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RETÓRICA E ORATÓRIA 
RETÓRICA E ORATÓRIA 
 
 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 
RETÓRICA E ORATÓRIA ............................................................................................. 4 
“QUEM DESEJA TER RAZÃO DECERTO A TERÁ COM O MERO FATO DE 
POSSUIR LÍNGUA” ........................................................................................................ 5 
OS SOFISTAS .................................................................................................................. 5 
RETÓRICA CLÁSSICA, ARISTÓTELES ..................................................................... 6 
MEIOS DE PERSUASÃO ............................................................................................... 6 
A COMPOSIÇÃO DO DISCURSO ................................................................................ 7 
RETÓRICA VERSUS ORATÓRIA ................................................................................ 8 
NA PUBLICIDADE ......................................................................................................... 8 
RETÓRICA EM TESTAMENTOS ................................................................................. 9 
ORATÓRIA ................................................................................................................... 11 
HISTÓRIA ..................................................................................................................... 12 
Referências ..................................................................................................................... 14 
 
 
 
4 
RETÓRICA E ORATÓRIA 
Retórica (do latim rhetorica, originado no grego ῥητορικὴ τέχνη [rhêtorikê], 
literalmente a arte/técnica de bem falar, do substantivo rhêtôr, «orador») é a arte de usar 
uma linguagem para comunicar de forma eficaz e persuasiva. 
A retórica teria nascido no século V a.C., na Sicília, e foi introduzida 
em Atenas pelo sofista Górgias, desenvolvendo-se nos círculos políticos e judiciais 
da Grécia antiga. Originalmente visava persuadir uma audiência dos mais diversos 
assuntos, mas acabou por tornar-se sinónimo da arte de bem falar, o que opôs 
os sofistas ao filósofo Sócrates e seus discípulos. Aristóteles, na obra "Retórica", lançou 
as bases para sistematizar o seu estudo, identificando-a como um dos elementos chave 
da filosofia, junto com a lógica e a dialética. A retórica foi uma das três artes 
liberais ensinadas nas universidades da Idade Média, constituindo o "trivium", junto com 
a lógica e a gramática. Até o século XIX foi uma parte central da educação ocidental, 
preenchendo a necessidade de treinar oradores e escritores para convencer audiências 
mediante argumentos. 
A retórica apela à audiência em três frentes: logos, pathos e ethos. A elaboração 
do discurso e sua exposição exigem atenção a cinco dimensões que se complementam (os 
cinco cânones ou momentos da retórica): inventio ou invenção, a escolha dos conteúdos 
do discurso; dispositio ou disposição, organização dos conteúdos num todo 
estruturado; elocutio ou elocução, a expressão adequada dos conteúdos; memoria, a 
memorização do discurso e pronuntiatio ou ação, sobre a declamação do discurso, onde 
a modulação da voz e gestos devem estar em consonância com o conteúdo (este 5º 
momento nem sempre é considerado).[1] 
A retórica é uma ciência (no sentido de um estudo estruturado) e uma arte (no 
sentido de uma prática assente numa experiência, com uma técnica). No início, a retórica 
ocupava-se do discurso político falado, a oratória, antes de se alargar a textos escritos e, 
em especial, aos literários, disciplina hoje chamada "estilística". A oratória é um dos 
meios pelos quais se manifesta a retórica, mas não o único. Pois, certamente, pode-se 
afirmar que há retórica na música ("Para não dizer que não falei da Flores", de Geraldo 
Vandré: retórica musical contra a ditadura), na pintura (O quadro "Guernica", de Picasso: 
retórica contra o fascismo e a guerra) e, obviamente, na publicidade. Logo, a retórica, 
enquanto método de persuasão, pode se manifestar por todo e qualquer meio de 
comunicação. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persuas%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sic%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atenas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofista
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B3rgias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofistas
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica_(Arist%C3%B3teles)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_liberais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_liberais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trivium_(educa%C3%A7%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mundo_ocidental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Logos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pathos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ethos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discurso
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2none
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Inventio&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elocu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orat%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estil%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geraldo_Vandr%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geraldo_Vandr%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_Militar_no_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guernica_(quadro)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Picasso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_de_comunica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_de_comunica%C3%A7%C3%A3o
 
