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Apostila Descritores Lingua Portuguesa

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_____________________
CADERNO DE QUESTÕES
SPAECE 2020
LÍNGUA PORTUGUESA
______________________
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA - SPAECE
3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
	I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA
	D1	Localizar informação explícita.
	D2	Inferir informação em texto verbal.
	D3	Inferir o sentido de palavra ou expressão.
	D4	Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.
	D5	Identificar o tema ou assunto de um texto.
	D6	Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
	D7	Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto.
	
	II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
	D9	Reconhecer gênero discursivo.
	D10	Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros.
	D11	Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerador.
	
	III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
	D12	Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos.
	D13	Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos de um mesmo tema.
	
	IV. COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
	D14	Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade.
	D15	Identificar a tese de um texto.
	D16	Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
	D17	Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios etc.
	D18	Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas.
	
	V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
	D19	Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões.
	D20	Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
	D21	Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.
	D22	Reconhecer efeitos de humor e ironia.
	
	VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
	D23	Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Um pé de milho
Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim - mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas é diferente.
Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, parecia um galo cantando.
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.
Rubem Braga
01. (D11) O fato que deu origem a essa narrativa foi
A) o pé de milho ter pendoado.
B) o outro amigo afirmar que era um pé de cana.
C) os americanos terem entrado em contato com a Lua.
D) o jardineiro ter trazido um monte de terra para o quintal.
E) o amigo ter declarado desdenhosamente que era um pé de capim.
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Disponível em http://qtohumor.blogspot.com.br/2011/08/charge-o-vendedor-de-carro.html
02. (D22) O efeito de humor nos quadrinhos é produzido a partir do
A) emprego do advérbio "aí".
B) valor denotativo da palavra carro.
C) valor polissêmico do verbo "andar".
D) duplo sentido da expressão "carro de garagem".
E) uso do ponto de exclamação na expressão "Não anda!".
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
O Apito
Luis Fernando Verissimo
Tudo o que o Mafra dizia, o Dubin duvidava. Eram inseparáveis, mas viviam brigando. Porque o Mafra contava histórias fantásticas e o Dubin sempre fazia aquela cara de conta outra.
— Uma vez...
— Lá vem história.
— Eu nem comecei e você já está duvidando?
— Duvidando, não. Não acredito mesmo.
— Mas eu nem contei ainda!
— Então conta.
— Uma vez eu fui a um baile só de pernetas e...
— Eu não disse? Eu não disse?
O Mafra às vezes fazia questão de provar as suas histórias para o Dubin.
— Dubin, eu sou ou não sou pai-de-santo honorário?
O Dubin relutava, mas confirmava.
— É.
Mas em seguida arrematava:
— Também, aquele terreiro está aceitando até turista argentino...
Então veio o caso do apito. Um dia, numa roda, assim no mais , o Mafra revelou:
— Tenho um apito de chamar mulher.
— O quê?
— Um apito de chamar mulher.
Ninguém acreditou. O Dubin chegou a bater com a cabeça na mesa, gemendo:
— Ai meu Deus! Ai meu Deus!
— Não quer acreditar, não acredita. Mas tenho.
— Então mostra.
— Não está aqui. E aqui não precisa apito. É só dizer "vem cá".
O Dubin gesticulava para o céu, apelando por justiça.
— Um apito de chamar mulher! Só faltava essa!
Mas aconteceu o seguinte: Mafra e Dubin foram juntos numa viagem (Mafra queria provar ao Dubin que tinha mesmo terras na Amazônia, uma ilha que mudava de lugar conforme as cheias) e o avião caiu em plena selva. Ninguém se pisou, todos sobreviveram e depois de uma semana a frutas e água foram salvos pela FAB. Na volta, cercados pelos amigos, Mafra e Dubin contaram sua aventura. E Mafra, triunfante, pediu para Dubin:
— Agora conta do meu apito.
— Conta você — disse Dubin, contrafeito.
— O apito existia ou não existia?
— Existia.
— Conta, conta — pediram os outros.
— Foi no quarto ou quinto dia. Já sabíamos que ninguém morreria. A FAB já tinha nos localizado. O salvamento era só uma questão de tempo. Então, naquela descontração geral, tirei o meu apito do bolso.
— O tal de chamar mulher?
— Exato. Estou mentindo, Dubinzinho?
— Não — murmurou Dubinzinho.
— Soprei o apito e pimba.
— Apareceram mulheres?
— Coisa de dez minutos. Três mulheres.
Todos se viraram para o Dubin incrédulos.
— É verdade?
— É — concedeu Dubin.
Fez-se um silêncio de puro espanto. No fim do qual Dubin falou outra vez:
— Mas também, era cada bucho!
Disponível em http://www.releituras.com/lfverissimo_apito_imp.asp/ Acesso em 19/06/2015.
03. (D19) No trecho "— Exato. Estou mentindo, Dubinzinho?", o diminutivo é utilizado com o intuito de
A) indicar relação de cumplicidade pelo amigo.
B) demonstrar o desprezo pelo amigo.
C) referir-se à estrutura do amigo.
D) fazer uma crítica ao amigo.
E) ironizar o nome do amigo.
Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 4 e 5.
Texto I
Disponível em http://www.radiosentinela.com.br?preserve-ambiental-e-zoni-lancam-campanha-para-coleta-de-oleo. Acesso em 19/06/2015.
Texto II
Bola gigante de gordura e papel higiênico é removida do esgoto de Londres
A estrutura tinha 10 toneladas e 40 metros de diâmetro
Uma estrutura enorme feita de gordura e papel higiênico congelados foi removida do esgoto de Londres. O negócio era tão pesado e gigantescoque quebrou o encanamento da região de Chelsea, causando um prejuízo de 400 mil libras. A bolota foi apelidada de 'fatberg' - mistura de iceberg com 'fat' (que, em inglês, significa gordura).
"Vemos bloqueios feitos do mesmo material o tempo todo em residências - mas eles são do tamanho de uma bola de cricket, no máximo", afirma Stephen Hunt, o supervisor de manutenção da empresa responsável pelo esgoto da região, a Thames Water. "O encanamento está tão danificado pela gordura que precisamos substituir vários metros".
Apesar de um fatberg dessa dimensão ser raro, as estruturas estão se tornando um problema constante nos esgotos de Londres. Isso porque a capital inglesa produz cerca de 44 milhões de litros de óleo por ano - e uma boa parte dessa substância vai pelo ralo, literalmente. Lá, encontra papel higiênico descartado pelas privadas e acontece a formação dos fatbergs. Pesquisas mostram que uma em cada cinco pessoas admite dar descarga no papel higiênico, contribuindo para a criação dessas massas. Lembrando que, além de serem péssimas para o meio ambiente, prejudicando o tratamento do esgoto, elas também aumentam as chances de que aconteçam alagamentos (não de água cristalina) nas casas.
