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Paracentese • A paracentese é um procedimento simples, que pode ser realizado em regime ambulatorial ou internação, como nos casos em que seja necessária a reposição de albumina após o procedimento. Em distensões volumosas, o paciente poderá apresentar sintomas de restrição respiratória e dor abdominal por compressão. • PACIENTE EM TRAUMA DE BACIA (LIVRO ABERTO) – ESTABILIZA A FRATURA, FORMANDO UM HEMATOMA QUE NUNCA DEVE SER ABORDADO (PUNÇÃO), SE FOR FAZER UM LAVADO OU PARACENTESE DEVE SER FEITO SUPRAUMBILICAL INDICAÇÃO • DIAGNÓSTICA o Pacientes internados ou ambulatoriais com ascite ao exame físico de início recente ou causa indeterminada. o Paciente portador de doença hepática crônica com ascite pré-existente e suspeita de peritonite bacteriana espontânea (PBE). o A PBE deve sempre suspeitada quando ocorre deterioração do quadro clínico do paciente, como: Febre, dor abdominal, encefalopatia hepática, disfunção renal, leucocitose, acidose, sepse ou choque. • TERAPÊUTICA o Paracenteses de grande volume para alivio dos sintomas ou em ascites refratarias − Segurança = 6l − Ver sempre condições hemodinâmica do paciente o Remoção de grandes volumes de ascite para alívio dos sintomas compressivos (desconforto respiratório e abdominal) − Dor, desconforto e maior sensibilidade cutânea devido à distensão − Dispneia exacerbada pela distensão e elevação do músculo diafragma − Vômitos pós-prandiais precoces, caracterizando um empachamento precoce e a “síndrome do estômago cheio” − recomenda-se reposição de albumina se > 5 litros o Ascites resistentes ao tratamento clínico otimizado CONTRAINDICAÇÕES • ABSOLUTA o Abdome agudo que necessita de cirurgia de urgência. • RELATIVAS o Coagulopatia e trombocitopenia; o Cirurgia prévia, principalmente na área pélvica, e gravidez – necessita de técnica aberta na linha infraumbilical após o primeiro trimestre ou de punção dirigida por ultrassonografia; o Distensão da bexiga (que não pode ser esvaziada com o cateter de Foley) ou intestinal; o Infecção cutânea ou celulite da parede abdominal. TÉCNICA • Realizado na beira do leito ou em local para procedimento na enfermaria, com paciente em jejum e esvaziamento prévio da bexiga. • Decúbito dorsal, lateralizada a 30° • Localização o Infraumbilical - Esvaziar a bexiga - Angulação de 45° - 90° - 3 dedos abaixo da cicatriz umbilical e o bisel é para cima o Flancos - Entre a crista ilíaca e a cicatriz umbilical faz-se uma linha entre eles entre punciona entre o terço lateral e médio (Local mais seguro – fossa ilíaca esquerda) - Angulação em torno de 45 apontando para a linha média e o bisel é para cima - Complicação puncionar a artéria epigástrica inferior (passa na margem do medial do reto abdominal) • Assepsia e antissepsia • Colocação do campo fenestrado • Anestesia local com lidocaína (2 a 5ml) • Montar o cateter intravenoso na seringa de 20ml • Introdução do cateter/seringa perpendicular à pele, sempre aspirando até que a saída do líquido peritoneal “técnica em Z” • Retirar a agulha e coletar liquido para bioquímica, citometria, pesquisa de células neoplásicas, culturas. • Ligar o cateter ao equipo e o coletor • Curativo no local da punção PARACENTESE DE GRANDES VOLUMES • 4 a 6 litros – suficiente para alívio de sintomas • Retiradas superiores – risco de hipovolemia • Preferível retirar fracionados • PARACENTESE DE GRANDES VOLUME o MEDIDAS, CASO SEJA NECESSÁRIO RETIRADA > 6 L o Suspensão dos diuréticos 48 horas antes do procedimento o Checagem de PA e pulso o Albumina (150 mL a cada litro drenado) – correndo lentamente COMPLICAÇÕES • Após drenagem: líquido circulatório para extracelular (hipovolemia/insuficiência renal) • Drenagem contínua no local da punção • Perfuração intestinal ANALISE DO LA MACROSCOPICAMENTE ASPECTO FLUIDEZ PRESENÇA OU NÃO DE GRUMOS COLORAÇÃO • Amarelo o Cirrose hepática sem complicações • Turvo o Infecções (PBE ou PBS) • Leitoso (quilosa) o Neoplasia ou trauma do ducto pancreático • Sanguinolenta o Punção traumática o Neoplasia maligna o Ascite cirrótica sanguinolenta o Tuberculose (raro) • Marrom o Síndrome icterícia o Ulcera duodenal o Perfuração da vesícula biliar MACROSCOPICAMENTE GRADIENTE SORO-ASCITE DE ALBUMINA (GASA) Albumina serica – albumina liquido ascético • ≥ 1,1 g/dl: hipertensão portal (97% dos casos) o Cirrose o Hepatite alcoólica o Metástase hepática o BUDD-CHIARI o Mixedema o Trombose da veia porta • < 1,1 g/dl: doença peritoneal o Carcinomatose o Tuberculose Nefrótica, pancreática e biliar o TBS o Serosite CULTURA • CULTURA + → PBE • Gram negativo e pneumococo são os mais comuns CITOLOGIA E CITOMETRIA • Pesquisar células neoplásicas • + → Carcinomatose • PMN > 250 → PBE BIOQUÍMICA • Proteína o <1,0 g/dl: risco aumentado para desenvolver PBE o Considerar profilaxia com ATB • Glicose o Normal – PBE o Diminuída - PBS • LDH • Amilase – ascite pancreática • Triglicerídeos → Ascite quilosa • Procedimento invasivo usado na maioria das vezes para detecção de hemorragia intraperitoneal com sensibilidade de 98% INDICAÇÕES • Trauma abdominal e instabilidade hemodinâmica • Politraumatizado com TCE com rebaixamento de consciência e chocado • Politrauma, lesão medular e choque • Fratura pélvica hipovolêmica CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA • ABSOLUTA o Laparotomia já indicada • RELATIVAS o Cirurgia anterior abdominal ou pélvica o Obesidade mórbida o Cirrose avançada o Coagulopatia LPD: PROCEDIMENTO • TÉCNICA POR PUNÇÃO o Após a punção, é passado um fio-guia até a cavidade peritoneal. o O cateter é passado pelo fio-guia, e este é removido deixando apenas o cateter in loco. o Infunde-se o soro fisiológico e avalia-se o aspecto do retorno do líquido • TÉCNICA ABERTA - supra ou infraumbilical o Realiza-se uma incisão vertical na linha média, infraumbilical, previamente anestesiada e não muito extensa o Os planos são divulsionados até a linha alba, seccionada no plano vertical. o O peritônio é exposto, e um cateter é direcionado dentro da cavidade peritoneal, em direção à fossa ilíaca esquerda o A saída de mais de 10 mL de sangue na aspiração inicial após a abertura do peritônio já é suficiente para o exame ser positivo; caso isso não ocorra, procede-se ao exame com a infusão de 800 a 900 mL (10 mL/kg) de solução salina dentro da cavidade peritoneal o Após a infusão completa, abaixa-se a bolsa da solução intravenosa em direção ao chão para promover o retorno do líquido infundido da cavidade peritoneal dentro da bolsa ANÁLISE LABORATORIAL • VALORES POSITIVOS o Hemácias >100.000 mm³ o Leucócitos >500 mm³ o Amilase ≥ 20 UI o Fibras vegetais ou fezes
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