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Alianças Estratégias Comércio Exterior

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Alianças Estratégicas 
e Gestão Internacional
Finanças Internacionais
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Marcello de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução;
• Globalização;
• Governança Corporativa e Objetivos Financeiros;
• Sistema Monetário Internacional.
Objetivos
• Apresentar como as empresas devem se preocupar com as finanças e com o sistema fi-
nanceiro para que possam se preparar para o processo de internacionalização.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para 
o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no 
material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades 
solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, 
você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos 
ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como suges-
tões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpre-
tação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns 
de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, 
além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico 
espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Finanças Internacionais
Fonte: Getty Im
ages
UNIDADE 
Finanças Internacionais
Contextualização
O mundo atual, em 2020, está imerso em uma grande bagunça causada por um 
processo de adoecimento viral, a COVID-19, que chegou e derrubou diversas eco-
nomias pelo mundo, trazendo caos à saúde pública e um desespero para as pessoas 
que sobreviverão a essa pandemia. O desespero aqui se reflete em várias questões, 
entre elas: como a economia sobreviverá a isso?
Essa pergunta agora, na data de produção deste material, não tem resposta. 
Contudo, tendo em vista o tema da globalização, este cenário demonstra como a 
realidade da globalização é presente e não há mais como fugir dela. A COVID-19 
 começou na China, espalhou-se pelos países próximos e, em meados de 2020, está 
no auge no Brasil e nos Estados Unidos, já tendo devastado e ainda devastando Itália 
e Espanha.
Claro que o problema de saúde pública que este assunto levanta é fundamental, 
mas o que sempre devemos também pensar é como a economia se manterá após 
tudo isso; o mundo terá que se redescobrir e encontrar maneiras de sair dessa mais 
uma vez.
Para ajudar a construir novas respostas e ainda refletir sobre essa situação, e 
outras, entenderemos mais sobre o contexto da globalização e seus efeitos nesta 
unidade, verificando dessa maneira quais são as saídas possíveis para o caos atual e 
os problemas futuros.
6
7
Introdução
O mundo mudou, está mais difícil de viver nele, a COVID-19 trouxe uma triste 
realidade a todos, uma realidade que já conhecíamos, mas que agora está mais 
aparente ainda: os impactos da globalização. A Globalização não é algo ruim por 
si, de forma alguma, é um processo sensacional que elevou as economias e muitas 
empresas ao redor do mundo.
Contudo, do mesmo jeito que temos impactos positivos, temos outros efeitos que 
devem ser pensados e previstos. Um exemplo é este processo pandêmico, que se ini-
ciou na China e causou impacto mundialmente; isso poderia ser evitado de alguma 
maneira? A Globalização realmente é boa para o mundo? 
Obviamente que a Globalização é boa em vários aspectos e que problemas virão 
com ela, é claro. Contudo, também temos que entender que a solução para tudo o 
que se apresenta com a pandemia será possível, veja só, graças à própria Globaliza-
ção, que será o pilar para a melhora econômica, por exemplo, ou para o desenvolvi-
mento ágil de vacinas. Com a Globalização, e com uma boa governança corporativa 
e explorando as oportunidades que surgirão, reergueremos a economia e as finanças 
globais; as alianças estratégicas serão primordiais para isso.
Já o sistema financeiro internacional nos traz instituições como o Banco Mundial 
e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os quais visam à melhora contínua do 
mundo, incentivando investimento em avanços relacionados ao meio ambiente, rees-
truturando países que passaram por guerras ou desastres naturais e que, por conta 
disso, necessitam de um fôlego financeiro para sobreviverem.
Vamos juntos conhecer esse novo mundo e liberar a mente para esse novo co-
nhecimento.
Globalização
Alianças estratégicas devem ser pensadas sempre dentro de nossa empresa, de 
nossa vida e de tudo o que fazemos. Ninguém deve estar sozinho nessa empreitada 
que é sobreviver dentro de um mercado tão competitivo como é o nosso mercado 
mundial atualmente.
A Globalização não é algo novo, mas é algo que está sempre em pauta quando 
discutimos o assunto de empresas, de governos e como eles são impactados por todo 
e qualquer ponto que ocorre em qualquer parte do mundo.
