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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO DA... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE... ESTADO DO…. (pule 5 linhas) A empresa SOLT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXXX.XXXX, com endereço eletrônico xxxxxx, e com sede na xxxxxxx, nº xxx, município X, estado XX, vem por intermédio de seu advogado abaixo assinado, procuração em anexo, com endereço e qualificações para fins dos artigos 19, 20, 77, V e 105 parágrafo 2º do CPC, respeitosamente a vossa excelência ajuizar a presente ação AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA Em face do ESTADO XXXXXX, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº XXXX, com sede na rua xxxx, nº xxx, endereço eletrônico xxxxxxxx, pelos motivos de fato e direito aduzidos abaixo I – DOS FATOS Nesse sentido, a Solt empresa recolheu pontualmente, por 4 (quatro) meses consecutivos, PIS e COFINS, porém, com os códigos de receita invertidos. Por tal motivo, a empresa foi notificada da lavratura de auto de infração relativo à falta de recolhimento integral da COFINS. A impugnação ao auto de infração foi protocolada extemporaneamente, resultando na inscrição do débito em dívida ativa e intimação da empresa para imediato pagamento do débito, sob pena de exclusão do REFIS. Por todo o exposto, o autor busca a tutela jurisdicional para ver resguardados os seus direitos. II – DO DIREITO Em primeiro óbice, pontua-se que os atos da autora não infligiram qualquer prejuízo à Administração Tributária, atendendo ao escopo de realizar o recolhimento das parcelas mensais do REFIS e o pagamento regular dos demais tributos em dia. Assim, não há o que se falar em dívida ativa da empresa, pois não há prova cabal que ateste prova efetiva de dolo e de dano ao erário. Cumpre mencionar que dano não se presume e esse tem sido o entendimento pacífico na jurisprudência. Ademais, a doutrina também mantém essa mesma linha de raciocínio, senão vejamos: “o dolo não se presume: na dúvida, prefere-se a exegese que o exclui. Todas as presunções militam a favor de uma conduta honesta e justa” (MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 20 ed.) Acrescenta-se, ainda, mais uma importante lição doutrinária sobre o tema: “A reparação do dano é obrigatória quando se trata de improbidade administrativa lesiva ao erário (art. 10) e condicional à efetiva comprovação da ocorrência de prejuízo patrimonial na hipótese de Enriquecimento ilícito (art. 9)”. A parte autora cumpriu integralmente com suas obrigações, não sendo cabível, portanto, o disposto no artigo 10 da lei de improbidade administrativa. Isto esclarecido, sem prova de que houve efetivo dano, não há como aceitar a inscrição do débito em dívida ativa e intimação da empresa para imediato pagamento do débito, sob pena de exclusão do REFIS. III – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA Ainda, requer o autor, que seja deferida tutela provisória de urgência, com natureza de tutela antecipada, uma vez presentes os requisitos legais necessários, nos termos dos artigos 294 a 302 do CPC. IV - DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE A presente ação é cabível, pois houve lançamento e já se passaram mais de 120 dias do ato (art. 38 da Lei 6.830/1980), sendo tempestiva por ter sido apresentada em 5 anos. V – DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que seja: 1. Requer a citação do réu para que ingresse no feito; 1. Requer a permissão para produção de provas úteis ao deslinde da causa; 1. Requer a condenação do réu ao pagamento das verbas sucumbenciais, incluindo as custas processuais e honorários advocatícios; 1. Reafirma pedido de concessão de tutela provisória, sua manifestação até o final do processo e concessão em definitiva na sentença de procedência; 1. Requer que julgue procedente a ação para fins de anular o crédito tributário e reincluir a empresa no REFIS. Dá-se a causa o valor de R$ ........ Nestes termos, pede deferimento. Local / Data Advogado / OAB
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