 
5 
 
“QUEM DESEJA TER RAZÃO DECERTO A TERÁ COM O MERO FATO DE 
POSSUIR LÍNGUA” 
OS SOFISTAS 
O primeiro estudo sistematizado acerca do poder da linguagem em termos de 
persuasão é atribuído ao filósofo Empédocles (444 AC), do qual as teorias sobre o 
conhecimento humano iriam servir de base para vários teorizadores da retórica. O 
primeiro livro de retórica escrito é comumente atribuído a Corax e seu pupilo Tísias. A 
sua obra, bem como as de diversos retóricos da antiguidade, surgiu das tribunas jurídicas;Tísias, por exemplo, é tido como autor de diversas defesas jurídicas defendidas por outras 
personalidades gregas (uma das funções primárias de um sofista). A Retórica foi 
popularizada a partir do século V A.C. por mestres peripatéticos (itinerantes) conhecidos 
como "sofistas". Os mais conhecidos destes foram Protágoras (481-420 
A.C.), Górgias (483-376 A.C.), e Isócrates (436-338 A.C.). 
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em 
cidade realizando aparições públicas (discursos, etc.) para atrair estudantes, de quem 
cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos 
concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os 
mestres sofistas alegavam que podiam “melhorar” seus discípulos, ou, em outras palavras, 
que a “virtude” seria passível de ser ensinada. 
Diversos sofistas questionaram a propalada sabedoria recebida pelos deuses e a 
supremacia da cultura grega (uma ideia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, 
que as práticas culturais existiam em função de convenções ou “nomos”, e que a 
moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural 
em que aquele ocorreu. 
A conhecida frase “o homem é a medida de todas as coisas” surgiu dos 
ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-
argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser contraposto por 
outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria 
na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) 
perante uma dada plateia 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emp%C3%A9docles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corax_de_Siracusa
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADsias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peripat%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B3rgias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3crates
https://pt.wikipedia.org/wiki/Logos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verossimilhan%C3%A7a
 
 
6 
O termo “sofista” tem uma conotação pejorativa nos dias de hoje mas, na Grécia 
antiga, os sofistas eram profissionais muito bem remunerados e respeitados por suas 
habilidades. 
RETÓRICA CLÁSSICA, ARISTÓTELES 
Aristóteles (384-322 a.C.) desenvolveu um tratado alargado sobre a retórica, que 
ainda é alvo de estudo cuidadoso. Na frase de abertura de A Arte da Retórica, afirma que 
"a retórica é a contraparte [literalmente, antistrofe] da dialética". Assim, enquanto os 
métodos dialéticos são necessários para encontrar a verdade em questões teóricas, 
métodos retóricos são necessários em assuntos práticos, tais como a defesa da culpa ou 
inocência de alguém, quando acusado perante a lei ou para decidir um curso de ação 
prudente a ser tomado por uma assembleia deliberativa. 
MEIOS DE PERSUASÃO 
Segundo Aristóteles a persuasão "é uma espécie de demonstração, pois certamente 
ficamos completamente persuadidos quando consideramos que algo nos foi 
demonstrado". Aristóteles identificou três classes de meios de persuasão (apelos à 
audiência) que nomeou ethos, pathos e logos: primeiro, a persuasão é conseguida através 
do próprio orador que, pelo seu carácter e forma como discursa, nos consegue fazer pensar 
que é credível; segundo, a persuasão pode vir de dentro dos próprios ouvintes, quando o 
discurso desperta as suas emoções; terceiro, a persuasão é feita através do próprio 
discurso, quando prova uma verdade por meio dos argumentos adequados. 
Cada discurso combina os três apelos, equilibrando ou enfatizando o ethos, o pathos ou 
o logos. 
 Ethos: é a forma como o orador convence o público de que está qualificado para 
falar sobre o assunto, como o seu caráter ou autoridade podem influenciar a 
audiência. Pode ser feito de várias maneiras: por ser uma figura notável no 
domínio em causa ou por ser relacionado com o tema em questão. Por exemplo, 
quando uma revista afirma que um professor do MIT prevê que a era robótica 
chegará em 2050, o uso do nome "MIT" (uma universidade americana de renome 
mundial para a investigação avançada em matemática, ciência e tecnologia) 
estabelece uma credibilidade "forte". 
 Pathos: o uso de apelos emocionais para alterar o julgamento do público. Pode 
ser feito através de metáforas e outras figuras de retórica, da amplificação, ao 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica_(Arist%C3%B3teles)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persuas%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demonstra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ethos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pathos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Logos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discurso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Tecnologia_de_Massachusetts
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Tecnologia_de_Massachusetts
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Figura_de_linguagem
 
