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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTO DE FACHADAS COM MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS Engenharia Civil São Paulo 2022 RESUMO A Construção Civil vem em constante evolução, tanto em técnicas construtivas, quanto no desenvolvimento de novos materiais. Durante o processo de construção e o período de uso dos edifícios, vários intervenientes podem levar a ocorrência de manifestações patológicas que prejudicam o desempenho e a durabilidade dos sistemas construtivos utilizados. Este trabalho busca realizar levantamento bibliográfico em livros, normas, trabalhos acadêmicos, sobre patologias que ocorrem em fachadas. Abordando os principais tipos de manifestações, causas, origens e possíveis soluções. Existem ensaios não destrutivos que podem ser utilizados para avaliar e verificar as instalações e a estrutura da edificação em análise. Através da pesquisa e do levantamento bibliográfico foi feita a descrição das características das principais patologias que podem ser encontradas em revestimentos de fachadas. De onde se concluiu que as manifestações patológicas são provenientes de todas as fases envolvidas na construção civil, dentre as quais se podem mencionar a fase de projeto, a de construção e a de uso da edificação. Palavras-chave: Construção Civil, Manifestações Patológicas, Revestimentos de Fachadas. ABSTRACT Civil Construction has been in constant evolution, both in construction techniques and in the development of new materials. During the construction process and the period of use of the buildings, several factors can lead to the occurrence of pathological manifestations that harm the performance and durability of the constructive systems used. This work seeks to carry out a bibliographical survey in books, technical standards, and academic papers about pathologies that occur in facades. Addressing the main types of manifestations, causes, origins and possible solutions. There are non-destructive tests that can be used to evaluate and verify the installations and the structure of the building under analysis. Through research and bibliographical survey, a description was made of the characteristics of the main pathologies that can be found in facade coverings. From where it was concluded that the pathological manifestations come from all the phases involved in the civil construction, among which we can mention the project phase, the construction phase and the use of the Building Keywords: Civil Construction, Pathological Manifestations, Facade Coatings. 1. Introdução Em um mercado competitivo, o foco em prazos e custos pode levar os empreendedores a assumirem riscos para oferecer níveis de preços competitivos, assumindo que este por si só é o principal fator para se manterem no mercado, porém, muitas vezes está associado a exigências e controle. A qualidade associada acaba sendo relegada a segundo plano, transformando falhas de projeto, material, planejamento, mão de obra e controle de execução na fase de execução do projeto em patologias que acabam por se manifestar na fase de uso da edificação, impactando na durabilidade, segurança e conforto dos ocupantes, seja próprio ou não (SANTOS, 2013). Isso é confirmado pelo aumento constante e significativo do número de reclamações no setor civil e da construção civil de acordo com a Lei nº 8.078 de 1990, que institui o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e trata dos direitos e garantias do consumidor. Minimizar isso e os custos incorridos por impugnações judiciais e extrajudiciais é fator essencial para garantir a resiliência das empresas do setor da construção civil, principalmente em ciclos de crise do setor, como o que atravessa atualmente. A falha e a falta de qualidade das informações fornecidas nesses processos podem levar a mal-entendidos. Nesse contexto, a utilização de ferramentas e técnicas adequadas para investigar a patologia da estrutura é de grande valia, pois o diagnóstico correto auxilia na tomada de decisão em processos judiciais e extrajudiciais e na previsão/definição de custos de recuperação (OLIVEIRA, 2009). Neste trabalho, os ensaios não destrutivos (END) de análise de imagens térmicas são investigados como uma ferramenta para investigar lesões em sistemas de revestimento de fachadas, complementando a inspeção visual para identificar lesões ocultas que só podem ser descobertas por inspeção in loco por detonação Choque e umidade testar, facilitar e facilitar a realização de manutenções preditivas e preventivas, pois é possível investigar locais de outra forma inacessíveis que requerem serviços especializados (cordas) ou instalar equipamentos como gimbals e andaimes e seu custo/tempo associado. O setor da construção civil é uma das bases econômicas do país, desenvolvendo-se tanto na tecnologia da construção quanto no desenvolvimento de materiais de construção, mas as manifestações patológicas das edificações advêm de diversos outros atores que podem ocorrer em diferentes fases do ciclo de vida. projeto, incluindo também suas fases de uso e operação (SANTOS, 2013). O Instituto Brasileiro de Normas Técnicas, por meio da NBR15575:2013 Building Performance Standard, define padrões mínimos de desempenho e durabilidade, na forma do conceito de vida útil do projeto (VUP), que deve ser atendido pelo setor de construção civil. Falta de projetos detalhados ou falha de seu conceito e compatibilidade, erros na seleção de sistemas construtivos e/ou técnicas de execução, definição e especificação de materiais, controles de qualidade e técnicos, planejamento e padronização de serviços e controles correspondentes, em edifícios O processo de manutenção , e outros fatores ambientais que existam/atuem na área onde o empreendimento está localizado, seja durante a execução ou durante a fase de uso e operação, podem causar problemas diretos e indiretos para a edificação, e para os proprietários, usuários do imóvel e o não (SANTOS, 2013). A desvalorização do imóvel por mau desempenho não afeta apenas o valor de mercado do imóvel, mas também significa o custo da construtora responsável pela execução e assistência técnica durante o período de garantia do sistema construtivo do edifício. usuário em estatutário A manutenção adequada do edifício durante o período de garantia e além de acordo com as diretrizes contidas no Manual de Uso e Operação do Edifício está associada e se estende aos sistemas construtivos recomendados durante toda a vida útil do projeto (VUP) de acordo com o Edifício Padrão de Desempenho (OLIVEIRA, 2009). Devido à gravidade do acidente e dos danos materiais, aos riscos potenciais e seus efeitos, a investigação das manifestações patológicas da fachada é normalmente realizada por meio de perícias de inspeção e engenharia, que podem envolver a investigação da patologia e dos processos construtivos utilizados, os critérios de avaliação se dão por meio da análise documental, inspeção visual, testes de campo e laboratoriais para fundamentar e fundamentar o laudo técnico (GOMIDE, 2006). A utilização de técnicas adequadas para obtenção de informações/subsídios para determinar se as manifestações patológicas dos sistemas de revestimento de fachadas são decorrentes de defeitos construtivos, aparentes