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PRIMEIRA AVALIAÇÃO- Cuidados Paliativos

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PRIMEIRA AVALIAÇÃO 
- CUIDADOS PALIATIVOS- 
 
 
 
 
 
Discente: Ruanna Larissa Gomes da Costa 
 Matricula: 202014044 
 Curso: Enfermagem 3º Período 
 Docente: João Victor Batista 
 
 
 
 
 
 
Vitória de Santo Antão, 2021. 
Evolução Histórica dos Cuidados Paliativos no Brasil. 
 
 Os cuidados paliativos definem-se pelos cuidados totais prestados tanto aos pacientes com 
doença progressiva e irreversível, quanto aos seus familiares. Têm como finalidade à promoção 
do alívio de sintomas e a manutenção da qualidade de vida. 
 Historiadores apontam que o cuidado paliativo começou na antiguidade e, que durante as 
Cruzadas na Idade Média, era comum encontrar “hospices” pelo caminho, que abrigavam doentes, 
famintos, mulheres em trabalho de parto, órfãos, pobres e “leprosos”. Era muito mais uma forma 
de cuidado, acolhimento, proteção e alívio do sofrimento do que de cura propriamente dita. 
Oficialmente, os cuidados paliativos surgiram como prática na área da saúde na década de 1960 
no Reino Unido com a médica, enfermeira e assistente de saúde Cicely Saunders, que dedicou 
sua vida ao trabalho para alívio do sofrimento humano. Em 1967, ela fundou o St. Christophers 
Hospice em Londres, primeiro serviço a oferecer um cuidado integral aos pacientes, controlando 
sintomas, aliviando suas dores e sofrimentos, não apenas físicos como também psicológicos. Na 
década de 1970, Elisabeth Kübler-Ross, uma psiquiatra suíça, trouxe esse movimento para a 
América. Em 1974, foi fundado um hospice nos Estados Unidos e, a partir daí, essa abordagem 
de cuidado passou a ser disseminada em diversos países. O vocábulo paliativo é derivado do 
latim pallium, que nomeia o manto usado pelos cavaleiros das Cruzadas para se protegerem das 
tempestades no caminho. A terminologia denota, então, a ideia principal dessa abordagem que é 
cobrir, proteger e amparar. 
 No que respeita ao nosso país, a história dos cuidados paliativos tem cerca de 20 anos, embora 
já desde o século XVI estes cuidados já calculados em alguns textos médicos. No Brasil, a prática 
dos cuidados paliativos é emergente desde o final da década de 1990. Dados oficiais da Academia 
Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), publicados em 2006, apontam cerca de 40 equipes 
atuantes e 300 leitos hospitalares destinados a esses cuidados. 
 O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado brasileiro a contar com um Serviço de Cuidados 
Paliativos. Em 1983, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
anexou um Serviço de Cuidados Paliativos ao seu “Serviço de Dor”, coordenado pela Dra. Miriam 
Martelete. Três anos depois, teve início o Serviço de Dor e Cuidados Paliativos da Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo. Ainda na década de 80 surgiram em Florianópolis (1989) e no Rio de 
Janeiro (1989) unidades de Cuidados Paliativos. 
 Em 2006, surge o forte elemento catalisador, com a criação da Rede Nacional de Cuidados 
Continuados Integrados (RNCCI), através do Decreto-Lei N.º 101/200642, onde os cuidados 
paliativos são integrados, sendo nesta altura que estes cuidados avançam de forma mais visível 
https://www.scielo.br/pdf/ea/v30n88/0103-4014-ea-30-88-0155.pdf
no nosso país. Também, em 2006, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, elabora 3 
importantes documentos de recomendações: “Formação de Enfermeiros em Cuidados Paliativos”, 
“Organização de Serviços em Cuidados Paliativos” e “Critérios de Qualidade para Unidades de 
Cuidados Paliativos”. 
 Os cuidados paliativos de qualidade se baseiam em quatro pilares: a boa comunicação, o 
controle adequado dos sintomas, ações para alívio do sofrimento e apoio à família no processo de 
morte e posteriormente durante o luto. Seus princípios são: promover o alívio da dor e de outros 
sintomas. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural. Não acelerar nem adiar 
a morte. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente. É importante 
destacar que muitos são os empecilhos encontrados pelos países em desenvolvimento, a exemplo 
do Brasil, para a implantação de cuidados paliativos. Vale ressaltar: ausência de uma política 
nacional de alivio da dor; deficiência na educação dos profissionais de saúde; ausência de uma 
política governamental adequada; limitação no fornecimento de drogas necessárias para o alivio 
da dor; carência de recursos para pesquisa e desenvolvimento em cuidados paliativos. Existe uma 
lacuna na formação dos profissionais de saúde, uma falta de incentivo às instituições hospitalares 
e políticas públicas voltadas para o enfrentamento de problemas decorrentes de doença incurável. 
 A conscientização da população brasileira sobre os Cuidados Paliativos é essencial para que o 
sistema de saúde brasileiro mude sua abordagem aos pacientes portadores de doenças que 
ameaçam a continuidade de suas vidas. Cuidados Paliativos são uma necessidade de saúde 
pública. São uma necessidade humanitária, pois, como dizia Saunders: “O sofrimento humano só 
é intolerável quando ninguém cuida”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
GOMES, A.L.Z; OTHERO M.B. Cuidados Paliativos. ESTUDOS AVANÇADOS 30 (88), 
2016\. Disponível em . ANDRADE, C.G; COSTA, S.F.G; LOPES, M.E.L. Cuidados paliativos: 
a comunicação como estratégia de cuidado para o paciente em fase terminal. Ciência & Saúde 
Coletiva, 18(9):2523-2530, 2013\. Disponível em . Academia Nacional de Cuidados Paliativos. 
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Critérios de qualidade para os 
cuidados paliativos no Brasil. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2006. 60p. 
Machado, M.A. “Cuidados Paliativos e a Construção da Identidade Médica Paliativista no Brasil” 
por Mariana de Abreu Machado, Dissertação de Mestrado em Ciências na área de Saúde Pública, 
FIOCRUZ, 2009

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