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Doenças da Vulva, Vagina e Colo · Visão Geral · Contém 3 sistemas integrados 1) Glândulas Mamárias 2) Anexos Gestacionais (placenta – órgão temporário) 3) Trato Genital Inferior composta de: a) Vulva – região externa b) Vagina c) Útero ***Canal Vaginal – 1º Sistema de proteção (encontra-se fechado / colabado) A) Vulva – região mais externa · Transição entre dois tipos de epitélio - Lábios maiores e Monte púbico (região de pele acima do órgão) – tecidos semelhantes ao tecido da pele *** A epiderme vai sofrendo uma transição e adquirindo caráter de mucosa, semelhante ao tecido / mucosa da boca · Composta de clitóris, lábios maiores, lábios menores – contém uma glândula de cada lado chamada de glândula de Bartholin e para saída do produto das glândulas contém 2 óstios (óstio da glândula vestibular maior), óstio da uretra, introito vaginal (entrada da vagina), períneo e anus *** Obstruções no óstio podem causar a formação de abcesso na glândula por causa do processo inflamatório – grande e doloroso · Histologia · Epiderme (dividida em estratos – sofrem as primeiras alterações em algum tipo de lesão, pois é a região que têm contato com o meio externo – 1ª linha de defesa) - Estrato Córneo - Estrato Granuloso - Estrato Espinhoso - Estrato Basal (células imaturas que estão em contato direto com a lâmina basal) · Derme Papilar · Derme Reticular *** Em uma lâmina de pele, a primeira coisa que se deve localizar é a lâmina basal, logo depois a primeira camada de células acima da lâmina basal é o estrato basal B) Vagina / Canal Vaginal · Canal com tamanho variado entre as mulheres · Vai do vestíbulo da vagina até o colo do útero · Composta principalmente de músculo liso *** Controle que a mulher tem da musculatura da vagina advém da musculatura ao redor da parede vaginal, visto que a musculatura que compõe a vagina é musculatura lisa · Fim da vagina contém o colo do útero e a região entre o colo do útero e o fim da vagina é chamado de fundo de saco *** Na região de fundo de saco ocorre a transição do epitélio que reveste a vagina e o colo do útero para o epitélio que reveste o útero internamente · Histologia · Parede composta por 3 camadas: 1) Mucosa · Epitélio estratificado pavimentoso · Tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas (lâmina basal) *** Próximo à lâmina basal encontram-se células pequenas, com muito núcleo e pouco citoplasma, a medida que elas vão subindo as camadas elas vão ficando mais claras, com citoplasma maiores e núcleos menores (cheias de glicogênio) *** O glicogênio é importante para o metabolismo da flora, é a fonte nutricional das bactérias comensais da flora vaginal, ou seja, conforme as células vão amadurecendo e proliferando, recebem estímulo hormonal até descamar e ficar soltas compondo o conteúdo da flora vaginal, as bactérias presentes na flora vaginal vão consumir o glicogênio, para que assim elas consigam exercer suas funções. *** Sendo a principal bactéria presente na flora vaginal os lactobacilos, que vão produzir ácido láctico e ele vai fazer com que o pH da vagina seja ácido (< 4,0), garantindo a proteção para aquele local, garantindo um maior controle das bactérias que invadem aquele local, visto que são poucas as bactérias que sobrevivem aquele meio, além disso o pH ácido aumenta a descamação das células que se encontram na superfície do epitélio estratificado, garantindo um ciclo: célula descama → bactéria se alimenta → bactéria produz ácido láctico deixando o pH ácido → pH ácido provo a descamação *** Em meninas que ainda não tiveram a menarca, o epitélio ainda não sofreu influência hormonal, logo ele será muito mais indiferenciado, ou seja, mais próximo das células basais, do que um epitélio tão espesso com células cheias de glicogênio *** Já na menopausa (diminuição de estrogênio), ocorre uma atrofia do epitélio, visto que ele não está mais recebendo influencias hormonais, não têm mais o estimulo para as células se proliferarem e se diferenciar em células que armazenam glicogênio – sendo chamada assim de vagina atrófica, pois ela fica retraída, com menos lactobacilos devido a redução de glicogênio, ressecada (ocorre devido a espessura diminuída da parede vaginal e da flora diminuída que mantinha o conteúdo úmido dentro da vagina) 2) Muscular · Músculo