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Estudo Dirigido - 3NPC de Histologia

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Disciplina de Histologia e Embriologia Geral Veterinária 
ESTUDO DIRIGIDO REFERENTE AO 3º NPC 
 
EQUIPE: Giovanna Mazzini, Isadora Sales, Larissa Costa, Sannaly Clemente e Vinicius de Morais 
 
► TECIDO MUSCULAR 
 
1. Sobre o tecido muscular, sabemos que ele está relacionado com a locomoção e outros movimentos do 
corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias, em resposta a um 
estímulo nervoso. Desse modo, qual a origem das células musculares e qual característica permite 
distinguí-las das demais células do organismo? 
As células musculares têm origem mesodérmica. Podemos distingui-las das demais células do nosso 
organismo ao observarmos a diferenciação que ocorre pela síntese de proteínas filamentosas, simultaneamente 
ao alongamento da célula. Assim, sabemos que a fibra muscular é a própria célula muscular, então irá possuir 
núcleo, as organelas citoplasmáticas, membrana celular. Além do aspecto alongado e fusiforme. 
 
2. Desenhe e caracterize os 3 tipos de tecido muscular quanto: 
a) Às suas características morfológicas (organização das miofibrilas, localização do núcleo e sua 
quantidade na célula e outras características específicas de cada tipo de fibra) 
b) Ao seu tipo de contração. 
c) Ao revestimento de tecido conjuntivo propriamente dito que possui. 
d) À sua capacidade de regeneração, descrevendo como esta ocorre em cada tipo muscular. 
e) À localização de cada tipo no organismo. 
 
• As miofibrilas estão organizadas em feixes cilíndricos, multinucleados com núcleos localizados nas 
periferias com estriações 
• Responsável pela contração voluntária do organismo/locomoção 
• Revestido pelo Epimísio,Perimísio e Endomísio 
• Embora os núcleos das fibras esqueléticas não se dividam, tem uma pequena capacidade de 
reconstituição. Admite-se que as células satélites sejam responsáveis pela regeneração, visualizadas somente 
ao ME, consideradas mioblastos inativos. Estas células também são importantes na hipertrofia, quando se 
fundem com as fibras musculares preexistentes 
• Está preso aos ossos 
 
• As fibras musculares cardíacas são células alongadas e ramificadas, com formato cilíndrico que se 
unem nas suas extremidades e possuem um ou dois núcleos localizados centralmente com estriações e disco 
intercalar . As fibras estão separadas por tecido conjuntivo rico em colágeno, que dá suporte à rede capilar do 
tecido cardíaco. 
• Responsável pela contração involuntária do coração, de maneira que os batimentos bombeiam 
sangue pelo organismo 
• Revestido por Endomísio 
• O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração (enfarte), as partes destruídas são 
invadidas por fibroblastos, que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz. 
• Presente no miocárdio 
• O músculo liso é formado por células longas e fusiformes com um único núcleo central sem 
estriações. Estas fibras musculares estão dispostas em camadas, lembrando que o músculo liso não possui 
sarcômeros 
• Responsável pela contração involuntária que promove os movimentos peristálticos e regula o fluxo 
de sangue, dentre outras funções 
• Somente envoltório de fibras reticulares 
• O músculo liso é capaz de uma regeneração mais eficiente. Ocorrendo lesão as fibras musculares 
lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido. Na parede dos vasos sanguíneos há 
participação dos perícitos, que se multiplicam por mitose originando novas células musculares lisas, ocorrendo 
a regeneração. 
• Localizado nas paredes dos vasos e nas paredes dos órgãos ocos 
 
3. Desenhe o SARCÔMERO, identificando as Bandas I & A, e a linha Z, e descreva sua função. 
É um dos componentes básicos do músculo estriado, sendo portanto considerado a unidade fundamental da 
contração muscular. Cada sarcômero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quais: actina e 
miosina, alinhados em ()série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior das células 
musculares. Assim, o deslizamento da actina sobre a miosina vai encurtar ou alongar a fibra muscular, sendo 
esta contração regulada pelo sistema nervoso. 
 
