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Tutoria S7 - caso 6 Cuidados paliativos Objetivos de aprendizagem 1. Compreender os princípios dos tratamento/cuidados paliativos e quando introduzi-los. 2. Conhecer as principais escalas de status de desempenho, correlacionando-as com o prognóstico. 3. Aprender a comunicação de más notícias. Objetivo 1 Introdução ● O cuidado paliativo é a abordagem que visa a promoção da qualidade de vida de pacientes e seus familiares, através da avaliação precoce e controle de sintomas físicos, sociais, emocionais, espirituais desagradáveis, no contexto de doenças que ameaçam a continuidade da vida. ● A assistência é realizada por uma equipe multiprofissional durante o período do diagnóstico, adoecimento, finitude e luto. ● Os cuidados paliativos visam aliviar o sofrimento em todas as fases da doença e não têm de se limitar aos cuidados de fim de vida. ● Os cuidados paliativos são uma modalidade de assistência cujo foco principal é a pessoa e não a doença ou o órgão comprometido. ● Os cuidados paliativos podem ser fornecidos juntamente com tratamentos curativos ou de prolongamento da vida. ● Os cuidados paliativos também se estendem ao período de luto da família ou entes queridos. ● Abrange como objetivos: ○ Manejo dos sintomas ○ Estabelecimento de metas de cuidados que estejam de acordo com os valores e preferências do paciente; 1 ○ Comunicação consistente e sustentada entre o paciente e todos os envolvidos em seu cuidado; ○ Apoio psicossocial, espiritual e prático tanto para pacientes quanto para seus familiares ou outros cuidadores informais; ○ Coordenação entre os locais de atendimento. Princípios ● Seus princípios norteadores são: ○ Iniciar o mais precocemente possível o acompanhamento em cuidados paliativos junto a tratamentos modificadores da doença. ○ Incluir toda a investigação necessária para compreender qual o melhor tratamento e manejo dos sintomas apresentados. ○ Reafirmar a vida e sua importância. ○ Compreender a morte como processo natural sem antecipar nem postergá-la. ○ Promover avaliação, reavaliação e alívio impecável da dor e de outros sintomas geradores de desconforto. ○ Perceber o indivíduo em toda sua completude, incluindo aspectos psicossociais e espirituais no seu cuidado. Para isso é imprescindível uma equipe multidisciplinar. ○ Oferecer o melhor suporte ao paciente focando na melhora da qualidade de vida, influenciando positivamente no curso da doença quando houver possibilidade e auxiliando-o a viver tão ativamente quanto possível até a sua morte. ○ Compreender os familiares e entes queridos como parte importante do processo, oferecendo-lhes suporte e amparo durante o adoecimento do paciente e também no processo de luto após o óbito do paciente. Indicações ● Todo e qualquer paciente que possui doença crônica e/ou ameaçadora da vida poderá se beneficiar com os Cuidados Paliativos - crianças, adultos e idosos. ● A necessidade de cuidados paliativos está presente em todos os níveis de atendimento, primário, secundário e serviços especializados. 2 Principais doenças e sintomas ● As principais doenças que requerem cuidados paliativos segundo as estimativas globais da OMS no contexto dos adultos (indivíduos com 15 anos ou mais) são doenças cardiovasculares (38%), neoplasias (34%), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC – 10%), HIV/Aids (10%). ● Pessoas com doenças em fase avançada podem apresentar sintomas de grande desconforto físico e psíquico. Os sintomas mais comuns nos pacientes com doença em fase terminal são: 3 Fadiga Constipação intestinal Tristeza – depressão Hemorragia Dor de forte intensidade Náuseas e vômito Ansiedade Emagrecimento Anorexia Tosse Agitação – insônia Diarreia Dispneia Confusão mental Disfagia Feridas Abordagens para o tratamento de sintomas comuns Sintoma Avaliação Tratamento Anorexia e caquexia É um processo de doença que causa o sintoma, ou é secundária a outros sintomas (por exemplo, náusea e constipação) que podem ser tratados? O paciente está incomodado com o sintoma? Considere acetato de megestrol ou dexametasona. Ansiedade O paciente apresenta