ou ocultos, ou falhas de manutenção, é parte crítica dos processos judiciais e extrajudiciais no setor da construção, para subsidiar as decisões das respectivas responsabilidades das partes envolvidas, conduzindo ao desenvolvimento de ações de indemnização que possam conduzir, em última instância, à recuperação de parte ou da totalidade da fachada do edifício e, por conseguinte, ao correto diagnóstico e investigação das manifestações patológicas para determinar a sua intensidade e extensão a fim de minimizar a possibilidadede distorcer o orçamento do projeto de recuperação do contrato devido a erros de previsão que possam ser feitos durante a preparação. Neste sentido, o presente trabalho utiliza uma técnica de investigação inovadora na construção civil, baseada em ensaios não destrutivos (END), utilizando técnicas de investigação por imagem térmica que permitem a identificação de anomalias térmicas em sistemas de revestimento de fachadas e a sua ligação à análise de tipo. Manifestações patológicas encontradas, demonstrando o potencial desta tecnologia na identificação e mapeamento de manifestações patológicas existentes (sejam elas evidentes e/ou ocultas), bem como uma ferramenta para planejamento de manutenção preditiva e preventiva de fachadas de edifícios, ágil uma forma eficiente de minimizar a incerteza de outros métodos de levantamento indireto. 1.1. Justificativa Junto com o crescimento acelerado na construção civil, vem a busca por produzir mais e em menos tempo. Tal aceleração no prazo de execução faz com que ocorram falhas nas fases de projeto e execução (PAVANELO, 2017). Na construção civil, o processo de inspeção predial é fundamental para garantir o controle adequado das características do edifício e seu desempenho. Se for feito de forma planejada, muitas vezes desempenha o seu papel para realizar a manutenção do edifício da maneira certa. Portanto, as falhas podem ser detectadas com antecedência e possíveis acidentes devido à deterioração de falhas ou anormalidades, podem ser evitados ou reduzidos. As fachadas têm como função proteger a construção. Além disso, são muito importantes na valorização do edifício, já que ela interfere diferentemente no valor estético da construção. Por ser um invólucro da construção, tudo que acontece na sua parte externa pode interferir internamente e vice-versa. As manifestações patológicas nas fachadas são as principais causadoras da desvalorização do imóvel, gerando um grande impacto negativo tanto para os usuários como para as construtoras. Dentre os problemas patológicos típicos estão a eflorescência, os bolores, o desplacamento cerâmico e as fissuras. Tais doenças podem gerar grandes prejuízos financeiros, e em casos mais graves, ferimentos ou até mesmo a morte de pessoas. O desenvolvimento desta pesquisa bibliográfica é de grande relevância e necessidade, pois servirá como base para tomadas de decisões estratégicas para futuras obras e engenheiros. 1.2. Objetivos Este trabalho tem como objetivo geral realizar um levantamento bibliográfico sobre as principais características relacionadas à inspeção dos revestimentos de fachadas utilizando métodos não destrutivos, as principais patologias encontradas em fachadas, bem como os principais critérios que devem ser levados em consideração durante a elaboração de projetos de fachadas. A fachada é um dos sistemas da construção civil que mais sofre com a degradação acelerada, pois é diretamente exposta a agentes ambientais. Em geral os edifícios contam com áreas de difícil acesso para inspeção e manutenção, além de ferramentas e equipamentos adequados, que demandam um alto custo. 1.2.1. Objetivo Geral Identificar os mais frequentes tipos de patologias encontradas nos revestimentos externos de edifícios. 1.2.2. Objetivos Específicos ■ Avaliar a correlação das anormalidades térmicas encontradas na área de estudo com os achados patológicos presentes no revestimento; ■ Análise da causa e curso de ação das manifestações patológicas identificadas, avaliação de sua intensidade, extensão e gravidade, e; ■ Discutir os resultados da análise das anomalias térmicas identificadas nos mapas termográficos da área de estudo e sua correlação com as respectivas manifestações patológicas; 2. Metodologia Este capítulo define como a pesquisa foi conduzida, os equipamentos utilizados e como os dados foram coletados e analisados. A técnica utilizada é uma adaptação do trabalho de Antunes (2010), que buscou analisar as manifestações patológicas das fachadas. Segundo os autores, o método é prático e objetivo para analisar sistemas de revestimento de fachadas danificadas e enfatiza a importância da inspeção e manutenção das paredes externas. O método consiste em uma série de procedimentos divididos em três fases: coleta de dados, tratamento de dados e diagnóstico. 2.1. Coleta de dados Para a coleta de dados, algumas fachadas de edifícios foram selecionadas aleatoriamente. Uma vez selecionada, são coletadas as maiores informações sobre a edificação, tais como: projeto, idade, número de pavimentos, orientação básica da fachada, sistema construtivo, tipo de acabamento da fachada, etc. Foram coletadas imagens fotográficas para análise de possíveis achados patológicos encontrados nas paredes externas. Imagens térmicas também foram tiradas para dar uma visão mais profunda das anomalias ocultas a olho nu. 2.2. Tratamento de dados Após a coleta de dados das edificações em estudo, as imagens foram organizadas por tipo de manifestações patológicas encontradas e edificações analisadas, seguidas de um mapa de incidência de manifestações. 2.3. Diagnóstico O diagnóstico é a etapa final do método e visa estimar a origem e os mecanismos que desencadeiam as manifestações patológicas presentes na fachada. Isso é derivado da interpretação de imagens obtidas por câmeras termográficas e câmeras comuns. Após a interpretação das imagens, foram feitos diagramas mostrando os principais achados patológicos encontrados nas paredes externas. 3. Referencial Teórico 3.1. Revestimento de Fachada O revestimento de fachada é o primeiro elemento a ser observado em uma edificação e, portanto, deve ser executado com muita atenção, pois isso definirá toda a conservação e estética da obra. Para Carvalho (2015), o conceito de fachada refere-se a cada face de qualquer edifício, sendo a fachada principal a frontal e as demais fachadas as traseiras e laterais. De acordo com a NBR 13755 (ABNT, 1996), o revestimento externo é composto por um conjunto de camadas sobrepostas e intimamente conectadas incluindo a estrutura de suporte, alvenaria, camada de argamassa e revestimento final. Este revestimento tem a função de proteger as edificações do desgaste mecânico causado pela ação da chuva, umidade, vento e partículas sólidas, além de promover a estética. Na área da construção civil, existem vários tipos de revestimentos de paredes exteriores, tais como argamassas, cerâmicas, revestimentos de pedra, etc. No entanto, mesmo com esse leque de possibilidades, os mais utilizados ainda são os revestimentos de argamassa e cerâmica. 