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Leia o texto 1 ESTUDANTES DESENVOLVEM APLICATIVO PARA INCENTIVAR LEITURA Um aplicativo que possibilite ter na palma da mão, gratuitamente, centenas de livros didáticos e de literatura de domínio público. Esse foi o projeto desenvolvido por estudantes do Colégio Estadual Primo Manfrinato, em Cianorte (no Noroeste do Paraná) como trabalho final das aulas de Educação Empreendedora oferecidas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte em parceria com o Sebrae Paraná. As atividades complementares de educação empreendedora, que contribuem para incentivar o protagonismo juvenil por meio de novas metodologias de ensino e aprendizado, serão oferecidas pelo quarto ano consecutivo para 64 escolas estaduais, duas de cada Núcleo Regional de Educação (NRE). A iniciativa dos estudantes contribuiu para ampliar o acesso a novos acervos literários, incentivar o hábito da leitura e promover a interação da escola com a comunidade que também pode usar o aplicativo. “Essa metodologia contribui para o desenvolvimento do aluno porque desperta neles a vontade de criar algo novo e de empreender e esses conhecimentos eles vão levar para a vida fora da escola”, disse o professor Emerson Tolentino de Matos, que é responsável pela atividade. NA PALMA DA MÃO - No aplicativo são disponibilizados os links para os arquivos no formato em PDF de obras de domínio público (obedecendo a lei dos direitos autorais). Além do acervo literário, a ferramenta também oferta uma área para apresentação do projeto, agenda, notícias da escola, "fale conosco" e os créditos. O app pode ser acessado no endereço: app.vc/onbook. O objetivo da ferramenta é incentivar a leitura e ampliar o acervo disponível para a comunidade escolar. “Tenho uma grande paixão pela leitura e gosto sempre de incentivar a prática. É gratificante poder incentivar o hábito da leitura em outros por meio de uma ferramenta que ajudei a desenvolver”, afirmou a estudante Kauane Moraes Bernardo, de 16 anos, do 3° ano do Ensino Médio. (Disponível em: http://www.aen.pr.gov.br/, 11 de jan de 2019) 1. (H3) A informação principal do texto 3 acima é que a) É muito gratificante incentivar o hábito da leitura. b) Disponibilizaram livros em PDF para alunos carentes. c) A escola tem aulas de empreendedorismo. d) A tecnologia é importante para a vida da sociedade. e) Alunos de escola pública desenvolvem ciências e tecnologia na sala de aula. 2. (H5) Releia o trecho do 1º parágrafo: “ESSE foi o projeto desenvolvido por estudantes do Colégio Estadual Primo Manfrinato, em Cianorte (no Noroeste do Paraná)” ESCOLA ESTADUAL "DOMINGOS PIMENTA DE FIGUEIREDO" Atividades de Intervenção - Língua Portuguesa Ensino Médio A expressão destacada retoma no texto a) Literatura b) Centenas de livros c) Um aplicativo d) Projeto e) Trabalho Analise o texto 2: 3. (H8) Uma OPINIÃO do autor desta charge sobre a Era das Redes Sociais é que: a) As redes sociais possibilitam muitas atividades positivas e facilitam a vida de pessoas e instituições. b) As redes sociais criaram espaços para novos tipos de negócios, novos empregos, novas formas de comunicação. c) Por meio das mídias digitais, podemos encontrar pessoas, grupos e assuntos que nos interessam. d) Através das redes sociais podemos fazer amigos ou reencontrar pessoas que fizeram parte de nossas vidas em algum momento. e) Muitas vezes nos esquecemos da nossa vida ‘real’, nos tornamos seres muito sociais nos meios digitais e ao mesmo tempo nos fechamos para as pessoas que convivem conosco no dia a dia. Leia o Texto 03: MOTIVO Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. https://1.bp.blogspot.com/-Cabv3Cs0iZI/X11XlLdHJsI/AAAAAAAABaY/_bQwtHcvg3IsJ6c0zc-Z3_8iay4JUwhTACLcBGAsYHQ/s712/33.jpg Irmão das coisas fugidias, não sinto ...nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, — não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: — mais nada. (Cecília Meireles) 4. (H4) No texto 3, o sujeito eu-lírico reflete acerca de si mesma, ou seja, escrever fazia parte da sua identidade e era uma condição essencial para a vida do sujeito eu-lírico. Assinale a única alternativa INCORRETA acerca do poema: a) O poema é existencialista e trata da transitoriedade da vida, muitas vezes com certo grau de melancolia. b) Os versos são construídos a partir de antíteses, ideias opostas (alegre e triste; noites e dias; permaneço e desfaço; fico e passo). c) Uma outra característica marcante é a musicalidade da escrita. d) É de se sublinhar também que praticamente todos os verbos do poema estão no tempo presente do indicativo, o que demonstra que o sujeito pretendia evocar o aqui e o agora. e) Todas as palavras do poema estão no sentido denotativo, ou seja, sentido real do dicionário. 5. (H6) Releia o trecho da 1ª estrofe: “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.” As duas palavras destacadas no texto dão a noção de a) Contrariedade b) soma de ideias c) conclusão d) explicação e) escolha 6. (H8) Leia os dois textos abaixo comparando a palavra IDENTIDADE entre eles e aponte a alternativa CORRETA: TEXTO I A identidade para a Psicologia é uma construção dinâmica da unidade da consciência de si, através das relações subjetivas, das comunicações, da linguagem e das experiências sociais. É um processo ativo, afetivo e cognitivo de representação de si no ambiente envolvente, o que implica a existência de um sentimento subjetivo de permanência e de continuidade. É indispensável ainda a existência de funções de regulação tais como a coerência e a estabilidade que são necessárias a uma adaptação às mudanças. (Disponível em: https://www.infopedia.pt/) TEXTO 2: a) A palavra “identidade” apresenta um único sentido. b) A palavra “identidade” no texto 1 está sendo explicada do ponto de vista da sociologia. c) Pelo contexto do texto 2 a palavra “identidade” refere-se ao documento RG das pessoas. d) A palavra “identidade” tem sentidos opostos nos dois textos. e) “Identidade” no texto 1 e no 2 tem o mesmo sentido. O texto 1 traz a definição, o texto 2 mostra um exemplo. Leia o texto abaixo: Existe consumo com sustentabilidade ambiental? https://www.infopedia.pt/ https://1.bp.blogspot.com/-ciq4o-qP6_8/X11YscYzTsI/AAAAAAAABak/Q0RJ12rIfvcaM44TZoXUaysKFF_-XusawCLcBGAsYHQ/s630/6666.png O consumo é um conceito que vai muito além do “consumismo” ou do consumo de produtos tangíveis, em especial os encontrados no varejo. Consumimos produtos, serviços, informações e símbolos, diariamente, consciente ou inconscientemente. O próprio conceito de sustentabilidade tem sido “consumido” exaustivamente nas últimas décadas. Consumir não é necessariamente negativo e seríamos incapazes de renunciar a essa prática. Porém, o crescimento do número de pessoas e da capacidade de produção impõe uma responsabilização individual e coletiva sobre o seu impacto. Além disso, a sustentabilidade que costumava ser uma bandeira de especialistas e um assunto visto como importante, mas de certa forma distante das urgências cotidianas, hoje está no centro do debate social e econômico Dentre as temáticas da atualidade, uma economia livre de lixo (waste-free economy) atinge diretamente as estratégias das empresas. Em geral, convivemos com um desconforto relacionado à questão, mas não temos a real dimensão das marcas que causamos ao meio ambiente. Quantos quilos de lixo um indivíduo produz anualmente? Estudos apontam que um brasileiro está perto de superar a geraçãode 300 quilos de lixo ao ano. Considerando o peso médio do brasileiro (aproximadamente 70kg) podemos dizer que cada um de nós despeja quatro vezes o seu peso em resíduos. Estamos acima da média mundial, mas abaixo dos países de alta renda, mesmo que estes representem uma fatia pequena da população planetária. E o que gera todo esse lixo? Quanto mais renda, mais consumo. O desperdício de plástico, por exemplo, está sufocando os oceanos, mas o nosso consumo desta onipresente substância está apenas aumentando. E, para agravar a situação, cidades crescem rapidamente, sem sistemas adequados para gerenciar o volume e a composição de resíduos dos seus cidadãos. As empresas têm responsabilidade direta sobre esse cenário. Algumas delas já apresentaram projetos para reduzir os rastros que seus produtos causam no planeta, seja reduzindo a quantidade de embalagens plásticas (Unilever e Nestle), seja utilizando matéria prima reciclada (Adidas), por exemplo. Alguns fatores têm a capacidade de alterar o que desejamos e necessitamos consumir. A primeira delas é a própria sociedade, que é causa e consequência dessas complexas mudanças, geradas por suas experiências cotidianas e pela evolução de seus valores. Demandas por novos padrões de produtos e serviços, que gerem menor (ou zero) impacto negativo ao meio ambiente e às comunidades, assim como mudanças de hábitos para outros que contribuam positivamente nessa equação. Por exemplo, só consumir produtos regionais, pois além de favorecer economicamente a comunidade local, reduz o consumo de combustíveis – fonte poluente e não renovável de energia. Esses movimentos, contudo, tendem a ser mais lentos. A economia circular é uma alternativa atraente que busca redefinir a noção de crescimento, com foco em benefícios para toda a sociedade. “Precisamos mudar para um negócio circular”, disse Marc Engel, diretor de cadeia de suprimentos da Unilever, em um painel da Bloomberg Live em Davos, Suíça. Esse conceito promove que a vida útil do produto seja estendida, podendo ser recuperados, reutilizados e remanufaturados. A BlackRock iniciou um fundo focado exclusivamente na economia circular, ao lado da Ellen MacArthur Foundation, que tem nesse seu maior propósito. Mais do que uma iniciativa, esta é uma mudança de perspectiva, de valores e de práticas da sociedade que podem contribuir na reversão de uma trajetória que, independente da falta de consenso https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/30317 https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45419.pdf https://oglobo.globo.com/economia/em-davos-gigantes-do-consumo-lancam-programa-de-embalagens-retornaveis-23397721 https://www.unilever.com.br/ https://www.nestle.com.br/ https://www.adidas.com.br/ https://www.bloomberg.com/news/articles/2020-01-23/circular-economy-lures-blackrock-google-as-a-davos-darling https://www.ellenmacarthurfoundation.org/ https://1.bp.blogspot.com/-3dcyKU2_vCg/X11aOwqduMI/AAAAAAAABa0/edULMsAGwsIk0CUjxziWwTZ6L5eh50kOwCLcBGAsYHQ/s637/AAA.png em torno dos prazos envolvidos, todos concordam que é negativa para a existência humana. Será que as empresas, os Estados e seus administradores estão preparados para lidar com esse paradoxo? Apesar da dimensão do desafio, temos que começar com o que está imediatamente diante de nós. Não há mais tempo a perder. (Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/existe-consumo-com-sustentabilidade-ambiental/, 29/01/2020 7. Com relação ao título e ao que é abordado no texto, podemos afirmar que: a) São contraditórios. b) O assunto tratado no texto é diferente do que é apresentado no título. c) O título confunde o leitor, porque o texto trata apenas sobre a questão do lixo. d) O texto não responde a pergunta do título. e) O texto reflete sobre a pergunta do título e ainda apresenta uma proposta viável para o questionamento. . No trecho: Estudos apontam que um brasileiro está perto de superar a geração de 300 quilos de lixo ao ano. Considerando o peso médio do brasileiro (aproximadamente 70kg) podemos dizer que cada um de nós despeja quatro vezes o seu peso em resíduos. 8.Esse exemplo foi citado pelo autor do texto com a finalidade de: a) Dificultar o entendimento do texto para que o leitor precise interpretá-lo de forma mais crítica. b) Reforçar o argumento que o autor vinha defendendo acerca dos impactos do lixo no planeta Terra. c) Contradizer a teoria de que o meio ambiente é agredido constantemente com o lixo que produzimos. d) Provocar o leitor com relação à baixa quantidade de lixo que o brasileiro produz ao ano. e) Tranquilizar o leitor, tendo em vista o Brasil ocupar posição favorável na preservação do meio ambiente. 