Trataremos e entenderemos um pouco mais sobre esse tema e demonstraremos 
como ele é de extrema importância para as empresas multinacionais. A seguir, aliás, 
a definição sobre empresa multinacional:
7
UNIDADE 
Finanças Internacionais
A empresa multinacional (EMN) é definida como uma empresa que pos-
sui subsidiá - rias, filiais, ou afiliadas em operação localizadas em países 
estrangeiros. Sua definição inclui também empresas em atividades de 
serviços como consultoria, contabilidade, construção, serviços jurídicos, 
propaganda, entretenimento, serviços bancários, telecomunicações e 
hospedagem. (EITEMAN; STONEHILL; MOFFETT, 2013, p. 3)
Da mesma maneira, podemos citar as empresas transnacionais, que são as empre-
sas acima das multinacionais. Normalmente empresas com ações na bolsa e que de tão 
pulverizado que é seu capital, não se consegue determinar o seu proprietário – e até 
por esse motivo, são empresas que têm foco global, e não local, em seu país de origem.
Quando chegamos ao tópico Globalização, não conseguimos fugir de um tema 
que tem assombrado as empresas neste novo mercado mundial: o de se criar valor 
em meio ao caos. Muitas vezes, as empresas estão sempre lutando para conseguir 
ter o valor que seus acionistas buscam dentro de seus mercados. 
Existem três elementos básicos que devemos combinar para que se auxilie as em-
presas na criação desse valor:
• Um mercado aberto: Um mercado que é aberto favorece às empresas cresce-
rem. O mercado aberto é aquele que tem o livre comércio, a livre concorrência, 
onde as empresas buscam a melhor mão de obra, o melhor preço de matéria-
-prima, entre outros itens. Contudo, tal condição é extremamente complexa de 
se atingir e os governos e mercados buscam isso constantemente.
• Gestão Estratégica: Todas as empresas devem ter em seus pensamentos a 
ideia de pensar no futuro, de pensar estrategicamente, e essa estratégia deve ser 
formada em todos os níveis da empresa. É claro que deve haver um start, o qual 
vem, em sua maioria, de sua diretoria ou conselho de administração, mas esse 
deve sim ser passado e contar com o apoio de toda a empresa, todos devem 
buscar o objetivo empresarial proposto ;
• Acesso ao Capital: Para que toda empresa consiga trabalhar em um ambiente 
extremamente competitivo, é de suma importância que a empresa tenha acesso 
ao capital. Caso isso não ocorra, as empresas não conseguirão se manter e 
buscar o crescimento de forma sustentável.
A Figura 1 demonstra um pouco como esses mercados são importantes e tam-
bém trata um pouco do nível de maturidade que é encontrado por essas empresas 
nas economias. 
8
9
Economias
maduras
Países em rápido
desenvolvimento
Nível III
Nível II
Nível I
Acesso a
capital
Gestão
estratégica
Mercado
aberto
Construir valor
para a empresa
Países em mercados emergentes
Figura 1
Fonte: Adaptadode EITEMAN; STONEHILL; MOFFETT, 2013, p. 3
O que se busca nos mercados atualmente é o ganho de escala, esse ganho torna 
as empresas cada vez mais competitivas e, com isso, mais rentáveis. O ganho de 
escala pode ser cada vez mais conseguido quando a empresa cresce e busca novos 
mercados, expandindo o seu campo de atuação. Entre os principais pontos que 
podem levar a esse ganho está a terceirização de diversos itens do seu ciclo opera-
cional. O mais sensível, contudo, ultimamente, tem sido a questão logística, a qual, 
caso não seja trabalhada, pode fazer com que a empresa caminhe para trás e não se 
desenvolva conforme o planejado.
Como falar de globalização e de empresas é algo extremamente relacionado, 
trataremos de como essas empresas, e por que, buscam a internacionalização. São 
cinco itens que explicam geralmente essa busca:
• Empresas em busca de mercados: As empresas que querem buscar expandir 
os seus negócios diversas vezes encontram na internacionalização o caminho 
para esse crescimento e desenvolvimento ;
• Empresas em busca de matérias-primas: As empresas se instalam em países 
nos quais há matéria-prima abundante para outras necessidades da empresa. 