3.1.1. Revestimento Argamassado O revestimento de argamassa nada mais é do que a aplicação de argamassa sob a alvenaria com o objetivo de regularizar e uniformizar a superfície. Para os revestimentos externos, o objetivo é atuar como uma camada protetora contra as intempéries, ajudar a cerca a desempenhar sua função e proporcionar estética e acabamento à parede externa (BAÍA; SABBATINI, 2008). Um sistema de revestimento pode ser entendido como um conjunto de subsistemas cuja finalidade é proteger a alvenaria, suavizar a superfície, melhorar a resistência à água e proporcionar um acabamento esteticamente agradável, pois é o elemento de acabamento final (BAUER, 2008). Tradicionalmente, são utilizadas técnicas que utilizam pelo menos três camadas sobrepostas, contínuas e uniformes, como mostra a Figura 1. A primeira camada é chamada de bruto, depois o gesso (bloco grosso), o gesso (bloco fino) e por fim o acabamento final. No entanto, há também uma monocamada, que é uma única camada que protege o substrato. Figura 1 — Composição do Sistema de Revestimento Fonte: Bauer (1994) apud Carvalho (2016) O substrato que recebe o sistema de revestimento, denominado substrato, é uma superfícieplana, completamente plana e vertical que pode ser de concreto, alvenaria ou outros materiais (ANTUNES, 2010). Para cada tipo de substrato, deve-se atentar para a aplicação do revestimento para que este atenda às propriedades desejadas. O rugoso é constituído por uma argamassa básica de cimento e granalha, altamente fluida e destinada a uniformizar a superfície em termos de absorção e melhorar a adesão ao substrato para posterior fixação de outro elemento (CASAREK, 2007). A argamassa de alisamento é chamada de gesso e produz uma superfície plana projetada para corrigir pequenas irregularidades, prumo e alinhamento. Pode ser argamassa de cal e areia ou cimento, cal e areia, as marcas vão depender do tipo de acabamento utilizado (AZEREDO, 1987). O gesso é a argamassa básica de cal e areia fina, cuja finalidade é preparar a superfície para uma aparência agradável, lisa e com muita pouca porosidade, e que pode ser usada como demão final ou pronta para receber outro elemento decorativo (FIORITO, 2009). Uma única camada ou demão única é aplicada diretamente no substrato, tem a função de substituir estuques e rebocos, podendo obter uma película de tinta como acabamento final (ANTUNES, 2010). 3.1.1.1. Tipos de Argamassas Na construção civil, o uso da argamassa é muito importante, pois possui diversas funções, tais como: elementos de ligação, proteção de alvenarias e estruturas de elementos naturais e alisamento de superfícies. As argamassas são classificadas de várias maneiras, por exemplo, quanto à natureza do aglutinante, ao tipo de aglutinante, à quantidade de aglutinante, à consistência, à plasticidade, à densidade de massa e à forma de preparo ou fornecimento (CARASEK, 2007). Como este trabalho se aproxima de uma análise de patologia de paredes externas, discutiremos os tipos de argamassa mais comumente usados para revestimentos externos para entender a finalidade de cada um. Azeredo (1987) explicou os seguintes tipos de argamassas: ■ Argamassa de Colagem: Utilizada para obter rugosidade em superfícies lisas (concreto, cerâmica, tijolo laminado, tijolo prensado, etc.) com pouca porosidade, dando suporte para a aceitação de outra argamassa. Esta argamassa é muito fluida, não necessita molhar a superfície e é lançada a uma velocidade que cria um impacto para proporcionar maior aderência e rugosidade; ■ Argamassa de Junta: Tem como finalidade unir elementos construtivos, procurando moderar choques e atritos e evitar a tensão resultante. É uma argamassa de fácil manuseio, moderadamente maleável, antiderrapante e não afetada por agentes mecânicos; ■ Argamassa Normalizada: Deve atuar como capa de chuva, impedindo a penetração e penetração de água, sem impedir a ação capilar que transporta a umidade do material da alvenaria para a superfície externa. Outra tarefa desta argamassa é a uniformização da superfície, eliminando todos os defeitos de prumo e alinhamento, bem como excesso de massa e irregularidades dos tijolos; ■ Argamassas de acabamento: procuram um aspecto completamente liso e regular na sua aplicação, procurando apresentar uma superfície com baixa porosidade e espessura. Essa argamassa pode ser encontrada em empresas especializadas e não precisa ser fabricada no canteiro de obras; ■ Argamassas especiais: são industrializadas, e cada empresa tem suas patentes de preparo. Este tipo de argamassa possui um grande número de características recomendadas para cada aplicação; ■ Argamassa ligante: Proporciona adesão entre a chapa cerâmica e o substrato, buscando a capacidade de absorver a deformação natural imposta pelo revestimento (CARASEK, 2007). 3.1.2. Revestimento Cerâmico A cerâmica tornou-se um dos revestimentos mais utilizados na construção civil devido a sua variedade de possibilidades de aplicação, alta durabilidade e variedade de ilustrações. Além de suas vantagens como material durável, fácil de limpar, também protege os elementos de vedação e proporciona isolamento térmico e acústico (SILVA et al., 2015). Entretanto, para que esse tipo de revestimento atenda a essas vantagens, é necessário planejar e selecionar o material correto, levando em consideração as indicações adequadas para cada tipo de ambiente em que a peça será utilizada (CEOTTO et al., 2005). Isso afeta a resistência ao desgaste, absorção de água, coeficiente de atrito, aparência da superfície, etc. Outro fator que deve ser considerado é o método de fixação utilizado para este revestimento, onde é feito com argamassas adesivas e rejuntes, que devem ser realizados com muito cuidado para não cair (CAMPANTE; BAÍA, 2008). Com isso, o investimento final em revestimento cerâmico é finalmente compatível com os benefícios que oferece e ainda é considerado esteticamente atraente por possuir os mais diversos e modernos designs (ANJOS, 2016). 3.2. Manifestações Patológicas A doença na arquitetura é um defeito que prejudica o desempenho e, em última análise, torna o edifício pouco atraente. Assim como a medicina tenta curar a doença, eles não evoluem e não acabam causando problemas mais sérios, como o desabamento de prédios. Essas doenças podem ser divididas em: ▪ Congênito: nasce com estrutura; ▪ Adquirido: Desenvolvido com a ajuda de fatores externos ou fenômenos físicos. Para entender completamente a doença em edifícios, é necessário continuar a analogia médica, explica Pereira (2005): ▪ Diagnóstico: Baseia-se na observação dos sintomas e na realização de pesquisas para determinar a causa, mecanismo de formação e gravidade do problema patológico; ▪ Prognóstico: Feito pelo diagnóstico, análise da duração, evolução ou término da doença; ▪ Tratamento: é uma intervenção em um edifício que visa eliminar problemas patológicos; ▪ Agente: é a causa direta de desencadear problemas patológicos. Para diminuir as manifestações patológicas, é necessário estar atento a algumas obrigações ao desenvolver um projeto de revestimento de fachada, essas obrigações são: I. Determinar o tipo de revestimento a utilizar, tendo em conta a eficiência do edifício; II. Determinar o tipo de argamassa que será utilizada para realizar o revestimento; III. Esclarecer o padrão e a qualidade do serviço; IV. Usar os critérios técnicos apropriados para o tipo de revestimento escolhido. 