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Resumo Teoria de desenvolvimento curricular

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Teoria de Desenvolvimento Curricular
Resumo para a Frequência
O Currículo 
Num sentido amplo…
O currículo escolar abrange todas as experiências escolares; É a totalidade das experiências de aprendizagem planificadas e patrocinadas pela escola; São todas as experiências dos alunos, que são aceitas pela escola como responsabilidade própria; São todas as atividades através das quais o aluno aprende.
Num sentido restrito…
O currículo escolar é o conjunto de matérias a serem ministradas em determinado curso ou nível de ensino. Neste sentido, o currículo abrange dois outros conceitos importantes: Plano de Estudos e Programas.
Plano de estudos é a lista de matérias que devem ser ensinadas em cada ciclo ou ano escolar, com indicação do tempo de cada uma, expressa geralmente em horas e semanas.
Programa de ensino é a relação dos conteúdos correspondentes a cada matéria do plano de estudos, em geral, e em cada ciclo ou ano, com indicação dos objetivos, dos desempenhos desejados e das atividades sugeridas ao professor para o melhor desenvolvimento do programa, bem como outras instruções metodológicas.
O que é o currículo escolar?
De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades desenvolvidas dentro da escola;
Funções do currículo escolar:
A primeira função do currículo, a sua razão de ser, é a de explicitar o projeto (as intenções e o plano de ação) que preside às atividades educativas escolares; 
Enquanto projeto, o currículo é um guia para os encarregados pelo seu desenvolvimento, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o professor; 
Contudo, o currículo, não deve suplantar a iniciativa e a responsabilidade dos professores, convertendo-os em meros instrumentos de execução de um plano prévia e minuciosamente estabelecido.
Algumas ideias importantes sobre o currículo escolar:
O currículo é um projeto
Não se trata de algo pronto e acabado, mas de algo a ser construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a participação ativa de todos os interessados na atividade educacional, particularmente daqueles que atuam diretamente no estabelecimento escolar, como educadores e educandos, mas também dos membros da comunidade em que se situa a escola.
O currículo situa-se entre as intenções, princípios e orientações gerais e a prática pedagógica.
Mais do que apenas evitar a distância e o hiato entre esses dois polos do processo educacional - as intenções e as práticas - o currículo deve estabelecer uma vinculação coerente entre eles, deve constituir um eficaz instrumento que favoreça a realização das intenções, princípios e orientações numa ação prática efetiva com vista ao desenvolvimento dos educandos.
O currículo é abrangente, não compreende apenas as matérias ou os conteúdos do conhecimento…
… também sua organização e sequência adequadas, bem como os métodos que permitem um melhor desenvolvimento dos mesmos e o próprio processo de avaliação, incluindo questões como o que, como e quando avaliar. 
O currículo é um guia, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o professor. 
Por isso mesmo, sempre que atrapalhar o processo de ensino-aprendizagem, deverá ser imediatamente modificado. 
Entre outros aspetos, o professor precisa estar atento:
- À extensão dos conteúdos - se excessivamente extenso deve ser reduzido para facilitar a efetiva aprendizagem do mesmo; …
- Ao(s) método(s) com que o mesmo é ensinado - um método pode ser eficaz em alguns casos e ineficaz noutros casos; 
- À eficácia do processo de avaliação, no sentido de não prejudicar, mas favorecer o desenvolvimento contínuo dos alunos. 
Para que cumpra tais funções, o currículo deve levar em conta as reais condições nas quais se vai concretizar: 
· as condições do professor;
· as condições dos alunos; 
· as condições do ambiente escolar;
· as condições da comunidade;
· as características dos materiais didáticos disponíveis;
etc... 
O currículo não substitui o professor, mas é um instrumento a seu serviço. 
Cabe ao professor orientar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive modificando o próprio currículo de acordo com as aptidões, os interesses e as características culturais dos educandos.