E vale lembrar que esse fatberg nem é o maior registrado. Em 2013, uma bola de 15 toneladas foi encontrada em Kingston e, no ano passado, trabalhadores precisaram lidar com um fatberg de 80 metros.
Da próxima vez em que for descartar seu papel higiênico ou for jogar o óleo da cozinha pela pia, pense no monstro que você pode ajudar a criar.
Disponível em http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2015/04/bola-gigante-de-gordura-e-papel-higienico-e-removida-do-esgoto-de-londres.html.
04. (D14) Os dois textos tratam
A) da falta de combinação entre água e óleo.
B) do descarte inadequado do papel higiênico.
C) do descarte inadequado do óleo de cozinha.
D) da danificação dos encanamentos pela gordura.
E) do aparecimento de uma bolota chamada "fatberg".
05. (D15) De acordo com o texto 2, as estruturas dos esgotos de Londres estão se tornando um problema porque
A) os trabalhadores precisaram lidar com um fatberg de 80 metros. 
B) boa parte do óleo produzido na capital inglesa escoa pelo ralo.
C) uma em cada cinco pessoas admite dar descarga no papel higiênico.
D) o encanamento está muito danificado e por isso precisa ser substituído.
E) estão aumentando as chances de que acontecem alagamentos nas casas. 
Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 6 e 7.
Paz social
Está comprovado que a violência só gera violência. A rua serve para a criança como uma escola preparatória. Do menino marginal, esculpe-se o adulto marginal, talhado diariamente por uma sociedade violenta que lhe nega condições básicas de vida.
Por trás de um garoto abandonado existe um adulto abandonado. E o garoto abandonado de hoje é o adulto abandonado de amanhã. É um círculo vicioso, em que todos são vítimas, em maior ou menor escala. Vítimas de uma sociedade que não consegue garantir um mínimo de paz social.
Paz social significa poder andar na rua sem ser incomodado por pivetes. Isso porque, num país civilizado, não existem pivetes. Existem crianças desenvolvendo suas potencialidades. Paz é não ter medo de sequestradores. É nunca desejar comprar uma arma para se defender ou querer se refugiar em Miami. É não considerar normal a idéia de que o extermínio de crianças ou adultos garanta a segurança  & nbsp;    Entender a infância marginal significa entender por que um menino vai para a rua e não para a escola. Essa é, em essência, a diferença entre o garoto que está dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola. E essa é a diferença entre desenvolvido e um país de Terceiro Mundo.
É também entender a história do Brasil, marcada pelo descaso das elites em relação aos menos privilegiados. Esse descaso é simbolizado por uma frase que fez muito sucesso na política brasileira: caso social é caso de polícia.
A frase surgiu como uma justificativa para o tratamento dado ao trabalhador no começo do século XX. Em outras palavras, é a mesma postura que as pessoas assumem hoje em relação à infância carente e aos meninos de rua.
DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20. ed. São Paulo: Ática, 1993.
06. (D23) Passagens do texto como "Do menino marginal, esculpe-se o adulto marginal, talhado diariamente por uma sociedade violenta...", revelam um locutor que faz uso de linguagem predominantemente
A) formal. 		B) técnica. 		C) regional.
D) científica. 		E) informal.
07. (D14) No período "Do menino marginal, esculpe-se o adulto marginal, talhado diariamente por uma sociedade violenta que lhe nega condições básicas de vida", o termo destacado refere-se à
A) marginal.			B) sociedade.
C) adulto marginal.			D) menino marginal.
E) sociedade violenta.
08. (D6) Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Entre raios e trovões
Primeiro o céu fica bem escuro e começa a chover. Aí vem um clarão bem forte, seguido de um barulho enorme. E a gente toma o maior susto! O nome desse fenômeno, poderoso e às vezes assustador, é raio. O raio nasce em nuvens grandes e escuras, que têm a parte de baixo lisa. Elas são conhecidas como cúmulos-nimbos e ficam bem altas, entre 2 e 18 quilômetros do chão. 
Quando estão cheias de gotículas de água e pequenos pedaços de gelo, caem grandes tempestades. Com o vento as pedrinhas de gelo batem umas nas outras. Essa agitação cria partículas de eletricidade na nuvem. Se uma nuvem com muitas partículas elétricas negativas encontra outra com muitas partículas positivas, elas trocam essas partículas, formando uma corrente elétrica poderosa. Também pode acontecer de se formar uma corrente elétrica entre uma nuvem e o solo. Nos dois casos, o resultado final é o raio.
(MOIÓLI, Júlia. Revista Recreio n.411. Janeiro/2008)
Nesse texto, há uma opinião expressa pela autora em
A) "Primeiro o céu fica bem escuro e começa a chover".
B) "O raio nasce em nuvens grandes e escuras..."
C) "Essa agitação cria partículas de eletricidade na nuvem."
D) "E a gente toma o maior susto! O nome desse fenômeno, poderoso e às vezes assustador, é raio".
E) "Quando estão cheias de gotículas de água e pequenos pedaços de gelo, caem grandes tempestades."
09. (D4) Leia o texto a seguir e responda.
https://www.google.com.br/search?q=bill+watterson+O+melhor+de-Calvin. 
Acesso em 15/06/2015.
A conclusão do menino no último quadrinho revela que
A) a orientação da sua mãe foi atendida.
B) a mãe lhe permitia comer o que ele queria.
C) a sua mãe o orientou a comer o que ele queria.
D) a intenção da mãe contraria as expectativas dele.
E) a sua mãe se preocupa em lhe oferecer alimentos saudáveis. 
Qual foi a primeira escola?
Foram as escolas fundadas na Europa no século 12. Isso se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e crianças como alunos. Na Grécia antiga, as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão em séries nem salas de aula. Já na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos.
A palavra “escola” vem do grego scholé, que significava, acredite se quiser, “lugar do ócio”.
Isso porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre para refletir. Vários centros de ensino pipocaram pela Grécia, por iniciativa de diferentes filósofos. As escolas geralmente eram levadas adiante pelos discípulos do filósofo-fundador e cada uma valorizava uma área de conhecimento.
A escola de Isócrates, um exímio orador, por exemplo, era muito forte no exame da eloquência, que é a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemáticas, que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências e geografia, só surgiram entre os séculos 19 e 20.
FUJOTA, Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortográfica. 
10. (D1) De acordo com esse texto, a escola de Isócrates era excelente no ensino de
A) Ciências.		B)Geografia.		C) História.
D) Matemática.		E) Oratória.