3.2.1. Origens e Causas das Manifestações Patológicas Os problemas patológicos encontrados em revestimentos de argamassa, muitas vezes, têm origem nas etapas iniciais de projeto, execução e uso de tais revestimentos ao longo do tempo (BAÍA; SABBATINI, 2008). Quando surgem problemas patológicos na fase de projeto, falta de detalhamento e/ou defeitos nos elementos construtivos, o uso de traços materiais ou técnicas de construção insuficientes também podem, em última análise, produzir manifestações patológicas (BAUER, 2008). Durante a fase de execução, manifestações patológicas podem surgir por diversos motivos, sendo os mais comuns: má qualidade do material, ineficiências do processo, técnicas de produção inconsistentes, controle insuficiente da argamassa e má execução do projeto (ANTUNES, 2010). Nos revestimentos cerâmicos, a origem das manifestações patológicas é praticamente a mesma que nos revestimentos de argamassa, exceto que falta o item que considera a ligação entre a esquadria e o revestimento. Para Campante e Baía (2008), é importante considerar as diferentes dimensões em que o problema ocorre. Nesse sentido, o problema (deficiência ou manifestação patológica) deve primeiro ser verificado, o primeiro nível de observação é a causa imediata, o segundo nível é a natureza do problema e o terceiro nível é a origem do problema. 3.2.2. Principais Manifestações patológicas de revestimento de fachadas As principais manifestações patológicas originam-se de erros ou falhas em determinada etapa do processo construtivo, e sua ocorrência está relacionadaa uma série de sintomas ou manifestações durante o uso da edificação, que podem surgir na etapa de construção. Após muitos anos de início, construção ou obra (CARMO, 2003; apud KRUG, 2006). Segundo Verçosa (1991) e apud Krug (2006), as manifestações patológicas ocorrem durante o trabalho e as proporções são apresentadas na Figura 2. Figura 2 — Manifestações patológicas Fonte: Verçosa (1991) e apud Krug (2006); adaptado pelos autores (2022) Segat (2005) realizou um levantamento em 300 casas geminadas no município de Caxias do Sul (RS), analisando 1.788 planos de elevação e registrando a incidência de 2.303 manifestações patológicas do revestimento. A Figura 3 mostra os dados obtidos no estudo. No método utilizado, cada representação é calculada uma vez. Figura 3 — A distribuição das manifestações patológicas encontradas pelo método de incidência no plano de elevação original Fonte: Segat (2005) Segundo Antunes (2010), as manifestações patológicas nunca são atribuíveis a uma única causa, muitas vezes são resultado de múltiplas combinações e podem ser potencializadas pela sobreposição de efeitos cumulativos, resultando em maiores danos às edificações. Para Baía e Sabbatini (2008), as manifestações patológicas dos revestimentos de argamassa ocorrem quando um produto se comporta além dos limites de desempenho desejados. Para revestimentos de argamassa, os principais problemas são: ■ Manchas úmidas se formam à medida que o mofo se desenvolve; ■ Descascamento da argamassa de revestimento; ■ Formação de fissuras e fissuras na argamassa de revestimento; ■ Descamação entre gesso e camadas de gesso. Em revestimentos cerâmicos, as principais patologias encontradas são: trincas, descamação da chapa, intemperismo e deterioração das juntas. Vale lembrar que algumas das patologias encontradas nos revestimentos cerâmicos podem ser ocasionadas em outras etapas do revestimento, como a falta de treinamento da mão de obra, que pode não levar em consideração o tempo aberto da argamassa ligante (CAMPANTE; BAÍA, 2008). 3.2.2.1. Descolamentos A separação nada mais é do que a desunião de uma ou mais demãos de argamassa e apresenta uma extensão de dimensões desde áreas confinadas até o recobrimento de toda a alvenaria. Isso pode se manifestar como bolhas de placa ou poeira (BAUER, 2008). Antunes (2010) afirma que a adesão insuficiente entre as camadas que compõem o sistema de revestimento pode fazer com que o revestimento descasque. Para Sabbatini e Barros (2001), são muitos os motivos para o deslocamento, como: ■ O grau de aplicação do revestimento; ■ Suporte instável; ■ Características dos assentos e articulações cinemáticas; ■ Falta de detalhes construtivos (vigas, juntas de canto, etc.) ■ Incompetência ou negligência da força de trabalho. Para Bauer (2008), esse deslocamento pode se manifestar como borbulhamento de placa ou poeira da seguinte forma: ▪ Descolamento em lajes: As fissuras ocorrem geralmente na junção entre a camada de base e as camadas de reboco e reboco. Esta anomalia está geralmente associada a blanks feitos com areia fina que prejudicam a adesão à camada de base, acumulam camadas mais espessas para obter rugosidade suficiente e, portanto, criam tensão devido à retração da argamassa; ▪ Separação da espuma (Fig. 4): Como a cal é o material diretamente envolvido neste tipo de patologia, tal deslocamento ocorre na camada com maior proporção de cal. Figura 4 — Descolamento Fonte: Anjos (2016) 3.2.2.2. Fissuras As fissuras aparecem nos revestimentos de argamassa devido a fatores relacionados à aplicação do revestimento, tensão térmica úmida, principalmente devido à retração hidráulica da argamassa, senão devido ao movimento da fundação de concreto e/ou alvenaria (BAUER, 2008). Para Ceotto et al. (2005) consideram-se fissuras as fissuras visíveis a olho nu que, quando observadas a uma distância superior a um metro, ou independentemente da sua abertura, levam à penetração de umidade na edificação. Na tabela 1 são apresentados alguns tipos de fissuras e suas possíveis causas. Tabela 1 - Tipos de fissuras Fonte: Melo Júnior (2016) 3.2.2.3. Manchamento As manchas que aparecem na pintura externa podem prejudicar a estética de um edifício e são consideradas um dos aspectos da degradação do edifício. A exposição à sujeira, chuva, geometria da superfície e absorção de impurezas são alguns dos fatores que contribuem para a formação dessas anomalias (TERRA, 2001). Um exemplo de coloração na parede externa pode ser visto na Figura 8. Figura 5 — Manchamento Fonte: Carvalho (2016) 3.2.2.4. Desplacamento Para Anjos (2016), a separação (Fig. 9) ocorre na separação das placas cerâmicas devido à falta de aderência entre a placa e o lay-up. A diferença da decapagem é que à medida que as telhas caem, elas podem levar com ou sem a argamassa, parte do reboco, ou mesmo o reboco que foi colocado. A tabela 2 ilustra alguns tipos de desplacamentos de acordo com a autora Flores-Colen (2009). Tabela 2 — Tipos de Desplacamento Fonte: Flores-Colen (2009). 