liso 3) Adventícia · Tecido conjuntivo denso · Colo Uterino · Transição e epitélio estratificado pavimentoso (desde introito da vagina, reveste toda a parede vaginal, passa pelo fundo de saco e vai até parte do colo uterino – até o orifício externo do colo uterino) tendo como principal característica a resistência que aguenta o pH 4 (ácido) e os atritos da relação sexual, transitando agora para um epitélio colunar simples (partindo do óstio do útero, canal cervical e todo o útero) *** Em um exame de Papanicolau (esfregaço = células soltas – não é possível conter lâmina basal, pois as células coletadas são as células superficiais tanto do epitélio estratificado, quanto do simples), é importante que contenha ambos os tipos epiteliais – exame realizado na rotina, e em caso de alteração na célula é realizado uma biopsia para verificar o que está ocorrendo no tecido C) Colo Uterino · Ectocérvice (ecto – o que está para fora + cérvice – sinônimo de colo uterino = o que está para fora do colo uterino) – região do colo do útero que é revestido de epitélio estratificado pavimentoso · Junção Escamocolunar (escamo – vem da parte das células escamosas / estratificada e colunar – vem da parte do epitélio colunar simples) – ponto de transição de um epitélio para o outro · Endocérvice (endo – o que está para dentro + cérvice – sinônimo de colo uterino = o que está para dentro do colo uterino) – região do colo do útero que é revestido de epitélio colunar simples *** Junção escamocolunar negativa (-2) – quando a junção está para fora do óstio, instalando-se um processo inflamatório para se iniciar um processo de metaplasia na tentativa de se tornar resistente ao pH *** Pode ocorrer na menarca (período que ela mais recebe estímulo, muito provavelmente tenha esse epitélio que modificou até regular o estímulo hormonal, tornando-a mais vulnerável à doenças sexualmente transmissíveis, pois contém células expostas, imaturas e o HPV tem afinidade com células imaturas), que com o estímulo hormonal as células colunares do epitélio simples cresçam e se proliferem para além do óstio movendo a junção escamocolunar além do óstio do útero, tornando esta área muito mais sensível à lesão, visto que aquela região sofre atrito e contém um pH baixo, forçando aquele epitélio colunar simples a sofrer metaplasia, voltando a ser células imaturas primeiramente, o ciclo menstrual tende-se a se normalizar e o epitélio colunar regride anteriormente ao óstio *** HPV em um epitélio íntegro, epitélio estratificado pavimentoso não consegue infectar, pois ele precisa de célula basal, célula imatura para infectar, durante a relação sexual existem microfissuras que abrem brechas no epitélio estratificado, facilitando a chegada do HPV nas células basais · Infecções por HPV · Causado pelo Papilomavírus Humano (HPV) · IST mais comum no mundo entre as mulheres sexualmente ativas · Contém ≅ 200 genótipos, sendo ≅ 40 infectam o trato ano-genital e 15 oncogênicos Região de vulva, vagina, região perianal, anal, pênis (base principalmente) Principais Principais · Epidemiologia · Pico de prevalência ≅ 20 anos · Maioria das infecções é transitória e eliminada pela resposta imune - 50% eliminada em 8 meses - 90% eliminada em 2 anos *** Cepas oncogênicas levam mais tempo para serem eliminadas *** Infecção persistente aumenta o risco para o desenvolvimento de lesão cervical e carcinoma · Fatores de risco · Coitarca (1ª relação sexual) precoce – pois o colo do útero está exposto, células colunares que cresceram além do orifício nos primeiros períodos hormonais, facilitando a entrada do HPV nas células imaturas pois o epitélio imaturo está exposto · Múltiplos parceiros sexuais / Parceiro com múltiplas parceiras anteriores– maior chance de contaminação, maiorexposição · Infecção persistente por cepas de alto risco – dificuldade para realizar o clearance · Imunossupressão · Uso de contraceptivos orais · Tabagismo · Características Histológica · Infecção apenas em células escamosas/estratificadas imaturas · Atipia coilocítica é quando a célula sofre efeito citopático, ou seja, a replicação viral ocorre nas células em maturação (citoplasma muito corado, pouco citoplasma e muito núcleo), onde é possível observar a alteração no citoplasma (coilo = buraco, ou seja, é possível observar um buraco esbranquiçado no citoplasma