Turismo
A única coisa que perturba harmonia do ambiente são os turistas. Alguns. Eles não viajam a fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles só querem mudar de cenário para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles, o som é essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles têm som. Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde vão, sua presença é uma perturbação para o espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam do silêncio? Acho que para eles, o silêncio é o mesmo que o vazio. E o vazio é sinal de pobreza. Nossa cultura provocou uma transformação perversa nos seres humanos, de forma que eles acreditam que, para estar bem, é preciso estar acoplados a objetos tecnológicos.
ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. 
p. 158. Fragmento. 
11. (D3) No trecho “Nunca desembarcam de si mesmos.”, o autor usou a expressão destacada para ressaltar que os turistas têm dificuldade de
A) conviver em harmonia.		B) mudar os hábitos.
C) respeitar o lugar.		D) sentir a paisagem.
E) transformar as pessoas.
O teatro da etiqueta
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos. 
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos. 
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.
12. (D15) Nesse texto, o autor defende a tese de que
(A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
(B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
(C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
(E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
Amor à primeira vista
Papel, plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de ser monótono.
Desde que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros fatores que influenciam a escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com mais atenção. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e formatos curiosos na tentativa de chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heróis da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o caso do achocolatado que você toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da noite. 
Essas embalagens despertam o interesse dos consumidores muitas vezes, eles levam o produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de apreciarem o conteúdo. [...]
13. (D16) Um argumento que sustenta a tese de que “a embalagem agora é uma forma de conquistar o consumidor” é que
A) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.
B) a embalagem tem formatos muito curiosos.
C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.
D) os produtos infantis trazem os super-heróis.
E) os consumidores são atraídos pela embalagem
O Berço da filosofia e da democracia
Atenas pode-se orgulhar de ter sido o berço da filosofia, conhecimento que superou os mitos na tentativa de se explicar o mundo. Nas ruas da capital grega, circularam pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, filósofos cujas ideias tornaram-se baluartes para a sociedade ocidental, apesar dos milhares de anos que nos separam deles. Além disso, foi lá que se viveu uma experiência até então inédita de democracia, sistema político defendido hoje nos quatro cantos do planeta.
Atenas viu nascer a democracia, o primeiro regime político a pregar a igualdade de direito entre todos os homens, independentemente da classe social. Mesmo que ele não tenha funcionado a pleno vapor na Antiga Grécia, foi lá que o sistema nasceu e dessa experiência partiram as ideias e modelos subsequentes. Sem a ousadia ateniense de pregar e defender valores até então nunca cogitados, provavelmente, o rumo da Humanidade teria sido diferente.
Revista Grécia – Terra dos Deuses – Editora Escala – nº 04 – p.14 e 15. *Adaptado: 
Reforma Ortográfica. Fragmento. 
14. (D17) No fragmento “Além disso, foi lá que se viveu uma experiência até então inédita de democracia”, a expressão destacada tem um valor semântico de
A) acréscimo.		B) comparação.	 C) consequência.
D) oposição.		E) proporção
Saiba: Carboidratos funcionam melhor misturados
Carboidratos simples, como frutas e geleias, aumentam sua energia. Os complexos, como pães e cereais integrais, ajudam a mantê-la alta. 
Ovos: bombas de colesterol
Ovos são ótima fonte de proteína, mas seu consumo deve ser limitado a menos de 300 miligramas por dia – 200 miligramas se você tiver alguma doença cardíaca. Um ovo grande tem cerca de 215 miligramas. Sua omelete; um ovo inteiro mais duas ou três claras.
A gordura não é de todo má
É verdade. Ela tem muita caloria, mas também o faz sentir-se saciado. Espalhe um pouco de gordura boa, como pasta de amendoim, na primeira torrada, e é menos provável que você coma a segunda. E, não, manteiga comum não é gordura boa.
Go Outside Equilíbrio Total. 2008, p.70. *Adaptado: Reforma Ortográfica. 
15. (D7) A ideia principal desse texto é:
A) a gordura contém muita caloria.
B) carboidratos devem ser misturados.
C) o consumo de manteiga é prejudicial.
D) ovos aumentam a taxa de colesterol.
E) pães e cereais aumentam a energia.
Leia o texto abaixo e responda.
A raposa e as uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho:
– Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para cachorros.
E foi-se.
Nisto deu um vento e uma folha caiu.
A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a farejar...
Quem desdenha quer comprar.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 47.
16. (D21) Nesse texto, a palavra “carregadinha” tem a ver com
A) o sabor das frutas.	
B) a altura da parreira.
C) o tamanho dos cachos.	
D) o estado das uvas: madurinhas.
E) a quantidade de uvas produzidas.
Vintage – Paulinho da Viola
Ontem, 1981
Eu aspirava a muitas coisas.
Eu temia viver à deriva.
Eu desfilava meu amor pela Portela.
Eu cantava carinhoso.
Eu escutava e não ligava.
Eu usava roupas da moda
Me alegrava uma roda de choro.
Eu pegava um violão e saía noite adentro.
Meu cavaquinho chorava quando
eu não tinha mais lágrimas.
Hoje, 2010
Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde
Eu temo não poder navegar.
Eu desfilo meus sonhos possíveis.
Eu canto e males espanto.
Eu escuto e... “pode repetir, por favor?”
Eu uso, mas não abuso.
Me alegra um bom papo.
Eu pego o violão e procuro um cantinho.
Meu cavaquinho chora quando
surge uma melodia nova.
17. (D2) Depreende-se dessas declarações que o cantor
A) arrependeu-se do que falou antes.
B) fez uma revisão de conceitos.
C) mudoumuito a personalidade.
D) reinventou as composições.
E) sentiu certo saudosismo.
Publicidade: a força das imagens a serviço do consumo
Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo inconsciente do telespectador A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do convencimento. Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento. Assim, fica muito difícil resistir aos seus apelos: o sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor, o último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode deixar de comprar – deslizando em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos. Publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no vídeo e nos outdooors, mas suas armas parecem mais poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode ser encontrado na cozinha.
Aprender a ler as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância na formação de um telespectador crítico, que sabe analisar os noticiários e as telenovelas [...]
RIZO, Sérgio. “O poder da telinha”. Nova Escola. São Paulo: Abril, ano XIII, n. 118, 
p.17, dez. 1998. 
18. (D5) O assunto desse texto é
A) a linguagem da propaganda.	B) a publicidade e o consumo.
C) a veiculação da propaganda.	D) o comercial e a televisão.
E) o valor da peça publicitária.
Nunca é tarde, sempre é tarde
Conseguiu aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária.
Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente.
Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado.
Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...]
FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporâneos.
 São Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento.
19. (D10) A personagem se assustou devido
A) à percepção de que sequer havia levantado.
B) à possibilidade de ficar muito doente.
C) à reclamação da mãe.
D) ao atraso para o trabalho.
E) ao toque da campainha.
