da CF/1988.
II – DO MÉRITO 
Conforme já explanado anteriormente, a contestante iniciou suas atividades comerciais no ano de 2005, encerrando-as em 20 de março de 2017, sem que houvesse sido dada baixa no seu registro na Junta Comercial do Estado de Pernambuco – JUCEPE. 
Os Reclamantes foram contratados como empregados no ano de 2005, sendo que, em 20.03.2017, rescindiu com todos os empregados os contratos de trabalho, inclusive os dos Reclamantes, Marco Aurélio Silva e João do Barro, pagando todas as verbas rescisórias, por meio de um acordo extrajudicial, sem, contudo, homologar as rescisões nos órgãos competentes (DRT e/ou sindicatos).
 Esclarece a contestante que o Reclamante Marco Aurélio, marceneiro, percebia a remuneração de R$ 1.000,00 (mil reais) por mês, enquanto o autor João do Barro, auxiliar de marceneiro, percebia o montante de R$ 900,00 (novecentos reais) por mês. 
Decorridos três meses da rescisão, os empregados dispensados procuraram o representante legal da contestante, Sr. José Galdino, a fim de que pudessem reabrir a marcenaria, passando a gerenciar o estabelecimento e assumir todos os ônus e riscos do negócio. 
Neste contexto, foi firmada uma sociedade de fato, passando os antigos funcionários a gerenciarem a marcenaria, mantendo os maquinários em bom estado de conservação, assumindo os riscos do negócio, trabalhando com autonomia e independência, sendo que a matéria-prima e demais ônus para a manutenção da marcenaria ficaram sob a total responsabilidade dos antigos empregados, agora sócios de fato do empreendimento. 
Também restou pactuado que, quando fossem auferidos os lucros, seriam destinados 30% (trinta por cento) ao proprietário da marcenaria, Sr. José Galdino. 
Neste diapasão, os Reclamantes somente foram empregados da empresa Reclamada no período do ano de 2005 a 20 de março de 2017, quando foram dispensados e devidamente indenizados (conforme demonstram os documentos ora acostados), não sendo devida qualquer verba atinente a este pacto laboral. 
Ora, é sabido que os requisitos da relação de emprego são: trabalho prestado por pessoa física, pessoalidade, onerosidade, subordinação jurídica, não eventualidade e alteridade. 
No caso em tela, percebe-se que a relação firmada entre as partes a partir de junho de 2017 não era de emprego, em razão, principalmente, da ausência de subordinação jurídica e alteridade, visto que os Reclamantes assumiram os riscos da atividade econômica, comprometendo-se a repassar ao representante legal da Reclamada 30% dos lucros obtidos. 
Portanto, a partir de 20 de março de 2017, em razão da ausência do vínculo empregatício, totalmente indevidos o aviso-prévio, férias em dobro e integrais simples acrescidas do 1/3 constitucional, férias proporcionais acrescidas do 1/3 constitucional, 13.º salário integral e proporcional, FGTS acrescido de multa, horas extras e repercussões, multa dos arts. 467 e 477 da CLT, saldo de salário e seguro-desemprego.
III – DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, espera e confia a Reclamada, caso ultrapassadas as prejudiciais de mérito arguidas (prescrição quinquenal), o que sinceramente não acredita, sejam julgados improcedentes todos os pedidos requeridos pelos Reclamantes, em função de toda a fundamentação supra e conforme adiante transcritos e contestados:
a) a improcedência de todos os pedidos trabalhistas relativos ao contrato de trabalho mantido com os Reclamantes atinente ao período do ano de 2005 a 20 de março de 2017, visto que todas as verbas salariais advindas de tal pacto laboral foram quitadas, sendo indevidos o aviso-prévio indenizado (já quitado), férias em dobro, simples e proporcional acrescidas do terço constitucional (todas as férias foram devidamente concedidas e as proporcionais indenizadas), saldos salariais (foram quitados na rescisão contratual), depósitos do FGTS (os depósitos fundiários foram realizados no prazo legal), 13.º salário integral e proporcional (foram honrados no curso do pacto laboral e no momento da rescisão contratual), indenização compensatória do FGTS (foi quitado junto com as verbas rescisórias), horas extraordinárias (os Reclamantes jamais laboraram em jornada suplementar). Outrossim, também são indevidas a liberação de guias de seguro-desemprego e do FGTS, uma vez que tais guias foram entregues aos demandantes no momento da rescisão contratual, também sendo indevidas quaisquer multas substitutivas ou mesmo a multa dos arts. 467 e 477, § 8.º, da CLT; 
b) a declaração de inexistência de vínculo empregatício dos Reclamantes com a contestante, atinente ao período compreendido entre 20 de março de 2017 a 18 de janeiro de 	, 13.º salário integral e proporcionais, FGTS acrescido de multa, horas extras e repercussões, multa dos arts. 467 e 477 da CLT, saldo de salário e seguro-desemprego.