Outra questão que precisa de ser resolvida é a de saber se devemos impor algum limite aos tipos de atividade escolar que venhamos a considerar como fazendo parte do currículo. 
De novo, a palavra pode ser encontrada em vários e diferentes contextos, que cumpre distinguir com clareza:
· “Currículo oculto”;
· “Currículo oficial” e “Currículo real”;
· “Currículo formal” e “Currículo Informal”;
O currículo oculto
Alguns educadores falam sobre o “currículo oculto”: São “aquelas coisas” que os alunos aprendem na escola em consequência do modo pelo qual o trabalho da escola é planificado, mas que não são em si mesmas claramente incluídas na planificação, nem estão na consciência dos responsáveis pela escola. P.e.:
· Os papéis sociais; 
· Os papéis sexuais; 
· As atitudes e os valores;
· Etc.
(muitas vezes comunicados aos alunos de um modo acidental e talvez sinistro...) 
Currículo Oficial e Currículo Real
· O currículo oficial é o que está indicado e determinado “no papel”, em programas, prospetos, etc.
· O currículo real denota aquilo que se faz na prática. 
Essa diferença pode ser percebida de forma consciente ou inconsciente, e a causa de qualquer diferença entre eles deve-se ou a tentativa deliberada, por parte dos professores ou de outros, no sentido de enganar, a fim de que o que oferecem pareça mais atraente do que na realidade é, ou simplesmente ao facto de que, como os professores e alunos são humanos, as realidades de qualquer curso nunca estarão exatamente à altura das esperanças e intenções daqueles que o planificaram.
	Currículo formal e informal
Na escola existem as atividades formais às quais o horário da escola dedica períodos específicos de ensino ou que, como no caso do 1º ciclo, são incluídas no programa de trabalho a ser cumprido nas horas normais de ensino escolar.
E existem muitas atividades informais que se realizam, usualmente em bases voluntárias durante o almoço e depois do horário escolar, em fins-de-semana ou durante as férias. Estas últimas atividades – atividades desportivas, clubes, sociedades, jornadas escolares, etc. – são normalmente chamadas atividades “extra-curriculares”, e isto sugere que deveriam ser consideradas em separado e acima do currículo propriamente dito.
O sistema educativo português
O Sistema Educativo Português está dividido em diferentes níveis de ensino, essencialmente sequenciais. Tem início na Educação Pré-escolar, com um ciclo de frequência opcional dos 3 aos 6 anos de idade. Continua com o Ensino Básico, que compreendendo três ciclos sequenciais:
· O 1.º ciclo de 4 anos (idade esperada de frequência, dos 6 aos 10 anos de idade);
· o 2.º ciclo de 2 anos (idade esperada de frequência, dos 10 anos aos 12 anos de idade), correspondendo ao CITE* 1;
· e um 3.º ciclo com uma duração de 3 anos (idade esperada de frequência, dos 12 anos aos 15 anos de idade), correspondendo ao CITE 2.
* CITE_Classificação Internacional Tipo de Educação
· Segue-se o Ensino Secundário, que corresponde a um ciclo de três anos, (idade esperada de frequência, dos 15 aos 18 anos de idade), correspondendo ao CITE 3, e que inclui sete tipos de cursos:
· Cursos Científico-Humanísticos;
· Cursos Profissionais;
· Cursos Artísticos Especializados;
· Cursos com planos próprios (Cursos Científico-Tecnológicos);
· Cursos de Ensino e Formação de jovens.
· O Ensino Superior está estruturado de acordo com os princípios de Bolonha e é direcionado aos alunos que completaram com sucesso o Ensino Secundário ou que possuem uma qualificação legalmente equivalente.
· O CITE 4 corresponde ao Ensino pós-secundário não superior, enquanto o CITE 5 corresponde a programa de Ensino Superior de curta duração.
· O CITE 6 compreende os programas de Licenciatura (ou equivalentes) e o CITE 7 os programas de Mestrado (ou equivalente). Por último, o CITE 8 compreende os programasde Doutoramento (ou equivalente).