É extremamente comum esse tipo de aproximação ;
• Empresas em busca de eficiência produtiva: Buscam países nos quais parte 
do que elas precisam para produzir tem um preço muito abaixo em comparação 
ao restante do mercado mundial. Dessa maneira, ganham em competitividade ;
• Empresas em busca de conhecimento: Tendo em vista um crescimento ope-
racional, empresas de países não tão desenvolvidos buscam o conhecimento em 
mercados já maduros para crescerem também localmente ;
• Empresas em busca de segurança política: Buscam estabilidade em países 
nos quais seus bens não serão tomados, com políticas claras para o desenvolvi-
mento empresarial e boas para o empresário.
9
UNIDADE 
Finanças Internacionais
No fim das contas, o processo de globalização sempre passará pelas empresas 
multinacionais e pelas transnacionais, que buscam novos mercados por diversas 
 razões, como vimos anteriormente. Os governos dos diversos países do mundo bus-
cam, claro, que essas empresas se instalem em seus países, isso gerará ganhos muito 
bons para os países em questão. Pensemos o seguinte: uma empresa se instala em 
um país da África, uma grande corporação monta uma grande fábrica, por exemplo, 
isso gerará emprego, impostos e movimentará toda aquela economia; isso é o que os 
governantes precisam também para que as coisas funcionem.
A Globalização é um processo que está em nossas cabeças nos dias modernos. 
Como dito anteriormente, um problema que acontecia na China, em um primeiro 
momento, era tido como um processo isolado, mas já algum tempo nunca é. 
 Atualmente, no geral, problemas em qualquer canto do mundo trazem preocupação 
a todo o planeta, pois não vivemos em bolhas. O mundo mudou e nos trouxe uma 
realidade às vezes dura de engolir, na qual devemos sim nos preocupar com o todo, 
e não mais somente com o nosso cantinho.
Corona vírus: o fim da Globalização como a conhecemos
A COVID-19 é um espinho na Globalização. O que a crise de 2008-2009 e a revolta identitá-
ria não tinham conseguido em uma década, um vírus alcançou em meses. A pandemia é 
um cisne negro de manual, um unknown unknown que altera o curso da história. Esse é o 
cenário pessimista que está sobre nós.
 Leia o artigo na íntegra, disponível em: https://bit.ly/3hnuTtO
Governança Corporativa
e Objetivos Financeiros
A governança corporativa deveria ser o ponto de partida para qualquer empresa. 
Todas as empresas, sejam elas nacionais, multinacionais ou transnacionais, deveriam 
se preocupar em buscar uma governança corporativa robusta e com um excelente 
código de ética e conduta.
Mas do mesmo jeito que isso se tornou fundamental para algumas, tornou-se 
 banal para outras. Os códigos são perfeitos com diversos processos a serem segui-
dos, mas que os administradores e gestores simplesmente ignoram e fazem com que 
a governança corporativa caia em descrédito muitas vezes.
O principal objetivo da governança corporativa para muitos é tão somente o 
 retorno para os acionistas no longo prazo. Não deixa de ser uma realidade, mas não 
é só isso, a governança corporativa deve se preocupar com o todo, deve buscar o 
desenvolvimento e crescimento da empresa e de seus Stakeholders. Para isso, deve 
seguir padrões nacionais e internacionais de conduta.
10
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3 práticas de governança corporativa essenciais às empresas: https://bit.ly/32j2lxi
Um dos padrões mais aceitos dentro do mercado são os da OCDE (Organização 
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A OCDE é muito bem concei-
tuada no mercado sobre governança, pois preza a equidade entre todas as atividades 
da empresa e sociedade.
• Os direitos dos acionistas: Os acionistas são aqueles que inicialmente coloca-
ram dinheiro na empresa, quem assumiu o risco e por isso devem ter os seus 
direitos preservados ;
• Tratamento equitativo dos acionistas: Todos os acionistas devem ser iguais 
para a governança, sejam os majoritários, os minoritários, estrangeiros ou 
 nacionais, todos devem ser iguais para assim gerar a equidade prevista ;
• O papel dos stakeholders na governança corporativa: Todos os interes-
sados na empresa devem ter os seus direitos preservados dentro do contexto 
da governança ;
• Divulgação e transparência: Todas as informações relevantes têm que ser 
informadas para a cadeia de interessados na empresa. Devemos nos preocupar 
em fazer com que a empresa busque a sua transparência a qualquer custo ;
• As responsabilidades do conselho de administração: O conselho deve ser o 
coração da empresa, deve cuidar para que os gestores cumpram o seu papel e 
deve também ser cobrado e responsabilizado se houver falhas.