 
7 
contar uma história ou apresentar o tema de uma forma que evoca fortes emoções 
na plateia. 
 Logos: o uso da razão e do raciocínio, quer indutivo ou dedutivo, para a 
construção de um argumento. Os apelos ao logos incluem recorrer à objetividade, 
estatística, matemática, lógica (por exemplo, quando um anúncio afirma que o seu 
produto é 37% mais eficaz do que a concorrência, está fazendo um apelo lógico); 
o raciocínio indutivo utiliza exemplos (históricos, míticos ou hipotéticos) para 
tirar conclusões; o raciocínio dedutivo usa geralmente proposições aceites para 
extrair conclusões específicas. Argumentos logicamente inconsistentes ou 
enganadores chamam-se falácias. 
A COMPOSIÇÃO DO DISCURSO 
A elaboração do discurso e sua exposição perante um público requerem a atenção 
a vários aspectos que se complementam. Quintiliano (35 - 95) compilou os aspectos 
técnicos da arte na obra Institutos de Oratória (Institutio Oratoria), definindo desde então 
os cinco cânones da retórica: a estrutura linguística do discurso é definida 
nas inventio, dispositio e elocutio; a expressão oral do discurso é trabalhada 
na memoria e actio. 
 Inventio ou Invenio (invenção) 
O objetivo desta fase é estabelecer o conteúdo do discurso. O termo vem do 
latim invenire, que por sua vez vem do grego εὒρεσις, que significa "encontrar". Trata-se 
do momento em que o orador deve recolher e seleccionar os argumentos adequados para 
a exposição e defesa da sua causa. 
 Dispositio (disposição dos argumentos) 
Visa organizar os elementos da inventio num todo estruturado. São relevantes 
nesta fase o número e a ordem das partes do discurso. Os discursos podem ter uma 
estrutura bipartida (na qual duas partes estão em tensão recíproca) ou tripartida (que 
pressupõe uma evolução linear, com princípio, meio e fim). A estrutura tripartida, mais 
comum, consiste num exórdio, parte inicial que tem como objetivo captar a atenção e 
interesse do ouvinte; uma parte média com narratio (exposição do tema e da posição do 
orador) e argumentatio (razões que sustentam a tese) e, finalmente, uma peroratio, 
recapitulação e apelo ao auditório. 
 Elocutio (Elocução, correspondente grego da lexis), é a composição linguística 
do discurso, é a textualização. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Racioc%C3%ADnio_indutivo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADnio_dedutivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quintiliano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institutos_de_Orat%C3%B3ria
 