Ensino doméstico e Ensino Individual
· No sistema educativo português existem modalidades de ensino que visam assegurar o cumprimento da escolaridade obrigatória, bem como permitir o prosseguimento de estudos a alunos dos ensinos básico e secundário que, por razões de natureza diversa, se encontram impedidos de frequentar uma escola, nomeadamente o ensino doméstico e o ensino individual.
· O ensino doméstico e o ensino individual visam dar resposta às famílias que, por razões de mobilidade profissional ou de natureza estritamente pessoal, pretendem assumir uma maior responsabilidade na educação dos seus filhos ou educandos em idade escolar, optando por ensiná-los fora do contexto escolar.
O ensino doméstico e o ensino individual estão regulamentados pela Portaria n.º 69/2019, de 26 de fevereiro. Este normativo define as regras e os procedimentos relativos à matrícula e frequência, bem como o processo de acompanhamento e a certificação das aprendizagens, tendo em vista o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Educação pré-escolar
· A Educação Pré-escolar destina-se a crianças dos 3 anos até à idade de ingresso na escolaridade obrigatória. 
· A rede nacional de Educação Pré-escolar é constituída pela rede pública e pela rede privada. À rede pública pertencem os estabelecimentos de Educação Pré-escolar tutelados pelo ME e pelo MTSSS.
· Da rede privada fazem parte os estabelecimentos com e sem fins lucrativos – instituições do ensino particular e cooperativo, no primeiro caso e, no segundo, as instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
· A tutela pedagógica é da responsabilidade do ME, competindo-lhe assegurar a qualidade do ensino ministrado nos estabelecimentos da rede nacional de educação pré-escolar.
Objetivos gerais da educação pré-escolar:
· promover o desenvolvimento pessoal e social da criança;
· fomentar a sua inserção em grupos sociais diversos;
· contribuir para a igualdade de oportunidades;
· estimular o desenvolvimento global;
· desenvolver a expressão e a comunicação;
· despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
· proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança;
· proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e incentivar a participação das famílias no processo educativo.
Ensino Básico 
· O Ensino Básico tem a duração de 9 anos e organiza-se em três ciclos sequenciais cabendo a cada um completar e aprofundar o anterior, numa perspetiva de unidade global:
· O 1.º ciclo corresponde aos primeiros 4 anos da escolaridade;
· o 2.º ciclo corresponde aos 2 anos seguintes;
· o 3.º ciclo que tem a duração de 3 anos. 
· Os princípios orientadores da organização e gestão do currículo para o Ensino Básico devem assegurar a todos os cidadãos uma educação de base, geral e comum, através da aquisição de conhecimentos fundamentais e de aptidões que lhes permitam o prosseguimento dos estudos.
· O Ensino Básico inclui, para além do Ensino Básico geral, os Cursos de Ensino Artístico Especializado nas áreas da música e da dança.
· O Ensino Básico pode também ser concluído e certificado através de percursos diferentes adaptados ao perfil e especificidades dos alunos, tais como:
· Curso de Educação e Formação (CEF);
· Percursos Curriculares Alternativos (PCA);
· Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF).
Os CEF são uma oportunidade para a conclusão deste nível de ensino, através de um percurso flexível e ajustado aos interesses de cada um, permitindo o prosseguimento de estudos ou uma entrada qualificada no mundo do trabalho.
Os PCA são uma medida de carácter excecional a aplicar quando os alunos não demonstrem progressos nos resultados escolares, mesmo após a adoção de outras medidas de promoção do sucesso, tendo por objetivo a reorientação do percurso escolar.
Os PIEF promovem o desenvolvimento de competências de cidadania e a realização de atividades de interesse social, comunitário e de solidariedade, assentando numa metodologia de trabalho de carácter prático e diferenciado.