Esses princípios que a OCDE nos coloca como princípios são também espelhados 
de alguma maneira pelos princípios de governança corporativa pelo mundo a fora. 
No Brasil, temos o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), que tam-
bém tem os seus códigos e as suas colocações a respeito do que devemos nos preo-
cupar em seguir.
O IBGC foi criado com o intuito de tratar das questões sobre governança corpora-
tiva, atuando na forma de fórum para debates, pesquisas, divulgação e capacitação. 
Em 1999, o IBGC elaborou o primeiro código sobre governança corporativa, como 
resposta à necessidade de adoção das boas práticas e de um modelo no sistema de 
governança. O código abrangia informações sobre os conselhos de administração e 
sua conduta esperada.
Na Figura 2, a seguir, identificamos como o sistema de Governança Corporativa 
funciona na visão do IBGC.
11
UNIDADE 
Finanças Internacionais
PARTES INTERESSADAS
MEIO AMBIENTE
Auditoria
Independente
Conselho
Fiscal
Auditoria
Interna
Diretores
Administradores
Secretaria de
Governança*
Conselho de
Administração
Sócios
Diretor-
-Presidente
REGULAM
ENTAÇÃO (COMPULSÓRIA E FACULTATIVA)
C. Auditoria Comitês
Figura 2
Fonte: Adaptado de IBGC, 2018
Os principais princípios que conhecemos para a Governança Corporativa são 
amplamente explorados pelo IBGC.
• Transparência: Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas 
as informações que sejam de seu interesse, e não apenas aquelas impostas por 
disposições de leis ou regulamentos;
• Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais 
stakeholders;
• Prestação de contas: Os agentes de governança devem prestar contas de sua 
atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo inte-
gralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e 
responsabilidade no âmbito dos seus papéis; 
• Responsabilidade corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela via-
bilidade econômico-financeira das organizações no curto, médio e longo prazos.
A governança deve ser o coração da empresa, mas não só ele, deve ser o cérebro 
também para que as coisas sejam feitas com emoção e razão ao mesmotempo. 
As empresas devem ser bem administradas, isso é fato, mas devem também se pre-
ocupar com Stakeholders e com a sustentabilidade que o mundo atual pede.
Devemos ter boas governanças, mas principalmente devemos ter boas pessoas, 
bons gestores, só assim conseguiremos ter um processo ético e com o intuito de se 
buscar o melhor para o todo.
A governança nos leva a outros pontos que tratam da questão de quem realmente 
são os donos das empresas e os objetivos financeiros das mesmas. Empresas são 
criadas por pessoas que têm sonhos e visão de negócio. Muitos empreendedores 
nem são as pessoas mais estudadas do mundo, mas têm a ideia e lutam por ela, 
fazendo com que as coisas aconteçam. Maravilha, aconteceu, e agora? Como essa 
12
13
empresa continuará crescendo e se desenvolvendo, como a administração dela pode 
ser mais profissional?
Com isso, chegamos a um ponto importante, que a maioria das empresas, atu-
almente, não é mais administrada pelos seus “criadores”. A maioria, quando tem 
um crescimento, busca o conhecimento externo para continuar crescendo, e isso, 
às vezes, pode trazer grandes problemas pela diferença de pensamentos, criando 
conflitos de agência.
Conflito de agência é quando os acionistas têm ideias divergentes dos administra-
dores. Os acionistas querem o retorno para o capital e os administradores podem 
estar preocupados em expandir os negócios comprando outras empresas. Contudo, 
se os administradores assim fizerem, o retorno sobre o capital será menor e a bola 
de neve só crescerá.
O ideal para que seja minimizado esse tipo de problema é que a administração e 
os acionistas estejam alinhados em busca do mesmo objetivo. É claro que colocar tal 
tema em pauta é fácil, o complicado é realmente isso funcionar no dia a dia.
O que é o conflito de agência?
