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Teoria Geral do Crime aula 08

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Teoria Geral do Crime
Prof: Valdecir Jr
Extradição, Deportação e Expulsão 
“Extradição, expulsão e deportação são instrumentos jurídicos utilizados pelo Estado soberano no qual consiste em enviar uma pessoa que se encontra refugiada em seu território a outro Estado estrangeiro” (NOVO, Benigno. 2019)
Extradição: É considerada pelo Direito Brasileiro, ato solene de cooperação penal entre países, que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama. 
Países que tem acordo de extradição como Brasil: 
Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Lituânia, Mercosul, Mercosul Bolívia e Chile, México, Paraguai, Peru, Portugal, Reino-Unido e Irlanda do Norte, República Dominicana, Romênia, Rússia, Suíça, Ucrânia, Uruguai e Venezuela. 
Finalidade da extradição:
Pode ser solicitada tanto para fins de instrução de processo penal a que responde a pessoa reclamada (instrutória), quanto para cumprimento de pena já imposta (executória). Ressalta-se que o instituto da extradição exige decretação ou condenação de pena privativa de liberdade. 
Antes de anvancarmos, faz-se mister, conhecermos um pouco sobre penas privativas de liberdade e restritivas de direito, bem como a nacionalidade tratada na CF/88
Obs 1 
Penas privativas de liberdade: é meio de punição e ressocialização do transgressor, de modo que toda pessoa – imputável - que praticar um crime se sujeitará a uma determinada pena pelo período previsto no tipo penal respectivos.
Os tipos de pena privativa de liberdade previstos na legislação penal são: reclusão (crimes graves), detenção (crimes menos graves) e prisão simples (contravenções penais).
Penas restritivas de Direito: são chamadas de penas “alternativas”, pois são uma alternativa à prisão, ao invés de ficarem encarcerados, os condenados sofrerão limitações em alguns direitos, como forma de cumprir a pena.
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
I - prestação pecuniária; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
II - perda de bens e valores; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
Obs 2
Constitucional 
Brasileiro nato e naturalizado – CF/88
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.         (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Quanto a Extradição observa-se o exposto na CF/88:
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
           