da célula envolta do núcleo) *** Normalmente as células vão amadurecendo e subindo nos extratos celulares · Proteínas E6 e E7 – são duas proteínas que fazem a perda dos supressores tumorais · Vulva3) Lesões exofíticas benignas · Condilomas · Pólipos 4) Lesões neoplásicas · Carcinomas · Adenocarcinomas · Fisiopatologia 1. É necessário uma micro lesão na mucosa, para que o vírus consiga chegar à camada basal e fazer adsorção 2. Entra na célula, no núcleo induz a multiplicação celular, nas primeiras 3 camadas ocorre a ativação dos genes E6 e E7 do vírus que induzem a célula a entrar em mitose, já nas últimas camadas os genes L1 e L2 são ativados para produzirem proteínas de capsídeo, montar os vírus e ele poder sair 3. Diferente do HPV de baixo risco, o HPV de alto risco assim que entra na célula contém uma enzima que corta o seu DNA circular na região do gene E2 transformando – o em linear 4. Quando o DNA humano tira um transposon do seu DNA para saltar para o outro (retira íntrons) o DNA do HPV se integra ao DNA humano 5. O gene E2 faz o controle da transcrição e replicação e agora inserido no DNA humano 6. Além disso E2 controla principalmente E6 e E7 que estão relacionados ao estímulo da replicação 7. Como E2 foi cortado para ser inserido, E6 e E7 e se proliferam desenfreadamente 8. A inserção de E2 causou mutação no genoma humano e a via intrínseca de apoptose é ativada (toda mutação ativa a via de apoptose) e na via de controle do ciclo celular (pRb) 9. As p53 e pRb (controla o ciclo celular) produzidas para causar apoptose acabam se ligando as proteínas E6 e E7 que estão se multiplicando, inativando a apoptose (E6 = p53 e E7 pRb) 10. Não ocorre apoptose, não ocorre parada do ciclo celular, o vírus continua no genoma e a célula continua mutada 1) Inflamações · Irritação · Alergia · Infecção 2) Distúrbios não neoplásicos · Adelgaçamento · Hiperplasia 1) Inflamação · Processos que causam: vasodilatação, saída de neutrófilos dos vasos sanguíneos para o local da lesão, edema, rubor, calor e perda de função · Vulvite – Inflamação da Vulva · Decorrente de uma irritação – Dermatite irritante de contato, por exemplo absorventes, que em algumas mulheres causa irritação e uma vez retirados passa o processo de inflamação · Alérgenos – Dermatite alérgica de contato, componentes que desencadeiam uma resposta alérgica tais como corantes e perfumes *** Traumas físicos causam prurido (coceira) e o ato de coçar pode agravar a condição primária · Infecções – sexualmente transmissíveis ou não Abcesso – Glândula de Bartholin Herpes Cancro / Ulceração - Sífilis Cancro – Sífilis a) HPV – Condiloma acumulado e neoplasia intraepitelial vulvar b) Herpes Simples (HSV1 ou HSV2) – erupção Vesicular c) Neisseria gonorrhoeae – Infecção supurativa glândulas vulvovaginais d) Treponema pallidum – Cancro (Sífilis primária = local da inoculação ou condiloma, Lata – Sífilis Secundária) e) Candida – Obstrução ductos excretores das glândulas de Bartholin (cisto de Bartholin e formação de abcessos) 2) Distúrbios Epiteliais Não Neoplásicos a) Atrofia / Adelgaçamento Atrófico (estreitamento do epitélio) b) Espessamento Hiperplásico a) Líquen Escleroso Atrófico (Adelgaçamento Atrófico) · Leucoplasia (manchas / lesões espessas brancas) · Lábios atróficos · Introito vaginal contraído (apresenta dor durante a relação sexual) · Comum em mulheres pós-menopausa · Etiologia autoimune (células T ativadas no infiltrado inflamatório) · 1-5% desenvolve carcinoma de células escamosas *** Não contém mais extratos, contém camada basal e camada córnea *** Infiltrado neutrofílico – resposta inflamatória *** Processo de cura e reparo, deposição de colágeno, fibrose b) Hiperplasia de Células Escamosas – Líquen Simples Crônico (Espessamento Hiperplásico) · Irritação crônica · Pode causar prurido · Leucoplasia (manchas / lesões espessas brancas) · Associação com neoplasias *** Espessamento dos estratos, principalmente do estrato granuloso e com isso aumenta a quantidade de queratina causando uma hiperqueratose – lesão em placa com casquinhas que descama devido a hiperqueratinização *** Aumento da atividade mitótica nas camadas basal e suprabasal sem atipia epitelial que aumentam os demais estratos, podendo levar a uma displasia e neoplasia *** Infiltrado inflamatório na derme 3) Lesões Exofíticas