4. Quais são as proteínas que participam da contração muscular? Descreva como ocorre este processo. 
A contração se inicia na faixa A, onde a actina e a miosina se sobrepõem. Durante a contração, a faixa I diminui 
de tamanho, enquanto os filamentos de actina penetram na faixa A. Concomitantemente, a faixa H, formada 
somente pelos filamentos de miosina também se reduz, à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos 
filamentos de actina. Isso irá resultar em um encurtamento do sarcômero. Existe um complexo proteico que 
fica entre a actina e a miosina com as proteínas: troponina e tropomiosina. Para que esse complexo se mova 
para que ocorra a atração da miosina e actina no sitio de ligação, ele deve se conectar a uma molécula de cálcio. 
O cálcio fica armazenado nos retículos sarcoplasmáticos, e a abertura dessas estruturas é ocupada por certas 
proteínas, as quais são sensíveis a estímulos nervosos, assim, ao atingirem certa voltagem, elas mudam o seu 
formato e permitem a saída do cálcio de dentro do reticulo sarcoplasmático até o sarcoplasma da fibra 
muscular. Assim, para os retículos receberem esse estimulo elétrico (também chamado de potencial de ação), 
esse estimulo deverá vir de neurônios motores. Inicia-se a contração com um estímulo que desencadeia uma 
liberação de acetilcolina (ocorrendo na placa neural, com a perda da bainha de mielina do nervo) na fenda 
sináptica, causando a despolarização da membrana da célula muscular. Dessa forma, ocorre a abertura das 
proteínas dos retículos sarcoplasmáticos que armazenam cálcio, fazendo com que esses íons sejam lançados 
no citoplasma. Na presença do cálcio, as extremidades da miosina ligam-se com moléculas de actina próximas. 
Contudo, a miosina só entrará em contato com a actina se estiver energizada, ou seja, se a mesma tiver feito o 
processo de hidrólise do ATP. Dessa forma, a miosina se ligará na actina por meio dessa energia, tracionando 
os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero, tendo assim, o deslizamento dos filamentos de 
actina sobre os de miosina, permitindo a aproximação das linhas Z e, consequentemente, o encurtamento do 
sarcômero. 
5. Qual a constituição dos discos intercalares e qual a sua função? 
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as fibras musculares cardíacas. 
São formados por longos complexos juncionais e delimitam as extremidades de cada fibra muscular cardíaca. 
Atuam tanto na adesão, como na comunicação, possibilitando o funcionamento coordenado do tecido cardíaco 
(contração em sincronia). Graças aos discos intercalares, um estímulo recebido em uma região do coração é 
repassado para todas as células musculares estriadas cardíacas, levando todo o coração a se contrair. Para 
cumprir seu papel de conexão, os discos intercalares contêm três tipos de junções celulares: zonas de adesão, 
desmossomos e junções comunicantes. 
6. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o tecido muscular: 
a) Mialgia. 
A mialgia é o termo médico utilizado para se referir às dores musculares. Sendo o principal sintoma de doenças 
musculoesqueléticas. Geralmente, é resultado de estresse, esforço excessivo ou atividades físicas. Assim, a 
intensidade do incômodo varia entre um grau leve e intenso. Quando as dores surgem após uma lesão ou batida, 
é chamada de dor aguda. Existem diferentes tipos de mialgia muscular: aquelas mais simples, que podem ser 
curadas em casa; outras vindas de lesões agudas, como contusões, estiramentos ou lacerações; e, a mais grave, 
proveniente de doenças reumáticas, como a fibromialgia. Geralmente, são prescritos anti-inflamatórios e 
analgésicos para reduzir as dores. A fisioterapia e acupuntura também são indicadas, com o intuito de alongar 
os músculos. 
b) Miastenia gravis. 
Miastenia gravis,também conhecida como Miastenia grave, é uma doença autoimune, ou seja, quando o 
sistema imunológico do paciente ataca células saudáveis por engano. No caso da Miastenia gravis, o corpo 
produz anticorpos que provoca uma alteração na comunicação da célula nervosa e o músculo. A Miastenia 
gravis pode atingir tanto homens quanto mulheres, principalmente adultos, porém as causas ainda não foram 
desvendas pela ciência. Os pacientes com este tipo de doença não têm controle de algumas regiões do corpo, 
entre elas olhos, boca, braços, pernas, entre outros, dependendo de cada caso. Esta doença não tem cura, pois 
mesmo com o tratamento adequado, o paciente precisa de acompanhamento médico durante toda sua vida, 
porque, ainda que tratada, existe chance da doença voltar. Geralmente, o tratamento é feito com a 
administração de medicamentos para ajudar no problema da imunidade. Em casos mais graves, quando o 
problema atinge o pulmão do paciente, é preciso o uso de ventilação mecânica. 
7. Defina hipertrofia e hiperplasia. 
De modo geral, a hipertrofia é o aumento volumétrico celular, gerando um aumento do órgão afetado e de suas 
funções celulares. Para que a hipertrofia ocorra, devem existir alguns fatores básicos, como: o aumento de 
nutrientes e O2 dessas células, as células devem estar íntegras (células lesadas não conseguem hipertrofiar), e, 
caso a atividade das células dependa de uma estimulação nervosa, a inervação deve estar preservada. A 
hipertrofia fisiológica ocorre de forma programada diante de fenômenos da vida, enquanto a hipertrofia 
patológica não é programada. Um exemplo de hipertrofia fisiológica é a hipertrofia da musculatura uterina na 
gravidez. Enquanto exemplos de hipertrofia patológica, nós temos a hipertrofia do miocárdio quando há 
sobrecarga no coração devido a algum obstáculo do fluxo sanguíneo e a hipertrofia da musculatura esquelética 
devido ao estímulo por exercícios físicos, como atletas ou trabalhadores que fazem grande esforço físico, os 
músculos esqueléticos acabam por hipertrofiar-se. Já a hiperplasia, consiste no aumento do número de células 
de um órgão ou parte dele devido a um aumento de proliferação e diminuição da apoptose. Isso ocorre, por 
exemplo, em células do fígado. Para que a hiperplasia aconteça são necessários agentes como suprimento 
sanguíneo, integridade das células e inervação adequada. Esse aumento pode ser tanto fisiológico quanto 
patológico. Como exemplo fisiológico temos estímulo hormonal e crescimento das mamas na puberdade e 
como exemplo patológico temos a síndrome de Cushing (quando ocorre uma hiperplasia e hiperfunção da 
cortical da suprarrenal). 
 
