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Ativo imobilizado - formação do custo e definição de vida útil (modulo 5)

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Ativo Imobilizado - Formação do 
Custo do Ativo e Definição de Vida 
Útil
Elaborado por:
Daniel Tavares Santos
O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor(a)
CRCSP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional
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Ativo Imobilizado – Formação do custo do 
ativo e definição de vida útil
Módulo 5 com Caso Prático: Revisando valor 
residual e depreciação
Valor residual
 Em termos práticos, podemos dizer que o valor residual é a 
estimativa de recuperação do investimento ao final da vida útil 
do bem.
 Por exemplo, para um bem cujo investimento inicial seja de R$ 
100.000,00 e sua vida útil estimada de cinco anos, que ao 
final dessa vida útil estima-se a recuperação de R$ 30.000,00 
por meio de sua venda, o valor depreciável será de R$ 
70.000,00 (R$ 100.000,00 - R$ 30.000,00).
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Valor residual
 Normalmente, essa estimativa é feita para bens que tenham 
mercado formal de venda de usados, ou uma outra evidência 
confiável para a comprovação do valor residual. Quando não 
houver possibilidade de comprovação do valor residual, ele 
será considerado "zero".
 Uma outra observação importante é a de que não devemos 
mais utilizar as expressões "valor residual" e "valor contábil" 
como equivalentes, pois o valor residual é a estimativa de 
valor recuperável ao final da vida útil; e valor contábil 
corresponde ao valor do custo de aquisição subtraído da 
depreciação acumulada do bem, que somente será igual ao 
valor residual se esse tender a "zero".
Depreciação linha reta
 Há vários métodos de cálculo de depreciação. O mais utilizado 
é o da depreciação em linha reta, também conhecido como 
método das quotas constantes, que admite que o bem sofrerá 
desgastes uniformes ao longo de sua vida útil econômica. Este 
é o método aceito pela legislação fiscal brasileira.
 A depreciação em linha reta é representada pela seguinte 
forma:
 Depreciação = Valor de custo (-) valor residual
Vida Útil
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Depreciação linha reta
 Dessa forma, um bem adquirido por R$ 10.000,00, cujo prazo 
estimado de vida útil econômica seja de 10 anos, gerará R$ 
1.000,00 de encargo de depreciação em cada ano.
Ano
Custo de 
Aquisição 
Base da 
Depreciação
Taxa e 
Depreciação 
Aplicadas 
sobre o 
Custo de 
Aquisição
Depreciação 
do Período
Depreciação 
Acumulada 
ao Longo da 
Vida Útil 
Estimada do 
Bem
Valor 
Contábil
R$ R$ R$ R$
1 10.000,00 10% 1.000,00 1.000,00 9.000,00
2 10.000,00 10% 1.000,00 2.000,00 8.000,00
3 10.000,00 10% 1.000,00 3.000,00 7.000,00
4 10.000,00 10% 1.000,00 4.000,00 6.000,00
5 10.000,00 10% 1.000,00 5.000,00 5.000,00
6 10.000,00 10% 1.000,00 6.000,00 4.000,00
7 10.000,00 10% 1.000,00 7.000,00 3.000,00
8 10.000,00 10% 1.000,00 8.000,00 2.000,00
9 10.000,00 10% 1.000,00 9.000,00 1.000,00
10 10.000,00 10% 1.000,00 10.000,00 0
Depreciação linha reta
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Soma dos dígitos
 O método de depreciação pela soma de dígitos consiste em 
dividir o valor do custo de aquisição do ativo pelo somatório 
dos dígitos dos períodos de utilização do bem e dividir o custo 
de aquisição pelo somatório obtido. Em seguida, multiplicar o 
quociente obtido pelo número de anos de vida útil 
remanescente para obter o valor da depreciação.