Ensino Secundário 
· O Ensino Secundário tem a duração de três anos. Está organizado segundo formas diferenciadas, consoante se destinem ao prosseguimento de estudos ou à preparação para a vida ativa. A permeabilidade entre as duas vias é assegurada.
· Este nível de ensino e de formação compreende diferentes tipos de cursos (Decreto-Lei nº 139/2012, de 5 de Junho):
Organização e gestão dos Estabelecimentos de Ensino
Decreto-Lei n.º 75/2008 - Diário da República n.º 79/2008, Série I de 2008-04-22
Aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário
· O presente regime jurídico aplica-se aos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, regular e especializado.
· Para os efeitos do presente decreto-lei, consideram-se estabelecimentos públicos os agrupamentos de escolas e as escolas não agrupadas.
Autonomia
1 - A autonomia é a faculdade reconhecida ao agrupamento de escolas ou à escola não agrupada pela lei e pela administração educativa de tomar decisões nos domínios da organização pedagógica, da organização curricular, da gestão dos recursos humanos, da ação social escolar e da gestão estratégica, patrimonial, administrativa e financeira, no quadro das funções, competências e recursos que lhe estão atribuídos.
2 - A extensão da autonomia depende da dimensão e da capacidade do agrupamento de escolas ou escola não agrupada e o seu exercício supõe a prestação de contas, designadamente através dos procedimentos de auto-avaliação e de avaliação externa.
3 - A transferência de competências da administração educativa para as escolas observa os princípios do gradualismo e da sustentabilidade.
Instrumentos de Autonomia 
1 - O projeto educativo, o regulamento interno, os planos anual e plurianual de atividades e o orçamento constituem instrumentos do exercício da autonomia de todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, sendo entendidos para os efeitos do presente decreto-lei como:
a) «Projeto educativo» o documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas ou escola não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa;
b) «Regulamento interno» o documento que define o regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e dos serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos, bem como os direitos e os deveres dos membros da comunidade escolar;
c) «Planos anual e plurianual de atividades» os documentos de planeamento, que definem, em função do projeto educativo, os objetivos, as formas de organização e de programação das atividades e que procedem à identificação dos recursos necessários à sua execução;
d) «Orçamento» o documento em que se preveem, de forma discriminada, as receitas a obter e as despesas a realizar pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
Quem gere e lidera os agrupamentos?
A administração e gestão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas é assegurada por órgãos próprios, aos quais cabe cumprir e fazer cumprir os princípios e objetivos referidos nos artigos 3.º e 4.º do presente decreto-lei.
São órgãos de direção, administração e gestão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas os seguintes:
a) O conselho geral;
b) O diretor;
c) O conselho pedagógico;
d) O conselho administrativo.
· Conselho Geral – é constituído por pessoas da escola e da comunidade. O conselho geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade da escola, assegurando a participação e representação da comunidade educativa, nos termos e para os efeitosdo n.º 4 do artigo 48.º da Lei de Bases do Sistema Educativo. – Escolhem o diretor e reitor da escola, analisa candidaturas, entrevista e depois faz uma eleição (cada um vota). 
· O Diretor - O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas ou escola não agrupada nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial. – Gestor e Líder, Nomeia a sua equipa, e escolhe os coordenadores de departamento.
· Conselho Pedagógico - O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa do agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente. – Integra todos os coordenadores de departamento e todas outras pessoas que representação funções pedagógicas;
· O Conselho Administrativo - O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo- financeira do agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nos termos da legislação em vigor. – Trata dos pagamentos…
Licenciatura em Ciências da Educação e da Formação
Modelos de organização curricular: 
· Modelo baseado nas disciplinas 
· Modelo baseado em núcleos de problemas / temas transdisciplinares
Modelo baseado nas disciplinas: 
· O universo do conhecimento sistematizado constitui a fonte justificativa mais utilizada pelos defensores deste modelo.