► TECIDO NERVOSO 
 
1. Quais são as funções desempenhadas pelo Tecido Nervoso? 
O tecido nervoso é um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e responder aos estímulos. O 
sistema nervoso é o principal regulador de nossas funções, exercendo controle sobre quase todas as atividades 
ou eventos que ocorrem a cada momento no nosso corpo. Tal controle é feito através da transmissão de 
impulsos que percorrem os diversos circuitos neuronais e liberação de mediadores químicos através das 
numerosas terminações encontradas nas células. O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que se origina 
de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos 
nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes. Trata-se de um dos tecidos mais 
especializados do organismo animal.
2. Quais os componentes deste tecido e como ele é distribuído anatomicamente? 
O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), formado pelo encéfalo e 
pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais 
tecidos são compostos pelos neurônios e células da glia. 
3. Desenhe e classifique os neurônios de acordo com sua morfologia e sua função. 
Quanto à morfologia - Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio; Bipolares: possuem um dendrito 
e um axônio; Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamente único, mas este se 
divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. 
Quanto à função - Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares; 
Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente; Interneurônios: estabelecem 
conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. 
4. Caracterize as substâncias branca e cinzenta. 
Ao menor aumento do corte histológico transversal da medula espinhal observa-se duas regiões distintas, a 
substância branca que se localiza externamente e a cinzenta internamente, com a forma de letra H. Os principais 
constituintes da substância branca são axônios mielinizados cortados transversalmente, cuja bainha de mielina 
foi parcialmente dissolvida pelo processamento histológico, e as células da glia representadas pelos astrócitos, 
oligodendrócitos e micróglia. A substância branca não contém corpos de neurônios (pericário). A substância 
cinzenta é formada principalmente de corpos de neurônios (pericário), axônios amielinizados e células da glia. 
Os corpos celulares é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que envolve o mesmo. Apresenta 
um formato piramidal, com núcleo grande e arredondado e nucléolo evidente, além dos corpúsculos de Nissl 
(ribossomas livres ou associados ao retículo endoplasmático rugoso). No centro da substância cinzenta 
localiza-se o canal ependimário, revestido por células cilíndricas dispostas em uma única camada, as células 
ependimárias. 
 
