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RIO SÃO FRANCISCO

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TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO 
FRANCISCO 
PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO COM BACIAS 
HIDROGRÁFICAS DO NORDESTE SETENTRIONAL 
Nome | Disciplina | Data
 
 
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HISTÓRIA 
Também conhecido como Velho Chico pelos moradores nordestinos, foi 
iniciada no segundo mandato do governo do ex-presidente Lula em 2017, 
ultrapassando quatro presidentes distintos (ex-presidente Lula, ex-presidente 
Dilma Rousseff, ex-presidente Michel Temer e atual presidente Bolsonaro). 
Nos anos 1700, a ausência de chuvas em regiões do Maranhão, Ceará e Rio 
Grande do Norte, consequentemente, provocou a morte de milhares de rebanhos, 
homens, mulheres e crianças. Acrescentando o aumento da fome, sede e 
aparecimento de doenças que espalhou rapidamente pela ocorrência dos efeitos 
catastróficos. Por volta de 800 mil habitantes morreram, havendo crescimento na 
taxa de mortalidade no solo cearense. 
A migração nordestina é fator primordial para decorrência econômica social 
natural. Sendo assim, o livro “A Fome" do escritor Rodolfo Teófilo, retrata os 
horrores das secas e migrações cearenses no final do século XIX entre os anos 
1877-1879, caracterizado por apresentar o gênero naturalismo, especialmente, sua 
temática está baseado em uma história trágica e cruel. 
Em 1818, a primeira proposta relacionada sobre a obra foi mencionada pelo 
ouvidor José Raimundo dos Passos Barbosa no século XIX, tratando-se de uma 
abertura de um canal que levasse água do rio São Francisco ao rio Jaguaribe. Anos 
mais tarde, o imperador Dom Pedro II defendeu que a solução para combater as 
secas na região Nordeste era elaboração do Projeto de Transposição do rio São 
Francisco, além de ser o responsável em disser a celebre frase: ‘‘Não restará uma 
única joia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome’’, após o período 
da Grande Seca de 1877. 
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Os retirantes 
Cândido 
Portinari 
(1944) 
 
 
IMPORTÂNCIA HISTÓRICA 
Na história do Brasil, o navegador Américo Vespúcio deparou-se com a foz 
do rio brasileiro e nomeou em homenagem ao São Francisco de Assis, padroeiro 
da causa ambiental, no dia 4 de outubro de 1501. 
Durante o Período Colonial, as margens do rio São Francisco foi primordial 
no processo de colonização do território nordestino, servindo como guia para 
exploradores, criação de gado, realização de atividades econômicas secundárias e 
surgimento de comunidades ribeirinhas, transporte de alimentos e mineiros, em 
consequência, recebe o nome de “Rio dos Currais". 
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CARACTERISTICAS 
Localizado na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, corresponde a 8% 
do território total do Brasil. Com uma extensão 2.700 km e uma área de drenagem, 
estimada em 639.217 km². 
Figura 1 – Localização geográfica da Bacia Hidrográfica do Rio São 
Francisco no território brasileiro. 
 
Fonte: GEOMAPAS 
É considerado um rio perene, possuindo um “fluxo normalmente contente 
e estável ao longo de todo o ano". Simplificando, a bacia hidrográfica do rio São 
Francisco é formada por 168 afluentes, sendo 99 rios perenes. Com base nisso, a 
sua preservação ambiental tem uma extrema importância na sobrevivência de 
milhares de pessoas, evitando que prevaleça apenas os 69 rios intermediários, são 
aqueles que secam em período de estiagem, fornecendo água apenas em épocas 
de chuva. 
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Principais afluentes do Rio São Francisco 
Rio Abaeté 
Rio Carinhanha 
Rio Corrente 
Rio das Velhas 
Rio Grande 
Rio Indaiá 
Rio Ipanema 
Rio Jacaré 
Rio Jequitibá 
Rio Moxotó 
Rio Pará 
Rio Paracatu 
Rio Paramirim 
Rio Paraopeba 
Rio Pajeú 
Rio Preto 
Rio Santo Onofre 
Rio Salitre 
Rio Urucuia 
Rio Verde Pequeno 
Rio Verde Grande 
 