No Brasil, o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, é responsável por formalizar os pedidos de extradição feitos por autoridades judiciárias brasileiras a um determinado Estado estrangeiro (ativa) ou, ainda, processar, opinar e encaminhar as solicitações de extradição formuladas por outro país às autoridades brasileiras (passiva). (NOVO, Benigno. 2019)
Os pedidos de extradição formulados ao Governo brasileiro são analisados pelo Supremo Tribunal Federal e da sua decisão não cabe recurso, apenas embargos de declaração.
Obs: “A formalização de um pedido de extradição não depende, necessariamente, da existência de um Tratado firmado entre os Estados envolvidos, podendo ser amparado em promessa de reciprocidade para casos análogos e nesse caso deverá respeitar o princípio da especialidade”
Princípios:
da especialidade que pauta o instituto da extradição, de forma que o extraditando não será detido, processado ou condenado por outros delitos cometidos previamente e que não estejam contemplados no pedido de extradição.
Dupla Incriminação do Fato, também conhecido como Princípio da Identidade ou da Incriminação Recíproca, que se legitima na necessidade de o crime assim ser considerado tanto no país que requer a extradição de um indivíduo como no Estado requerido. Sua interpretação traduz-se na garantia de não infringência ao princípio da legalidade, ou seja, de que não pode haver um crime se não houver previsão legal assim o definindo. No caso dos pedidos de extradição, estes não se restringem, porém, à existência de previsão de tipos legais idênticos, mas também se a ação é típica e antijurídica nos dois ordenamentos jurídicos, excluindo-se, daí, os delitos de natureza militar ou política.
Deportação 
A deportação é a devolução compulsória, ao Estado de sua nacionalidade ou procedência, de um estrangeiro que entra ou permanece irregularmente no território de outro Estado. (ex: imigrantes ilegais)
A deportação não requer inquérito ou sentença judicial para ser executada pelo órgão competente (Departamento da Política Federal, órgão do Ministério da Justiça e autoridade migratória brasileira), cabendo recurso por parte do estrangeiro que argumentar arbitrariedade da decisão. O retorno de estrangeiro deportado é permitido pela legislação brasileira (logo, concessão de vistos também é possível) desde que o estrangeiro tenha ressarcido qualquer custo que o governo tenha arcado com a sua deportação e detenha as condições necessárias para ingresso aplicáveis à sua nacionalidade. A deportação pode ocorrer para qualquer país, não estando o Brasil obrigado a enviar para nenhum lugar específico. (NOVO, Benigno. 2019)
Expulsão / Banimento
Banimento - É a entrega de um brasileiro para julgamento no exterior. A prática é vedada conforme a Constituição Pátria.
A constituição brasileira de 1988 proíbe de modo absoluto esta pena no art. 5° inciso XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
A expulsão ocorre depois de cumprimento de pena, quando o estrangeiro comete algum ato ilícito no país
Questões 
Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase
1. Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentençaque o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol.
Essa extradição
A) não poderá ser concedida, porque o Brasil não extradita seus nacionais.
B) não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica.
C) poderá ser concedida, porque o extraditando não é brasileiro nato.
D) poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver tratado de extradição com a França.
CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase
2 - Acerca do direito internacional atinente a nacionalidade e a extradição, assinale a opção correta.
A) Nacionalidade é o vínculo entre o indivíduo e a nação.
B) Considere que, durante uma viagem de navio, um casal de argentinos, que deixara seu país rumo a um passeio pelo Caribe, tenha uma criança no momento em que o navio transite no mar territorial brasileiro. Nessa situação, a criança terá nacionalidade brasileira.
C) A perda da nacionalidade brasileira somente poderá ocorrer caso haja aquisição de outra nacionalidade por naturalização voluntária.
D) A extradição é um ato estatal que obriga o estrangeiro a sair do território nacional, ao qual não poderá mais retornar.
3 - Com relação à extradição, julgue o item.
Brasileiros natos jamais serão extraditados pelo Brasil.
 Certo
 Errado
4 - Com relação à extradição, julgue o item.
Brasileiros naturalizados poderão ser extraditados pelo Brasil por crime de tráfico de drogas, desde que praticado anteriormente à naturalização.
 Certo
 Errado
FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo
5- Considere as situações hipotéticas abaixo.
Arnold é brasileiro naturalizado, residente no Brasil e, antes de sua naturalização, praticou crime comum no seu país de origem.
 Dimitri é estrangeiro e encontra-se, atualmente, no Brasil, tendo cometido crime político em seu país de origem.
Frida é estrangeira e encontra-se, atualmente, no Brasil, tendo cometido crime de opinião em seu país de origem.
José é brasileiro nato, residente no País, tendo cometido crime no exterior durante viagem de férias, da qual já retornou.
Levando-se em consideração somente as informações aqui fornecidas, de acordo com a Constituição Federal, é cabível a extradição APENAS de
A) Arnold e José.
B) Dimitri e Frida.
C) Arnold e Frida.
D) Arnold.
E) Dimitri e José
BRANCO, Emerson. Direito Penal para concurso. 2 ed. Editora: Alfacon. Cascavel-PR. 2020
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 17ª. ed. rev. ampl e atual. São Paulo: Saraiva, 2012.
 Extradição, Deportarção e Banimento. Disponível em: <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1973214/qual-a-diferenca-entre-extradicao-expulsao-deportacao-e-banimento-joice-de-souza-bezerra> acesso em 25.Set.2021
 Extradição no Direito Brasileiro. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/10267/Extradicao-no-direito-brasileiro> acesso em: 26.Set.2021
 Principios da Extradição. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2008-set-15/conceitos_principios_acordos_extradicao> Acesso em: 25.Set.2021
Regime de cumprimento e pena. Disponível em: <https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/491675580/pena-privativa-de-liberdade-regimes-de-cumprimento> Acesso em 26.Set.2021

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