· As disciplinas representam a fonte predominante dos conteúdos do currículo e programáticos a defender, o método mais lógico e eficaz para a sua organização e, por isso, também o processo mais eficiente de aprender o conhecimento humano disponível;
· A lógica ou a estrutura de cada disciplina – conjunto de conceitos fundamentais e processos necessários para a compreensão dessa disciplina – determinam a escolha e organização desses conteúdos e métodos de aprendizagem. 
· Devem ser os especialistas disciplinares a estabelecer essa estrutura;
· Esta organização justifica-se, ainda, pela conveniência operacional – com tradição formada – facilitando a concretização prática, designadamente em termos de horários letivos, composição de turmas e sistema tradicional de formação de professores;
-------------------------------SABER vantagens e desvantagens --------------------------------------Objetivos:
São formados no contexto da própria seleção e organização dos conteúdos programáticos a serem objeto de aprendizagem. Grande instrumentalidade dos objetivos face aos conteúdos, pois aqueles são componentes subsidiárias de estes.
Conteúdos:
A sua seleção e organização constitui a tarefa mais importante, determinando a especificação do objetivo de ensino que, dependendo da natureza da disciplina, são predominantemente de natureza cognitiva. Os conteúdos são selecionados por especialistas e lecionados em conformidade com uma sequência previamente estabelecida.
As estratégias de ensino e de aprendizagem: 
São definidas em função da seleção, estrutura e sequência dos conteúdos, visando a presentação destes sob uma forma organizada e coerente, com recurso a métodos e a materiais didáticos específicos de cada disciplina. De salientar a importância dos manuais, cuja estrutura obedece à apresentação lógica e sequencial das matérias de ensino.
Fatores de execução curricular: 
Os planos e programas de ensino dirigem-se a um grupo inteiro de alunos, sendo a individualização conseguida através de diferenças “limitadas” no tempo de aprendizagem, nas estratégias, atividades ou materiais de ensino de que seja possível dispor para atender a ritmos diferentes. O tempo é dividido por blocos, cuja gestão deve ser maximizada pelo professor e pelos alunos. Os espaços de ensino seguem a sequência temporal proposta, prevalecendo a sala de aula ou outros espaços adequados. 
Vantagens: 
Residem nas razões apontadas pelos seus defensores: 
• as disciplinas constituem um processo sistemático e eficiente de transmitir a herança cultural; 
• o modelo permite desenvolver os processos e aptidões intelectuais; 
• os professores são formados neste modelo; 
•A organização escolar facilita o modelo. 
Limitações: 
• É discutível que a organização lógica das disciplinas represente a melhor estrutura para a aprendizagem dos conteúdos; 
•Pode contribuir para a fragmentação dos conhecimentos propostos aos alunos, pondo em risco a relacionação ou a integração dos saberes; 
•Pode contribuir para a especialização do aluno numa determinada matéria, formando-o num estilo de pensamento específico nesse domínio; 
•Pode afastar-se dos problemas sociais e situações reais, dos interesses dos alunos dada a sua orientação “académica” e dificultar o tratamento interdisciplinar dos problemas sociais e reais a resolver; 
•Levanta a questão de saber como integrar novas “disciplinas” num programa já congestionado.
Modelo baseado em núcleos de problemas / temas transdisciplinares.
Características: 
• Representam uma rutura com o currículo estruturado por disciplinas, eliminando as divisões entre as disciplinas e aproximando-se dos problemas atuais e relevantes; 
•A ultrapassagem das barreiras disciplinares, núcleos temáticos ou “áreas-problema” que constituem preocupações sociais ou pessoais e que funcionam como elementos integradores de conteúdos ou conhecimentos; 
•Procuram-se “pontes” entre várias áreas do saber e comparam-se perspetivas e metodologias; 
•Utiliza, frequentemente, “trabalho de grupo” ou “trabalho individualizado”, sendo os temas/problema selecionados previamente e propostos aos alunos, ou pelos alunos; 
•Defende a importância da formação geral, salienta as capacidades de análise, solução de problemas e trabalho de grupo orientado. 