Benignas · Condição elevada – Verrugas · Causada por infecções ou apresentar etiologia desconhecida a) Condiloma Acuminado (causado por HPV) b) Condilomas Plano/ Lata (causado por Sífilis) c) Pólipos Fibroepiteliais d) Pólipos Cutâneos e) Papilomas Escamosos Vulvares a) Condiloma Acuminado · Causado pelo HPV – 6 e 11 principalmente · Lesões papilares e distintamente elevadas · Planas e rugosas · Lesões únicas ou múltiplas · Rosa-avermelhadas / marrom-rosados *** Atipias coilocítica – células com aumento do núcleo, citoplasma com halo (buracos) em volta do núcleo *** Hiperqueratose devido à hiperplasia· Fisiopatologia 1. A única célula que contém os receptores para L1 e L2 são as células da última camada (camada basal), logo é necessário que ocorra alguma micro lesão para que essa camada seja exposta e o vírus consiga entrar - Células de adsorção de HPV de baixo risco = células da camada basal 1. Adsorção - L1 do HPV: proteoglicanos de heparina ou integrina α6 da célula hospedeira 1. HPV precisa da DNA polimerase humana para produzir novas partículas virais, e DNA polimerase são produzidas quando ocorre divisão celular, então toda vez que a camada basal entrar em divisão celular o vírus tem acesso a DNA polimerase para se multiplicar 1. O vírus mantém o ciclo celular ativado aumentando (superestimulação chamada de acantose) a quantidade de células produzidas, de uma para 3 → de 3 para 6 → de 6 para 12 até chegar à camada córnea, formando assim as projeções celulares = verrugas 1. Infecção pelo HPV – promove o crescimento da camada basal, aumentando o número de células espinhosas (acantose). 1. Nas células granulosas além da estimulação de proliferação, ocorre a estimulação de maior produção de queratina causando hiperceratose deixando as células mais rígidas e endurecidas e só vai aumentando a quantidade de células e queratina 1. Essas alterações tornam a pele mais espessa e promovem a produção de ceratina (hiperceratose), formando assim projeções epiteliais (papilomatose). 1. À medida que a célula da pele infectada amadurece e se direciona para a superfície – liberação viral com as células mortas da camada superior. 1. O vírus sai da célula, não causando nenhuma ativação leucocitária, inflamação e nada pois é característico da célula morrer à medida que sobe as camadas *** HPV de baixo risco usa apenas a DNA polimerase do núcleo, não meche ou se integra ao DNA humano 4) Lesões Neoplásicas · 3% Cânceres do trato genital feminino · > 60 anos a) Carcinomas de Células Escamosas (90%) · Carcinoma Basalóide Verrucoso (30%) · Carcinoma das Células Escamosas Queratinizantes (70%) b) Adenocarcinomas (10%) · Hidradenoma Papilar · Doença de Paget Extramamária a) Carcinoma de Células Escamosas – Carcinoma Basalóide Verrucoso · Carcinomas de vulva que são causados por HPV de alto risco (16 e 18 principalmente) · Fatores de risco – mulheres de meia idade e fumantes · Lesões distintas brancas (hiperqueratósicas), cor de carne ou pigmentadas, discretamente elevadas · Exofíticas ou endofíticas com ulceração *** São chamadas carcinoma de células basalóides, pois as células de todos os estratosficam parecendo como as células basais imaturas *** Carcinoma verrucoso (imagem B) vai parecer com as células que sofreram atipia coilocítica – células com halos ao redor do núcleo a) Carcinoma de Células Escamosas – Queratinizantes · Não tem nada a ver com HPV · Associado à líquen escleroso / líquen comum (por muitos anos) *** Interpretação errônea – Leucoplasia, dermatite ou desconforto local, coceira e exsudação devido à infecção secundária *** Queratina dentro da derme lembrando pérolas córneas b) Adenocarcinoma · 10% das neoplasias vulvares · Tecido semelhante a mama (mama ectópica) – Doença de Paget Extramamária · Glândulas sudoríparas apócrinas · Vagina2) Lesões Neoplásicas Pré-Malignas 3) Lesões Neoplásicas Malignas · Carcinomas de Células Escamosas · Adenocarcinomas 1) Inflamações · Vaginose Bacteriana · Candidíase · Tricomoníase · Visão Geral · Revestido por epitélio estratificado pavimentoso · Estrógeno estimulam o epitélio vaginal a sintetizar e acumular glicogênio · Bactérias comensais metabolizam o glicogênio que descamam em glicose e ácido láctico · pH vaginal < 4,5 · Lactobacillus espécie microbiana mais frequente · Ácido láctico e peróxido de hidrogênio inibem o