 
8 
 Memória - memoria (escrita do discurso) 
 Ação - actio ou pronuntiatio (apresentaçãodo discurso) 
 Prolepse - prolepsis (refutação prévia) 
RETÓRICA VERSUS ORATÓRIA 
Após a ascensão romana, a oratória tornou-se a tradução latina de retórica, 
enquanto técnica de comunicação. Com uma distinção todavia: enquanto o núcleo da 
retórica compunha-se de técnicas de contestação (persuasão), a oratória visava 
a eloquência. 
A mudança de rumos se deve exatamente ao ambiente em que as duas técnicas se 
encontraram. Enquanto a retórica grega existiu em ambiente democrático, a oratória (que 
se originou da retórica) desenvolveu-se em ambientes totalitários. 
Atualmente, em que pese existir uma tendência mundial de retorno da oratória 
para o sentido original do termo (comunicação persuasiva), antes da ascensão latina, 
grande parte dos cursos de oratória no Brasil são de tradição latinista. 
Logo, no Brasil (bem como em grande parte do mundo latino), Oratória ainda se 
refere a busca da beleza na fala (estilo), enquanto retórica é definida como a "arte 
da persuasão". 
Recentemente, na França, os estudos retóricos foram renovados e modernizados, 
sob a influência decisiva de Marc Fumaroli (Collège de France)"Trente Ans de 
Recherches Rhétoriques", Ed.Philippe-Joseph Salazar. 
NA PUBLICIDADE 
A retórica é elemento importantíssimo na linguagem publicitária. Quem 
produz publicidade deve saber aplicá-la com cautela, tanto para atingir o público (o 
receptor da mensagem) como para não exceder seus limites de manipulação de ideias. E, 
na análise dessa linguagem, não podemos de forma alguma ignorar ou negligenciar a 
retórica, e sim identificar seus principais artifícios e usos, para decodificar o signo sem 
interferências e melhor empregá-la nos nossos próprios discursos, com ética e moderação. 
A imagem pode possuir uma retórica tão ou mais poderosa quanto o texto. Como 
parte de uma estratégia de comunicação (publicitária ou ideológica), a imagem é um 
instrumento tão poderoso quanto um discurso no rádio ou um livro panfletário. No 
entanto, por ser inúmeras vezes mais sutil que o som estridente dos megafones ou que as 
palavras de ordem dos panfletos, a imagem faz sua mensagem fluir muito mais facilmente 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prolepse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orat%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persuas%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eloqu%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persuas%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Marc_Fumaroli&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe-Joseph_Salazar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Publicidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Texto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia
 
 
9 
através das massas. A propaganda publicitária descobriu isso há muito tempo e usa essa 
mensagem para vender produtos. Dessa forma, torna-se ainda mais convincente e útil. 
No planejamento de um anúncio publicitário, a figura de retórica que será 
apresentada é previamente discutida e analisada, para condizer com a ideia e o produto 
anunciados (respectivamente a mensagem e o signo). Também deve adequar-se ao canal 
(dependendo se é um anúncio de televisão, ou de mídia impressa, ou outdoor, diferentes 
figuras podem ser aplicadas, ou não) e é justamente manipulando a relação entre canal e 
mensagem que a retórica trabalha. 
RETÓRICA EM TESTAMENTOS 
Comumente, o testamento pode ser conceituado como um ato derradeiro de último 
desejo. Nele, portanto, encerram-se os anseios e as vontades do “post mortem”. O 
testamento, como ato de última vontade, é uma instituição que remonta às civilizações 
mais antigas. Eles foram uma matéria muito importante na legislação de qualquer povo 
já que eram considerados “um instrumento que promove o trabalho e a economia, suscita 
o amor e a gratidão permitindo a perpetuação da memória e recordação do testador”. 
(ROCHA 1857). Para TORRES (1998) “são os testamentos uma documentação 
privilegiada cuja plurivocidade histórica vem sendo mulcifacetadamente explorada e 
aplaudida por motivo dos contributos da vária índole desveladores de angulações do 
passado, nos campos político, econômico, social, religioso, intercomunicacional entre 
outros, seja ao nível das instituições e das mentalidades coletivas, seja ao dos indivíduos 
e de sua compleição e cultura.” Dada essas características é possível afirmar, portanto, 
que os testamentos são documentos carregados de elementos retóricos, tal como nos 
ensina Aristóteles. PLEBE (1978) comenta que “Aristóteles confere um caráter mais 
sistemático à tripartição dos gêneros oratórios, já presente em Anaxímedes de Lâmpsaco. 
Ele principia por individualizar três fatores fundamentais de todo discurso: aquele que 
fala, o argumento em torno do qual ele fala, a pessoa a quem ele fala. Destes três 
elementos, o terceiro – o ouvinte é o que determina a estrutura do discurso.” (grifos 
nossos) Os testamentos, dessa forma, são documentos carregados de elementos prontos 
para o uso, indispensáveis à arte do bem dizer, “lugares” onde o homem letrado 
conhecedor da “res litteraria” encontra tais elementos. (ALCIDES, 2003) São fontes 
formais dirigidas a um público com o objetivo de expressar uma última vontade, mas não 
expressá-la de qualquer modo. É fazê-lo de forma a obedecer uma certa oralidade e 
tradicionalidade. Sobre os testamentos no século XVIII, particularmente, DURÃES 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mensagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Signo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Outdoor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Testamento
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%E2%80%9Cpost_mortem%E2%80%9D&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Legisla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Testador&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anax%C3%ADmedes_de_L%C3%A2mpsaco&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%E2%80%9Cres_litteraria%E2%80%9D&action=edit&redlink=1
 
