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1 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) Infecções do trato reprodutor feminino Útero revestido por uma mucosa interna do tipo simples colunar que é o endométrio, abaixo do endométrio temos o miométrio com 3 porções de musculo liso, e depois temos uma camada serosa ou adventícia, que é o miométrio. No útero temos o óstio interno e o óstio externo, temos o cérvix com epitélio que ocorre a transição do tipo colunar simples e estratificado pavimentoso. No endométrio ocorre a descamação do tecido durante o período menstrual. O endométrio possui duas regiões: Estrato basal e um estrato funcional. Durante a menstruação é perdido todo o estrato funcional, o sangramento ocorre devido ao rompimento dos vasos sanguíneos. E a cada ciclo tudo se regenera novamente, por angiogênese que forma os vasos sanguíneos e tecido epitelial é formado a partir das células da glândula. Próximo a vagina temos a glândula de Bartolin que produz secreção, já que a vagina em si não possui glândulas. A tuba uterina é ciliada para que ocorra a movimentação de varredura do ovulo. Microambiente vaginal: O ph da vagina é ácido porque funciona como uma barreira de proteção para bactérias. As bactérias quebram glicogênio e transformam em ácido lático, tornando o ph mais ácido. Isso tem uma ação bactericida, mantém as bactérias comensais e tiram outras. Além disso liberam peroxido de hidrogênio que também tem ação bactericida. O uso de antibiótico pode alterar a flora vaginal. Mecanismo de defesa do trato genital externo: Barreira epitelial, síntese de muco, ph vulvar e vaginal, microflora vulvar e vaginal, sistema imunológico. O epitélio funciona como uma barreira pois se há a quebra da sua continuidade a chance de entrar bactérias e infectar é maior. Vaginites em sua maioria são causadas por bactérias. 2 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) Regiões altas é a partir do óstio interno e regiões baixas abaixo disso. A DIP é causada devido as bactérias subirem, pode comprometer o útero, tubas uterinas e ovário. Agentes etiológicos A gonorreia e a clamídia podem levar a DIP. Herpes vírus tipo 2 (HSV-2) Do tipo 2 causa prurido, úlceras e secreção purulentas. Lesões múltiplas, pápulas vermelhas que evoluem para vesículas – as vesículas coalescem e ficam dolorosas. Transmissão sexual, superfícies genitais, pele, fluidos e feridas. Lesões surgem de 3-7 dias, 1/3 são sintomáticos. Infecção aguda – O vírus pode migrar para gânglios nervosos lombossacrais regionais o que faz com que a infecção se torne latente. Complicações: HIV e herpes neonatal Diagnóstico: Achado clínico, biopsia de lesão ativa/PCR Microscopia: Exsudato inflamatório consiste em células escamosas multinucleadas contendo inclusões eosinofílicas a basofílicas com aspecto em vidro fosco. Candida Albicans Coceira e vermelhidão principalmente na fase aguda. Na crônica corrimento, dor, prurido, eritema e inchaço. A secreção é do tipo coalhado, inodoro, forma placas aderentes a parede vaginal, fissuras vulvares e ardor. Patogênese: Reação de hipersensibilidade IgE com liberação de histaminas e prostaglandinas, a imunossupressão também pode levar a proliferação da cândida, assim como a alteração do ph vaginal. Morfologia: Hiperplasia epitelial revestimento pavimentoso estratificado não queratinizado, infiltrado inflamatório crônico. 3 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) Trichomonas vaginalis 4 dias a 4 semanas após o contato sexual Quadro clínico: Assintomático, desconforto vulvovaginal, sensação de queimação, disúria, dispareunia, irritação e prurido. Patogenia: Adesão célula epitelial – Se transforma na forma ameboide. Morfologia: Corrimento vaginal espumoso amarelado ou amarelo-esverdeado. Eritema vulvar (vermelho vivo), vaginite, colo de framboesa/morango. Secreção branca bolhosa. Gardnerella vaginalis Desencadeada por relação sexual em mulheres predispostas, o esperma causa o desequilíbrio do ph vaginal, falta de higiene ou hábitos inadequados. Quadro clínico: Ausência de processo inflamatório, as vezes leve prurido e leve queimação ao urinar. vaginose. Complicações: Prematuridade, aborto, endometrites, aumenta o risco de infecção por HIV. Morfologia: Células escamosas superficiais e intermediarias recoberta com cocobacilos aspecto piloso – clue cells ou células alvo no fluido ou esfregaços vaginais. Secreção vaginal fina, leucorreia fluida, homogêneo com bolhas esparsas, cinza ou branca, verde acinzentada, odor desagradável de peixe. Cervicites Cervicite mucopurulenta ou endocervicite – Inflamação do epitélio colunar endocervical. Pode causar uma DIP (Doença inflamatória pélvica) que são doenças que acometem a região mais alta do trato reprodutor feminino. As duas podem causar infertilidade. Principais agentes etiológicos: Clamídia, gonorreia. Gonorreia: Secreção mais esbranquiçada e purulenta. Clamídia: Pode ocorrer sangramento devido a sensibilidade do local. 4 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) Bartholinite Inflamação da glândula de Bartolini. É uma glândula exócrina que lança o seu produto em ductos. Função: Lubrificação fluido mucoso no ato sexual. Ocorre a inflamação e obstrução do ducto, mas o estímulo para ter a secreção não é cessada, causando o acúmulo da secreção e do tamanho da glândula. Isso se torna um cisto de Bartolini. Pode ser assintomático, onde é observado um carocinho no início do canal vaginal. O cisto fica infectado por pus. Causa uma inflamação na região, onde causa muita dor local, vermelhidão, inchaço, dor ao sentar-se, caminhar e durante a relação sexual. Tratamento cirúrgico e drenagem.
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