5. Como ocorre a transmissão do impulso nervoso? Diferencie a condução nas fibras nervosas 
mielinizadas e nas amielinizadas. 
A transmissão do impulso nervoso ocorre como uma onda de mudança de polarização da membrana do axônio. 
No meio extracelular, encontra-se uma maior concentração de íons sódio (Na+), o que faz com que a 
membrana, em sua face externa, apresente carga positiva e, em sua face interna, carga negativa. Isso se deve a 
um processo denominado de bomba de sódio e potássio, no qual três íons Na+ são bombeados para fora da 
célula a cada dois íons K+ que são bombeados para dentro dela. Os dois íons podem mover-se de volta, 
seguindo seu gradiente de concentração, no entanto, a membrana é menos permeável ao Na+ e, assim, apenas 
uma pequena quantidade de Na+ retorna para a célula. Com isso, uma maior quantidade de cargas positivas é 
mantida fora da membrana, fazendo com que sua face externa seja positiva. A face interna apresenta uma carga 
negativa em razão da presença de proteínas carregadas negativamente e outras grandes moléculas. Após a 
aplicação de um estímulo em qualquer região do axônio, a membrana torna-se permeável aos íons Na+ 
mantidos fora da célula. Esses íons passam a entrar na célula em maior quantidade do que o íon potássio, 
mudando, assim, a polarização da membrana, que se torna mais negativa em sua face externa e mais positiva 
na face interna. A mudança da polarização que ocorre com a entrada do sódio é denominada despolarização. 
No entanto, esse íon é rapidamente expulso, mediante a ação da bomba de sódio, e a membrana retorna à sua 
polarização inicial, positiva na face externa e negativa na face interna. Cada ponto estimulado modifica a 
permeabilidade da região vizinha, expulsando os íons sódio. Esse processo cria uma onde de alternância de 
polarização da membrana, fazendo com que o impulso nervoso percorra todo o axônio até uma região 
denominada de terminais sinápticos. Sinapse é uma junção especializada entre o neurônio e sua célula-alvo. É 
nessa região que os impulsos nervosos são transmitidos de uma célula para outra. A região da ramificação 
presente nessa junção é chamada de terminal sináptico. Durante a sinapse, o neurônio que transmite o impulso 
nervoso é denominado célula pré-sináptica, e a célula querecebe o impulso, que pode ser outro neurônio, uma 
glândula ou célula muscular, é denominada célula pós-sináptica. Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso 
nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo 
de Ranvier para o outro. 
6. Desenhe as diferentes células gliais e cite as respectivas funções destas células. 
Podemos encontrar nas células da glia os seguintes tipos celulares: 
● Astrócitos: são as maiores células, possuem núcleo central e esférico. Têm como função a sustentação 
e a nutrição, pois suas ramificações se ligam a capilares sanguíneos fazendo o transporte de nutrientes. 
● Micróglia: apresentam o corpo alongado e pequeno, com um núcleo também alongado e denso. São 
células macrofágicas, responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos e restos celulares. 
● Oligodendrócitos: são caracterizadas por apresentarem poucos e curtos prolongamentos celulares. 
Produzem a mielina do sistema nervosos central. No sistema nervoso periférico, essa função é exercida 
pelas células de Schwann. 
● Ependimárias: são cilíndricas, com núcleos alongados, apresentando arranjo epitelial. Sua função é o 
revestimento das cavidades do sistema nervoso central. 
7. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o tecido nervoso: 
a) Alzheimer. 
A doença de Alzheimer é a perda progressiva da função mental, caracterizada pela degeneração do tecido do 
cérebro, incluindo a perda de células nervosas, a acumulação de uma proteína anormal chamada beta-amiloide 
e o desenvolvimento de tranças neurofibrilares. Na doença de Alzheimer, as partes do cérebro degeneradas 
destroem as células nervosas e reduzem a capacidade de resposta das restantes a muitos dos mensageiros 
químicos que transmitem os sinais entre as células nervosas no cérebro (neurotransmissores). O nível de 
acetilcolina, um neurotransmissor que ajuda a memória, o aprendizado e a concentração, é baixo. A doença de 
Alzheimer causa as seguintes anomalias no desenvolvimento do tecido cerebral - Depósitos de beta-amiloide: 
Acumulação de beta-amiloide (uma proteína anormal e insolúvel) que se acumula, pois as células não podem 
processar e removê-la; placas senis ou neuríticas: Aglomerados de células nervosas mortas em torno de um 
núcleo de beta-amiloide; Tranças neurofibrilares: Fios trançados de proteínas insolúveis na célula nervosa; 
Aumento dos níveis de tau: Uma proteína anormal componente das tranças neurofibrilares e do beta-amiloide. 
Tais anomalias se desenvolvem em algum grau em todas as pessoas à medida que envelhecem, mas são muito 
mais numerosas em pessoas com a doença de Alzheimer. Os médicos não têm certeza se as anormalidades no 
tecido cerebral causam a doença de Alzheimer ou resultam de algum outro problema que faz com que ocorra 
tanto a demência quanto as anormalidades no tecido cerebral. Em 60 a 80% dos idosos, a causa da demência 
é a doença de Alzheimer. É rara sua existência em pessoas com menos de 65 anos de idade. Torna-se mais 
comum com o aumento da idade. Nos Estados Unidos, estima-se que 10% das pessoas com 65 anos de idade 
ou mais sofram da doença de Alzheimer. Cerca de 5 a 15% dos casos afetam pessoas com antecedentes 
familiares. Podem estar envolvidas várias anormalidades genéticas específicas. Algumas dessas anormalidades 
podem ser herdadas apenas quando um dos pais tem o gene anormal. Ou seja, o gene anormal é dominante. 
Um pai ou mãe afetado tem 50% de chance de transmitir o gene anormal para cada filho. Cerca de metade 
desses filhos desenvolvem a doença de Alzheimer antes dos 65 anos. 
 