 
10 
(2005) diz que “além de continuar a revelar as preocupações de ordem religiosa e o 
cuidado posto na salvação da alma, o testamento passou a ter uma outra função essencial: 
organizar a vida econômica e social da família após a morte de um dos seus membros. A 
partir daquele momento, o testamento passou a ser um todo possuindo uma unidade 
fundamental gerada pelos laços funcionais existentes entre os legados pios e a partilha 
dos bens pelos herdeiros. Esta estrutura, com as respectivas solenidades internas 
(nomeação do herdeiro, nomeação do testamenteiro, número de testemunhas) manter-se-
á ao longo de todo o século XVIII” e são os elementos que constituirão esse arte retórica. 
Os fragmentos de testamentos abaixo correspondem à última vontade da mesma pessoa 
feita em épocas diferentes de sua vida. Apesar da primeira versão ser datada de 1733 e da 
última versão ser datada de 1754 pode-se observar os mesmos requisitos tradicionais e a 
preocupação em se manter a estrutura literária do texto. 
│O meu Funeral será feito a elleição│ do meu testamenteiro, com adecencia 
porfinal di‐│zendo‐se nodia do meu fallescemiento ou│enterramento o maior numero de 
Mis‐│sas de Corpo prezente que for possível. │ Meu Testamenteiro mandará dizer│por 
minha Alma cem missas, pela es‐│molla do costume. Dez Missas por Alma│intenção de 
todos os meus escravos vivos e│fallescedios. │Declaro que devo ameu filho... 1733 
│O meu Funeral seja feito com a devida│decencia, convidando‐se para 
acompanhar o meu cor‐│po á sepultura trez Padres, entrando neste numero│o meu 
Reverendo Parocho, ou Cura do lugar do meu fale‐│cimento, cazo meuTestamenteiro 
possa comodamente│completar aquelle numero de Sacerdotes,que todos di‐│rão Missas 
de Corpo prezente de esmolla de dous mil│ e quatro centos reis para cada uma. │O meu 
testamenteiro repartirá no dia do meu Em‐│terro, dez mil réis com os pobres. │Mandará 
dizer cem Missas por minha │alma, pela esmolla do costume. Dez Missas pelos│meus 
escravos vivos e falecidos. ││2v... 1753 
│O meu Funeral seja feito com a devida│decencia, convidando‐se para 
acompanhar o meu cor‐│po á sepultura trez Padres, entrando neste numero│o meu 
Reverendo Parocho, ou Cura do lugar do meu fale‐│cimento, cazo meu Testamenteiro 
possa comodamente│completar aquelle numero de Sacerdotes, que todos di‐│rão Missas 
de Corpo prezente de esmolla de dous mil│ e quatro centos reis para cada uma. │O meu 
testamenteiro repartirá no dia do meu Em‐│terro, dez mil réis com os pobres. │Mandará 
dizer cem Missas por minha │alma, pela esmolla do costume. Dez Missas pelos│meus 
escravos vivos e falecidos... 1754 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herdeiros&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/1733
https://pt.wikipedia.org/wiki/1753
https://pt.wikipedia.org/wiki/1754
 
