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TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE COLETA DE SANGUE VENOSO SUMÁRIO INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE ANTISSEPSIA DO LOCAL DA PUNÇÃO CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO OU COM SERINGA E AGULHA COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO COLETA DE SANGUE POR SERINGA E AGULHA COMO REALIZAR A COLETA DE SANGUE VENOPUNÇÃO LOCAIS DE ESCOLHA PARA VENOPUNÇÃO COLETA DE SANGUE EM CRIANÇAS E BEBÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A HEMÓLISE DESCARTE O MATERIAL DE FORMA ADEQUADA EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA 03. 05. 08. 10. 11. 12. 13. 15. 17. 19. 23. 26. 28. A coleta de sangue é um procedimento que exige concentração e prática dos profissionais de saúde. Realizada em consultórios, laboratórios e hospitais de todo o mundo, a coleta de sangue é essencial para alguns diagnósticos importantes, como o da Diabetes, infecções ou problemas cardíacos, por exemplo. Por esse motivo, é preciso ter cuidado na hora de realizar o procedimento conhecido também como flebotomia. Lembre-se que a maneira como a triagem é realizada pode afetar a qualidade da amostra, ocasionar lesões nos pacientes, erros de laboratório e levar, até mesmo, a óbito. INTRODUÇÃO 03 O manuseio dos equipamentos perfurocortantes e a falta de assepsia ideal podem ainda contaminar o sangue coletado e ocasionar falsos resultados, que podem induzir o paciente a ser medicado de forma errada e sofrer alguma complicação em seu quadro clínico. Para diminuir esses riscos, a Occupational Safety and Administration (OSHA) estabelece modelos que classificaram o sangue como material potencialmente infeccioso e este ebook tem como objetivo elucidar a maneira correta de se realizar a flebotomia, evitando danos ao profissional da saúde e aos pacientes. De acordo com dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, mais de 723 mil acidentes ocupacionais são registrados no Brasil no setor da saúde, a área hospitalar é a que apresenta maior índice de profissionais lesados (8%). 04 05 IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE 06 A primeira coisa a ser feita pelo profissional que coletar o sangue é identificar corretamente cada paciente e os tubos de amostra específicos para cada procedimento. É importante que as pessoas sejam recepcionadas de maneira cortês ainda quando estão se encaminhando para a sala de coleta, já que os pacientes precisam se sentir seguros e confortáveis na hora do exame. Vale lembrar que, de maneira clássica, variações cronobiológica como gênero, idade, atividade física, jejum, dieta e o uso de remédios são condições pré-analíticas. Essa, por sua vez, diz respeito processo de execução que contém o pedido de exames, a coleta e o encaminhamento, transporte ao laboratório e conferência para o envio à área técnica. Lembrando que fase pré-analítica é responsável por cerca de 70% do total de erros ocorridos nos laboratórios, a Sol-Millennium indica para saber mais o Manual da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica: ACESSAR O MANUAL https://pt.scribd.com/document/55446413/Manual-de-Coleta-SBPC?utm_source=ebook&utm_campaign=sol-millennium A identificação deve ser confirmada com duas perguntas básicas, nome completo e data de nascimento, que podem estar na ficha de abertura (no caso dos laboratórios) ou na pulseira de identificação (no caso das internações). Explique ao paciente o procedimento e o tranquilize caso perceba que ele está um pouco alterado ou com medo. Isso facilitará a coleta e também deixará a pessoa mais tranquila para realizar a flebotomia. 07 08 ANTISSEPSIA DO LOCAL DA PUNÇÃO A assepsia correta garante segurança aos profissionais de saúde e também ao paciente, além de evitar a contaminação da amostra. O ideal é que o profissional lave bem as mãos antes e depois do procedimento, depois vista as luvas não estéreis que devem ser perfeitamente ajustadas ao tamanho das mãos. Feito isso, é hora de realizar a assepsia da região da qual o sangue será coletado, com álcool isopropílico a 70% deixando que a área seque por pelo menos 30 segundos antes de iniciar o procedimento. Nunca se deve “procurar” a veia do paciente com o dedo sem assepsia ou realizar a assepsia do local e não a das mãos. 09 1 2 3 10 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO OU COM SERINGA E AGULHA A Cruz Vermelha Americana realizou, em 1943, uma solicitação à uma empresa de materiais hospitalares um jogo estéril e descartável de coleta de sangue para os campos de guerra. O dispositivo criado permitia a aspiração do sangue diretamente da veia, através de vácuo. COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO Atualmente, a CLSI recomenda a coleta de sangue a vácuo na coleta de sangue venoso por uma série de vantagens: Facilidade de manuseio; Coleta precisa do volume de sangue colhido; Quantidade ideal de ativador de coágulos proporcional ao volume de sangue coletado; Conforto do paciente: já que é possível coletar vários tubos em uma única punção; Facilidade na coleta de pacientes com acessos venoso difíceis; Garantia na qualidade do exame; Segurança do profissional e paciente. 