3.2.2.5. Falha nas juntas Uma parcela significativa do desprendimento do revestimento cerâmico advém da ausência ou falta de execução da junta. Basicamente, existem quatro tipos de juntas: juntas de assentamento, móveis, separativas e estruturais. Para evitar esse tipo de anomalia, é necessário utilizar essas arruelas. Em resumo, os quatro tipos são descritos abaixo: ▪ Junta de assentamento: Esta junta destina-se a separar os dois revestimentos cerâmicos, permitindo a movimentação da alvenaria ou da argamassa de assentamento; ▪ Junta de Movimento (Fig. 10): Junta projetada para aliviar a tensão causada pelo movimento da parede ou do próprio revestimento devido a mudanças de temperatura ou deformação do concreto; ▪ Costura de liberação (Fig. 11): Este tipo de costura é utilizado para separar o revestimento e aliviar a tensão causada pelo movimento da base ou do revestimento; ▪ Juntas estruturais: utilizadas para aliviar a tensão causada pelo movimento da estrutura de concreto. Figura 6 — Junta de Movimento Fonte: Luz (2004) Figura 7 — Juntas de dessolidarização Fonte: Pedro et al (2002) apud Reis (2013) Quando ocorre a ruptura da junta (Fig. 12), isso afeta o desempenho de todo o revestimento, tendo em vista que este componente é responsável pela capacidade do revestimento de impermeabilizar e absorver tensões (CAMPANTE; BAÍA, 2008). Figura 8 — Falha nas Juntas Fonte: Antunes (2010) Existem alguns sinais de que a junta está se deteriorando, como perda de estanqueidade da junta e material de enchimento envelhecido. A perda da estanqueidade inicia-se logo após a execução, devido a procedimentos de limpeza inadequados, que levam à deterioração do material. Além disso, quando adicionados ao ataque por meios atmosféricos corrosivos e/ou estresse mecânico, podem causar trincas e infiltração de água, levando ao descolamento do revestimento (ROSCOE, 2008). 3.3. Noções Básicas de Termografia A imagem térmica é uma técnica usada para testes não destrutivos e não invasivos projetados para detectar a radiação infravermelha emitida naturalmente. Por meio dessa técnica, é possível identificar áreas onde a temperatura muda de acordo com os padrões estabelecidos (BAUER; LEAL, 2013). O método utiliza a percepção da temperatura da superfície de um objeto, considerando que qualquer objeto com temperatura acima do zero absoluto emite radiação térmica (JUNIOR; PADARATZ; PINTO, 2011). A Figura 13 mostra um exemplo de uma imagem térmica infravermelha comparada a uma imagem digital. Figura 9 — Comparação de imagens de imagens térmicas infravermelhas e imagens digitais Fonte: Bauer e Leal (2013,p.11) Segundo Mendonça, Amaral e Catarino (2013), todos os objetos emitem radiação infravermelha, e a intensidade dessa radiação emitida depende de dois fatores: a temperatura do objeto e a capacidade do objeto em emitir radiação. A capacidade de um objeto de emitir radiação é chamada de emissividade. Para a aplicação de câmeras termográficas, algumas particularidades devem ser consideradas, como as propriedades do material, fatores climáticos, distância e ângulo em que as imagens são captadas. Algumas dessas variáveis merecem destaque, a saber: ▪ Emissividade: Definida como a razão entre a radiância espectral de uma superfície e a de um corpo negro. Isso depende do comprimento de onda, da direção de visualização da superfície de estudo e da temperatura da superfície (BARREIRA, 2004); ▪ Temperatura: Uma quantidade que indica quão quente ou frio um objeto está em relação a algum padrão estabelecido. Quando o corpo está em equilíbrio térmico, sua temperatura não muda a menos que seja estimulado pelo ambiente externo (HALLIDAY;KRANE; RESNICK, 2002); ▪ Condução de calor: definida como o processo de transferência de energia de uma região de alta temperatura para outra de menor temperatura dentro do mesmo objeto ou entre objetos diferentes, mas em contato direto entre si (LIA; QUITES, 2005); ▪ Convecção térmica: Ocorre em superfícies sólidas em contato com fluidos de diferentes temperaturas e provoca a transferência de energia e massa (BAUER; LEAL, 2013); ▪ Radiação infravermelha: é a emissão térmica causada pela agitação dos átomos e moléculas que compõem um objeto. Qualquer objeto com temperatura acima do zero absoluto emite essa radiação. Essa radiação é emitida na faixa ultravioleta, visível, infravermelho e até mesmo na faixa que inclui as micro-ondas, sendo a maior parte emitida na faixa da radiação infravermelha (Figura 14) (SANTOS, 2006); ▪ Outras variáveis: Podem alterar os resultados da temperatura da superfície quando houver luz artificial ou luz solar. Para testes em um ambiente externo, o melhor horário para capturar imagens é à noite ou ao amanhecer. O vento é outro fator que pode alterar a imagem e, quando a velocidade do vento é alta, altera a resistência térmica da superfície. Por exemplo, a falta de fontes de calor em locais sombreados também altera a superfície (BARREIA, 2004). Figura 10 — Espectro eletromagnético Fonte: Santos (2006) 3.3.1. Identificação de manifestações patológicas utilizando termografia O uso de imagens térmicas para identificar manifestações patológicas ainda é pouco difundido no Brasil e, em países como a Europa, a técnica é amplamente utilizada em edificações de patrimônio histórico. Em fachadas, o uso de imagens térmicas muitas vezes utiliza técnicas passivas, pois as técnicas ativas requerem a incidência de fontes artificiais de calor, impossibilitando o alcance de grandes áreas. Para Cortizo (2007), as técnicas passivas são qualitativas na medida em que fornecem uma indicação de irregularidades, enquanto os processos termicamente excitados tendem a ser caracterizados por resultados quantitativos, em que os eventos podem ser medidos e apreendidos. O uso de tecnologia ativa também pode apresentar problemas nas superfícies analisadas, como variações de cor, brilho e fixação, que podem causar patologia. A tecnologia de imagem térmica infravermelha permite a avaliação de patologias existentes e algumas que ainda não foram detectadas a olho nu. Isso o torna um método de construção civil muito útil, permitindo verificação e manutenção, evitando custos adicionais na intervenção e prevenindo o agravamento de problemas patológicos. Mendonça (2005) destacou as vantagens do uso de imagens térmicas, tais como: ensaios não destrutivos, não emite nenhum tipo de radiação, reduz o tempo de trabalho e, por fim, abrange uma grande área para ensaios 3.3.2. Estudos de casos utilizando a termografia Freitas, Carasek e Cascudo (2013) realizaram um estudo de caso usando imagens térmicas (Figura 15), observando que pontos de interesse, como manchas e rachaduras, podem ser visualizados por imagens térmicas. Outra vantagem detectada pela termografia é a diferença de pontos de revestimento na estrutura e na alvenaria (temperaturas mais baixas e mais altas, respectivamente). Figura 11 — Estudo de caso utilizando a termografia Fonte: Freitas, Carasek e Cascudo (2013, p.70) Bauer e Leal (2013) explicam que estruturas ocultas podem ser identificadas sem dificuldade com imagens térmicas infravermelhas (Figura 16), porém, não haverá obstruções como manchas causadas por sombras de prédios ou árvores. Figura 12 — Imagem por termografia infravermelha Fonte: Bauer e Leal (2013, p.12) De acordo com Freitas, Freitas P. e Barreira (2014), a imagem térmica infravermelha tem se mostrado bem-sucedida na detecção de descascamento de revestimentos de fachadas. A principal vantagem desta técnica é que ela não é destrutiva, podendo ser utilizada como ferramenta de manutenção preventiva para detectar o descolamento sem ir diretamente à superfície. A Figura 17 mostra um dos resultados obtidos por esses autores utilizando imagens térmicas. Figura 13 — Análise termográfica em fachadas Fonte: Freitas, Freitas P., Barreira (2014, p. 85 e 86) Para Barreira, Almeida e Delgado (2016), as características da superfície são um fator importante na obtenção de imagens térmicas, com menor diferença nos resultados para alta emissividade e baixa