Pensamento positivo pode ajudar a combater doenças
[...] Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptíveis a doenças. O estresse – que é útil em pequenas doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os riscos de diabetes e até demência.
O que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/
Revista/Common/0,,EMI263281-17770,00 PENSAMENTO+POSITIVO+PODE+AJUDAR+A
+COMBATER+DOENCAS.html>. Acesso em: 8 set. 2011. Fragmento.
20. (D9) Esse texto tem o objetivo de
A) alertar o leitor sobre doenças.
B) descrever um procedimento médico.
C) explicar um termo científico.
D) incentivar a realização de experiências.
E) informar sobre uma pesquisa científica.
Leia o texto:
Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que estão espalhadas pelo Brasil.
Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um mapa: serviam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos referentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.
FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007. Fragmento. 
21. (D20) Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para
A) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.
B) destacar algumas montanhas que o autor prefere.
C) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.
D) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.
E) finalizar os tipos de montanhas.
Leia o texto
No muro / O gato.
Na árvore /O passarinho.
Agora:/O gato
Na árvore./O passarinho /No muro.
Na janela/Uma criança rindo.”
22. (D8) Ao ler o poema com atenção, é possível perceber que se trata de
(A) uma perseguição.  		(B) uma brincadeira.   
(C) uma corrida.       		(D) um passeio.
(E) um voo.
LEIA OS TEXTOS COM ATENÇÃO:
O Mato
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva que passou toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia sem vaga-lumes nem grilos.
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já sem esperança, insistia em querer falar com alguém.
Por um instante o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres. Ainda bem que de todas as grandes cidades do mundo o rio é a única a permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. 
Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos - mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura, com sua pele de musgo e seu misterioso coração mineral.
ARRIGUCCI, Jr. Os melhores contos de Rubem Braga. São Paulo: Editora Global Ltda, 1985.
23. (D 11) No texto, o elemento que gera a história narrada é
a) a preocupação do homem com os problemas alheios.
b) a proximidade entre a casa do homem e o morro com mato viçoso.
c) o desejo do homem de buscar alento próximo da natureza.
d) o toque insistente do telefone em uma casa fechada e silenciosa.
e) os ruídos vespertinos da cidade, com seus murmúrios constantes.
Cuidado com que compra!Para os moldes atuais, Magdalena Schöttlin não tinha feito nada de errado, na realidade. Mas em uma vila alemã de 1708, seu comportamento era ultrajante. A esposa de 34 anos de um tecelão vivia usando um “lenço exagerado no pescoço que não condizia com sua condição de vida, sendo um flagrante de violação das ordens do governo sobre vestuário”. 
Os censores locais, responsáveis por fazer-se cumprir as leis, já haviam alertado Magdalena duas vezes. Então o pastor dirigiu um sermão de domingo castigando a elegância da alfaiataria, se referindo especialmente ao lenço de Magdalena. Finalmente, os censores convocaram a pobre mulher diante de todo o conselho da igreja e ordenaram que ela se explicasse. 
Quando ela protestou contra a proibição de seu acessório, alegando que havia sido presenteada com o objeto e que outras pessoas também usavam adornos parecidos, a paciência dos censores acabou. Magdalena foi ordenada a parar de usar seu lenço “ostentação” para sempre. Ela também foi sentenciada a pagar 11 Kreuzer- quase o equivalente a quatro dias de trabalho. 
Magdalena é apenas uma entre milhares de moradoras das quais as práticas de consumo foram reconstruídas pelo time de historiadores econômicos da Universidade de Cambridge. As mudanças nos hábitos de consumo são interessantes não só por suas próprias finalidades, mas também porque podem ter efeitos muito mais amplos.
Revista BBCHistory Brasil, ANO 2 –Nº 8,2015 
24. (D 15) Nesse texto, o autor defende a ideia de que o lenço usado por Magdalena 
a) tinha uma finalidade democrática. 
b) violava os padrões da moda atual. 
c) chamava atenção por ser deselegante. 
c) era apreciado pela sociedade da época. 
e) representava um símbolo de ostentação. 
TEXTO I: A cigarra e as formigas
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra faminta lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?” A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno.
A fábula mostra que não se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristeza e perigos.
Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997.
TEXTO II: Muita comoção e tristeza no adeus à Cigarra
Milhares de insetos compareceram, ontem, ao enterro da Cigarra. Muita tristeza e revolta marcaram o adeus à maior cantora que a Floresta já teve. Várias manifestações de carinho aconteceram durante toda a cerimônia. O prefeito Lagarto e a primeira dama Borboleta compareceram ao funeral. Eles pediram às autoridades pressa nas investigações para que o verdadeiro culpado pela morte da cantora seja punido. O público não deixou de homenagear sua querida artista. Os fãs entoaram os sucessos da Cigarra que faziam a alegria dos habitantes da Floresta durante o verão. Um outro grupo erguia faixas de protesto chamando a principal suspeita da morte, a Formiga, de cruel e de egoísta. Nenhuma formiga foi vista no enterro.
Fonte: Donizete Aparecido Batista – Professor da Rede Pública do Estado do Paraná.
25. (D 12) Os dois textos apresentam:
a) O egoísmo da formiga. 		b) A morte da cigarra cantora.
c) A fome da formiga. 		d) O trabalho da formiga.
e) A preguiça da formiga.
	Amor é fogo que arde sem se ver
Luis Vaz de Camões 
Amor é fogo que arde sem se ver, 
é ferida que dói, e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 
É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente; 
é nunca contentar-se de contente; 
é um cuidar que ganha em se perder. 
É querer estar preso por vontade; 
é servir a quem vence, o vencedor; 
é ter com quem nos mata, lealdade. 
Mas como causar pode seu favor 
nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica 
Aula.html?aula=8202>. Acesso em: 15 maio 2017.
26. (D17) Nos versos: “Mas como causar pode seu favor/ nos corações humanos amizade,/ se tão contrário a si é o mesmo Amor?”, (últimos versos) a palavra “Mas” estabelece uma relação de 
a) causa. 		b) condição. 		c) explicação. 
d) contradição. 		e) consequência. 
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é um dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram sessenta anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, Eu nem olhava o relógio seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo, 2005.
27. (D 20) As reticências foram usadas, no fim de alguns versos, com o sentido de expressar
a) o cansaço que a passagem do tempo traz.
b) a lentidão com que o tempo vai passando.
c) a continuidade da passagem do tempo.
d) o sentimento de que nada muda com o tempo.
e) a mansidão dos dias e das horas.
Realidade com muita fantasia
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e dultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior. 
Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias. 
Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”.
