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Copia de peca - pratica civil

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP
DANIELA COUTO, estado civil, profissão, inscrita no CPF sob o n°..., com endereço eletrônico...,residente na Rua..., n°..., Bairro..., CEP..., no município de São Paulo – SP, por meio de seu advogado que esta subscreve (devidamente qualificado em procuração anexa), com endereço profissional localizado na Rua..., n°..., Bairro..., CEP..., no município..., vem à presença de Vossa Excelência propor a Ação de Obrigação de fazer pelo procedimento comum, com fundamento nos artigos 318 e 319 do Código de Processo Civil, com pedido de tutela de urgência com fulcro no art. 300 do CPC, em face de PORTO SEGURADOS S/A, inscrita no Cadastro de Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº..., com endereço eletrônico..., com sede à Rua..., nº..., bairro..., CEP..., no município de São Paulo/SP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DOS FATOS
Daniela, contratou os serviços de Assistência Médica e Hospitalar da Porto Segurados S/A em 10/10/2015, através do Contrato de Adesão nº 888888 e identificado pela carteira n.º 097000 – BRONZE. 
Após receber o o Manual de Orientações para Contratação de Planos de Saúde, realizou um auto- exame no final do mês de abril do corrente ano, notou um nódulo em sua mama, o que a fez procurar auxílio de um médico especialista. Seguindo o rol disponibilizado pela Porto Segurados S/A, escolheu o Hospital Santa, sendo atendida pelos profissionais médicos, Dr Eduardo (cirurgião) e Dr Tiago (oncologista).
A requerente vem respondendo muito bem ao tratamento quimioterápico, antes do processo cirúrgico ao qual necessariamente será submetida.
 A quimioterapia está programada para ser feita em 04 sessões. A Daniela iniciou a primeira sessão no dia 22/06/2019. E teria a última - 4ª sessão - no dia 22/09/2019. Ocorre que, no dia 10/08/2019, por volta das 15:30h, a Daniela recebeu uma ligação da Porto Segurados S/A, a qual informou que deveria suspender o tratamento no Hospital Santa porque não cobriria mais os custos do tratamento naquele hospital. Essa informação foi transmitida unicamente por telefone à Daniela.
II. DOS FUNDAMENTOS
A ação versa sobre obrigação de fazer, decorrente da necessidade do tratamento quimioterápico.
A requerente foi surpreendida ao receber uma ligação da requerida, na qual informou que não mais cobriria os custos do tratamento no Hospital Santa, uma vez que, Daniela iniciou o tratamento no respectivo hospital com intuito de sanar a doença e obteve a informação da suspensão no meio do seu tratamento.
Levando em consideração que a Constituição Federal estabelece o Direito a uma vida digna, estamos diante de uma situação que está colocando de lado esse direito, uma vez que a operadora de saúde se nega a custear o tratamento que fora expressamente indicado pela equipe médica. 
O artigo 47 do Código de defesa do consumidor estabelece que as cláusulas contratuais devem sempre favorecer o consumidor, dessa maneira a Porto Segurados S/A não simplesmente esquivar-se de cumprir com sua obrigação.
Há diversas decisões que reconhecem que a a saúde representa um bem personalíssimo e indisponível, desse modo deve-se manter as sessões de quimioterapia bem como o procedimento cirúrgico a ser realizada pela equipe médica credenciada ao hospital.
A autora foi supreendida com a negativa do hospital em prosseguir com as sessões de quimioterapia prescritas pelo médico, houve descomprometimento quanto à prestação de serviço, não houve aviso prévio com antecedência para que a requerente pudesse recorrer a uma outra unidade hospitalar, impossibilitando a continuidade ao tratamento. 