refletividade. A distância da câmera ao alvo (até 10 metros) não afeta os resultados obtidos, mas afeta a clareza e nitidez da imagem. Os resultados encontrados pelos autores são mostrados na Figura 18. Figura 14 — Resultados obtidos a partir da utilização da termografia Fonte: Barreira, Almeida e Delgado (2016, p. 257) 4. Resultados e Discussão Quando se trata de patrimônio histórico, o foco no processo de degradação das edificações ao longo do tempo é uma questão de extrema relevância. O patrimônio histórico pode ser entendido como qualquer bem material ou imaterial significativo e se estabelece como suporte de memória para preservar a identidade cultural da comunidade. As edificações e bens materiais de valor cultural estão sujeitos a diversos graus de degradação, seja pelas ações da própria natureza ou pelos seres humanos (BRANDÃO et al., 2018). Considerando a importância dos edifícios históricos de valor cultural e as preocupações em proteger e preservar este património, importa investigar o estado de degradação das fachadas destes edifícios. Diversos estudos têm abordado a preservação do patrimônio físico, demonstrando o foco da academia na manutenção dessas edificações e fornecendo subsídios adequados para o processo de intervenção, pois é difícil entender os materiais aplicados no momento da construção. Os autores citados salientam que a principal razão para a deterioração dos edifícios históricos está diretamente dependente do inevitável envelhecimento dos materiais de construção. Ressaltam que, além da falta de manutenção, as condições ambientais e climáticas a que essas substâncias estão expostas ao longo do tempo podem agravar essa deterioração. Os autores também mostram que deficiências de materiais e mão de obra, bem como procedimentos de construção e manutenção, e ajustes no uso da propriedade, tornam as edificações alvo de inúmeras manifestações mórbidas. O sistema de revestimento de fachadas funciona como uma camada protetora e está sujeito a agentes de degradação por ser uma das áreas mais expostas da edificação (CARVALHO, 2014). Consequentemente, o revestimento da fachada torna-se a área de maior dano (manifestações patológicas) de todo o sistema construtivo (TERRA, 2001). Independentemente da idade da edificação, mas principalmentehistoricamente, a identificação de manifestações patológicas é uma tarefa complexa, principalmente devido à muitas vezes falta de documentação, tanto construtiva quanto sobre o histórico de intervenções, não realizadas ao longo da vida das edificações. Além disso, muitas vezes, limitou o acesso a informações sobre edificações e barreiras ao uso de tecnologias disruptivas para compreender tais edificações em sua biografia. Ao longo dos anos, várias técnicas não destrutivas têm sido utilizadas para detectar manifestações patológicas de fachadas revestidas com argamassa. Por exemplo, os mapas de danos são um método de coleta de dados que ilustra todas as manifestações de degradação de edifícios por meio de representação gráfica, simulando os símbolos de diferentes categorias e graus de degradação que foram identificados (TIRELLO et al., 2012). No entanto, embora os mapas de danos sejam um método muito comum, sua descrição detalhada é necessária para gerar um banco de dados, que é feito através de um levantamento dos danos existentes nas edificações. Além disso, à medida que mais e mais novas técnicas e métodos se tornam mais eficazes para detectar manifestações patológicas, estudos comparativos dessas técnicas são realizados para analisar se elas são realmente bem utilizadas e se são utilizadas. Levantamentos não destrutivos, como as técnicas fotogramétricas (AMORIM, 2012), são recursos de levantamento que não causam danos ao elemento em estudo. Estes levantamentos são de grande valia para o estudo do património histórico, cujos edifícios não podem sofrer alterações que comprometam a sua integridade. No entanto, combinar vários levantamentos com o entendimento dos fatores que influenciaram os resultados pode facilitar a interpretação dos dados e validar estimativas de danos ao patrimônio histórico. Em alguns casos, pode ser necessário aumentar o nível de detalhe para obter mais informações sobre certas partes do edifício, melhorando assim a precisão da detecção de uma determinada manifestação patológica, mas mesmo assim esta será uma investigação pontual e não uma total (BIM, 2019). Para sistematizar essas informações, este artigo propõe um estudo comparativo das diferentes técnicas utilizadas na pesquisa. Entre os tipos de pesquisa mencionados, estão: Tabela 3 – Tipos de levantamentos de fotogrametria Fotogrametria Entrada Processamento Saída Levantamento métrico clássico Fotografia Analógica (em filme) Analógico (óptico- mecânico) Analógica (scribes ou fotolitos) no passado ou digital (CAD, por exemplo) no presente Levantamento métrico híbrido Fotografia Analógica (em filme) Analítico (computacional) Analógica (scribes ou fotolitos) no passado ou digital (CAD, por exemplo) no presente Investigações fotográficas digitais de alta resolução Imagem digital (obtida de câmera digital, por exemplo) Analítico (computacional) Digital Levantamento por meio de escaneamentos digitais Imagem digitalizada (foto analógica submetida a um scanner) Analítico (computacional) Digital Fonte: Os autores (2022) A escolha do método utilizado para investigar o estado de degradação da fachada de uma edificação deve ser adequada a cada situação envolvida, incluindo a própria edificação e a infraestrutura técnica e econômica disponível. Um passo importante no levantamento topográfico é o registro das características visuais, que pode ser alcançada fotografando e levantando geometricamente todo ou partes de um edifício, com a precisão da distância, ângulo e posição relativa entre as partes. As investigações fotográficas e os indicadores clássicos são adequados para diagnosticar todos os tipos de manifestações patológicas, especialmente porque envolvem diretamente técnicas relacionadas à experiência do especialista. Em geral, porém, produzem resultados convencionais, como acontece com a fotogrametria digital e a digitalização 3D, em comparação com as técnicas que permitem dizer a localização no espaço de cada ponto da superfície visível de um edifício e a cor desse ponto. No entanto, dependendo da situação, a medida clássica apresenta uma relação custo-benefício média. Ao adicionar um levantamento fotográfico sistemático a esta abordagem, a compreensão e reconstrução do todo ou de partes do todo ou de partes do edifício podem ser avançadas antes da intervenção. Quando isso acontece, há uma investigação mista, segundo Barthel et al. (2009), também é recomendado para todos os tipos de investigações de manifestações patológicas, proporcionando melhores resultados do que os métodos clássicos, mas geralmente é custo-efetivo. Esse gasto se deve principalmente à necessidade de presença suficiente de especialistas na área, além de estruturas físicas como equipamentos para acesso a elementos em altura. Atualmente, segundo Melo Júnior et al. (2018), esses custos podem ser reduzidos usando drones para obter fotos das partes mais altas dos edifícios. Por outro lado, a fotogrametria digital de alta resolução inclui a fotografia, que pode ser