11 COLETA DE SANGUE COM SERINGA E AGULHA A CLSI não recomenda a venopunção feita com seringa e agulha, mas caso haja a necessidade, é preciso que um dispositivo de transferência seja usado. Trata-se de um adaptador de coleta a vácuo, que elimina a necessidade de manuseio do material coletado. 12 13 COMO REALIZAR A COLETA DE SANGUE VENOSO Pergunte ao paciente se ele possui alguma fobia ou medo e se já desmaiou depois de uma coleta de sangue. Como já orientamos, se precisar, acalme o paciente e explique como a flebotomia será realizada. Coloque o paciente na posição supina sempre que possível ou o coloque sentado com as costas apoiadas no encosto e os pés juntos no chão. Peça que ele mantenha o braço esticado sobre o apoio e que o mantenha relaxado. Encontre uma veia clara, reta e visível para o exame. Lembre-se de nunca inserir a agulha em locais nos quais as veias se separam, já que as chances de provocar um hematoma são maiores, assim como evite a veia basílica . Antes de colocar o garrote, aloque uma folha de papel sob braço do paciente e só depois use o equipamento em uma distância de 4 dedos da venopuntura. A seguir é necessário que se localize a veia novamente. 14 VENOPUNÇÃO Para a venopuntura é necessário que a veia seja fixada segurando o braço do paciente e utilizando o polegar bem abaixo do local da punção, isso ajudará na hora do procedimento. Peça também que ele mantenha a mão fechada para que as veias fiquem evidenciadas e você consiga realizar a punção de forma correta. A agulha deve ser inserida em um ângulo de 30º até que a coleta possa ser feita. Depois, basta seguir coletando o material suficiente para todas as amostras ou tubos já separados. Oriente o paciente a abrir a mão, assim que o sangue começar a ser coletado, pois isso o ajudará a relaxar e melhorará o fluxo sanguíneo. 15 Sempre que retirar um tubo, insira outro e volte a pegar o tubo para realizar a homogeneização do sangue com aditivos fazendo movimentos lentos de um lado para o outro, o número de vezes necessárias e a amostra possa assim ser enviado para análise. Lembre-se que antes de retirar a agulha, é preciso que se use uma mão para retirar o garrote, que também deve ser afrouxado assim que tiver início o fluxo de sangue. Feito isso, retire a agulha de forma delicada, sem a pressionar e comprima o local com algodão seco ou gaze por pelo menos 3 minutos antes de colocar o curativo específico. Oriente o paciente a manter o braço estendido pelos próximos minutos e peça que ele evite pegar peso ou praticar atividade física pela próxima hora, assim as chances de criar um hematoma são menores. 16 LOCAIS DE ESCOLHA PARA VENOPUNÇÃO A escolha do local onde a punção será realizada parte essencial para o diagnóstico assertivo. Olocal mais indicado é a fossa antecubital, localizado na parte anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo. Nesse local existem dois tipos comuns de distribuição venosa, o formato H e o que se assemelha muito a um M. O mais comum pe que o padrão H seja o utilizado na hora da coleta. A punção também pode ser realizada na veia do membro superior, como as veias cubital mediana e cefálica. 17 Veia Cefálica Veia Cubital medial Veia basílica Veia medial do antebraço Veia cefálicas acessórias Veia radial Quando a região não pode ser acessada, as veias do dorso das mãos também podem ser utilizadas, com ressalva da parte inferior do punho por conta da proximidade de nervos e tendões. Na região, o mais indicado é o arco venoso dorsal ou a veia dorsal do metacarpo. Locais alternativos (extremidades inferiores e tornozelos) só devem ser utilizados com a permissão do médico já que o risco de complicações como necrose tissular e tromboses nessas áreas são maiores. Veias Metacarplanas dorsais Veias cefálica Veias Basílica 18 19 COLETA DE SANGUE EM CRIANÇAS E BEBÊS A coleta de crianças e bebês costuma ser um pouco complicada. Isso porque é comum que eles se debatam ou que chorem bastante durante o procedimento. Por esse motivo, o primeiro passo para um bom procedimento é orientar bem o acompanhante e ganhar a confiança da criança. O paciente deve ser, preferencialmente, colocado em posição dorsal e um outro profissional deve acompanhar a flebotomia para auxiliar, estando sempre na cabeceira da maca ou cama do mesmo lado de quem coletará o sangue, segurando com uma mão o pulso e com a outra mão, a área próxima ao garrote, o que impedirá que a criança se mova e se machuque, assim como garante a segurança dos profissionais envolvidos. O antebraço pode ser apoiado no peito ou ombro do paciente, mas com uma leve pressão para não o assustar. 