O conflito de agência é o confronto de interesses entre os acionistas de uma empresa 
e os seus gestores. Como diz o ditado: “Quem quer, vai; quem não quer, manda”. No 
caso das empresas, quando os proprietários do capital não são simultaneamente os 
gestores que lidam com as questões operacionais do dia a dia, ocorre frequentemen-
te um choque entre o que uns e outros entendem ser o melhor para a empresa.
 Leia o texto completo, disponível em: https://bit.ly/2FtOVpe
Sistema Monetário Internacional
O sistema financeiro internacional se inicia com o grande número de convenções, 
acordos ou regras, as que estão em papel via lei, ou as que são implícitas nas relações 
entre os mais diversos países. Esse conjunto de regras deve servir como balizador 
da relação entre países em distinção à questão monetária nas relações entre eles, e 
devem contemplar os seguintes aspectos:
• definição dos participantes;
• grau de adesão de cada membro ao conjunto de regras estabelecidas;
• regras para os ajustes dos balanços de pagamentos dos países-membros;
• padrão monetário;
• relação entre as várias moedas dos países participantes;
• tipo de câmbio (fixo ou flutuante);
• convertibilidade entre as moedas;
• liquidez internacional;
13
UNIDADE 
Finanças Internacionais
• financiamento dos desequilíbrios dos balanços de pagamentos; e
• criação de instituições tutelares.
O sistema financeiro internacional atualmente baseia-se em um tripé for-
temente armado por mais de 180 países. Esse tripé é constituído pelo 
Banco Mundial, o FMI e os diversos bancos centrais do mundo. Cada um 
deles tem a sua participação nas decisões econômicas e sociais pelo 
mundo inteiro e tem a responsabilidade de desenvolver o mundo finan-
ceira e socialmente, para aumentar o bem-estar da sociedade em geral. 
 (PINHEIRO, 2016)
Na sequência, detalharemos os principais atores dentro do processo do sistema 
financeiro internacional.
Banco Mundial
O Banco Mundial teve a sua criação durante a Segunda Grande Guerra e a sua 
função era ajudar na reconstrução da Europa pós-guerra. Mesmo com a reconstru-
ção já finalizada, o seu caráter de ajuda em grandes reconstruções sempre esteve 
presente, pois os desastres naturais e as emergências humanitárias não pararam de 
aparecer ao longo dos anos. Contudo, com o passar do tempo, o Banco Mundial 
colocou como meta a redução da pobreza mundial e o desenvolvimento humanitário.
O Banco Mundial atualmente ressalta para todos os seus países clientes algumas 
necessidades, conforme a seguir:
• Investir nas pessoas, especialmente por meio da saúde e da educação básica;
• Proteger o meio ambiente;
• Apoiar e estimular o desenvolvimento dos negócios das empresas privadas;
• Aumentar a capacidade dos governos para prestar serviços de qualidade com 
eficiência e transparência;
• Promover reformas para criar um ambiente macroeconômico estável conducente 
a investimentos e a planejamento de longo prazo; e
• Dedicar-se ao desenvolvimento social, inclusão, boa governança e fortalecimento 
institucional como elementos essenciais para a redução da pobreza.
Além de financiar projetos, o Banco Mundial também oferece sua grande experi-
ência internacional em diversas áreas de desenvolvimento.
O Banco é baseado e conta com o apoio de cinco instituições que ficam abaixo 
de sua alçada:
• Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD);
• Associação Internacional de Desenvolvimento (AID);
• Corporação Financeira Internacional (IFC);
14
15
• Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (AMGI);
• Centro Internacional para Acerto de Disputas de Investimento (CIADI).
Com a sua disciplina, expertise e seus dólares, o Banco Mundial se torna um 
dos mais importantes atores do sistema financeiro internacional em conjunto com o 
Fundo Monetário Internacional (FMI), o qual detalharemos a seguir em nosso estudo.
Fundo Monetário Internacional (FMI)
O FMI foi criado em 1944 em uma conferência realizada nos Estados Unidos 
pelas Nações Unidas, isso se deu principalmente porque, após a quebra da bolsa de 
Nova York, os Estados Unidos e consequentemente o mundo mergulharam em uma 
grande recessão global que precisava ser pensada e controlada de alguma maneira. 
