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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS DE PALMAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO VANESSA ANDRADE Relatório de biologia molecular Extração de dna da banana Palmas/TO 2019 1- Introdução O desvendamento da estrutura do DNA começou a partir de 1937, quando Torbjörn Oskar Caspersson (1910-1997), Sueco, recém-formado em medicina e biofísica na Universidade de Estocolmo, extraiu DNA por métodos biológicos pela primeira vez, colaborando com o professor de Química Orgânica Rudolf Singer (1903-1990), Sueco, da Universidade de Berna, na obtenção de amostras possíveis de serem estudadas a partir da difração de raios x. Ele também descobriu que o RNA tinha papel fundamental na síntese de proteínas. O pesquisador Caspersson coletou uma amostra de DNA de timo de bezerro, a qual extraiu por métodos biológicos. Com o auxílio do professor Signer que desenvolveu métodos possíveis para manter macromoléculas em solução, realizaram uma nova extração do ácido nucléico de timo de bezerro e posteriormente mediram o peso molecular. O resulta do obtido foi a constatação de mais de 500.000 nucleotídeos formando fibras longas perpendiculares às bases aminadas. Em 1938, o professor de Estrutura Biomolecular, William Thomas Astbury (1898-1961), da Universidade de Leeds, Inglaterra, estudava a difração de raios x de várias fibras orgânicas, ele realizou as primeiras experiências com difrações de raios x de DNA em amostras encaminhadas por Caspersson. Após a análise o professor Astbury estabeleceu que os nucleotídeos estavam posicionados em intervalos de 0,1 mµ. No decorrer dos anos, Signer com auxílio de doutorandos, desenvolveu novos métodos para a extração do DNA mais purificado, comprovando com seus trabalhos, que as novas fibras eram mais compridas que as extraídas outrora. Em 1950, Maurice Hugh Frederik Wilkins (1918-2004), físico nuclear neozelandês, que participava de uma reunião da Sociedade Faraday, na qual Signer estava apresentando seus trabalhos e oferecendo amostra de 15g de fibras de DNA para cientistas interessados. Wilkins despertou interesse e com o auxílio do doutorando Raymond Gosling, conseguiu cristalizar o DNA, fotografou as primeiras difrações de raios x e mediu a largura de 20 Angströms. O êxodo da descoberta do DNA foi a extração realizada por Caspersson, juntamente com o professor Signer, pois foi somente a partir deste material que se obteve todas as demais informações referentes aos estudos de difrações de raios x e peso molecular. Atualmente existem vários protocolos de extração de DNA e RNA descritos na literatura, a escolha do método mais eficiente depende da molécula desejada (DNA e/ou RNA), o grau de pureza, a amostra, o rendimento desejado além de recursos para a realização da mesma. A extração de DNA é feita para a utilização do material genético na biologia molecular, como PCR, digestão de enzimas entre outras análises. No presente trabalho utilizou-se o método de extração de DNA vegetal, usando a técnica do maceramento para quebrar a parede celulósica deste, no caso, a banana, fruta de origem asiática, tem grande valor nutricional pois é rica em Potássio, vitaminas A, B e C, além de ser uma fonte de fibras. Cerca de 70% deste fruto é composto por água, ela é rapidamente absorvida. Existem diversas espécies de bananas, no Brasil, as mais conhecidas são: nanica, prata, banana-terra e a banana maça. 2- OBJETIVOS Extrair o DNA da banana que pode ser visualizado a olho nu. 3- MATERIAIS · Balança semi – analítica · Microondas · Banho Maria digital · Banana · Backer · Embalagem plástica · Água destilada · NaCl / sal de cozinha · Detergente transparente · Álcool etílico 95% · Peneira / filtro de papel · Bastão de vidro · Gelo · Colher e faca de serra 4- Preparo 1. Separar os materiais e ligar os equipamentos a serem utilizados; 2. Cortar a banana; 3. Coloque a fruta, previamente lavada na embalagem plástica e esmague-a até ficar um extrato homogêneo; 4. Colocar a banana em um Becker; 5. Depois adiciona 2 colheres de detergente, 0,5 gramas de sal e a água destilada e com um bastão de vidro homogeniza à solução; 6. Leva para o banho-Maria à 60°c por cerca de 15 minutos; 7. Após o banho-Maria resfria se a solução; 8. Derrama a solução na peneira com o papel filtro e deixe filtrar num recipiente; 9. Coloca a solução em tubos; 10. Derrama o álcool gelado no tubo de ensaio vagarosamente a fim de formar duas fases, a alcoólica superior e a aquosa inferior, neste momento já são possíveis ver os filamentos de DNA a olho nu. 5- Discussão Através do calor e a maceração física foi possível quebrar as proteínas da banana, o álcool permitiu a separação do DNA, que separado formou uma substancia translúcida, possibilitando a visualização. O detergente possibilita a ruptura das membranas, o conteúdo celular, incluindo DNA e proteínas, se soltam e se dispersam na solução e aparecem precipitadas no final do experimento. 6- Conclusão Esse experimento permitiu a visualização do DNA, através de substâncias usadas, agentes físicos e químicos, permitindo que no final do experimento conseguíssemos ver o DNA da banana, através da lise da membrana, a precipitação salina e o isolamento do DNA. 7- ANEXOS Referências SEARA DA CIÊNCIA - UFC. Biologia. EXTRAÇÃO E OBSERVAÇÃO DA MOLÉCULA DE DNA. , CEARA, 2019. Disponível em: http://www.searadaciencia.ufc.br/sugestoes/biologia/biologia007.htm. Acesso em: 15 mar. 2019
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