inquietação, agitação, insônia, hiperventilação, taquicardia ou preocupação excessiva? Recomendar aconselhamento de suporte e considerar a prescrição de benzodiazepínicos (nos idosos, evite benzodiazepínicos com meia-vida longa). Constipação O paciente está tomando opioides? O paciente tem uma impactação fecal? Prescrever um amaciante de fezes (ineficiente sozinho) mais doses crescentes de um estimulante; se o aumento da dose for ineficaz, agentes de outras classes (por exemplo, laxantes osmóticos e enemas) devem ser adicionados. Depressão Como o paciente responde à pergunta “Está você está deprimido?” O paciente expressa ou apresenta algum dos seguintes sentimentos: desamparo, desesperança, anedonia, perda de autoestima, inutilidade, disforia persistente e ideação suicida? (Sintomas somáticos não são indicadores confiáveis de depressão nesta população.) Recomendar psicoterapia de apoio, terapias farmacológicas ou uma combinação dessas intervenções; prescrever psicoestimulantes para tratamento rápido dos sintomas (dentro de dias) ou ISRS, que podem levar de três a quatro semanas para fazer efeito; os antidepressivos tricíclicos são relativamente contraindicados devido aos seus efeitos colaterais. Delírio O início da confusão foi agudo? O paciente está orientado ou experimentando mudanças no nível de consciência ou flutuações minuto a minuto? A condição é reversível? Identificar as causas subjacentes e gerenciar os sintomas; recomendar terapias comportamentais, reorientação frequente e reafirmação; garantir a presença de cuidadores familiares; prescrever haloperidol, risperidona ou olanzapina. Dispneia O sintoma tem causas reversíveis? Prescrever oxigênio para tratar a dispneia 4 induzida por hipóxia ou para fornecer alívio sintomático. Os opióides aliviam a falta de ar sem reduções mensuráveis na frequência respiratória ou saturação de oxigênio; as doses eficazes são muitas vezes mais baixas do que as usadas para tratar a dor. Considere ansiolíticos e use resegurança, relaxamento, distração e massagem terapêutica. Náusea Qual mecanismo está causando o sintoma (por exemplo, estimulação da zona de gatilho quimiorreceptora, estimulação gástrica, retardo do esvaziamento gástrico ou síndrome do “estômago esmagado”, obstrução intestinal, processos intracranianos ou vertigem vestibular)? Prescreva um agente direcionado à causa subjacente. Vários agentes dirigido a vários receptores ou mecanismos pode ser necessário Dor Quão grave é o sintoma (avaliado com o uso de instrumentos validados)? Prescrever medicamentos para serem administrados regularmente iniciar um regime para prevenir a constipação para todos os pacientes que recebem opióides. Para dor leve: use paracetamol ou um antiinflamatório não esteroidal agente tório (considere opióides em adultos mais velhos). Para dor moderada: titular opióides de ação curta. Para dor intensa: titule rapidamente os opioides de ação curta até que a dor seja aliviada ou se desenvolvam efeitos colaterais intoleráveis; iniciar opioides de ação prolongada (por exemplo, morfina ou oxicodona de liberação sustentada e fentanil transdérmico) assim que a dor estiver bem controlada; use metadona somente se tiver experiência em seu uso. Analgésicos concomitantes (por exemplo, corticosteroides, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos e bifosfonatos) devem ser usados quando aplicável. Objetivo 2 PPS ● A Palliative Performance Scale (PPS) é uma ferramenta útil para medir o declínio progressivo de um residente paliativo. ● Possui cinco dimensões funcionais: deambulação, nível de atividade e evidência de doença, autocuidado, ingestão oral e nível de consciência. ● Para pontuar, existem 11 níveis de PPS de 0% a 100% em incrementos de 10%. ● Cada diminuição de 10% marca uma diminuição significativa da função física. 