28. (D 03) A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (1º parágrafo) significa que Scliar é
a) crítico e detalhista. 		b) criativo e inconsequente. 
c) habilidoso e talentoso. 		d) inteligente e ultrapassado.
e) detalhista e criativo
A outra noite
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
29. (D 11) O fato que desencadeou a história foi
a) a viagem a São Paulo. 		b) o mau tempo em São Paulo.
c) o agradecimento do taxista.	d) a conversa ouvida pelo taxista.
e) uma noite fria e tranquila.
 
TEXTO 1: Mundo cão I
Gostaria de parabenizar a repórter Fátima Sá pela excelente reportagem sobre a exposição de cães e agradecê-la pela linda capa da revista. Simplesmente você fez o meu domingo ser um dos domingos mais alegres da minha vida! O máximo! As fotos ficaram ótimas, e você conseguiu de forma bem objetiva explicar o que acontece nas exposições.
Fabiana Perrone , Rio de Janeiro , RJ
TEXTO 2: Mundo cão II
A capa da revista foi um soco no meu estômago. O conteúdo da reportagem é chocante. Como é que pessoas, em nome da futilidade e da ganância, submetem os pobres animaisa terríveis torturas! Pobre daquele poodle, com aquela montanha de pelos repuxados, que sofrimento. Esses animais não devem poder beber nem comer durante essas torturas, pois na certa estragariam a festa de seus donos, ávidos pelos prêmios.
Neusa Rego, Rio de Janeiro, RJ
 Revista O Globo. Ano 5, nº 255. 14 jun de 2009.
30. (D 12) Ao comparar esses textos, evidenciam-se
a) opiniões embasadas teoricamente.
b) pontos de vista contraditórios.
c) posturas reflexivas e profundas.
d) traços de ironia e deboche.
e) as informações são complementares
São Paulo busca soluções para evitar colapso socioambiental
Debates realizados na capital paulista para discutir a crise socioambiental no Brasil destacam desmatamento e exploração não sustentável da Amazônia.
Como era de se esperar, o desmatamento e a exploração não sustentável da região Amazônica dominaram os debates. Afinal, São Paulo é o maior centro urbano do país e o maior consumidor, processador e distribuidor dos produtos extraídos da Amazônia, como madeira, carne e soja. 
Ao governo coube a exposição de medidas a serem adotadas para a preservação e a exploração sustentável da Amazônia. 
O Movimento Nossa São Paulo e o Fórum Amazônia Sustentável organizaram o seminário “Conexões Sustentáveis: São Paulo-Amazônia”, iniciativa da qual o Instituto Akatu participa para discutir o viés socioambiental das relações comerciais entre as duas regiões. Dados do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontam que, desse volume, 23% vêm para o estado de São Paulo, o que representa mais que a soma dos dois Estados que aparecem em segundo lugar (Paraná e Minas Gerais), com 11% cada. 
31. (D 15) A tese do texto está presente no
a) desmatamento e na exploração sustentável da Amazônia.
b) debate sobre o desmatamento e a exploração não sustentável da Amazônia.
c) processo e na distribuição dos produtos extraídos da Amazônia, como madeira, carne e soja.
d) viés socioambiental das relações comerciais inexistentes entre São Paulo e Amazona
e) organização de um seminário para discutir o desmatamento da Amazônia.
Tem tudo a ver
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o voo,
e o canto dos pássaros,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
- é só abrir os olhos e ver-
tem tudo a ver
com tudo.
JOSÉ, Elias. Disponível em: http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/
2010/03/tem-tudo- 
32. (D 20) No trecho destacado, os travessões foram utilizados para 
a) indicar a fala de um personagem. 
b) apresentar a ideia central do texto. 
c) estabelecer uma pausa no discurso do eu lírico. 
d) destacar um diálogo estabelecido entre o eu lírico e a amada. 
e) mostrar a mudança de discurso do eu lírico para uma personagem. 
MOÇA LINDA BEM TRATADA
Moça linda bem tratada, 
Três séculos de família, 
Burra como uma porta: 
Um amor! 
[ ... ] 
ANDRADE. Mário de. Disponível em: http://leaoramos.blogspot.com.br/ 2007/07/ mrio-de-andrade-moa-linda-trs-sculos-de.html. 
33. (D 21) No texto, ao utilizar a expressão em destaque, o autor pretende
a) criticar a família da moça. 		b) zombar da beleza da moça. 
c) debochar do amor da moça. 	d) ironizar a educação da moça. 
e) recriminar a bondade da moça. 
	Um arriscado esporte nacional
Os leigos sempre se medicaram por conta própria, já que de médicos e de loucos todos temos um pouco, mas esse problema jamais adquiriu contornos tão preocupantes no Brasil como atualmente. Qualquer farmácia conta hoje com um arsenal de armas de guerra para combater doenças de fazer inveja à própria indústria de material bélico nacional. Cerca de 40% das vendas realizadas pelas farmácias nas metrópoles brasileiras destinam-se a pessoas que se automedicam. A indústria farmacêutica de menor porte e importância retira 80% de seu faturamento da venda “livre” de seus produtos – isto é, das vendas realizadas sem receita médica. 
Diante desse quadro, o médico tem o dever de alertar a população para os perigos ocultos em cada remédio, sem que, necessariamente, faça junto com essas advertências uma sugestão para que os entusiastas da automedicação passem a gastar mais em consultas médicas. Acredito que a maioria das pessoas se automedicam por sugestão de amigos, leitura, fascinação pelo mundo maravilhoso das drogas “novas” ou simplesmente para tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os resultados podem ser danosos.
MEDEIROS, Geraldo. – Revista Veja, 18 de dezembro, 1985.
34. (D 05) O tema abordado no texto é
a) os riscos constantes da automedicação.
b) o crescimento da indústria farmacêutica. 
c) a venda ilegal de medicamentos.
d) a luta pela manutenção da juventude.
e) o faturamento das consultas médicas.
Leia e responda:
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. (...)
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um fartum acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azulados pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. 
Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequena cá fora traquinava já, e lá de dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Disponivelemhttp://www.sinergiaspcnut/editoraeletronica(autor/024102400100_html.
Acesso em 02/04/2015.
35. (D11) O narrador desse texto é um
a) personagem que participa dos fatos.
b) intruso porque tem a liberdade de narrar.
c) observador que não participa dos fatos.
d) personagem que se mantém atento aos fatos.
e) observador que participa e não conta os fatos
O amor por entre o verde
Não é sem frequência que à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido num blues jeans e num suéter folgado, os cabelos puxados para trás num rabinho de cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, dezesseis, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo as velhas árvores que por ali espaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam [...]
MORAIS, Vinícius de. Para viver um grande amor – Crônicas e poemas. São Paulo, 
Companhia das Letras, 1991.