Limitações:
 • Perca de segurança profissional; 
•Escassez de professores formados em moldes diferentes dos tradicionais; 
•Falta de condições para trabalhar de forma cooperativa; 
•Falta de materiais e recursos adaptados aos fins em vista; 
•Organização logística das escolas 
•Dificuldades em oferecer conhecimentos com um mínimo de sistematização, com as consequentes implicações na estrutura da aprendizagem.
Os objetivos educacionais
O que é um objetivo de aprendizagem?
Descrição de um conjunto de metas a atingir, que condicionam: 
• Os métodos de ensino 
• Os recursos de aprendizagem 
• As estratégias de ensino e de aprendizagem 
•Os processos de avaliação que o professor/educador deve assumir num processo de ensino e de aprendizagem
Funções dos objetivos: 
• Clarificação das intenções e procedimentos dos processos de ensino e de aprendizagem;
•Comunicação e entendimento entre os vários intervenientes do processo de ensino;
•Orientação, direcionamento, objetividade do pensamento e da ação dos professores/educadores 
•Orientação dos alunos, direcionando os seus esforços, determinando a sua compreensão, promovendo a sua motivação, facilitando a sua aprendizagem;
• Objetividade e rigor na avaliação, minimizando erros e desvios tradicionais, resultantes da subjetividade do avaliador ou da falta de clarificação das situações a avaliar;
•Rentabilização das sessões de ensino, através da racionalização, operacionalização, eficácia e produtividade das sessões de ensino e de aprendizagem;
Objetivos
· Os objetivos educativos refletem valores ou conceções acerca do que é importante ou desejável que o aluno evidencie; 
Os objetivos podem ser definidos em diferentes níveis: 
- Finalidades - Metas – Objetivos gerais – Objetivos específicos
Finalidades:
· As Finalidades constituem os grandes objetivos, a linha diretriz para a globalidade de um processo ou de um programa de ensino;
P.e. As finalidades da lei de bases do Sistema Educativo;
Metas
· Expressam, de forma precisa, os resultados esperados, isto é o perfil de saída na conclusão de um ciclo ou de um ano de ensino; 
P. e. – As metas educativas definidas pelo ministério para cada um dos anos de escolaridade em cada uma das disciplinas do plano de estudos;
Objetivos gerais
· Representam os resultados finais da aprendizagem, vista em termos de mudança;· Os objetivos gerais podem referir-se a reações mentais e emocionais, bem como a reações físicas. (p.e. a aquisição de novos conhecimentos, o alargar da compreensão; o aperfeiçoamento de uma aptidão física; uma mudança de atitude; um apreço maior por alguma coisa).
 P.e. os objetivos que são estipulados, nos programas, para cada ano de escolaridade;
------------------------Um Objetivo geral tem sempre que gerar objs específicos …----------------
Objetivos específicos 
· São objetivos que especificam, sem qualquer ambiguidade, o comportamento que o formando deve adquirir depois de ter completado uma ou mais atividades de ensino. 
P.e. – definidos pelos professores/educadores relativamente ao que se espera ver alterado no comportamento dos alunos.
A tarefa de enunciar objetivos torna-se mais fácil se tivermos sempre presente que: 
· Estamos a elaborar uma lista de resultados que decorrem de situações de ensino; 
· Não estamos a identificar conteúdos, mas a reação dos alunos perante os conteúdos;
· Não estamos a descrever as experiências de aprendizagem por que os alunos vão passar, mas as suas alterações de comportamento como resultado dessas experiências; 
· Não estamos a descrever o que planeamos fazer (enquanto professores/educadores), mas o que se espera desse processo de ensino. 
O PONTO DE ORIENTAÇÃO É, POIS, O aluno, E O PERFIL DE APTIDÕES QUE TERÁ DE APRESENTAR NO FINAL DE UM CICLO DE ENSINO.
A formulação dos objetivos
· Comportamento esperado (o que o aluno deve ser capaz de fazer?) 