b) Esclerose Múltipla. 
Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou 
ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que 
envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A 
característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença 
acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas.Não se conhecem 
ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que a evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais 
comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas. O diagnóstico é 
basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.A fase 
inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento 
e duram aproximadamente uma semana. Tais características fazem com que o paciente não dê importância às 
primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam 
independentemente do tratamento. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando leves sintomas 
sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a 
esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas 
sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou 
formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, 
desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento tem dois 
objetivos principais abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro 
caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, imunossupressores 
e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida 
dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais. 
8. O Sistema Nervoso Autônomo é dividido em duas partes, quais são elas? Qual a sua relação com o 
Músculo Estriado Cardíaco? 
O sistema nervoso autônomo é composto por dois sistemas: Simpático e Parassimpático. Tem relação 
exclusiva com o Músculo Estriado Cardíaco pois as duas divisões funcionam juntas para garantir que o corpo 
responda de modo apropriado a diferentes situações. O sistema simpático prepara o organismo para situações 
de estresse ou de emergência. Para isso, o sistema simpático aumenta a frequência cardíaca e a força das 
contrações do coração e aumenta (dilata) as vias respiratórias para facilitar a respiração. O sistema 
parassimpático controla os processos do corpo durante situações comuns. Geralmente, o sistema 
parassimpático conserva e restaura. Reduz a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial. 
9. O Sistema Nervoso Central é protegido por membranas de tecido conjuntivo. Quais são elas e quais 
suas características? 
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas essas estruturas estão 
envoltas por três membranas, que são conhecidas como meninges (dura-máter, aracnoide e pia-máter). Elas 
possuem a função de proteger esse sistema tão importante. 
● A dura-máter, meninge mais externa, é formada de tecido conjuntivo denso. Ela é constituída por duas 
porções, uma mais externa que está em contato com os ossos e uma mais interna. 
● A aracnoide é uma membrana serosa e está em posição mediana, entre a dura-máter e a pia-máter. Ela 
recebe esse nome em razão de sua estrutura assemelhar-se a uma teia de aranha. Entre a aracnoide e a 
pia-máter existe um líquido, conhecido como cefalorraquidiano ou cerebrospinal. O líquido 
cerebrospinal é formado principalmente por água, proteínas, glicose, glóbulos brancos e alguns 
hormônios. A função desse fluido é suavizar os possíveis impactos do sistema nervoso central com os 
ossos. 
● A pia-máter é uma membrana vascularizada localizada mais internamente. Ela está em contato direto 
com o sistema nervoso central, sendo que a porção da medula é mais espessa e menos vascularizada 
quando comparada com a que revestea região do cérebro. Vale destacar que essa membrana 
acompanha as ondulações do cérebro, aprofundando-se nessas regiões. 
 