automatizada através do uso de plataformas robóticas e câmeras fotográficas. Segundo Costa et al. (2013), tal plataforma é utilizada para controlar a câmera para tirar múltiplas imagens do ponto inicial ao ponto final, cobrindo assim toda a fachada do edifício, formando um mosaico fotográfico panorâmico. Esse mosaico é resultado de um processamento de software, como o GigaPan Stitch, usado para a sobreposição de imagens (as costuras entre fotos), que produz uma imagem de alta resolução, mas ainda precisa ser corrigida, pois continua na projeção cônica efeito do sistema, uma distorção com efeito de perspectiva. Para tanto, são utilizados softwares como o ArcGIS, que, além de corrigir a imagem na ortofoto, também auxilia na identificação e mapeamento de áreas degradadas. Segundo Barthel (2009), as técnicas fotogramétricas podem ser utilizadas para identificar todos os tipos de manifestações patológicas, e os resultados obtidos tanto quantitativa quanto visualmente são melhores em comparação com os tipos de investigações acima. De acordo com Groetelaars (2015), o crescente uso da fotogrametria se deve principalmente à recente popularidade das câmeras digitais, juntamente com os enormes avanços no poder computacional dos computadores pessoais e a disseminação de softwares gratuitos de fotogrametria, como VisualSfM e APERO-MicMac, e versões para comunicação remota pela web, como ARC 3D, Microsoft Photosynth Hyper 3D e versões comerciais, onde se destaca o Photo Modeler Scanner. Segundo alguns autores, a fotogrametria DSM (Dense Stereo Matching) é adequada para a investigação de manifestações patológicas, pois, além do baixo custo dos equipamentos (câmeras digitais e softwares) associados ao escaneamento a laser 3D, permite a aquisição de modelos geométricos em Texturas de alta resolução, que podem ser usadas para gerar outros derivados, como ortofotos, pintura, animação, prototipagem rápida e mapas de danos. Nos estágios iniciais da investigação, essas técnicas de representação automatizada tridimensional podem ser vinculadas à tecnologia BIM (Building Information Modeling), que caracterizou o campo de pesquisa do HBIM (Historical Building Information Modeling). O HBIM é um processo aplicado a edifícios existentes, desde edifícios de escala monumental até edifícios residenciais, permitindo a criação de modelos inteligentes capazes de conter e gerenciar informações. Os modelos criados por meio dessa abordagem buscam reunir informações para identificar os componentes, entre seus diversos aspectos, incluindo propriedades físicas que estão sempre relacionadas à geometria de cada componente. O HBIM difere do BIM justamente porque não envolve a definição de novos projetos, mas porque configura um novo método de trabalho para abordar as edificaçõesexistentes. O processo geralmente começa com o já mencionado levantamento digital, utilizando um scanner a laser ou câmera. A fotografia aérea é frequentemente associada ao uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), que ganharam popularidade como drones que podem ser controlados remotamente para realizar muitas tarefas, como, neste caso, fotografar edifícios de locais inacessíveis. dimensões de um edifício, como telhados e fachadas de arranha-céus. Para a representação de detalhes, como saliências na fachada, onde se desenvolve a maioria das manifestações patológicas, é necessário fotografar todos os lados de cada elemento. Dentre algumas citações que utilizam diferentes técnicas de levantamento, podemos citar Barthel et al. (2009), os autores utilizaram fotografia de alta resolução para representar mapas de danos de diferentes edificações e concluíram que a falta de padronização desses mapas dificultou as comparações entre os resultados das análises. Barbosa et al. (2011) avaliaram o aspecto patológico de edificações apenas por inspeção in loco e fotografias. Eles concluíram que mais informações eram necessárias para determinar as técnicas de reciclagem. Costa et al. (2009) buscam alternativas para mapear danos associados a edificações históricas para auxiliar projetos de conservação e restauração. Eles produziram e vetorizaram ortofotos das paredes externas e internas dos prédios estudados e, em seguida, sobrepuseram as informações com desenhos representando as manifestações patológicas (ou seja, mapas de danos). Esses autores resumem a validade das ortofotos, mas apontam para a importância da identificação validada em campo dos achados patológicos por especialistas, e que muitas vezes são necessárias prospecções e investigações laboratoriais para caracterizar com precisão os achados patológicos encontrados. Costa et al. (2013) É necessária a investigação com equipamentos de alta precisão capazes de gerar imagens de alta resolução (GigaPixel), como: câmeras digitais padrão de alta resolução, plataformas robóticas, software especializado para geração de mosaicos panorâmicos e software para identificação, quantificação e mapeamento de manifestações patológicas. As ferramentas utilizadas mostraram-se adequadas, pois reduziram o tempo e o custo global da investigação, com registro detalhado e preciso das manifestações patológicas existentes. Melo Júnior et al. (2014) investigaram fachadas usando uma variedade de técnicas e concluíram que ortofotos adquiridas via PhotoScan se mostraram eficazes na correção de efeitos de perspectiva. Salientam que o drone permitiu-lhes chegar ao topo do edifício e, assim, obter uma imagem de toda a superfície exterior do edifício. Os mapas de lesões foram realizados com o apoio da extração automática de informações usando o software MATLAB, que os autores afirmam ser possível e adequado para a detecção ideal de manifestações patológicas devido à formação de speckle. Torres e Silva (2015) utilizaram métodos visuais, fotografias de média resolução e mapas de danos para avaliar as principais manifestações patológicas das edificações construídas em 1903. Eles mapearam manifestações patológicas como descamação, manchas úmidas, rachaduras, etc. Eles concluíram que o estado de degradação dos edifícios não pode ser determinado quantitativamente usando essas ferramentas, mas forneceu uma compreensão inicial do sistema construtivo e das áreas afetadas. Torres e Bezerra (2015) documentam o estado de degradação de fachadas de edifícios com significado patrimonial por meio de métodos visuais, fotográficos e cartográficos. Manifestações como descamação, rachaduras, corrosão do corrimão, desintegração da estrutura, etc. foram identificadas. Delfino et al. (2017) estudaram as manifestações patológicas que ocorrem no patrimônio histórico a partir do desenvolvimento de fotografias e fichas de pesquisa do local e tentaram identificar as causas e propor intervenções. Pesquisa apresentada por Melo Júnior et al. (2018) aplicaram um método para gerar automaticamente mapas de danos em ortofotos de fachadas de edifícios, usando drones para capturar fotos e avaliar resultados com base em mapas de danos e inspeções visuais. Com o DSM, um modelo geométrico foi gerado a partir da nuvem de pontos no programa PhotoScan para obter uma ortofoto. As simulações permitem quantificar as manifestações patológicas. Os resultados demonstram a eficácia do uso de equipamentos VANT como ferramenta de inspeção de