IV – DO REQUERIMENTO FINAL 
Por todo o exposto, espera e confia a Reclamada que seja acolhida a prejudicial de mérito (prescrição), não obstante, por cautela, em caso de reconhecimento do vínculo de emprego em relaçãoao segundo período (junho de 2017 até 18.01.2021), ou mesmo reconhecimento da unicidade contratual, argui a prescrição quinquenal, para que sejam consideradas prescritas as parcelas eventualmente postuladas anteriormente aos últimos cinco anos, nos moldes do art. 7.º, XXIX, da CF/1988. 
Ultrapassadas as prejudiciais levantadas, requer, no mérito, por todas as razões exaustivamente demonstradas na presente peça de resistência, a improcedência de todos os pedidos postulados pelos Reclamantes e a declaração de inexistência de vínculo de emprego no período compreendido entre 20 de março de 2017 e 18 de janeiro de 2021, com a consequente condenação do autor ao pagamento das custas judiciais, conforme previsto no art. 789, II, da CLT. 
Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos Reclamantes, requerendo, por cautela, em caso de eventual condenação, a compensação das verbas pagas pelos mesmos títulos, evitando-se, assim, o enriquecimento sem causa dos demandantes.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife, 12 de Abril de 2021.
Isis Maria Emanuelle Batista Carvalho /OAB nº ..............
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE _______
Proc. nº XXXXXXX
Apolo, Industria e Comércio LTDA, pessoal jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o número XXXX, com sede e domicílio no endereço XXXX, vem, nos Autos da reclamação Trabalhista por meio de sua advogada infra-assinada (doc...), já qualificado nos autos, à presença de Vossa Excelência arguir, com fulcro nos arts. 800 e seguintes da CLT, a presente: 
EXCEÇÃO DE INCOMPETENCIA EM RAZÃO DO LUGAR
Aos Fatos e direitos expostos por José, já devidamente qualificados nos autos, na ação trabalhista em que move em face da empresa.
I - DOS FATOS
Na data de 02.01.2008, José foi contratado em Belo Horizonte – MG pela empresa Apolo Indústria e Comércio LTDA, para prestar serviços em Porto Alegre - RS. Por sua vez, a empresa dispensou José imotivadamente em 04.04.2021, quando este trabalhava em Cuiabá-MT. Em 18.02.2012, José ingressou com Reclamação Trabalhista perante a vara de Trabalho de Vitoria/ES, postulando seus consectários legais, posto que lá passou a residir.
Acontece que, conforme se depreenderá, este juízo é incompetente para julgar a matéria, em razão do que irá se expor a seguir.
II - DO DIREITO
Conforme estabelece o art. 651, “caput” da CLT, in verbis:
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Na hipótese em que existem vários locais de trabalho, a competência para atuar será do juiz do último local de trabalho, visto entendimento já pacificado pela doutrina e jurisprudência.
No caso em tela o reclamante foi admitido em Belo Horizonte, trabalhando posteriormente em Porto Alegre – RS e por fim na cidade de Cuiabá – MT, local onde foi dispensado. Logo se aduz que a competência para processar e julgar a demanda pertence a uma das varas de Trabalho de Cuiabá – MT.