9.As frases abaixo apresentam FATO e OPINIÃO. Separe cada uma delas, indicando qual é o fato e qual é a opinião: a) O Toyota Corolla Cross é vendido a partir de 150 mil reais. Ele é mais bonito que o Jeep Compass. FATO: ________________________________ OPINIÃO: ________________________________ https://www.istoedinheiro.com.br/existe-consumo-com-sustentabilidade-ambiental/ b) Marília Mendonça era uma cantora brasileira de sucesso. Infelizmente faleceu muito cedo. FATO: ________________________________ OPINIÃO: _____________________________ Observe: 10.Em que reside o humor na tirinha? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1 (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Por que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos XVII e XVIII? Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta. “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades SENAC, em São Paulo. Em 1789, com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.shtml >. Acesso em: 27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica. No techo “... elas logo caíram em desuso.” (ℓ. 22- 23), o pronome em destaque retoma A) diferenças. B) cabeleiras. C)perucas. D)classes sociais. E)cabeças raspadas. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A decadência do Ocidente O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinhavisto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida. – Comida?! – Sim, senhor. – Mas se come ela? – Ué. Você está cansado de comer galinha. – Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui? – Claro. Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento. O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo. – A empregada não sabe fazer? – Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha. Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha. – Eu?! Não mesmo! O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca. – A Dona Noca já morreu – disse a mulher. – O quê?! – Há dez anos. – Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela. – Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo. Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos. – Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu: – Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida! E a Margarete só olhando. VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98. A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a A) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de galinha. B) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma galinha viva. C) impaciência da esposa por não conseguir resolver o problema. http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.shtml 2 D) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita. E) falta de coragem das pessoas para cortar o pescoço da galinha. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Dia do professor de anacolutos Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele me olhou agradecido, o rosto cansado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para casa uma maçaroca de provas para corrigir. O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino: – Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto? É o que dá a gente querer ser legal. Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele? – Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto. – Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou ficando enferrujado. Agora era ele, no bar, tomando café. – Lembra de mim, professor? Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro. Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe. – Fui seu aluno, professor! DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento. 1) A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” (ℓ. 18), tem o mesmo sentido de A) contrair doenças. B) estar preguiçoso. C) ser descuidado. D) ser esquecido. E) ter limitações. 2) No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” (ℓ. 15), a repetição da palavra “Anacoluto” sugere A) brincadeira. B) confirmação. C) desconhecimento. D) desrespeito. E) receio. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo. Resiliência A arte de dar a volta por cima “Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender com eles. Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o movimento e não caiam ao chão. O capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”. Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital. Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam continuamente. E assim fi camos brigando contra o... tempo! KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p. 60-61. Fragmento. No trecho “Juntam-se a isso...” (ℓ. 16), a palavra destacada refere-se A)ao consumismo gerado pelo capitalismo. B)ao trânsito caótico nas grandes cidades. 3 C)às notícias ruins veiculadas pela mídia. D)às necessidades vitais das pessoas. E)às várias decepções do dia a dia. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A melhor amiga do homem Diogo Schelp Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura. O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...] A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869- 1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, noséculo seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora. Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” ( 𝑙 . 10), o pronome destacado retoma o termo A) ambientalistas. B)bovinos. C)cientistas. D)homens. E)rebanhos. (SPAECE). Leia o texto abaixo. Atento Rapazote “Eram os primeiros anos do século passado, e aquele agente dos correios, recémchegado de Maceió, foi recebido na cidade com admiração que misturava espanto e reverência, pois, de acordo com os comentários que logo correram, tratava-se de pessoa de vasto conhecimento, homem de muitas letras, um sábio. Por ser tudo isso, certamente, não foi hostilizado por seu jeito esquisito de se vestir e pela aparência amalucada que lhe davam os cabelos compridos sempre em desalinho. (...) A figura estranha trazia, também, idéias que iam muito além dos morros em redor da cidade. As discussões na casa do Pão-sem-miolo despertavam interesse cada vez maior entre a rapaziada, a maioria estudantes de um colégio recém-fundado em Viçosa, o Internato Alagoano. Muitos não chegavam a compreender as explanações do mestre, mas insistiam, iam em