► CÉLULAS SANGUÍNEAS (TECIDO HEMATOPOIÉTICO) 
 
1. Cite e desenhe as células sanguíneas (elementos figurados do sangue), caracterizando-as quanto a sua 
morfologia e sua função. 
● Eritrócitos: nos mamíferos são células anucleadas, com grande quantidade da proteína hemoglobina, 
responsáveis pelo transporte de oxigênio e co2. Eritrócitos tem a forma de disco bicôncavo. 
● Neutrófilo: tem formato arredondado e constituem a primeira linha de defesa do organismo contra 
fungos e bactérias, fagocitando, matando e digerindo. 
● Eosinófilos: células importantes contra infecções parasitárias, os eosinófilos secretam citocinas e 
mediadores inflamatórios lipídicos. 
● Linfócitos: responsável pela defesa imunológica. Essas células reconhecem moléculas 
estranhas presentes em agentes infecciosos e produzem imunoglobulinas e tem resposta citotóxica. 
● Monócitos: células do tecido sanguíneo que atravessam os vasos por diapedese e penetram em alguns 
órgãos,onde se maturam e se tornam macrófagos. 
 
2. Quais são os componentes do sangue e qual a sua constituição? 
O sangue é formado por glóbulos sanguíneos e pelo plasma. Os glóbulos sanguíneos por sua vez são formados 
por eritrócitos, plaquetas e diversos tipos de leucócitos. O Plasma é uma solução aquosa que contém elementos 
de peso molecular variado. Os componentes do plasma são basicamente proteínas, sais inorgânicos, vitaminas, 
hormônios e glicose. 
3. O que são as plaquetas e qual principal função elas desempenham? 
As plaquetas são fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea, se caracterizam com formato 
de disco. Essas corpúsculos anucleados são responsáveis pela coagulação sanguínea e pela reparação de 
paredes de vasos sanguíneos que estão danificados. No esfregaço sanguíneos, as plaquetas aparecem em grupos 
pois tendem a se aglutinar. 
4. Como ocorre o processo de Hematopoiese e qual célula é precursora deste processo? 
O processo de formação, maturação e desenvolvimento das células sanguíneas é denominado de 
Hematopoiese. Esse processo necessita de uma célula precursora, denominada célula tronco hematopoiética. 
Essa produção de células sanguíneas ocorre na medula óssea, na cavidade central de ossos longos. 
5. Discorra a seguir sobre as patologias que afetam o Tecido Sanguíneo: 
a) Anemia. 
Essa patologia se caracteriza pela baixa concentração de hemoglobinas funcionais, que por consequência 
resulta em uma baixa oxigenação dos tecidos.As anemias podemacontecer por decorrencia de alguns fatores 
como: hemorragia, produção insuficiente de eritrócitos, produção de eritrócitos defeituosos ou destruição 
acelerada de eritrócitos. 
b) Leucemia. 
É um câncer maligno nos glóbulos brancos, onde o funcionamento da medula óssea é comprometido por conta 
do acúmulo de células doentes nessa região, Essa células sofrem mutação e se tornam cancerosas, têm seu 
funcionamento inadequado e perdem sua capacidade de defesa do organismo de forma efetiva. Além disso, a 
multiplicação mais acelerada dessas células faz com que ela acabe tomando espaço de outras células. Diante 
desse quadro, o organismo com esse tipo de patologia fica vulnerável a anemias, infecções, hemorragias e 
alguns outros sintomas causados por essa produção defeituosa e acelerada.

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