5 ● Por exemplo, um residente com pontuação de 0% é falecido e uma pontuação de 100% é totalmenteambulatorial e saudável. ● O PPS serve como uma forma da equipe interprofissional se comunicar com entre si ou com os moradores e famílias, pois pode ser usado como um guia para ajudar a iniciar e facilitar conversas sobre cuidados paliativos ou transição de cuidados de fim de vida. ● Um PPS baixo (≤ 30%) pode servir como um preditor dos últimos meses de vida tanto em pacientes com câncer como sem câncer. ● Estável (PPS 70-100%), Transitório (PPS 40-60%) ou Final de vida (PPS 0-30%). KPS ● A Escala de Karnofsky (KPS) é uma escala de desempenho que foi inicialmente desenvolvida para avaliar a capacidade física em pacientes oncológicos, mas que tem tido seu uso aplicado para a avaliação de outras doenças crônicas incapacitantes: 6 ECOG ● A Escala de Desempenho de Zubrod, da EstearnCooperativeOncologyGroup (ECOG), também serve para medir o estado geral dos pacientes em Cuidados Paliativos: 7 Objetivo 3 ● A comunicação entre o médico e seu paciente pode influenciar a adesão ao tratamento e a satisfação com a relação estabelecida. ● A comunicação deve não apenas abarcar o que o paciente precisa saber, mas ser realizada de forma apropriada, assegurando que ele compreendeu a informação, preocupando-se com sua reação afetiva e com a retenção da informação. Protocolo SPIKES ● É um mnemônico de seis passos que pode proporcionar mais segurança ao médico e que apresenta quatro objetivos principais: ○ Saber o que o paciente e seus familiares estão entendendo da situação como um todo (ajuda o médico a saber por onde começar); ○ Fornecer as informações de acordo com o que o paciente e sua família suportam ouvir; ○ Acolher qualquer reação que pode vir a acontecer; ○ Ter um plano. ● S – Setting up: Preparando-se para o encontro ○ Treinar antes é uma boa estratégia. 8 ○ Prepare-se (rever prontuários e opções) ○ Apesar de a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações dadas podem ajudar o paciente a planejar seu futuro. ○ Procure por um lugar calmo e que permita que a conversa seja particular. ○ Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-lo mais seguro. ○ Sente-se e procure não ter objetos entre você e seu paciente. ○ Ajuste o tempo. ○ Escute atentamente o que o paciente diz e mostre atenção e carinho. ● P – Perception: Percebendo o paciente ○ Procure usar perguntas abertas. ○ Investigue o que o paciente já sabe do que está acontecendo. ● I – Invitation: Convidando para o diálogo ○ Identifique até onde o paciente quer saber do que está acontecendo, se quer ser totalmente informado ou se prefere que um familiar tome as decisões por ele. ○ Se o paciente deixar claro que não quer saber detalhes, mantenha-se disponível para conversar no momento que ele quiser. ● K – Knowledge: Transmitindo as informações ○ Introduções como “infelizmente não trago boas notícias” podem ser um bom começo. ○ Use sempre palavras adequadas ao vocabulário do paciente. ○ Use frases curtas e pergunte, com certa frequência, como o paciente está e o que está entendendo. ○ Se o prognóstico for muito ruim, evite termos como “não há mais nada que possamos fazer”. Sempre deve existir um plano. ● E – Emotions: Expressando emoções ○ Aguarde a resposta emocional que pode vir, dê tempo ao paciente, ele pode chorar, ficar em silêncio, em choque. ○ Aguarde e mostre compreensão. ○ Mantenha sempre uma postura empática. ● S – Strategy and Summary: Resumindo e organizando estratégias ○ É importante deixar claro para o paciente que ele não será abandonado, que existe um plano ou tratamento, curativo ou não. ○ Certifique-se do próximo passo (consulta, exame). ○ Compartilhar decisões e responsabilidades. 9 Abordagem ao paciente do caso Tosse aguda ● Duração de até 3 semanas. ● A tosse aguda é mais comumente associada ao resfriado comum, mas também pode estar associada a condições de risco de vida (por exemplo, embolia pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia). ● O primeiro passo no tratamento da tosse aguda é determinar se a causa da tosse é uma dessas condições graves ou uma infecção aguda do trato respiratório superior (ou seja, resfriado comum), infecção do trato respiratório inferior ou uma exacerbação de uma condição pré-existente (por exemplo, asma, bronquiectasia, doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC]). ● Se a tosse for devido ao resfriado comum, um anti-histamínico de primeira geração mais um descongestionante deve ser prescrito. Ob�.: Os pacientes devem ser sintomáticos por pelo menos uma semana antes que o diagnóstico de sinusite bacteriana seja feito, porque antes desse ponto o supercrescimento bacteriano é improvável. Tosse subaguda ● Entre 3 e 8 semanas. ● Se a tosse começou com uma infecção do trato respiratório superior e persistiu, geralmente é considerada uma tosse pós-infecciosa. ● É mais provavelmente causada por gotejamento pós-nasal, irritação das vias aéreas superiores, acúmulo de muco ou uma manifestação de hiperresponsividade branquial que pode estar associada à asma. ● A exposição contínua a alérgenos ou irritantes, efeitos prolongados de uma infecção, pneumonia e exacerbação aguda de bronquite crônica também devem ser considerados. ● Pacientes com suspeita de infecção por B. pertussis (isto é, coqueluche) devem ter um swab nasofaríngeo para cultura. ● Pacientes com coqueluche confirmada devem receber antibióticos macrolídeos e devem ser isolados por cinco dias a partir do primeiro dia de tratamento. ● Se a tosse não for causada por sinusite bacteriana ou Bordetella pertussis, o tratamento com ipratrópio inalado (Atrovent) deve ser iniciado para atenuar a tosse. ● Se a tosse persistir, considerar o uso de corticosteroides inalatórios. Se a tosse for grave, considere prescrever 30 a 40 mg de prednisona por dia por um breve período. 10 ● Quando outros tratamentos falham, codeína ou dextrometorfano (Delsym) devem ser considerados. Tosse crônica ● Duração > 8 semanas. ● Se o paciente estiver tomando um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), o tratamento deve ser interrompido para determinar se a medicação é a causa. ● Se tabagista: a cessação do tabagismo é quase sempre bem sucedida na eliminação da tosse dentro de quatro semanas. ● Se o paciente tiver DPOC grave, a tosse pode persistir após a cessação do tabagismo. ● A história também é importante para descobrir se o paciente é de uma área onde as doenças que podem causar tosse (por exemplo, tuberculose) são prevalentes; tem sinais sistêmicos de doença (por exemplo, febre, sudorese, perda de peso); ou tem histórico de câncer, tuberculose ou síndrome de imunodeficiência adquirida. ● Radiografia de tórax: ○ Se uma massa for encontrada, o paciente deve receber uma tomografia computadorizada (TC) de tórax, uma broncoscopia ou aspiração transtorácica por agulha fina e, possivelmente, uma tomografia por emissão de pósitrons. ○ Achados consistentes com insuficiência cardíaca congestiva devem ser seguidos por um exame cardiovascular e possivelmente uma tentativa empírica de diurético. ○ A evidência de infecção deve ser seguida por tentativas de fazer um diagnóstico microbiano. ○ A maioria dos pacientes com tosse crônica é saudável e, nesses pacientes, as quatro causas mais comuns de tosse são síndrome da tosse das vias aéreas superiores, asma, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e bronquite eosinofílica não asmática. Abordagem ao paciente com suspeita de CA de pulmão Anamnese e exame físico ● Ao avaliar um paciente para câncer de pulmão, uma história detalhada e exame físico devem ser realizados, incluindo exposições ambientais e de trabalho. ● O tabagismo atual ou histórico de tabagismo é o fator de risco mais importante para todos os tipos de câncer de pulmão. ● Doença pulmonar crônica concomitante ou exposição ao radônio ou ao amianto pode aumentar o risco de câncer de pulmão. 11 Sinais e sintomas ● Os pacientes com câncer de pulmão geralmente apresentam sintomas, sendo o mais comum a tosse. ● A hemoptise em combinaçãocom perda de peso, perda de apetite ou falta de ar aumenta a probabilidade de câncer de pulmão. ● Uma história de tosse crônica com ou sem hemoptise em um tabagista atual ou ex-tabagista com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com idade de 40 anos ou superior deve sugerir investigação completa para câncer de pulmão, mesmo em face de radiografia de tórax normal. ● Pneumonia persistente sem sintomas constitucionais e refratária a cursos repetidos de antibióticos também deve levar a uma avaliação da sua causa subjacente. ● A apresentação clínica do câncer de pulmão em não tabagistas