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
1. O reconhecimento da exceção de incompetência, com fulcro nos arts. 800 da CLT;
2. A suspensão do processo até o julgamento da exceção;
3. A remessa dos autos ao juízo competente do município de Cuiabá-MT;
4. Deferimento da Juntada dos documentos.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, especialmente prova pericial, documentos da parte contrária, pena de confesso e de testemunhas que serão arroladas oportunamente.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife, 12 de Abril de 2021.
Isis Maria Emanuelle Batista Carvalho /OAB nº ..............
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE _____
EMPRESA L.V., pessoa jurídica de direito privado na pessoa de seu representante legal, inscrita no CNPJ/MF sob o nº. __________, com sede na Rua ____________, nº _____, CEP: __________, vem, por meio de seu advogado, infra-assinado, com endereço profissional na Rua .............., n. _______, CEP: ________, com fundamento no art. 890 e seguintes do CPC, aplicados subsidiariamente, na forma do art. 769 da CLT, ajuizar.
AÇAO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Pelo rito especial, com respaldo no art. 539 e seguintes do CPC, em face de JOSÉ, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG n°. ________, expedido pelo _______, CTPS n°. ______, série ____, inscrito no CPF/MF n°.. _________ e cadastro no PIS n. _________, com endereço na Rua ________________, nº _______, CEP: __________, conforme fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – DOS FATOS: DO ABANDONO DE EMPREGO. 
A consignante estabeleceu relação de emprego com o consignatário em 11/05/2008, tendo sido pactuado o salário de R$965,00. Em 19/06/2020 foi suspenso o contrato de trabalho, em função da percepção de auxílio-doença, não acidentário, pelo consignatário, tendo cessado o benefício em 02/01/2021. 
Ante a cessação do benefício e o não comparecimento do consignatário ao trabalho por 10 dias, a consignante promoveu convocação por meio de AR e edital publicado em jornal. Mesmo diante da convocação, o consignatário permaneceu inerte por mais 30 dias.
O afastamento por mais de 30 dias implica na presunção do animus abandonandi, de modo que a consignante considera rompido o contrato de trabalho por sua iniciativa, com base em justa causa praticada pelo consignatário (neste sentido o art. 482, i, da CLT, interpretado pela S. 32 do C. TST).
Vale destacar que o consignatário não é detentor de qualquer tipo de estabilidade, na conformidade do art. 118 da Lei 8.213/91, pois não gozou auxílio-doença de natureza acidentária. 
Diante deste cenário, somente é devido ao consignatário as férias correspondentes ao período aquisitivo completo, acrescidas de 1/3, e 18 dias do saldo salarial de junho de 2020.
II - DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: 
Diante da recusa do credor em receber seu crédito, restou configurada a mora creditoris, na conformidade do art. 394 do Código Civil, cuja incidência é autorizada pelo art. 8º da CLT. 
Segundo o disposto no art. 890 do CPC, diante da recusa do credor em receber seu crédito, é cabível a presente ação de consignação em pagamento. 
III - DO PEDIDO: 
Ante o exposto requer: 
a) O reconhecimento do abandono de emprego e da existência de motivo justo para a ruptura do pacto laboral por iniciativa da consignante; 
b) O reconhecimento da ausência de mora da consignante; 
c) O reconhecimento da mora do credor, com a expedição de guia para depósito de R$ xxxx a título de férias integrais + 1/3 e R$ xxxx a título de saldo de xx dias trabalhados; 
d) A citação do consignatário para receber o valor consignado, conforme TRCT, bem como para exibição, em juízo, de sua CTPS, para que o consignante possa proceder a devida baixa no contrato de trabalho; ou, querendo, possa o consignatário apresentar sua contestação na audiência que será designada. 
e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, requerendo, ao fim, seja julgado procedente o pleito consignatório, sendo desonerado o consignante de todas as obrigações decorrentes da extinção do contrato de trabalho.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife, Maio de 2021.
Isis Maria Emanuelle Batista Carvalho /OAB nº ..............

Outros materiais

Outros materiais