· As condições de realização (em que condições o fará?) 
· Os critérios de êxito (que “qualidade” de desempenho?)
A aplicação dos objetivos 
· DOMÍNIO GOGNITIVO – saber (enunciar, por escrito, os órgãos do sistema digestivo) 
· DOMÍNIO AFETIVO – saber ser, saber estar (colaborar com os colegas em tarefas de trabalho de grupo) 
· DOMÍNIO PSICOMOTOR – saber fazer (desenhar 3 retângulos, que correspondam às medidas dadas, utilizando régua e esquadro.
A Planificação (ou programação)
•Representa o principal instrumento para possibilitar que o projeto geral (o Programa) possa ir descendo, pouco a pouco, à situação concreta, representada por cada escola, situada num determinado contexto sociogeográfico e social, com um determinado corpo docente, com alunos e estruturas particulares; 
•Consiste numa série de operações que os professores, em conjunto ou em grupos de dimensão mais reduzida, levam a efeito para organizar, a nível concreto, a atividade didática e, dessa forma, porem em prática aquelas experiências de aprendizagem que constituirão o currículo efetivamente seguido pelos alunos. 
Tipos de planificação
Plano de longo prazo;
• Considera os grandes blocos temáticos do Programa; 
• Considera os projetos em que a turma está envolvida; 
• Considera o contexto em que a turma/escola está inserida.
Elaboração de um plano de longo prazo: 
• Estabelecimento de objetivos; 
• Definição de objetivos mínimos (ou de competências); 
• Sequência e articulação de conteúdos; 
• Análise de estratégias / atividades a desenvolver; 
• Recursos e limitações; 
• Avaliação das atividades de ensino e de aprendizagem.
Esta primeira abordagem permite ao professor delinear Planos de Médio e de Curto Prazo
ASPETOS QUE CONDICIONAM UMA PLANIFICAÇÃO A MÉDIO E A CURTO PRAZO: 
1. O meio e a escola; 
2. Os professores; 
3. Os alunos; 
4. A turma; 
5. Limitações; 
6. Recursos humanos; 
7. Os alunos como recurso; 
8. Adequação ao aluno; 
9. Avaliação formativa e sumativa.
Características de um “bom plano”
Coerência – 
• Se está integrado no plano curricular geral e a sua concretização contribui para a consecução das metas propostas nesse currículo. 
• A coerência revela-se quando existe uma adequada relação entre objetivos (competências), conteúdos, estratégias e avaliação.
Adequação – 
• Se está alicerçado no conhecimento da realidade (cognitiva, afetiva e social) dos alunos no contexto escola/comunidade, tendo em conta os recursos e as limitações existentes e, ainda, no conhecimento das características do próprio professor como executante;
Flexibilidade – 
• Se permite, de acordo com as necessidades e interesses do momento, fazer reajustamentos e mesmo alterações de fundo, nos elementos previstos.
Continuidade – 
• Se estabelece uma sequência que “amarra” as várias propostas de modo a não permitir a existência de lacunas.
Precisão e Clareza – 
• Se contém indicações objetivas de modo que o plano não seja passível de interpretações várias.
Riqueza – 
• Se oferece uma gama variada e fecunda de propostas.
Conteúdos de Formação
O termo “conteúdo” remete a tudo aquilo que o formando deve aprender no âmbito da formação, e que esteja diretamente relacionado quer com a informação disponibilizada; 
É importante que o formador tenha presente que o “conteúdo” significa muito mais do que simples informações teóricas, mas sim toda a informação necessária para que se atinjam os objetivos propostos para a formação; 
Importa, ainda, ter presente, que existe o designado “currículo oculto” através do qual os formados adquirem “outros” conteúdos que poderão não estar inicialmente previstos.
Métodos de ensino e de aprendizagem
Métodos Ativos 
Métodos em que o Formando é participante ativo no processo de aprendizagem e em que o formador tem, fundamentalmente, um papel de animador e dinamizador. 