 
Figura 2 – Sub-bacias hidrográficas 
 
Fonte: Google 
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Recebeu o nome de “Rio de Integração Nacional ”, pois conectar a região 
Nordeste com a Sudeste, ocorrendo a troca de mercadorias, irrigação da produção 
agrícola da fruticultura, de energia em usinas hidrelétricas são os seus principais 
benefícios, ou seja, além do abastecimento de água, apresenta um valor imenso na 
cultura, na sociedade e na economia. 
Formado pelo estados de Minas Gerais, Alagoas, Bahia, Goiás, Sergipe, 
Distrito Federal e Pernambuco nos 507 municípios. 
 
Figura 3 – Municípios banhados 
 
Fonte: Jornal de Hoje 
 
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Até 2002 , era de conhecimento geral que o rio São Francisco estava situado 
no alto do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, no município 
de São Roque de Minas, região denominada berço de grandes rios. Entretanto, por 
meio de estudos desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales 
do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), descobriu-se que a nascente do Rio 
São Francisco é o Rio Samburá, localizado no município de Medeiros, também 
em Minas. Dessa forma, ficou estabelecido a existência de duas nascente referente 
ao rio, a nascente histórica – Serra da Canastra e a geográfica – Rio Samburá. 
Foto 1 – Nascente Histórica do Rio São Francisco 
 
Fonte: Wilson Vasconcellos 
 
 
 
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Foto 2 – Nascente Geográfica do Rio São Francisco 
 
Fonte: Câmara dos Deputados 
 
PORCENTAGENS EM CADA REGIÃO 
Região Nordeste; 62,5% 
Região Sudeste; 36,8% 
Região Centro-Oeste; 0,7% 
 A vegetação do rio São Francisco, formada pelos biomas Mata Atlântica 
(Serra da Canastra), cerrado (entre o sudoeste baiano e Minas), caatinga (nordeste 
baiano), mangue e áreas de transição no Baixo São Francisco (Alagoas e Sergipe). 
Somente o cerrado, já corresponde a metade do própria bacia, predominando solos 
de baixa fertilidade, clima úmido ou sub-úmido. Enquanto na Mata Atlântica, a 
região é úmida, sub-úmida e seca, além de contém matas ciliares pela umidade do 
solo. Por fim, a caatinga tem clima árido e semiárido, tendo como exemplo, Bahia. 
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A Foz (local onde ocorre o deságua do curso d’água) do rio São Francisco 
fica localizado entre Alagoas e Sergipe, no município de Piaçabuçu, exatamente 
140 km de Maceió. Depois de percorrer quase três mil quilômetros, desemboca 
no Oceano Atlântico. 
 
Foto 3: Foz do Rio São Francisco 
 
Fonte: Cris Andrade 
 
 
REGIÕES FISIOGRÁFICAS 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a bacia do rio São Francisco é 
dividido em quatro regiões fisiográficas, apresentando características físicas de 
uma determinada área. Além do mais, as regiões fisiográficas são as principais 
unidades de estudo e planejamento. 
 
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Alto (92,6% Minas Gerais, 5,6% Bahia, 1,2% Goiás, 0,5% Distrito Federal), cerca 
de 702 km de extensão – Nascente do rio até Pirapora e Montes Claros. 
Médio (100,0% Bahia), cerca de 1.230 km de extensão - Pirapora até Remanso. 
Submédio (59,4% Pernambuco, 39,5% Bahia, 1,1% Alagoas), cerca 440 km de 
extensão – Bahia até Pernambuco. 
Baixo (43,9% Alagoas, 23,8% Sergipe, 22,9% Pernambuco, 9,5% Bahia), cerca 
214 km de extensão – Paulo Afonso até Foz do rio. 
Imagem 1 – Regiões Fisiográficas, Ecossistemas e Estação climática 
 