Viu-se então que havia uma necessidade de criação de um organismo que organi-
zasse o comércio e as finanças globalmente. A Segunda Grande Guerra atrasou a 
implementação do FMI e suas atividades só se iniciaram em março de 1947, já com 
a denominação de principal instituição financeira internacional.
O s principais objetivos do FMI são:
• Estimular a cooperação internacional;
• Facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial;
• Promover a estabilidade cambial; 
• Colaborar para o estabelecimento de um sistema de pagamentos internacionais 
e para a eliminação de restrições cambiais.
O FMI tem como sua responsabilidade muitas vezes a de ser um “banqueiro” de 
países que passam por dificuldades e precisam de financiamento. Ficou extremamente 
conhecido durante as crises dos anos 1980, quando auxiliou alguns países a tentarem 
sair da crise das dívidas externas que se instaurou em muitas nações na época.
Os fundos do FMI são constituídos por cotas subscritas pelos países-
-membros, pagas em ouro, dinheiro e Direitos Especiais de Saque (DES). 
As cotas são determinadas de acordo com uma fórmula que leva em 
conta um conjunto de variáveis econômicas e financeiras, revistas a cada 
cinco anos. (PINHEIRO, 2016)
Os países membros podem solicitar até 25% de empréstimo em caso de necessi-
dade. Quando os valores solicitados pelos países excederem os 25%, a comissão do 
FMI deve analisar dois fatores:
• Primeiro: O dinheiro do FMI é de todos os membros, então, o que se espera, 
é que depois de resolver seus problemas, o membro que pegou o empréstimo 
pague, e que o próximo a ter problemas possa usar;
• Segundo: O país membro que solicita o empréstimo deve demonstrar como se 
dará o pagamento do mesmo em período de três a cinco anos, pois o FMI tem 
obrigação com todos os membros e deve preservar a integridade financeira em 
15
UNIDADE 
Finanças Internacionais
suas transações, emprestando fundos somente caso o membrosolicitante venha 
a usar esse empréstimo de forma correta e com prudência.
Sendo assim, todo pedido de empréstimo que é feito junto ao FMI deve vir acom-
panhado de um plano de redução de custos e de políticas públicas que serão intro-
duzidas pelos seus governantes dentro do país.
O FMI tem uma importante função dentro do sistema financeiro mundial, auxilia 
os países membros a saírem de crises via empréstimos e a cobrança de soluções para 
esses problemas. As suas riquezas vêm dos próprios países membros e, por conta disso, 
devem ser muito bem analisadas quando forem disponibilizadas para os membros.
FMI vê recessão ‘pelo menos tão ruim quanto’ a da crise financeira
A economia global deve ‘encolher’ em 2020, diante dos efeitos causados pela pandemia de 
coronavírus, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em comunicado, a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, apontou que deverá 
ser registrada uma recessão “pelo menos tão ruim quanto durante a crise financeira global, 
ou pior”. Lei a matéria na íntegra, disponível em: https://glo.bo/2Riol5i
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Governança Corporativa Internacionalização e Convergência
IBGC. Governança Corporativa Internacionalização e Convergência. 1. ed. 
São Paulo: Saint Paul Editora, 2010.
 Vídeos
Coronavírus e Globalização
https://youtu.be/wI2vBdu6gHk
 Leitura
O que é Globalização?
https://bit.ly/3bNEDfT
O FMI em síntese
https://bit.ly/2FvBK7y
17
UNIDADE 
Finanças Internacionais
Referências
EITEMAN, D. K.; STONEHILL, A. I.; MOFFETT, M.l H. Administração Financeira 
Internacional. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
KRAUSE, W. G.; MACHADO, M. A. S. W. Gestão Empresarial em Gotas – Agite 
depois de ler. 1. ed. São Paulo: Cengage, 2012.
PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
VASCONCELLOS, M. A. de; LIMA, M.; SILBER, D. Manual de Comércio Exterior e 
Negócios Internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Site Visitado
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Código 
das melhores práticas de governança corporativa. 5. ed. São Paulo: IBGC, 2016. 
Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/userfiles/files/2014/files/codigoMP_5edicao_
baixa%5b1%5d.pdf>. Acesso em: 02/04/2020.
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