 
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Antes de mais nada o que é preciso entender é que a forma constitutiva da 
linguagem dos textos chamados retóricos deve ser definida de acordo com as suas 
situações e funções, uma vez que a relação entre custo e benefício da linguagem retórica 
apenas poderá ser reconstruída e avaliada a partir do seu uso específico. Uma análise do 
discurso retórico, portanto, que não visa a descrição de um código, mas a compreensão e 
a avaliação crítica do uso da linguagem, deve partir de uma interpretação funcional 
estrutural de exemplos históricos, como no caso dos testamentos. 
ORATÓRIA 
Oratória é a arte de falar em público de forma estruturada e deliberada, com a 
intenção de informar, influenciar, ou entreter os ouvintes. A oratória refere-se ao conjunto 
de regras e técnicas adequadas para produzir e apresentar um discurso e apurar as 
qualidades pessoais do orador. 
Na Grécia Antiga, e também para um orador romano, a oratória era estudada como 
componente da retórica, ou seja, a composição e apresentação de discursos, e era 
considerada uma importante habilidade na vida pública e 
privada. Aristóteles, Cícero e Quintiliano estão entre os mais conhecidos autores clássicos 
que estudaram o tema. A oratória tem sido essencial em todas as áreas do conhecimento 
humano, já que todas elas necessitam de uma boa transmissão para o seu 
desenvolvimento. 
Na oratória, como em qualquer forma de comunicação, existem cinco elementos 
básicos a considerar, muitas vezes expressos como "quem diz - o quê - a quem - por que 
meio - com que efeitos?". O propósito de falar em público pode variar, da simples 
transmissão de informações, à necessidade de motivar as pessoas a agir ou, simplesmente, 
contar uma história. Os bons oradores devem ser capazes de alterar as emoções dos seus 
ouvintes e não apenas informá-los. Entre as personalidades que ficaram famosas pelos 
dotes como grandes oradores estão Demóstenes, Cícero, Padre António Vieira e Winston 
Churchill. 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discurso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orador_romano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quintiliano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dem%C3%B3stenes
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padre_Ant%C3%B3nio_Vieira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill
https://pt.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill
 
 
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HISTÓRIA 
 
 
 
 
Cícero discursando no senado romano em 63 a.C.: as suas Catilinárias, uma série 
de quatro discursos célebres ainda hoje são citadas, Afresco de Cesare Maccari, século 
XIX. 
O primeiro treino para falar em público ocorreu no antigo Egito.[1] A primeira obra 
grega sobre oratória, escrita há mais de 2000 anos, assentava nos princípios extraídos da 
prática e experiência de oradores das cidades-estado da Grécia antiga. Na Grécia Antiga 
e em Roma a oratória era estudada como componente da retórica, ou seja, a composição 
e apresentação de discursos, e era considerada uma importante habilidade na vida pública 
e privada. Aristóteles e Quintiliano estudaram a oratória. Durante a Idade Média e 
o Renascimento a oratória foi enfatizada como parte da educação na artes liberais. 
A arte de falar em público foi desenvolvida inicialmente pelos gregos e ficou 
registada nas obras da antiguidade clássica. Na vida pública de então cada pessoa falava 
em seu próprio nome, e não existiam representantes de um cliente ou um círculo, por isso 
qualquer cidadão que quisesse ter sucesso no tribunal, na política ou na vida social tinha 
de aprender técnicas de falar em público. As técnicas eram ensinadas primeiro pelos 
autointitulados "sofistas", conhecidos por cobrar taxas para "tornar forte o mais fraco 
argumento", e treinar os seus alunos para serem "melhores". Platão, Aristóteles, 
e Isócrates desenvolveram teorias sobre oratória em oposição aos sofistas, e as suas ideias 
foram instituídas à medida que surgiram escolas onde a arte de falar em público era 
ensinada. Mais tarde a cultura grega de treino para falar em público foi adotada na íntegra 
pelos romanos. 
Com a ascensão política da República Romana, oradores romanos copiaram e 
modificaram as técnicas gregas de falar em público. Sob a influência romana, a instrução 
na retórica desenvolveu-se num currículo completo, incluindo a instrução 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
https://pt.wikipedia.org/wiki/63_a.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catilin%C3%A1rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orat%C3%B3ria#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidades-estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quintiliano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_liberais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade_cl%C3%A1ssica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofistas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3crates
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Romana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Maccari-Cicero.jpg
 