36. (D6) Nos trechos abaixo, há uma opinião em
a) “...eu vejo um casalzinho de brotos...”.
b) “Ela é uma menina de uns treze anos...”.
c) “Uma coisa eu lhes asseguro: Eles são lindos,”.
d) “um em frente ao outro, no corrimão da colunata, “
e) “...os rostos a se buscarema todo momento...”.
Canguru
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão. 
Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo; wallaby As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes. 
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores. 
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável linguista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha”. Também acho.
Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor. 
37. D (02) Pode-se inferir do texto que 
a) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos linguistas. 
b) os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras. 
c) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores. 
d) o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa. E) os nativos desconheciam o significado de canguru.
Haverá um mapa para este tesouro?
 “Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica). 
O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme biodiversidade, sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade de enxergá-la, significa um grande sonho.... e sonhos não costumam tornar-se realidade... podem até evoluir para pesadelos... 
Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. Todos sabem que a pior atitude é “...matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como herança. 
Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura. Julho/agosto/setembro 2003. p. 20. 
38. D (16) O trecho “evoluir para pesadelos...” (final do 2º parágrafo) é um argumento para sustentar a ideia de que 
a) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável. 
b) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas. 
c) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática.
d) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos.
e) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito. 
Leia: 
O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone:
- Desliga você.
- Não, desliga você.
- Você.
- Você.
- Então vamos desligar juntos.
- Tá. Conta até três.
- Um...Dois...Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra?, eram ridículos. Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha. (Gongonha!) Mamosa. Purupupuca...
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras no sofá, olho no olho, dizendo.
- As dondozeira ama os dondonzeiro?
- Ama.
- Mas os dondonzeiro ama as dondonzeira mais do que as dondonzeira ama os dondonzeiro.
- Na-na-não. As dondonzeira ama os dondonzeiro mais do que etc....
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de língua, beijos de amígdalas, beijos catetéticos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois do ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999.)
39. (D1) No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado
(A) às brigas por amor.		(B) às mentiras inocentes.
(C) às reconciliações felizes.		(D) aos apelidos carinhosos.
(E) aos telefonemas intermináveis.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999
40. (D3) A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de
(A) enfatizar a leitura.		(B) incentivar a leitura.
(C) individualizar a leitura.		(D) priorizar a leitura.
(E) valorizar a leitura.
Canguru
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guuguyimidhirr, em língua local, Gan- guruu, “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão. 
Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo; wallaby
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes.
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável linguista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha”. Também acho.
Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.
41. (D2) Pode-se inferir do texto que
(A) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos linguistas.
(B) os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras. 
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores.
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa.
(E) os nativos desconheciam o significado de canguru.
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estesolhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
—Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19- 20.
42. (D5) O tema do texto é
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho.
Senhora
Aurélia passava agora as noites solitárias.
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração não lhe consentia queixar- se. Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, talvez inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer -se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heroica dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107- 8.
43. (D6) O narrador revela uma opinião no trecho
(A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...”
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” 
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...” 
44. (D4) O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho sugere
(A) caridade.		(B) entusiasmo.		(C) gratidão.
(D) interesse.		(E) satisfação.
A sombra do meio- dia
A Sombra do Meio - Dia é o belo título de um romance lançado recentemente, de autoria do diplomata Sérgio Danese. O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça (duradoura) de um ghost -writer, ou redator-fantasma – aquele que escreve discursos para outros. A glória do ghost-writerde Danese adveio do dinheiro e da ascensão profissional e social que lhe proporcionaram os serviços prestados ao patrão –um ricaço feito senador e ministro, ilimitado nas ambições e limitado nos escrúpulos como soem ser as figuras de sua laia. A desgraça, da sufocação de seu talento literário, ou daquilo que gostaria que fosse talento literário, posto a serviço de outrem, e ainda mais um outrem como aquele. As exigências do patrão, aos poucos, tornam -se acachapantes. Não são apenas discursos que ele encomenda. É uma carta de amor a uma bela que deseja como amante. Ou um conto, com que acrescentar, às delícias do dinheiro e do poder, a glória literária. Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo. É a própria personalidade que lhe vai sendo sugada pelo insaciável senhorio. Na forma de palavras, frases e parágrafos, é a alma que põe em continuada venda.
Roberto Pompeu de Toledo, Revista VEJA, ed.1843, 3 de março de 2004. Ensaio p. 110.
45. (D10) O texto foi escrito com o objetivo de 
(A) conscientizar o leitor.
(B) apresentar sumário de uma obra.
(C) opinar sobre um livro.
(D) dar informações sobre o autor.
(E) narrar um fato científico.
Texto I 
Carta
(Fragmento)
A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855.Texto de domínio 
público distribuído pela ONU.
Texto II 
Dicionário de Geografia
(Fragmento)
Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço geográfico é a natureza modificada pelo homem através do seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada por relações sociais que estão acontecendo diante dos nossos olhos e que se manifestam através de processos e funções”. 
GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia. Melhoramentos, 1996.
46. (D12) Os dois textos diferem, essencialmente, quanto
(A) à abordagem mais objetiva do texto I.
(B) ao público a que se destina cada texto.
(C) ao rigor científico presente no texto II.
(D) ao sentimentalismo presente no texto I.
(E) ao tema geral abordado por cada autor.
Quando a separação não é um trauma
A Socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de 173 filhos de divorciados. Ao atingir a idade adulta, o índice de problemas emocionais nesse grupo era equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões semelhantes. Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais "estáveis". (...)
Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos positivos para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é b om, num mundo que nos empurra para uma eterna dependência.” 
REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61 -62. Fragmento.
47. (D13) No texto, três pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da separação dos pais sobre os filhos: uma socióloga, um professor e o próprio autor. Depreende -se do texto que
(A) a opinião da socióloga é discordante das outras duas.
(B) a opinião do professor é discordante das outras duas.
(C) as três opiniões são concordantes entre si.
(D) o autor discorda apenas da opinião da socióloga.
(E) o autor discorda apenas da opinião do professor.
A Ciência é Masculina?
Attico Chassot
Editora Unisinos, RS (51) 590-8239.
104 págs. R$ 12.
O autor procura mostrar que a ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a possível superação do machismo em frase como a de Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: “A língua é a última coisa que morre em uma mulher”.
Revista GALILEU, Fevereiro de 2004
48. (D13) A expressão “dessa situação” refere- se ao fato de
(A) a ciência não ser feminina.
(B) a premiação possuir 202 anos.
(C) a língua ser a última coisa que morre em uma mulher.
(D) o pai da medicina ser Hipócrates.
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres
Cascas de barbatimão
Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma reportagem para um jornal de Belo Horizonte. 
O trem parou numa estação, ficou parado muito tempo, ninguém sabia por quê.
Saltei para andar um pouco lá fora. Fazia um mormaço chato. Vi uma porção de cascas de árvores. Perguntei o que era aquilo, e me responderam que eram cascas de barbatimão que estavam ali para secar. Voltei para meu assento notrem e ainda esperei parado algum tempo. A certa altura peguei um lápis e escrevi no meu caderno: “Cascas de barbatimão secando ao sol.”
Perguntei a algumas pessoas para que serviam aquelas cascas. Umas não sabiam; outras disseram que era para curtir couro, e ainda outras explicaram que elas davam uma tinta avermelhada muito boa.
Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas nunca formulei uma frase assim para abrir a matéria - “cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me lembro nunca de ter aproveitado esta frase. Ela não tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha, meu Deus, nem de Machado de Assis; podia ser mais facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti. Ela me surgiu ali, naquela estaçãozinha da Oeste de Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga.
Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho sobre a minha jornada na face da terra, que poderei afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? Talvez me ocorra apenas isto, no meio de tantas fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão secando ao sol.”
(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p.175)
49. (D11) Considere os três primeiros parágrafos do texto. É correto afirmar que o elemento que desencadeia o desenvolvimento da história está
(A) na necessidade de esclarecer os leitores de um jornal, com informações exatas a respeito de um fato qualquer.
(B) na parada do trem por um tempo além do previsto, numa das estações do percurso feito regularmente.
(C) no desconhecimento dos demais viajantes sobre as propriedades oferecidas pelas cascas de certas árvores.
(D) na falta de informações precisas dos responsáveis, a respeito de problemas ocorridos durante uma viagem.
(E) na não necessidade de esclarecer os leitores de um jornal
50. (D14) A continuidade do texto se baseia
(A) nas diferentes opiniões emitidas por algumas pessoas a respeito da utilidade das cascas de barbatimão.
(B) na alternância entre a 1ª pessoa verbal, para marcar a visão pessoal do autor e a 3ª pessoa, como um narrador de fora dos acontecimentos.
(C) na sequência de presente, passado e futuro, respectivamente, marcada pelos tempos verbais, que garante o desenvolvimento cronológico do assunto.
(D) no uso da frase entre aspas, sempre repetida, que une a narrativa da viagem a uma reflexão pessoal, na segunda parte do texto.
(E) na única opinião emitida por uma pessoa a respeito da utilidade das cascas de barbatimão
51. (D6) O hábito de tomar notas rápidas, como afirma o cronista, se deve à circunstância de
(A) viajar constantemente, por lugares que desconhecia.
(B) estar sujeito a contratempos, em suas viagens.
(C) ser ele um repórter, atento a fatos interessantes.
(D) dar testemunho dos fatos ocorridos em sua vida.
(E) por não viajar constantemente.
52. (D3) "Cascas de barbatimão secando ao sol."
Em relação à frase acima, está correto o que se afirma:
(A) No final do texto, o cronista atribui a ela um sentido figurado, relacionando-a ao sentido da vida, diferente do sentido com que aparece no final do 1º parágrafo.
(B) A frase está empregada sempre em seu sentido próprio, como cascas de um tipo de árvore, todas as vezes em que surge no contexto.
(C) A frase apresenta sentido figurado, sempre que é repetida no contexto, simbolizando as dificuldades da vida.
(D) O cronista não consegue atribuir sentido à frase, por ignorar a utilidade das cascas de barbatimão.
(E) No final do texto, o cronista atribui a ela um sentido não figurado.
53. (D20) A intenção do autor, insistindo no uso das aspas, em uma das frases do texto, é:
(A) repetir informações obtidas em outros autores.
(B) valorizar o conhecimento popular a respeito de uma árvore.
(C) assinalar o caráter singular da frase.
(D) realçar a pouca importância do seu sentido no contexto.
(E) não valorizar o conhecimento popular.
54. (D22) A citação de autores consagrados em nossa literatura permite afirmar que o cronista
(A) avalia com ironia a si mesmo e aquilo que escreve, como se sua obra não tivesse valor literário.
(B) cria uma situação de humor involuntário, atribuindo algo sem importância a Machado de Assis.
(C) sabe, com desprezo, que não consegue escrever uma obra longa e de vulto, como o fez Euclides da Cunha.
(D) se considera também um importante defensor da cultura brasileira, respeitando os costumes populares.
Leia o texto abaixo.
Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano de Recife. Logo na primeira semana, fui chamado pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua filha. É que eu dissera “Cale-se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.
Revista Diálogo Médico
55. (D23) No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra destacada é um exemplo de
(A) expressão de gíria.		(B) expressão regional.
(C) linguagem coloquial.		(D) linguagem formal.
(E) linguagem técnica.
Leia o texto abaixo.
56. (D21) O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere
(A) histeria.		(B) julgamento.		(C) ódio.
(D) reprovação.		(E) sofrimento.
Leia o texto abaixo.
Sobre a Transposição do São Francisco
Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio Paulo Afonso, Itaparica, Xingó.
(AB’SABER, Aziz Nacilo. Revista Scientific American Brasil, p. 98. Ano 3, número 35, 
abril de 2005)
57. (D17) No trecho ...” transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará” o termo grifado estabelece uma relação de
(A) assunto.		(B) causa.			(C) destino.
(D) finalidade.		(E) origem.
Leia o texto abaixo.
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. 
A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo! ... E em voz alta:
— Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. 
Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
— Muito bem! — exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
— Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo. 
E raspou-se.
Contra esperteza, esperteza e meia.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. 19 ed. São Paulo. Brasiliense, s. d. p. 47
58. (D11) Esse texto é narrado
(A) pelo galo.
(B) pela raposa.
(C) pelo cachorro.
(D) por alguém que testemunha os fatos narrados.
E) por alguém que está fora dos fatos narrados.
Leia o texto abaixo.
O marinheiro que tocava tuba
Tendo nascido no interior do Ceará, como foi acabar sendo regente?
Nasci no Iguatu, porque meu pai trabalhava naquela época nessa cidade, numa função muito delicada e até pejorativa: a de delegado de polícia. Na época, havia uma espécie de guerra no Ceará, com intervenção federal.
[...] E, como ia sendo expulso de tudo quanto era escola, meu pai resolveu me colocar na Escola de Aprendizes de Marinheiros. Aí a coisa mudou. A escola, naquela época, era semicorrecional. Meu pai advertia: “Agora você toma jeito”. 
Éramos 14 irmãos, dos quais eu era o quinto, pela ordem. Família “pequena”, como veem. Oito homens, seis mulheres.
Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
59. (D20) As aspas empregadas na palavra “‘pequena’” dão à palavra um tom
A) coloquial.		B) crítico.			C) irônico.
D) metafórico.		E) técnico.