fachadas e captura de imagens para uso através da tecnologia DSM. Coelho et al. (2019) criaram uma ferramenta para organizar informações históricas e técnicas sobre edifícios de importância patrimonial. Este artigo discute as dificuldades de desenvolver sistemas de informação para edifícios históricos com vista ao estabelecimento de modelos adequados de inspeção, monitoramento e planejamento de intervenção. Apresenta os principais objetivos do estudo, traça as experiências e dificuldades dos gabinetes técnicos especializados na conservação do património edificado institucional e aponta perspectivas futuras para um melhor planeamento das ações de conservação. Atualmente, muitos estudos utilizam técnicas de revisão de literatura para melhor orientar as pesquisas, por exemplo Morais et al (2020) identificaram a principal incidência de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado através de estudos de revisão de literatura e constataram que a mais comum é a corrosão de armaduras de aço, 100% das amostras analisadas, exceto trincas e manchas, foram 73% e 60%, respectivamente. Silva et al. (2022) desenvolveram um trabalho apresentando os resultados qualitativos de uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de identificar o estado da arte em pesquisas relevantes relacionadas ao conceito de HBIM (Modelagem de Informação de Construção Histórica) e danos ao patrimônio construído. 5. Considerações Finais A investigação das manifestações patológicas e do estado degradado das fachadas dos edifícios históricos é de primordial importância, dada a importância dos edifícios patrimoniais, as exigências de conservação e a importância da preservação do património. Assim como a escolha de métodos para mapear o estado de degradação dessas fachadas. O estudo proposto caracteriza-se pela área de revisão bibliográfica e tem como objetivo avançar no entendimento dos métodos utilizados por um conjunto de obras brasileiras para avaliar danos nas fachadas de edifícios históricos de valor cultural. Reitera o já ponderado problema abordado por diferentes autores de que não há melhor ou pior maneira de investigar. A aplicabilidade de cada situação depende da disponibilidade do conhecimento técnico necessário e da aplicação da tecnologia a cada pesquisador. Neste estudo, um grande número de manifestações patológicas da fachada pode ser verificado por inspeção in loco e, com o auxílio de imagens térmicas, outras anormalidades ocultas, como umidade, podem ser observadas. Isso torna a imagem térmica digital útil na identificação de manifestações patológicas de forma satisfatória, embora ainda seja pouco utilizada em estudos brasileiros. A principal vantagem do uso de imagens termográficas neste estudo é a capacidade de observar pontos de umidade nas paredes externas, que podem ser observados em pontos mais frios da superfície. Outro item importante é a visualização de locais com rachaduras, pois neste local são observadas temperaturas mais altas à medida que a água se acumula nesses pontos. As fissuras encontradas na fachada são: horizontais, verticais e mapeadas. A capacidade de identificar anormalidades térmicas associadas a manifestações patológicas ocultas por imagem térmica, que nem sempre é possível identificar apenas por inspeção visual, por meio de imagem térmica, agiliza o processo de exame e permiteuma investigação mais criteriosa das áreas que devem ser investigadas, seja através da realização de estudos termográficos de confirmação ou usando outros testes de campo ou de laboratório. Embora seja relativamente simples usar um termovisor para adquirir imagens térmicas durante as inspeções, a análise e a interpretação de imagens térmicas podem levar a conclusões errôneas se a interferência e as condições ambientais em que foram adquiridas não forem levadas em consideração. Para evitar isso, a base teórica e a experiência de uso do aparelho para identificar anormalidades térmicas, as características das manifestações patológicas investigadas são cruciais para que o examinador obtenha uma adequada interpretação e, assim, consiga associar corretamente suas características com as manifestações patológicas correspondentes se levantam. Quanto aos parâmetros de calibração da câmera termográfica, quando se deseja obter uma imagem termográfica para medições precisas da temperatura da superfície analisada, ou seja, na análise quantitativa, o valor de emissividade e outros parâmetros ambientais devem ser determinados para cada situação de inspeção. Quanto à identificação qualitativa de anomalias, o fato de esses parâmetros não terem efeito na identificação de gradientes de temperatura na superfície do mesmo material foi confirmado em estudos exploratórios. No entanto, ao obter subsídios para apoiar a análise e interpretação de anomalias térmicas, os parâmetros corretos devem sempre ser determinados para o diagnóstico de manifestações patológicas em laudos e laudos no âmbito da engenharia diagnóstica. A cinética do comportamento do fluxo de calor na superfície e os vieses associados a certas manifestações patológicas também são fatores a serem observados ao examinar e analisar termogramas para um diagnóstico correto. A determinação de ciclos e/ou condições ideais de exame facilita a obtenção de termogramas mostrando anormalidades térmicas que podem estar associadas a achados patológicos. Quanto à determinação da gravidade e extensão da patologia existente, a imagem térmica pode identificar áreas afetadas, bem como sinergias deletérias de manifestações de patologia articular. Exemplo disso é a associação de humidade e desprendimento numa mesma zona, condição que favorece a evolução de ambas as patologias e, por isso, tem potencial para comprometer o desempenho e a durabilidade do sistema de pintura exterior. Algumas limitações operacionais podem ser identificadas durante a inspeção. A resolução das imagens térmicas (320x240 pixels) é relativamente baixa, e as anomalias térmicas podem não ser identificadas com precisão suficiente para interpretação quando a área analisada está localizada a grandes distâncias. Outro potencial fator limitante na obtenção de termogramas é a possível variabilidade nos resultados devido ao ângulo de visão entre a câmera e a área de estudo. Em estudos de campo, isso pode ser contornado aumentando a distância de visualização para evitar a captação de imagens em ângulos superiores a 45º, conforme recomendado na literatura e manuais de equipamentos, porém, para edifícios mais altos pode haver limitações de distância. imagem, é impossível. 6. Referências ÁLVARES, P. M. Fotogrametria digital e risco de incêndio em sítios históricos: possibilidades de aplicação. (Dissertação). Universidade Federal de Ouro Preto. Departamento de Engenharia Civil. Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil. 2009 AMORIM, A. L. Fotogrametria: uma introdução. Pratini, Silva, EA Criação, Representação e Visualização Digitais. (Dissertação) Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília. 2012 ANJOS, Leandro Oliveira. Identificação das Principais Patologias de Fachadas em Edifícios no Município de Alegrete/RS. Trabalho de Conclusão de curso. Universidade Federal do Pampa. 2016. ANTUNES, G. R. 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