 
13 
em gramática (estudo dos poetas), exercícios preliminares (progymnasmata), e 
preparação de discursos públicos (declamação) em ambos os gêneros forense e 
deliberativo. 
 
 
 
O Speaker's Corner (Recanto do Orador), no nordeste do Hyde Park, em Londres, 
um local onde qualquer cidadão pode discursar. 
O estilo latino foi fortemente influenciado por Cícero, e envolveu uma forte ênfase 
numa educação abrangente em todas as áreas de estudos humanísticos (nas artes liberais, 
incluindo a filosofia), bem como sobre o uso da esperteza e humor para apelar às emoções 
do ouvinte e em digressões (frequentemente utilizadas para explorar temas gerais 
relacionados com o tema específico do discurso). No Império Romano, embora menos 
central para a vida política do que nos dias da República, a oratória manteve-se importante 
no direito, e tornou-se (sob os novos sofistas) uma importante forma de entretenimento, 
com oradores e declamadores famosos a obterem grande riqueza e prestígio pela suas 
habilidades. 
O estilo latino foi a principal forma de oratória no mundo até o início do século 
XX. Após a Segunda Guerra Mundial, começou uma depreciação gradual deste estilo. 
Com a ascensão do método científico e a ênfase num estilo "claro" e coloquial de falar e 
escrever, até a oratóriaformal se tornou menos refinada e ornamentada, embora ainda 
hoje os políticos possam progredir ou regredir nas suas carreiras com base no sucesso ou 
insucesso dos seus discursos. Abraham Lincoln, Adolf Hitler, Marcus Garvey, John F. 
Kennedy e Bill Clinton, todos devem grande parte do seu sucesso aos seus dons oratórios. 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declama%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Speaker%27s_Corner
https://pt.wikipedia.org/wiki/Londres
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidades
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esperteza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Lincoln
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcus_Garvey
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_F._Kennedy
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_F._Kennedy
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bill_Clinton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:People_at_speakers_corner.jpg
 
 
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Referências 
ALCIDES, Sérgio. Os Letrados e a Tópica. IN Estes Penhascos. Claudio Manoel da 
Costa e a paisagem das Minas, 1753 – 1773. São Paulo: HUCITEC, 2003, p. 127. 
CAMPATO Jr., João Adalberto. A Comunicação Persuasiva: Teoria e Prática. São José 
do Rio Preto: HN Publieditorial, 2015. 
COHEN, Jean, BREMOND, Claude, GRUPO µ, KUENTZ, Pierre, GENETTE, Gérard. 
Pesquisas de retórica. Petrópolis, Editora Vozes, 1975. 
DURÃES, M. Os Testamentos e a História da Família. Disponível 
em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3364/1/testamentos.pdf. Acesso 
em 25 de novembro de 2011. 
PLEBE, Armando. Breve História da Retórica Antiga. São Paulo: EPU, 1978, p. 39. 
ROCHA, Coelho da, Instituições de Direito Civil Português, Coimbra, vol. II, 1857, 
p. 465. 
TORRES, Amadeu. O Trecentismo Linguístico no Testamento de D. Lourenço Vicente. 
IN HYMANITas, Vol. L, 1998, p. 477. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_%C2%B5
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3364/1/testamentos.pdf

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