crescimento de patógenos oportunistas Células mortas + microbiota e seus produtos + pouco muco produzido pelas células de clara 1) Infecções · Desconforto – Candida (flora) – causa prurido / coceira podendo causar uma inflamação na vulva por causa do ato de coçar, Trichomonas Vaginallis (sexualmente transmissível) – acomete a vagina e tem tropismo pelo colo do útero causando inflamação (cervicite) e Gardnerella (flora) – causa Vaginose bacteriana, causando corrimento podendo ser esverdeado, odor diferente · Infertilidade – Neisseria Gonorrhoeae e Chlamydia Trachomatis (quase não tem sintomas) – sexualmente transmissíveis, causam uma infecção na vagina, depois conseguem fazer a ascensão através do colo do útero e causar uma cervicite (inflamação) e podem ainda migrar para as trompas / tubas uterinas causando inflamação nas tubas / salpingite com isso ocorrerá uma resposta de cura e reparo podendo gerar acúmulo de tecido fibroso nas tubas uterinas e obstruir a luz da tuba uterina, impedindo a passagem do espermatozoide por isso estão associadas à infertilidade · Parto Pré-Maturo – Ureaplasma Urealyticum e Mycoplasma Hominis – também tendem a ascender para o colo uterino e vão contaminar dentro do útero, em caso de gravidez, a presença dessa bactéria inicia o trabalho de parto antes da hora, causa então um parto prematuro (5-6 meses) devido uma infecção vaginal que não foi tratada *** Em uma colocação de DIU, onde o rastreio dessas bactérias não foi realizado corretamente, pode ocorrer o transporte dessas bactérias juntamente com o DIU da vagina para dentro do útero, causando um processo infeccioso e inflamatório dentro do útero · Ulcerações Genitais – Herpes Simples (HSVs)Envolvidos na patogenia de cânceres vulvares, vaginais e cervicais · Papilomavírus (HPV) · Vaginite · Condição comum, geralmente transitória e sem consequências clínicas · Corrimento vaginal (leucorreia) · Grande variedade de microrganismos envolvidos *** Comensais que se tornam patogênicos devido a um desequilíbrio da microbiota a) Vaginose Bacteriana – Gardnerella vaginallis b) Candidíase / Monilíase – Candida albicans c) Tricomoníase – Trichomonas vaginalis a) Vaginose Bacteriana · Síndrome polimicrobiana · Depleção da flora lactobacilar · Crescimento excessivo de outras bactérias · Aumento da quantidade de corrimento mais amarelado / esverdeado / acinzentado e odor forte b) Candidíase / Monilíase · Infecção endógena por espécies de candida – principalmente a Candida albicans · Crescimento de leveduras comensais · Corrimento que forma grumos · Coceira *** Situações normais – sistema imune impede o crescimento excessivo *** Modificações do meio – favorecimento do crescimento de leveduras *** Com a presença das hifas é necessária utilizar antifúngico *** Ocorre muito da gestação ou após tratamento com antibiótico, devido sistema imunológico descompensado c) Tricomoníase · Infecção por Trichomonas vaginalis – protozoário com 4 flagelos e uma membrana ondulante · Nutrição através da fagocitose de outros microrganismos da microbiota vaginal · Cofator transmissão e aquisição de HIV *** Parasita recobre-se de proteínas do hospedeiro (evasão dos mecanismos de defesa e adesão às células da mucosa) · Corrimento com bolhas – microrganismo aeróbico · Aloja-se principalmente na região de colo de útero · Causa Colpitis Macuralis – inflamação do colo do útero, fica com aspecto de morango, vermelho e com pequenas projeções 2) Neoplasias Malignas a) Carcinoma de Células Escamosas · Extremamente raro · > 60 anos (mulheres) - 1º Carcinoma metastático de colo do útero (devido à proximidade com o coo do útero ele acaba acometendo a vagina) - 2º Carcinoma de células escamosas – Neoplasia intraepitelial vaginal (lesão precursora), associados com HPV (50%) b) Adenocarcinoma Células Clara · Muito raro · Identificado em 1970 em mulheres cujas mães utilizaram “Dietilesbestrol” durante a gravidez para prevenir o aborto · 33% mulheres expostas – pequenas inclusões · Glandulares ou microcísticas na mucosa vaginal · Lesão precursora – Adenose vaginal *** O agente do caso será o fármaco e não o HPV Neoplasia intraepitelial vaginal (HPV) Adenocarcinoma causado pelo fármaco que a mãe da paciente utilizou durante a gestação Carcinoma de células Escamosas (CEC)
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