Fonte: Gustavo Bayma 
 
PORCENTAGEM EM GERAL 
☆ Alto 40% ☆ Médio 39% ☆ Submédio 17% ☆ Baixo 5% 
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VAZÃO MÉDIA 
De acordo com a Agência Nacional das Águas, a vazão natural média anual 
do rio São Francisco é de 2.846 metros cúbicos por segundo, no entanto, pode 
ocorre uma variação entre 1.077m³/s e 5.290m³/s ao longo do ano. A partir disso, 
cerca de 1,58% corresponde a vazão média nacional. 
Observação: A vazão média é dada pela fórmula: Q = ΔV / ΔT ou Q = A*v 
resultado em m³/s, onde: 
Q = Vazão em m³/s. 
A = área da secção transversal formada pelo fluído em m2. 
V = velocidade da água em m/s. 
Esse cálculo é importante para determina a capacidade máxima da disponibilidade 
hídrica de uma bacia, chamado de vazão média de longo período ou a média das 
médias, ou seja, consideradocomo um indicador da variabilidade climática de 
longo período, proporcionando uma série de dados referente a bacia hidrográfica. 
Foto 4 – O Rio São Francisco 
 
Fonte: Escola Kids 
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DEFINIÇÃO DO PROJETO 
É um projeto de empreendimento hídrico do governo federal, também 
denominado como “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias 
Hidrográficas do Nordeste Setentrional”, sob responsabilidade do Ministério do 
Desenvolvimento Regional, sendo considerada atualmente a maior obra de 
infraestrutura do Brasil, caracterizado por dois eixos (Leste e Norte). 
OBJETIVO 
Apresenta como ideia central solucionar a escassez e irregularidade das 
chuvas presente nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e 
Ceará, assim dizendo, tem como objetivo a garantia de fornecer a distribuição de 
água para aproximadamente 12 milhões de habitantes, com isso, suprimir as 
necessidades humanas, promover a inclusão social, gerar empregos e impulsionar 
o desenvolvimento das atividades econômicas serão os principais benefícios na 
conclusão da obra. 
 Imagem 1 – Transposição do Rio São Francisco 
 
 
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EIXOS 
O empreendimento hídrico divide-se em dois eixos de transposição de água: 
Eixo Norte do projeto corresponde a água que será distribuída para os sertões de 
Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, na região de Cabrobó. Tendo 
um percurso de 400 km de extensão, passando por quatro rios, três sub-bacias 
(Pajeú, Terra Nova e Brígida) e dois açudes (Montes e Chapéu), com vazão 
continua de 16,4 m³/s. 
Eixo Leste refere-se à água captada na região de Floresta em Pernambuco que 
percorre 220 km com vazão continua de 10 m³/s até chegar no sertão e agreste de 
Pernambuco e Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxoto e região 
agreste de Pernambuco. 
 Imagem 2 – Eixo Norte e Eixo Leste 
 
Fonte: Wetter L. T. Projetos Estruturais 
 
 
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Foto 5 – Canal do Eixo Norte 
 
Fonte: Wetter L. T, Projetos Estruturais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	HISTÓRIA
	IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
	CARACTERISTICAS
	Figura 1 – Localização geográfica da Bacia Hidrográfica do Rio São
	Principais afluentes do Rio São Francisco
	Figura 2 – Sub-bacias hidrográficas
	Foto 1 – Nascente Histórica do Rio São Francisco
	Foto 2 – Nascente Geográfica do Rio São Francisco
	PORCENTAGENS EM CADA REGIÃO
	Foto 3: Foz do Rio São Francisco
	REGIÕES FISIOGRÁFICAS
	Imagem 1 – Regiões Fisiográficas, Ecossistemas e Estação climática
	PORCENTAGEM EM GERAL
	Foto 4 – O Rio São Francisco
	DEFINIÇÃO DO PROJETO
	OBJETIVO
	Imagem 1 – Transposição do Rio São Francisco
	EIXOS
	Imagem 2 – Eixo Norte e Eixo Leste

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