tende a espelhar a de tabagistas atuais e ex-tabagistas. Diagnóstico ● É necessária uma amostra de tecido para confirmar um diagnóstico em todos os pacientes com suspeita de câncer de pulmão. ● Em pacientes com carcinomas de células não pequenas iniciais aparentes, que são candidatos à cirurgia, a toracotomia é o exame recomendado para diagnóstico e estadiamento tecidual ● Em pacientes com supostos carcinomas de células pequenas ou metastáticos de células não pequenas, o diagnóstico deve ser feito usando o método mais conveniente e menos invasivo disponível (por exemplo, toracocentese de um derrame pleural, biópsia excisional de um linfonodo acessível, broncoscopia, aspiração transtorácica por agulha) . 12 ● Várias opções estão disponíveis quando o tipo e o estágio do câncer são menos claros, incluindo citologia do escarro, broncoscopia flexível e aspiração transtorácica por agulha. ○ A citologia do escarro é um teste não invasivo que pode ser útil na identificação de tumores localizados centralmente. ○ A broncoscopia flexível (empregando lavados brônquicos, escovações e biópsias) geralmente é o exame de escolha em pacientes com tumores centrais, com sensibilidade combinada de 88% nesses paciente. ○ A aspiração transtorácica com agulha demonstrou ser mais sensível do que a broncoscopia em pacientes com tumores pulmonares periféricos e pode ser usada quando a aspiração transbrônquica com agulha é inconclusiva ou em pacientes que não são candidatos à cirurgia. ● A toracoscopia videoassistida é uma modalidade mais recente que pode ser usada para amostrar pequenos tumores periféricos (menos de 2 cm de diâmetro), tumores pleurais ou derrames pleurais para fins de diagnóstico ou estadiamento. Obs.: Não esquecer dos marcadores tumorais! 13 Exames de imagem ● Tomografia computadorizada ○ Utilizada para investigação diagnóstica e também no seguimento ○ Permite visualizar o tamanho tumoral e sua proximidade com estruturas vizinhas e, possivelmente, a existência de metástase à distância. ● PET ○ Possui maior capacidade de distinguir tecidos malignos de benignos sendo útil na investigação de nódulos pulmonares, de metástases mediastinais e na identificação de lesões metastáticas. ● Ressonância magnética ○ Mostra maior resolução quando se trata de análise de invasão de parede torácica. ○ É superior também na avaliação de ressecabilidade dos tumores do sulco superior, que normalmente envolvem o plexo braquial, vasos subclávios e corpos vertebrais. ● Cintilografia óssea ○ Utilizada para avaliar metástases ósseas: relativamente frequentes, principalmente no adenocarcinoma avançado Estadiamento ● Agrupamento de estágios: ○ Carcinoma oculto: Tx N0 M0 ○ Estágio 0: T1s N0 M0 ○ Estágio IA: T1 N0 M0 ○ Estágio IB: T2 N0 M0 ○ Estágio IIA: T1 N1 M0 ○ Estágio IIB: T2 N1 M0ou T3 No M0 ○ Estágio IIIA: T3 N1 M0 ou T1/3 N2 M0 ○ Estágio IIIB: T1-4 N3 M0T4 N1/3 M0 ○ Estágio IV: T1-4 N1-3 M1 14 Tratamento ● O tratamento difere de acordo com o tipo histológico de câncer, o estágio de apresentação e a avaliação funcional do paciente. ● A cirurgia é o tratamento de escolha para pacientes com carcinoma de células não pequenas estágio I a IIIA. 15 ● Dados recentes sugerem que a quimioterapia pré-operatória melhora a sobrevida em pacientes com carcinoma de células não pequenas. ● Para pacientes submetidos à ressecção completa e sem quimioterapia pré-operatória, quimioterapia adjuvante é padrão. ● O tratamento para carcinoma de células não pequenas irressecáveis pode envolver radioterapia e quimioterapia. ● O papel das terapias direcionadas, especificamente o agente anti-fator de crescimento endotelial vascular bevacizumab (Avastin), foi examinado em pacientes com carcinoma não escamoso em estágio avançado (IIIB e IV). ● Bevacizumabe combinado com quimioterapia aumentou a sobrevida em comparação com quimioterapia isolada. ● A quimioterapia (combinada com radioterapia na doença em estágio limitado) é a base do tratamento para o carcinoma de pequenas células. ● Cuidados paliativos e cuidados paliativos são importantes modalidades de tratamento de fim de vida. 16
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