Leia o texto abaixo e responda. 
 
Disponívelem: http://www.blogtemposmodernos.com.br.Acesso em: 10 de maio, 2012 
60. (D4) De acordo com a tirinha, a fala do personagem revela que ele está 
A) ansioso. 	B) aterrorizado. 	 C) constrangido. 
D) irritado. 	E) envergonhado.
Leia o texto abaixo.
	Anúncio do zoornal I
Troca-se galho d’árvore
novo em folha, vista pra mata
por um cacho de banana
da terra, nanica ou prata.
CAPARELLI, Sérgio.
61. (D2) Infere-se desse texto que quem faz a proposta da troca é um
A) cachorro.		B) homem.		C) leão.
D) macaco.		E) pássaro.
Leia o texto abaixo.
Pontos de negócio
Projetos empreendedores no Brasil ganham destaque em 
programa de TV
Enquanto um grupo de homens e mulheres da mineira Cataguases reaproveita sobras de tecidos para criar roupas, uma índia percorre os 180 quilômetros entre Boa Vista, onde mora, e sua aldeia na Raposa Serra do Sol para pegar barro e produzir, artesanalmente, panelas e travessas, segundo uma tradição centenária. Trajetórias que, apesar das diferenças, têm um aspecto em comum: a capacidade que o brasileiro tem de empreender até quando tudo parece conspirar contra.
Essas (e muitas outras) histórias estarão na nova temporada da série “Cultura ponto a ponto”, da TV Brasil, elaborada a partir do Cultura Viva, programa de apoio do Ministério da Cultura (MinC) a iniciativas culturais, para que se tornem sustentáveis. O SEBRAE é parceiro no programa: no Rio, por exemplo, ajuda o agente cultural a elaborar projetos para concorrer à seleção do MinC e, aprovados, a se tornarem viáveis em três anos.
A nova série da TV Brasil vai apresentar 26 episódios, cada um com meia hora de duração, que darão um panorama detalhado, em formato de documentário, de 60 dos 1500 “pontos de cultura” registrados pelo governo federal em todo o país.
– Os pontos de cultura são uma tentativa de articular e impulsionar, por meio de suporte técnico e financeiro, ações que já existem nas comunidades e que envolvem arte, cidadania, cultura e educação – explica Célio Turino, secretário da Cidadania Cultural do MinC.
– Não importa se é numa grande metrópole, nos pampas, no sertão ou na Amazônia. A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente – diz a produtora executiva do “Cultura ponto a ponto”, Flávia Maggioli.
O GLOBO, 5/07/ 09. Caderno Boa chance. Adaptado. Reforma ortográfica. 
62. (D3) No trecho “A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente ...”, a palavra garra foi usada com o mesmo sentido de
A) animação.	 B) determinação.		C) ferocidade.
D) habilidade.	 E) produtividade.
Leia o texto abaixo.
Entenda sua letra
Ana Cecília Amado Sette, psicopedagoga especializada em grafologia (técnica que analisa o perfil da personalidade por meio da escrita), há trinta anos pesquisa e trabalha para grandes empresas, elaborando laudos psicológicos sobre profissionais e candidatos a empregos. A especialista explica que, assim como os rabiscos, a letra tem o poder de revelar o caráter e os atributos das pessoas. “A escrita é o resultado de processos neurológicos, físicos, psíquicos e emocionais, numa perfeita combinação entre cérebro, na sua forma concreta, e mente, no seu lado abstrato”, define a grafóloga. 
Quando se requisita um teste escrito para avaliação de um candidato a promoção ou admissão para um cargo, a redação é obrigatória. Em geral, os pretendentes sabem que serão analisados, e a maior preocupação é causar boa impressão, seja no aspecto formal como no pessoal. Contudo, depois de alguns minutos, a escrita se torna automática e inconsciente: é a partir daí que se colhem as informações que escapariam do campo de observações dos melhores entrevistadores. 
Conforme Ana Cecília, num texto de uma página e meia, um grafólogo é capaz de identificar mais de 300 particularidades. A letra revela desde doenças, dependências químicas e dramas familiares, até energia, equilíbrio emocional, empreendedorismo, capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal, concentração, flexibilidade, além de iniciativa e organização entre outros. “Os índices de acerto são impressionantes, chegando a 90%”, informa a especialista.
Revista Viva Saúde, Ed. Escala, n. 65. p. 59.
63. (D17) No trecho “A especialista explica que, assim como os rabiscos, ... “, a palavra destacada estabelece relação semântica de 
A) causa.		 B) comparação.		C) conformidade.
D) consequência. 	 E) proporção.
Leia o texto abaixo.
Resiliência
A arte de dar a volta por cima
“Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender com eles.
Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o movimento e não caiam ao chão.
O capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”.
Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital.
Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam continuamente. E assim ficamos brigando contra o ... tempo!
KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010,Ano 38, Edição 449, 
p. 60-61. Fragmento. 
64. (D14) No trecho “Juntam-se a isso...”, a palavra destacada refere-se
A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.
B) ao trânsito caótico nas grandes cidades.
C) às notícias ruins veiculadas pela mídia.
D) às necessidades vitais das pessoas.
E) às várias decepções do dia a dia.
Leia o texto abaixo e responda. 
Sobra talento, falta experiência
Crianças e adolescentes brilhantes em suas áreas de atuação começaram a se destacar no mundo do trabalho. Segundo especialistas, isso não é saudável.
Patrícia Diguê 
(...) Apesar de o acesso cada vez mais fácil à informação possibilitar o surgimento de experts juvenis nas mais diferentes áreas, ainda não se descobriu como ensinar maturidade. “Só com a experiência se constrói a maturidade e uma pessoa jovem sempre vai precisar do suporte de um adulto enquanto está formando a dela”, afirma o educador Sidnei Oliveira, especialista em conflito de gerações e autor do recém-lançado “Geração Y”. “É até perigoso pensar que só porque uma criança demonstra brilhantismo em alguma área está madura para outros aspectos da vida”. Para Oliveira, é normal que a nova geração manifeste cada vez mais cedo seus talentos, já que está superestimada pelos meios de comunicação. Assim como tenha mais facilidade de divulgar suas atividades, graças à tecnologia. Mas isso não significa que ela esteja madura para assumir posições em qualquer área. “Maturidade não tem nada a ver com habilidade”, sentencia. 
Há, inclusive, questões físicas a clamar pela desaceleração desse processo. “Algumas atividades requerem amadurecimento neurológico. O cérebro simplesmente não está preparado para tudo enquanto não atinge certo nível”, diz a professora de filosofia da ciência da Universidade de São Paulo (USP), Zélia Ramozzi. Uma criança, por exemplo, pode aprender facilmente a dirigir um carro, mas não tem noção do perigo

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