Soma dos dígitos
 Por exemplo, para um bem cujo custo de aquisição seja de R$ 
150.000,00, e a vida útil seja de cinco anos, basta:
 a) obter o somatório dos dígitos dos períodos de utilização:
 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
 b) dividir o custo de aquisição pelo somatório obtido:
 R$ 150.000,00 ÷ 15 = R$ 10.000,00
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Ano
Prazo de Vida 
Útil 
Remanescente
Aplicação 
dos 
Dígitos
Valor da 
Depreciação
Valor 
Contábil
1º 5 anos R$ 10.000,00 x 5 anos =50.000,00 100.000,00
2º 4 anos R$ 10.000,00 x 4 anos =40.000,00 60.000,00
3º 3 anos R$ 10.000,00 x 3 anos =30.000,00 30.000,00
4º 2 anos R$ 10.000,00 x 2 anos =20.000,00 20.000,00
5º 1 ano R$ 10.000,00 x 1 ano =10.000,00 -
Soma dos dígitos
Unidades produzidas
 Segundo IUDÍCIBUS et al. (2010, p. 252), "esse método é 
baseado numa estimativa do número total de unidades que 
devam ser produzidas pelo bem a ser depreciado e a quota 
anual de depreciação é expressa pela seguinte forma:
 Quota de Depreciação Anual = número de unidades 
produzidas no ano X número de unidades estimadas a serem 
produzidas durante a vida útil do bem
 O resultado da fração apresentada representará o percentual 
de depreciação a ser aplicada no ano X.
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Recuperação de custo pela 
venda do BEM
 Por exemplo, uma empresa adquire uma máquina para sua 
fábrica no valor de R$ 200.000,00, que produzirá de maneira 
uniforme por cinco anos. Ao final desse período, há a 
expectativa de venda dessa máquina por R$ 50.000,00.
Recuperação de custo pela 
venda do BEM
 Portanto, ao depreciar a máquina no período de utilização 
teremos:
 (R$ 200.000,00 - R$ 50.000,00) ÷ 5 anos = R$ 30.000,00 de 
depreciação por ano.
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Ano
Custo de 
Aquisição Base 
da Depreciação
Deprecia
ção do 
Período
Depreciação 
Acumulada 
ao Longo da 
Vida Útil 
Estimada do 
Bem
Valor 
Contábil
R$ R$ R$ R$
1 200.000,00 30.000,00 30.000,00 170.000,00
2 200.000,00 30.000,00 60.000,00 140.000,00
3 200.000,00 30.000,00 90.000,00 110.000,00
4 200.000,00 30.000,00 120.000,00 80.000,00
5 200.000,00 30.000,00 150.000,00 50.000,00
Recuperação de custo pela venda do BEM
Recuperação de custo pela 
venda do BEM
 Ao final do período, o valor residual do bem será igual ao valor 
de venda e, portanto, não haverá ganho de capital.
 Vejamos o que ocorre quando não consideramos a expectativa 
de recuperação de valor pela venda do próprio bem:
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Ano
Custo de 
Aquisição Base 
da Depreciação
Deprecia
ção 
Acumula
da 
Deprecia
ção do 
Período
ao Longo da 
Vida Útil 
Estimada do 
Bem
Valor 
Contábil
R$ R$ R$ R$
1 200.000,00 40.000,00 40.000,00 160.000,00
2 200.000,00 40.000,00 80.000,00 120.000,00
3 200.000,00 40.000,00 120.000,00 80.000,00
4 200.000,00 40.000,00 160.000,00 40.000,00
5 200.000,00 40.000,00 200.000,00 -
Recuperação de custo pela venda do BEM
Recuperação de custo pela 
venda do BEM
 Ao final da vida útil do bem, o valor residual é igual a zero e 
será apurado o ganho de capital de R$ 50.000,00.
 Portanto, o ganho de capital nada mais é do que a diferença 
de depreciação registrada como custo ou despesa ao longo da 
vida útil do bem.
 Novamente lembramos que essa não é a prática exigida pela 
legislação fiscal, mas é um procedimento bastante útil na 
análise de investimentos, pois uma parcela do bem será 
recuperada por meio de sua utilização efetiva e outra por meio 
de sua própria venda; portanto, nada mais justo do que 
calcular os resultados dos períodos atribuindo a cada um a 
depreciação efetiva do bem.
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BIBLIOGRAFIA:
• Procedimento IOB on-line – CPC 27 Ativo Imobilizado
• Procedimento Cenofisco - Depreciação e Amortização -
Conceitos, Modalidades e Registro
• NBC TG 27 (R4)

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