− O Formando adquire uma maior autonomia em relação ao formador.
− Motiva o formando para a aprendizagem, relacionando necessidades e interesses com a sua experiência de vida. 
– Maior domínio dos conhecimentos, resultante da participação ativa do formando no seu processo de aprendizagem. 
− Permite aplicar as competências adquiridas no processo de aprendizagem a diferentes contextos, num quadro de transferibilidade.
− Exige uma maior preparação psicológica e técnica do formador. 
− Necessita de mais tempo, no desenvolvimento das tarefas, para atingir os objetos. 
− Exemplos de Técnicas Pedagógicas associadas: Trabalho de Grupo; Simulação; Resolução de Problemas; Estudo de Casos; Brainstorming; Role Playing.
Método Expositivo
-Método em que o professor/ formador desenvolve oralmente um determinado assunto. 
− Permite a existência de um grande número de alunos/ formandos em sala. 
− Pode aplicar-se quando se trata da apresentação de um novo conteúdo, principalmente no domínio do cognitivo. 
− Pode transmitir uma grande quantidade de informação num tempo mínimo. 
− Pouco adequado a públicos heterogéneos.
As sessões nem sempre conseguem motivar os alunos/ formandos e, muitas vezes, não lhes permitem uma participação ativa. A comunicação efetua--se num único sentido. 
− Papel passivo dos alunos/ formandos e grande relevo dado ao professor/ formador. O professor/ formador explica e os alunos/ formandos escutam. 
− Pode não produzir resultados de aprendizagem e não favorecer a transferência desses resultados em novos contextos. 
− Atualmente este método não é aplicado na sua forma pura, mas adota uma exposição dialogada, em que o aluno/ formando participa, comentando, exemplificando e respondendo a questões colocadas pelo professor/ formador. O sucesso do método depende das características pessoais do professor/ formador que o aplica.
O método expositivo é indispensável em qualquer ação de ensino/ formação, devendo, no entanto, ser sempre complementado por outros métodos. 
− Exemplo de Técnica Pedagógica associada: Exposição
Método demonstrativo 
Método em que o professor/ formador ensina alguém a executar uma tarefa, tendo por base uma demonstração.
− Permite a realização do trabalho de grupo e outras atividades interativas. 
− Corretamente conduzido provoca grande motivação nos alunos/ formandos. 
− Adequa-se ao desenvolvimento de aptidões psicomotoras. 
− Permite a individualização da aprendizagem.
- É, sobretudo, adequado a grupos reduzidos. 
− Faz pouco apelo à imaginação e à criatividade, ficando reduzido a atividades ao nível do saber fazer. − Saber centrado no professor/ formador. 
− Exige maior disponibilidade de tempo.
-------------------prof mostra comose faz, interioriza, método utilizado mais prático (ex: ensino profissional)------------------------------------
Método interrogativo 
- Método que consiste na formulação de questões que conduzem o aluno/ formando a encontrar os resultados desejados. 
− Alunos/ formandos e professores/ formadores são participantes ativos. 
− Motiva, desperta interesse para o tema e estimula a aquisição de conhecimentos. 
− Os conhecimentos essenciais podem ser, com facilidade, evidenciados pelo aluno/ formando. 
− Favorece a atividade e cria hábitos de análise crítica.
−Pode ser utilizado num número diversificado de situações de educação/ formação, nomeadamente, quando se pretende verificar conhecimentos adquiridos, promover a descoberta de uma realidade apreendida de forma não estruturada ou desenvolver capacidades de iniciativa e autonomia. 
− O raciocínio é orientado pelo professor/ formador. 
− Exige do professor/ formador mais trabalho de preparação e mais conhecimentos. É este quem formula as questões e orienta as respostas. 
− Necessita de mais tempo, no desenvolvimento das tarefas, para atingir os objetos. 
Exemplo de Técnica Pedagógica associada: Formulação de perguntas.

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