frente, tomavam conhecimento de Coelho Neto, Aluísio Azevedo, depois Zola, Victor Hugo. (...) Um dos mais atentos ouvintes de Mario Venâncio era um rapazote de 12 anos chamado Graciliano Ramos.” (Em, Audálio Dantas, O Chão de Graciliano. Tempo d’Imagem, 2007. In: Revista: Discutindo Literatura – Ano 3, nº 18. p. 36. O “Atento Rapazote” de que fala o título desse texto é A) Aluísio Azevedo. B) Coelho Neto. C)Graciliano Ramos. D)Mário Venâncio. E)Victor Hugo. ------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. POLUIÇÃO DA ÁGUA O papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico aqui, a lata de refrigerante acolá. No primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para bueiros e depois para algum rio que atravessa a cidade. Quem não viu um monte dessas coisas flutuando na água? Mas essa é a poluição que enxergamos. A que não vemos é causada pelo esgoto das residências, que lança nos rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de bactéria que deles se alimenta: 4 são as chamadas bactérias aeróbicas, que consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, além de causarem problemas de saúde se ingeridas. Outro problema são as indústrias localizadas nas margens dos rios e lagos. Só recentemente foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a fim de diminuir a quantidade de poluentes químicos que elas despejam nas águas e que foram responsáveis pela “morte de muitos rios e lagos de todo o mundo”. Poluição Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p. 4-5 – adaptado. No trecho “A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,“, a palavra destacada refere-se à A) bactéria. B) comida. C) garrafa. D)poluição. E)quantidade. ------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Vida Quando era criança pura, Moleque, danado e travesso. Tudo que tocava levava Ao mundo da fantasia. Mas logo me tornei adolescente. A confusão permeava minha mente. Por mais que tentasse a magia, Estavam fechadas as portas da fantasia. Tempo passou, tornei-me adulto. Sempre à procura do lado oculto. Mas as viagens malucas Continuavam presas à magia. Logo chegou a velhice, Aquela que tudo esclarece. Que cochichou bem baixinho: Sabedoria, só para quem a merece. BELO, João. Disponível em: <www.mundojovem.com.br> - p.9, nº 384 - Março/2008. No verso “Que cochichou bem baixinho”, a expressão destacada refere-se a A) adolescente. B) adulto. C) criança. D) sabedoria. E)velhice. ------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Das negativas Entre a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira parte do livro. O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo, por causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto, tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário: e aí vos ficais eternamente hipocondríacos. Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado de mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992, p. 176. Fragmento. No trecho “O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo ...” ( 𝑙 . 2- 3), o pronome destacado substitui A) D. Plácida. B) Quincas Borba. C)o emplasto Brás Cubas. D)o legado de nossa miséria. E)o outro lado do mistério. ------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. O rio O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama verde e macia. O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza. Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água. O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes http://www.mundojovem.com.br/ 5 admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras, dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas de sua casa alagada e de suas coisas perdidas pela corrente. FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985, p.13. No trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, o termo destacado refere-se à palavra A) árvores. B) pedras. C) planície. D)rio. E)sol. Leia os textos abaixo. Um pé de quê? Antes de existir a cidade de Belém, vivia lá uma tribo que sofria de falta de alimentos. Por isso, o cacique mandava sacrificar todas as crianças que nasciam. Por ironia do destino, sua filha, Iaçá, ficou grávida. Quando a criança nasceu, foi sacrificada. Durante dias, Iaçá rogou a tupã uma solução para acabar com o sacrifício das crianças. Foi quando ouviu um choro de um bebê do lado de fora de sua tenda. Era sua filha sorridente ao pé de uma palmeira. Iaçá correu para abraçá-la, mas acabou dando de cara com a palmeira. Iaçá ficou ali chorando até morrer. No dia seguinte, o cacique encontrou Iaçá morta, agarrada à palmeira, olhando fixamente para as frutinhas pretas. Ele as apanhou, amassou e fez delas um vinho vermelho encarnado. Para os índios, aquilo eram as lágrimas de sangue de Iaçá. Por isso, açaí, em tupi, quer dizer “fruto que chora”. O açaí virou o prato principal dos índios da região. Depois, foram chegando os portugueses, os nordestinos, os japoneses. E o que se diz é que eles só ficaram porque experimentaram açaí. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento. No trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” ( 𝑙 . 6), no Texto,o pronome em destaque refere-se à A) criança. B) tenda. C)filha. Dpalmeira. E)Iaçá. (PROEB). Leia o texto abaixo e responda. Tempestade A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas. AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento. No trecho “... que iluminavam os copos...”, o pronome destacado retoma o substantivo A) homens. B) luzes do cais. C) Farol das Estrelas. D)lâmpadas pobres. E)saveiros. (SADEAM). Leia o texto abaixo. Disponível em: <http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/?p=100>. Acesso em: 21 set. 2011. Esse texto é um poema contemporâneo, rompendo com padrões tradicionais da composição poética. Entretanto, apresenta um elemento de continuidade que é o uso de A) imagem elucidativa. B) narratividade. C) objetividade. D) pontuação direta. E)rimas. ------------------------------------------------------------ http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/?p=100 6 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 1 (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Feijões ou problemas? Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: – Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina. Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/>. Acesso em: 13 mar. 2011. Nesse texto, o discípulo que venceu a prova A) colocou o feijão em um sapato. B)cozinhou o feijão. C)desceu a montanha correndo. D)sumiu da vista do oponente. E)tirou seu sapato. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Nunca é tarde, sempre é tarde Conseguiu aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária. Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente. Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado. Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...] FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento. A personagem se assustou devido A) à percepção de que sequer havia levantado. B) à possibilidade de ficar muito doente. C) à reclamação da mãe. D) ao atraso para o trabalho. E) ao toque da campainha. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. O torcedor No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema. O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória. Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa. Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que http://www.metaforas.com.br/ D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 2 ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto? Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo. O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista. ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor- carlos-drummond-de-andrade. html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, Eváglio torceu contra o Flamengo, porque A) achava os flamenguistas perturbadores. B) detestava os clubes de futebol. C) era torcedor do Atlético Mineiro. D) estava na casa de um amigo mineiro. E) receava o carnaval nas ruas. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Em harmonia com a natureza Todas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade. Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a trêsquilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana. Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.” Disponível em: <http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated- min=2011-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01- 01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012. De acordo com esse texto, Laila estuda em uma escola a distância porque A) é filha de pai brasileiro e mãe australiana. B) expande seus horizontes nos ecocentros. C) mora a três quilômetros de Pirenópolis. D) precisa promover a sustentabilidade nas escolas. E) viaja ao redor do mundo acompanhando os pais. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anos Três fósseis encontrados na África desvendam um mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás. A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor- http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated- D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 3 tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies. Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo. O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos. Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta- novas-especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus- ha-1-7-milhao-de-anos>. Acesso em: 14 ago. 2012. De acordo com esse texto, era difícil comparar o fóssil descoberto em 1972 com o de outras espécies, porque A) a arcada dentária era desconhecida. B) as análises eram inconclusivas. C) era algo totalmente novo. D) era uma dismorfia da espécie. E) o tamanho do rosto era maior. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Sopão nas ruas Doar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária. Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis. O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas. Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria? Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social. Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTarde.jp g>. Acesso em: 4 mar. 2012. De acordo com esse texto, a doação de comida nas ruas é ilegal porque A) contribui para a proliferação de ratos nas ruas. B) é necessário ter um laudo da Vigilância Sanitária. C) gera reclamações de comerciantes e moradores. D) incentiva as pessoas a continuarem morando nas ruas. E) prejudica as ONGs que servem alimentos adequados. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente. A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica. O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo. http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta- http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTarde.jp D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 4 “Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo. No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta. Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global. Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...]. A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão noDNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente. Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos. RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-simulara- aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias. shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento. De acordo com Adalberto Val, a tendência à migração de peixes para outros ambientes ocorre por causa A) da disputa acirrada por alimentos. B) da grande quantidade de espécies. C) da redução de oxigênio na água. D) de condições adversas do clima. E) de mutações genéticas sofridas. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Vivendo e aprendendo A manutenção da atividade mental no processo de envelhecimento é tão importante que um dos 10 Mandamentos da Aposentadoria Feliz é “Seja um eterno aprendiz: língua estrangeira, instrumento musical, pintura, etc”. Quando nascemos temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios, mas muitos morrem ao longo da vida. Um dos fatores que acelera a morte das células nervosas é a falta de uso. Para continuar vivo, o neurônio precisa ser estimulado, o que acontece quando aprendemos coisas novas. [...] Outro Mandamento da Aposentadoria Feliz é “Curta a natureza e conheça novos lugares, começando pelos mais próximos”. O contato com o meio ambiente natural e com a área rural tem um efeito positivo na saúde mental. [...] Aliar educação, cultura e preservação ambiental com turismo é essencial à qualidade de vida, em todas as idades. COSTA, José Luiz Riani. Disponível em: < http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaboradores/9 4439-Vivendo-e-aprendendopor- Jose-Luiz-Riani-Costa>. Acesso em: 8 out. 2012. (P110044E4_SUP) De acordo com esse texto, as células nervosas morrem mais rapidamente quando A) aprendemos coisas novas. B) entram em contato com o ambiente. C) inicia o processo de envelhecimento. D) precisam ser estimuladas. E) são pouco usadas. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A importância da leitura como identidade social [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos? Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-simulara- http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaboradores/9 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 5 constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo. Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida. A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos? KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- ortografia/32/ artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, uma das características do leitor ideal é A) conhecer as obras acadêmicas. B) dialogar com todos os tipos de texto. C) dominar o objeto da leitura, a língua. D) enxergar o texto com um fim em si mesmo. E) visitar a Bienal do Livro em São Paulo. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Texto Entregue elevador da prefeitura O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...] O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile. “Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin. “Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN (Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...] Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento. De acordo com o Texto, o elevador inaugurado representa uma conquista para A) o prefeito de Nova Odessa. B) o presidente da APNEN. C) os moradores da cidade. D) os que têm dificuldades de locomoção. E) os servidores públicos municipais. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A melhor amiga do homem Diogo Schelp Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura. O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginaro mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...] A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869- 1948), que, como todo hindu, não comia carne http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 6 bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora. Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. De acordo com o autor desse texto, A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária. B)a dependência entre o homem e a vaca é real. C) a importância econômica da vaca é unanimidade. D)o ser humano gosta de comer um bom bife. E)os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino. ------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo. As cocadas Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira. Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze. Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina. As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor. Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso. Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro. CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6. De acordo com esse texto, a menina A) botou a terrina em cima da mesa. B) chamou o cachorro para comer as cocadas. C) cortou a cocada em losangos. D) estendeu o papel sujo no chão e despejou a terrina. E)ficou sem coragem para enfrentar os adultos. ------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm.html> De acordo com esse texto, a personagem Lili http://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm.html D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 7 A) casou-se com Joaquim. B)casou-se com J. Pinto. C)foi para o convento. D)morreu de desastre. E)suicidou-se de tristeza. – Peso mais pesado Não existe não. Ah, livrai-me dele, Senhor capitão! BANDEIRA, Manuel. Leia o texto abaixo. Qual foi a primeira escola? Foram as escolas fundadas na Europa no século 12. Isso se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e crianças como alunos. Na Grécia antiga, as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão em séries nem salas de aula. Já na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos. A palavra “escola” vem do grego scholé, que significava, acredite se quiser, “lugar do ócio”. Isso porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre para refletir. Vários centros de ensino pipocaram pela Grécia, por iniciativa de diferentes filósofos. As escolas geralmente eram levadas adiante pelos discípulos do filósofo-fundador e cada uma valorizava uma área de conhecimento. A escola de Isócrates, um exímio orador, por exemplo, era muito forte no exame da eloquência, que é a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemáticas, que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências e geografia, só surgiram entre os séculos 19 e 20. FUJOTA, Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortográfica. De acordo com esse texto, a escola de Isócrates era excelente no ensino de A) Ciências. B) Geografia. C) História. D) Matemática. E)Oratória. Leia o texto abaixo. RONDÓ DO CAPITÃO BÃO BALALÃO, Senhor capitão, Tirai este peso Do meu coração. Não é de tristeza, Não é de aflição: É só de esperança, Senhor capitão! A leve esperança, A aérea esperança ... Aérea, pois não! Leia novamente o terceiro verso. O peso que deverá ser tirado é A) a alegria. B) a aflição. C) a tristeza. D)a esperança. E)a saudade. ------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo. Fórmula do sorriso Mais importante que o sabor do creme dental é o seu agente terapêutico, a fórmula química que serve para controlar as bactérias que provocam as cáries. Segundo a professora Lenise Velmovitsky, da Universidade Federal Fluminense, que analisou 25 tipos de pasta de dentes em sua tese de doutourado, a substância mais eficaz na escovação é o tricloson, um antimicrobiano presente nas pastas de ação total ou global. O flúor recalcifica os dentes e também combate as cáries. O bicarbonato de sódio é um abrasivo e remove manchas, mas em excesso desgasta os dentes. A dentista recomenda o uso de escovas macias e uma quantidade de pasta equivalente ao tamanho de umaervilha, pelo menos três vezes ao dia. Além de fio dental. Veja. 10 abr. 2002. Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de bicarbonato de sódio por causa A) das bactérias das cáries. B) das remoções das manchas. C) do controle das bactérias. D)do desgaste dos dentes. E)do sabor do creme dental. ------------------------------------------------------------ (SIMAVE). Leia o texto abaixo e responda. A reunião se estendeu pela tarde inteira. Amontoados no quarto de Cris, os meninos não chegavam a um acordo sobre quem faria o quê na peça. Foi preciso muita conversa (e até alguns beliscões) para que a maioria se conformasse com a distribuição dos papéis. Júnior era o mais forte do grupo e por isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique caberia a tarefa de mover os ossos do braço, fazendo os gestos necessários para acompanhar a fala de Valfrido. D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 8 E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante toda a manhã. Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram a permanecer na retaguarda, de olho na casa do Bola e nas esquinas da rua, prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto. – E eu? E eu? – Cisco perguntou, após assoar ferozmente o nariz. – Dão tem babel bra bim? KLEIN, Sérgio. Tremendo de Coragem. São Paulo: Fundamento Educacional, 2001. p. 57. A frase “Dão tem babel bra bim?” permite afirmar que A)Cisco está resfriado. B)Biel está rouco. C)Bola apareceu. D)Valfrido falou. E)Júnior é forte. (PROEB). Leia o texto abaixo. É o boi Senti que o texto “Como um boi vira bife” (Supernovas, junho, pág.44), camuflado por “figurinhas” e por uma descrição quase infantil das etapas do abate do gado, subestimou a minha inteligência. Será que é realmente razoável obrigar que uma fêmea fique prenhe em todo cio? Será mesmo compensador ser colocado em confinamento por 3 meses “mas ter ração da melhor qualidade”? Creio que nenhum animal trocaria um pasto verde e farto por uma baia cheia de seja-lá-o-que-for! CAROLINA DI BIASI, SÃO PAULO, SP No Texto, a expressão seja-lá-o-que-for sugere que o conteúdo da baia é A) apropriado. B) caríssimo. C)indiferente. D)insubstituível. E)valorizadíssimo. ------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo e responda. Quando o mar não está para peixe Por que o mar fica agitado e pode causar estragos nesta época do ano? Quem mora em cidade com praia já deve ter notado: quando chega o inverno, o mar costuma ficar mais bravo e com ondas enormes! Isso acontece porque é justamente nessa época do ano que se intensificam os ventos causadores das “ressacas”, nome que se costuma dar a esse movimento rápido e violento das ondas do mar. Quanto mais velozes forem esses ventos, maiores serão as ondas, e mais forte será a ressaca. “No inverno, a frequência e os riscos de ressacas são maiores. Isso porque há um maior encontro das massas de ar quente com as massas de ar frio, gerando diferenças de pressão atmosférica que originam os ventos formadores das ressacas.”, explica o oceanógrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Outro fator que pode aumentar a força das ressacas são as marés. “O impacto das ondas e ressacas depende das marés, pois elas elevam o nível do mar e, portanto, permitem que as ondas cheguem a regiões do litoral que antes não eram alcançadas.”, diz David. Mas não só isso influencia a ocorrência das ressacas do mar. As alterações climáticas que nosso planeta tem sofrido nas últimas décadas também têm intensificado este fenômeno! “Devido ao efeito estufa, acontece um maior acúmulo de energia do Sol na atmosfera, energia esta que é transferida ao mar sob a forma de ondas”, explica o oceanógrafo. E essas ressacas são perigosas! Elas podem causar naufrágios, afogamentos e até mesmo derrubar construções que estejam próximas da costa. Inclusive animais e plantas podem ser afetados pela força das ondas. “As ressacas podem provocar o colapso de organismos que se fixam em costões rochosos e vegetação costeira como manguezais, restingas, etc. Peixes e mamíferos tendem a fugir e se abrigar.”, diz David Zee. Agora você já sabe: as ressacas podem ser muito bonitas de assistir, mas nada de ficar muito perto do mar quando ele estiver agitado! TURINO, Fernanda. Disponível em: <Mares Ressacas http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/junho/quando-o-mar- nao-esta-para-peixe>.Acesso em: 01 jul. 2011. De acordo com as informações desse texto, o termo “ressaca” é usado para nomear o fenômeno A) da influência das marés na elevação das ondas do mar. B) das alterações climáticas ocorridas em nosso planeta. C) do encontro das massas de ar quente como as de ar frio. D) do maior acúmulo de energia do Sol na atmosfera. E)do movimento rápido e violento das ondas do mar. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Muitas leituras http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/junho/quando-o-mar- D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 9 Publicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro é uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. [...] O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e é interessante ver como a recepção ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado, era visto como o relato inquestionável de uma situação de adultério, do ponto de vista do marido traído. Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação imaginária de traição. [...] O romance é a história de um homem de posses que ama uma moça pobre e esperta e se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memórias para compreender Capitu, até a metade do livro, é quem dá as cartas na relação. Trata-se de uma garota humilde, mas avançada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do século XIX. [...] Percebe-se, por isso, o peso do possível adultério em suas costas. Não se trata apenas de uma questão conjugal entre iguais, mas de uma condenação de classe. Bentinho utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convém. [...] Nesse sentido, a questão central do livro não é o adultério, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questão da mulher. Dom Casmurro coloca no centro de sua temática a menina que não se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_41608 4.shtml>. Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento. De acordo com esse texto, Bentinho pode manipular os acontecimentos porque A) é o narrador da história. B) é um homem rico. C) pertencia a sociedade patriarcal. D) quer acusar sua esposa de adultério. E) tem um ciúme doentio pela esposa. http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_41608 D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 1 (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Doce bem salgado Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal. Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os doces podem ser a parte mais salgadada notinha. E não se está falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio. No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>. Acesso em: 25 mar. 2010. No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha.” (ℓ. 7-8), a expressão em destaque foi utilizada no intuito de A) comparar os restaurantes. B) contradizer os chefs. C) dar clareza ao texto. D) enfatizar a ideia anterior. Eironizar o preço dos doces. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm>. Acesso em: 26 jun. 2010. No último quadrinho, a expressão “Bah!” revela que a menina ficou A) aborrecida. B) desolada. C) enojada. D) indiferente. E) triste. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Deus sabe o que faz! A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava tão viúva como dantes. E acrescentou: – Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos... Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que eram a sua feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. [...] – Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro. D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...] – Oh! mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção. http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 2 – Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me contas. Queres ver? E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de algarismos. E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista* fitava- a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das alusões: – Quem diria que meia dúzia de lunáticos... * médico especialista em doenças mentais. ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Escala Educacional, 2008. Fragmento. O termo destacado em “Era uma via-láctea de algarismos.” (ℓ. 33) assume, nesse texto, o sentido de A) beleza. B) disposição. C) luminosidade. D) organização. E) quantidade. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Turismo A única coisa que perturba harmonia do ambiente são os turistas. Alguns. Eles não viajam a fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles só querem mudar de cenário para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles, o som é essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles têm som. Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde vão, sua presença é uma perturbação para o espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam do silêncio? Acho que para eles, o silêncio é o mesmo que o vazio. E o vazio é sinal de pobreza. Nossa cultura provocou uma transformação perversa nos seres humanos, de forma que eles acreditam que, para estar bem, é preciso estar acoplados a objetos tecnológicos. ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. p. 158. Fragmento. No trecho “Nunca desembarcam de si mesmos.”, o autor usou a expressão destacada para ressaltar que os turistas têm dificuldade de A) conviver em harmonia. B) mudar os hábitos. C) respeitar o lugar. D) sentir a paisagem. E) transformar as pessoas. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Quanta pressa! Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo? Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal? :-* Mônica PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento. As reduções (vc, tc) e os emoticons (:-*), usados com frequência em e-mails, imprimem ao texto A) agilidade. B) clareza. C) correção. D) formalidade. E) precisão. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. cultura dos sebos O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória. Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas. Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte. Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento. D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 3 No trecho “É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer.” (ℓ. 25-26), o pronome destacado refere-se à palavra A) democratização. B) leitura. C) imaginação. D) reflexão. E) escola. ------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. História deliciosa Nada mais gostoso que cheirinho de pão quente de manhã! Muita gente pensa assim, em vários países, há milhares de anos. O pão foi o primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de 12 mil anos. Antes todos dependiam da caça e da pesca para comer. Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis de plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos e misturados à água e a massa assada sobre cinzas. O resultado era um pão fi no e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo de uma longa história. PRIMEIRAS DELÍCIAS Os antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos