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Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 Arritmia supraventricular caracterizada por atividade atrial de: o Baixa amplitude; o Oscilatória; o Ritmo irregularmente irregular; Substituição das ondas P por oscilações rápidas ou ondas fibrilatórias (variam de tamanho, forma e frequência); Resposta ventricular rápida e irregular; Condução AV intacta; Ativação atrial não-coordenada provoca deterioração da função mecânica do átrio. FC: 90-170bpm; Flutter atrial: arritmia caracterizada por taquicardia ventricular rápida com frequência acima de 220 bpm; o ECG apresenta uma onda sinuosa sem evidência clara de onda R ou T; complexos QRS são alargados, de morfologia uniforme e a atividade atrial dificilmente é visualizada; Atividade organizada em V1 por mimetizar flutter; Ondas não continuas: doença atrial; fibrose Mais comum em idosos (>65 anos); tanto em homens quanto em mulheres; Incidência de FA aumenta com a idade; Doenças que aumentam predisposição de FA: doença valvar, obesidade, diabetes, doença renal crônica, hipertensão, AOS, tabagismo, alcoolismo; Riscos associados: morte (2x); insuficiência cardíaca (3x); AVC (5x); Associada com diminuição de sobrevida; Taquiarritmia supraventricular mais comum; Fibrilação atrial (FA) é uma arritmia supraventricular ➝ desorganização na atividade elétrica atrial inibe o nó sinusal (NSA) e faz com que não ocorra a sístole atrial; ECG: o Onda P: reflete a despolarização atrial; na FA é substituída por um tremor de alta frequência na linha de base, que varia em sua forma e amplitude; o Complexo QRS: se apresenta em uma frequência rápida e irregular (RR irregular); o Irregularidade do intervalo R-R; o Ausência de onda P ou qualquer atividade elétrica atrial regular; o QRS estreito (idêntico ao QRS do ritmo sinusal), a não ser em caso de bloqueio de ramo associado. FA só ocorre na vigência de um nó atrioventricular (NAV) íntegro, que mantém a sua característica de proteger os ventrículos de frequências atriais muito elevadas; ↑ idade ↑ prevalência; Associada a doenças estruturais cardíacas; Arritmia: qualquer mudança na sequência normal de impulsos elétricos cardíacos; Despolarização atrial: o 400 a 700 x/min → maneira descoordenada → não há sístole adequada; o Perda da contração atrial (queda de 20% do débito cardíaco); o Átrio não contrai → Formação de trombos atriais → AVC e embolia sistêmica; Fatores de risco: idade (média de 75 anos p/ homens); álcool; peso elevado; apneia do sono; AVC: 7x maior na população com FA; Pacientes portadores de FA: de 10 a 40% tiveram que ser hospitalizados pelo menos 1x/ano; Declínio cognitivo e demência estão fortemente associados com FA; Paroxística: < 7 dias; termina espontaneamente, sem ação de fármacos ou necessidade de cardioversão (CV) elétrica; Persistente: > 7 dias; se instala e não se interrompe, a menos que seja realizada CV elétrica ou com fármacos; Persistente de longa duração: >1 ano; Permanente: tentativas de reversão falharam ou quando se fez a opção por não tentar a reversão; Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 o Vai fazer cardioversão? É PERSISTENTE!!! o Se após a cardioversão permanecer fibrilando ➝ reclassifica como permanente; Geralmente paroxística → persistente → permanente; Classificação etiológica: o Valvular: reumática → principal causa de estenose mitral; o Não valvular: cicatriz, dilatação, hipertrofia ventricular (causa aumento das pressões no átrio esquerdo), isquemia, etc; o Isolada: vagal, adrenérgica. Até 48 horas do início de um episódio de FA: risco de tromboembolismo relacionado à reversão é significativamente menor do que após 48 horas de seu início; Mecanismo de início clássico: batimento sinusal, atividade arterial, onda P; Extrassístole supraventricular: ritmo irregular; o Batimento ventricular prematuro (precoce) em relação ao ciclo básico; o QRS e anda T são geralmente alargados e tem polaridades opostas entre si; 90% dos episódios de FA iniciam de ectopias autônomas de veias pulmonares ➝ junção venoatrial ➝ gera disruptura do ritmo normal do coração; Áreas verdes: fibrose ➝ quando a fibrose é muito intensa, é difícil conter a FA; Múltiplas reentradas intra−atriais: determinadas pelo comprimento de onda (determinado pelo produto do período refratário e da velocidade de condução); o Fatores predisponentes: Tamanho dos átrios: quanto maior for o átrio, mais fibrose terá no interstício e ocorrerá maior desconexão elétrica entre os miócitos atriais ➝ insuficiência cardíaca; Remodelação atrial: quanto mais episódios de FA, mas os cardiomiócitos vão reduzindo seus períodos refratários (pela inativação de canais de cálcio) e o paciente será ‘levado’ a uma FA persistente; Mecanismo focal: focos ectópicos são cruciais para o início e manutenção da FA em um grupo de pacientes; entretanto, o mecanismo desses focos não é conhecido; o Pode estar relacionado com a reentrada anatômica, funcional ou atividade deflagrada; SNA participa da deflagração e manutenção da FA, através da ativação colinérgica, que diminui os períodos refratários atriais ou da ativação simpática, que possivelmente estimula focos ectópicos atriais; Processos inflamatórios cardíacos (pericardite, miocardite e pós-operatório) cursam com FA em parte dos casos, sugerindo que a inflamação também pode estar relacionada com o início ou manutenção da FA; Polimorfismos genéticos no sistema reninaangiotensina-aldosterona (SRAA) causam remodelação atrial (favorece à FA); Sintomática ou assintomática (FA permanente); Principais sinais e sintomas: sensação de palpitações, dor torácica, dispneia, fadiga, tontura ou síncope, poliúria no início ou término dos episódios; Episódios prolongados de FA ➝ taquicardiomiopatia; Síncope geralmente ocorre após CV da arritmia; Escore EHRA: classificação relacionada à sintomatologia; o I: ausência de sintomas; o IIa: sintomas leves: não afetam atividades diárias; o IIb: sintomas moderados: não afetam atividades diárias, mas incomodam; o III: sintomas severos; o IV: impedem atividades diárias; Ritmo cardíaco irregular; Frequência cardíaca variável; Déficit de pulso dependente da FC ➝ frequência rápida gera batimentos com pequeno volume ejetado, que geram onda de pulso mais débil, enquanto outros batimentos geram pulsos mais detectáveis no exame físico ➝ a FC pode, portanto, ser “menor” que o normal, porque algumas das Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 ondas ventriculares geradas não são detectadas por serem muito débeis; ECG: o Monitorização prolongada 24h (Holter)/7d/30d → para pacientes que estão, atualmente, em ritmo sinusal, porém com forte suspeita clínica de fibrilação atrial; o Monitores implantados; o Pacientes com AVC isquêmico, suspeita de cardioembolismo → dificilmente a repetição única e simples de ECG vai detectar fibrilação atrial; Avaliação clínica: o Raio-X de tórax; o ECG: avaliar função ventricular, tamanho do átrio, presença de valvulopatias (principal: estenose mitral → FA por dilatação do átrio); o Função tireoidiana e função renal. Diagnóstico eletrocardiográfico: ausência de onda P; espaços R-R variáveis; QRS normal → pode ter alargamento de QRS por outros motivos; FA clínica: indivíduo sintomático/assintomático com ECG com FA; FA subclínica: traçado atrial < 30 segundos (arritmia); Ritmos atriais de alta frequência (AHRE): registrado por monitores como marcapasso, não é pelo ECG; Riscos da anticoagulação devem ser previstos através dos escores CHADS2 e CHA2DS2-VASc; Critérios CHA2DS2-VASc: NÃO soma os dois critérios de idade, ou um ou outro; Pacientes com 0 ponto ➝baixo risco de eventos tromboembólicos; não necessitam receber medicações antitrombóticas; Pacientes com 1 ponto (no CHADS2) ➝ moderado risco; podem ser tanto anticoagulados com varfarina ou antiagregados com ácido acetilsalicílico (AAS); considerar o escore CHA2DS2VASc nesses casos; CHADS2 ≥ 2 ➝ anticoagulação oral; 2 ou mais pontos pelo escore CHA2DS2VASc ➝ alto risco; devem ser anticoagulados, exceto se houver alguma contraindicação; Terapia antitrombótica é parte importante do tratamento de pacientes com FA crônica, mesmo que haja um risco para sangramentos (pacientes idosos) ➝ a proteção conferida pelo tratamento supera o risco; Anticoagulação deve ser mantida até mesmo quando o controle do ritmo parece ter sido alcançado; Mnemônico CC To ABC; C: confirmar a presença de FA → presença de ECG com 12 derivações; traçado >30 seg; ausência de ondas P; intervalos RR irregulares; C: caracterizar a FA – 4S o S: Stroke AVC (risvo de AVC); o Severidade dos sintomas; CATEGORIA DE RISCO TERAPIA Sem fatores de risco Aspirina 81 a 325 mg 1 fator de risco moderado Aspirina 81ª 325 mg ou warfarina (RNI 2,0-3,0) Qualquer fator de risco elevado ou + de 1 fator de risco moderado Warfarina (RNI 2,0- 3,0) Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 o Severidade do burden – recorrência; o Substrato da severidade – fatores que podem criar ou perpetuar a FA – história do paciente; T: Tratar FA (ABC) o A: anticoagulação/evitar o AVC o B: Melhorar os sintomas do indivíduo o C: Comorbidades/ fatores de risco cardiovascular Controle da frequência cardíaca ➝ objetiva melhorar sintomas e evitar, retardar ou reverter a disfunção ventricular esquerda; Pacientes instáveis (dispneia, dor torácica, hipotensão, rebaixamento do nível de consciência e síncope) ➝ realizar cardioversão elétrica; Pacientes com história de FA < 48h: monitorizar aguardando reversão espontânea, avaliando a necessidade de reversão química ou elétrica; Pacientes com história de FA < 48h ou tempo indeterminado: iniciar anticoagulação imediatamente na emergência (heparina IV ou SC), associada a anticoagulante oral, controlar a resposta ventricular e discutir a indicação de CV; Pacientes com FA de duração ≥ 48 h ou de tempo indeterminado: iniciar anticoagulação imediatamente; Pacientes sintomáticos com alta resposta ventricular durante FA: tratar prontamente e, em caso de repercussão hemodinâmica, indicar CV elétrica imediata ou uso de drogas intravenosas que diminuam rapidamente a frequência ventricular, como β-bloqueadores ou antagonistas dos canais de cálcio e, eventualmente, digitálicos; Terapias invasivas: técnicas de ablação ➝ objetiva o isolamento elétrico das veias pulmonares Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 em relação ao átrio esquerdo, eliminação de potenciais fragmentados, ninhos de FA ou ablação de gânglios parassimpáticos. ABC: Anticoagulação ➝ melhorar sintomas ➝ comorbidade Anticoagulação - Recomendações: Para prevenção de AVC em paciente elegíveis, novos anticoagulantes (NOACs) são preferência em relação aos antagonistas da vit. K (AVKs) ➝ exceto válvula cardíaca mecânica ou estenose mitral moderada a grave; Anticoagulação oral é recomendada: prevenção de AVC em CHA2DS2-VASc > 2 em homens ou > 3 em mulheres; Anticoagulação oral considerada em: CHA2DS2- VASc de 1 em homens ou 2 em mulheres; Anticoagulantes orais diretos (DOACs) ➝ mais confiável que varfarina; o Embolismo – ajuda na dor; o Diminui sangramento intracraniano; o Aumenta sangramento de TGI; Medo de sangramento? Não anticoagula; Estudo Averroe: apixabana foi superior ao AAS na redução do risco de AVC ou embolia sistêmica; o Risco de sangramento é o mesmo entre AAS e apixabana Stroke risk (risco de sangramento): HAS-BLED: ajuda a entender o que pode ser mudado na conduta: o H: HAS descontrolada (PAS >160mmHg); o A: Função renal anormal (Cr > 2,2 mg/dL); o S: Stroke; o B: bleeding; o L: Labile INR ( <60% TTR) – uso Warfarin o E: elderly >65 anos; o D: Drugs/álcool; Sintomas: Controle da FC: β-bloqueador; Controle de ritmo sinusal: o Farmacologia: propafenona (1ª classe de antiarrítmicos), soltalol, amiodarona (melhor, porém, efeitos colaterais – problemas de tireóide, fibrose pulmonar, etotoxicidade); o Paciente jovem: amiodarona é PÉSSIMA escolha; o Paciente com átrio normal: estratégia da ablação o Quanto mais cedo for feito o controle do ritmo, melhor!!! Diminui chance de morte cardiovascular, AVC e hospitalização por piora da IC ou SCA; o Quando manter o ritmo sinusal? Pacientes que já tem insuficiência cardíaca de base; C: comorbidades Álcool em excesso: 8 doses semanais; Mudança no estilo de vida (redução da obesidade, exercício regular, redução do consumo de álcool, etc); RR irregular Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109 ECG normal Fribrilação atrial: linha de base irregular onde as ondas P normais são substituídas por uma pequena deflexão rapidamente trêmula de amplitude variável (ondas f – destacadas em vermelho). Uma frequência ventricular irregularmente irregular demonstrando complexo QRS estreitos é estabelecida entre 100-160 bpm. Ana Luiza Spiassi Sampaio Turma 109
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