Em consonância no que foi elencado anteriormente, a seguinte decisão: 
“Eventual substituição da rede credenciada do plano de saúde é permitida, desde que sejam observados: i) a notificação dos consumidores com antecedência mínima de trinta dias; ii) a contratação de novo prestador de serviço de saúde equivalente ao descredenciado; e, iii) a comunicação à Agência Nacional de Saúde (art. 17). Esses requisitos estabelecidos por lei servem para garantir a adequada e eficiente prestação de serviços de saúde, de modo a evitar surpresas e interrupções indevidas de tratamentos médico-hospitalares em prejuízo do consumidor”.
‘’(...) foi surpreendida com o embaraço e a negativa de prosseguir com as sessões de quimioterapia, conforme prescrição médica. Essas circunstâncias demonstram que houve comportamento abusivo.’’
‘’Destaco, por fim, que as condutas das recorrentes atentam contra o princípio da boa-fé objetiva que deve guiar a elaboração e a execução de todos os contratos, pois frustram, a legítima expectativa do consumidor, de poder contar com os serviços colocados à sua disposição no momento da celebração do contrato de assistência médica’’.
(REsp 1.725.092 / SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 23/03/2018).
A lei de n° 9656/58, em artigo 17, § 2º, estabelece:
“Na hipótese de a substituição do estabelecimento hospitalar a que se refere o § 1º ocorrer por vontade da operadora durante período de internação do consumidor, o estabelecimento obriga-se a manter a internação e a operadora, a pagar as despesas até a alta hospitalar, a critério médico, na forma do contrato”.
A internação se iguala no sentido de permanecer no hospital para que realize as sessões de quimioterapia.
Deixar de prestar serviço é contrariar a referida lei.
Outrossim: 
Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos:
I - de emergência, como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico assistente;
"Art. 35-F. A assistência a que alude o art. 1º desta Lei compreende todas as ações necessárias à prevenção da doença e à recuperação, manutenção e reabilitação da saúde, observados os termos desta Lei e do contrato firmado entre as partes.".
Suspender tratamento quimioterápico deixa o paciente em situação de risco, causando desconforto emocional. O plano de saúde, juntamente com as redes credenciadas precisam garantir respaldo ao paciente.
III. DO CABIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA
No caso em tela, a tutela de urgência se faz necessária. Por se tratar de uma doença que não pode demorar, tendo em vista que há indicação médica expressa e, inclusive, tratamento em andamento.
Por ora, a saúde da requerente pode ser considerada como debilitada há risco de dano irreparável à sua vida, acaso deixe de receber os cuidados recomendados, o que compromete, inevitavelmente, o próprio objeto da ação.
Em consonância a doutrina abaixo que tem admitido remansosa a antecipação de tutela nesses casos:
‘’A tutela será de urgência quando houver ‘’elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo’’. Os requisitos são fumus boni juris, isto é, a probabilidade do direito, e o periculum in mora, isto é, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação’’.
GONÇALVES, Marcus Vinicius. Direito processual civil esquematizado. 10. Ed. São Paulo, Saraiva Educação, 2019, p.374. 
No que se refere ao presente pedido merece a sua apreciação o mais urgente possível, por ser tratar de uma questão de direito à saúde baseado na necessidade de tratamento intensivo. Em contrapartida, a demora quanto a concessão da liminar poderá agravar a saúde da requerente. 
IV. DOS PEDIDOS
Diante desse exposto, requer:
a) Que seja concedido a antecipação da tutela;
b) Citação da requerida para que conteste a presente ação;
c) Que Hospital Santa citado para que cumpra com a tutela certamente deferida;
d) A confirmação, em todos os seus termos, da tutela antecipada, certamente deferida, e os pedidos autorais confirmados por sentença, com o fim de reconhecer, definitivamente, a obrigação da requerida em prestar o atendimento;
e) A condenação da requerida referente às custas processuais e honorários advocatícios;
Que o alegado prove mediantetodos os meios em direito admitidos conforme estabelece o art. 369 do Código de Processo Civil 
Dá-se ao valor da causa: R$ 20.000,00 (vinte e mil reais).
Nestes termos, pede deferimento
Local, data
Advogado
OAB

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