20 A venopunção deve ser realizada da mesma maneira que a explicada anteriormente em adultos, com o cuidado de não deixar com que ele assista ao procedimento. Peça ao acompanhante que o distraia enquanto o sangue é coletado. Para crianças maiores, a flebotomia pode ser realizada com o paciente sentado, da mesma maneira que os adultos, tomando apenas o cuidado de mantê-las seguras e calmas. Se necessário, coloque a criança sentada no colo de seu acompanhante de lado. Um dos braços do paciente deve “abraçar” a pessoa que está com ela e o outro ficará livre para a coleta. Nesses casos, o enfermeiro que auxiliar a punção deve ficar ao lado do coletor e manter a posição de uma mão segurando próximo ao garrote a outra ao pulso. O coletor se posicionará de frente para o paciente e realizará a coleta assim como já especificamos no tópico anterior. Lembre-se apenas de orientar que o acompanhante segure o rosto da criança com uma das mãos e a mantenha entretida. 21 Outra maneira de realizar o exame é colocando a criança sentada de frente no colo do acompanhante de maneira que seus braços e pernas o abraçem, mantendo sua cabeça sobre o peito. Um dos braços da criança será usado para a flebotomia, que deverá se manter estendido em direção ao profissional que fará a coleta de sangue. O auxiliar deve ficar ao lado desse profissional e segurar o braço da criança da mesma maneira que já foi citada acima, assim como a coleta deverá ser realizada. É normal que as crianças se sintam mais seguras nessa posição, em especial as de colo, já que a ligação com o acompanhante as mantém mais calmas e relaxadas e evita que fiquem muito agitadas. 22 23 INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE HEMÓLISE Hemólise é a liberação dos constituintes intracelulares para o soro ou plasma, sempre que há a ruptura das células sanguíneas. Reconhecida pela cor avermelhada do soro ou plasma após a sedimentação ou centrifugação, ela pode interferir nos resultados analíticos e por isso é necessária atenção redobrada após a retirada do tubo de coleta. O recomendado é que adote boas práticas de pré-coleta para a prevenção da hemólise como: 24 Deixe o álcool secar antes de inserir a agulha; Não realize a coleta de sangue venoso de áreas que apresentem hematomas; Evite agulhas de calibre menor; Sempre puncione a veia com o bisel para cima; Colete apenas o volume necessário de sangue; Descarte a agulha e passe o sangue de maneira cuidadosa pela parede tubular, em coletas com agulha e seringa; Verifique se a seringa está adaptada a agulha usada na coleta; Nunca puxe o êmbolo da segurança com força excessiva; Não espete a tampa de borracha do tubo com as agulhas. Práticas pós-coleta também devem ser adotadas para evitar a hemólise: 25 Não chacoalhe o tubo, faça inversão de 5 a 10 vezes (dependerá do fabricante); Nunca deixe o sangue diretamente em contato com o gelo; Transporte o material coletado de acordo com as determinações da Vigilância Sanitária; Não deixe o sangue venoso refrigerado por muito tempo; Use sempre que possível tubo primário; Nunca realize centrifugação antes da retração completa do coágulo. Respeite o tempo de espera (de 30 minutos a duas horas); Não realize interrupções bruscas da centrifugação. 26 DESCARTE O MATERIAL DE FORMA ADEQUADA Depois que a agulha é retirada da veia do paciente, é necessário que o objeto seja descartado em um recipiente específico para perfurocortantes. Verifique que todas as amostras estão com o nome completo, data de nascimento, número do protocolo de inscrição, hora e dia da coleta visíveis. Os demais objetos usados devem ser descartados de maneira correta. As mãos devem ser novamente higienizadas, o paciente orientado sobre o fim da flebotomia, perguntando se ele se sente bem e o orientando a se alimentar de maneira leve. Feito isso, é hora das amostras serem enviadas para análise. 27 28 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA Além de luvas e material suficiente para realizar as coletas, a OMS ainda vê como boas práticas o uso de seringas que possuam dispositivos de segurança, evitando assim as chances de acidentes ocupacionais e a contaminação dos profissionais de saúde com o material coletado, além de garantir a segurança dos pacientes. Agora que você já sabe como realizar a coleta de sangue com cuidado e segurança. A Sol Millennium conta com uma linha completa de perfurocortantes com sistema de segurança. Conheça nossos produtos e garanta a segurança de sua equipe e pacientes. ACESSE O SITE http://sa.sol-m.com/?utm_source=ebook&utm_campaign=coleta-sangue-venoso E-book desenvolvido por:
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