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1 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra AULA 06 Teoria e Questões: Contabilidade Geral Curso Genérico (2016) Prof. Igor Cintra 2 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra E aí pessoal, como foram os estudos desta semana? Estamos avançando e aprendendo conceitos importantíssimos para futuras provas, principalmente na área fiscal. Como sempre digo, não deixe de martelar as questões que você sabe que terá problemas na hora da sua prova! A aula passada é importantíssima, pois as bancas têm cobrado com muita frequência conceitos do Método de Equivalência Patrimonial (bem como a contabilização de dividendos por investimentos avaliados pelo MEP). Então não deixe passar nada! Hoje falaremos sobre o Ativo Não Circulante Imobilizado, assunto que certamente será cobrado em seu certame. Também falaremos sobre o Ativo intangível e aspectos básicos do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Não estou economizando na quantidade de exercícios e você também não pode economizar na vontade de gabaritar sua prova. Faça e refaça os exercícios que você tem mais dificuldade e quantas vezes forem necessárias. A repetição leva à perfeição! Então vamos encarar a batalha de hoje? Prof. Igor Cintra 3 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 1. ATIVO NÃO CIRCULANTE – IMOBILIZADO ................................................................ 4 1.1 Reconhecimento do Ativo Imobilizado ........................................................................... 7 1.2 Mensuração no Reconhecimento ................................................................................... 9 1.3 Baixa do Ativo Imobilizado ............................................................................................ 14 1.4 Reparo e Conservação de Bens Corpóreos ................................................................... 18 2. DEPRECIAÇÃO....................................................................................................... 19 2.1 Bens Depreciáveis ......................................................................................................... 19 2.2 Quota de Depreciação ................................................................................................... 20 2.3 Taxa de Depreciação ..................................................................................................... 20 2.4 Valor Residual dos Bens Depreciáveis ........................................................................... 21 2.5 Bens Não Depreciáveis .................................................................................................. 22 2.6 Depreciação de Bens Usados ........................................................................................ 23 2.7 Métodos de Depreciação .............................................................................................. 25 3. EXAUSTÃO ............................................................................................................ 77 4. AMORTIZAÇÃO .............................................................................................................. 82 4.1 Taxa de Amortização ..................................................................................................... 84 5. ATIVO NÃO CIRCULANTE – INTANGÍVEL ................................................................ 93 5.1 Reconhecimento ........................................................................................................... 98 5.2 Identificação ................................................................................................................ 101 5.3 Controle ....................................................................................................................... 102 5.4 Benefício Econômico Futuro ....................................................................................... 102 6. ATIVO DIFERIDO ................................................................................................. 110 7. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ........................................................ 115 7.1 Definições .................................................................................................................... 118 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................... 149 GABARITO ......................................................................................................................210 4 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 1. ATIVO NÃO CIRCULANTE – IMOBILIZADO Segundo o inciso IV do art. 179 da Lei 6404/76, o imobilizado é composto pelos “direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens” (leasing, por exemplo); São exemplos de contas classificadas no Ativo Não Circulante – Imobilizado: Imóveis; Veículos; Móveis e Utensílios; Máquinas e Equipamentos; Terrenos; Benfeitorias em Imóveis de Terceiros; Instalações. Além disso, é importante saber a definição do CPC 27, que diz que o Ativo Imobilizado é o item tangível que: a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e b) se espera utilizar por mais de um período. De início já vamos resolver um exercício! QUESTÃO 01 (FUNDATEC – Contador – CEEE-RS – 2010) De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, atualmente em vigor, os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, devem ser registrados no grupo de contas do Ativo denominado: A) Circulante. B) Bens Incorpóreos. 5 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra C) Imobilizado. D) Diferido. E) Realizável a Longo Prazo. RESOLUÇÃO Vimos que segundo o inciso IV do artigo 179 da Lei n° 6.404/76, serão classificados no ativo imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Também é importante você saber a definição de imobilizado do CPC 27 – Ativo Imobilizado, pois poderá cair em sua prova! Segundo este Pronunciamento, Ativo Imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. GABARITO: C QUESTÃO 02 (FGV – Auditor da Receita Estadual – AP – 2010) Segundo a Lei nº 6404/76, os direitos que têm por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens estão classificados no: a) ativo circulante. b) ativo realizável. c) ativo investido. d) ativo intangível. e) ativo imobilizado. 6 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra RESOLUÇÃO Essa foi mole! Foi cobrada a literalidade do inciso IV do art. 179 da Lei 6.404/76 que acabamos de ver! GABARITO: E QUESTÃO 03 (FGV – Contador – BADESC – 2010) Os direitos que tenham por objeto benscorpóreos destinados à manutenção das atividades de uma empresa, devem ser contabilizados no: (A) investimento. (B) ativo circulante. (C) patrimônio líquido. (D) intangível. (E) imobilizado. RESOLUÇÃO Mais uma vez a FGV cobrou a literalidade do artigo 183, inciso V, da Lei n° 6.404/76 que diz que serão contabilizados no imobilizado “os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão. GABARITO: E QUESTÃO 04 (FGV – Contador – CODEBA-BA – 2010) Uma empresa efetua um adiantamento a um fornecedor por aquisição de uma máquina que será utilizada em sua atividade operacional. Essa máquina será recebida em um prazo superior a doze meses. Na data de pagamento do adiantamento, ele será classificado no Balanço Patrimonial da empresa como 7 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra (A) Ativo Circulante. (B) Ativo Realizável a Longo Prazo. (C) Ativo Imobilizado. (D) Passivo Exigível a Longo Prazo. (E) Ativo Investimentos. RESOLUÇÃO Essa questão é interessante e com certeza pegou muito candidato(a)! A contrapartida do adiantamento a um fornecedor de imobilizado deve ser realizada em conta de Imobilizado. Assim, este será o lançamento contábil no momento do adiantamento. D – Adiantamento a Fornecedores de Imobilizado (ANC – Imobilizado) C – Caixa (Ativo Circulante) Esta classificação não vai de encontro à definição de Ativo imobilizado dada pelo CPC 27 – Ativo Imobilizado, qual seja: Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. GABARITO: C Pessoal, neste momento eu quero que vocês conheçam algumas disposições básicas do CPC 27 – Ativo Imobilizado. 1.1 Reconhecimento do Ativo Imobilizado O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 8 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado. Resolvam a questão abaixo! QUESTÃO 05 (ESAF – AFRFB – 2012) Os gastos com a aquisição de Peças e Materiais de Consumo e Manutenção de itens do imobilizado e o de Peças e Conjunto para Reposição em Máquinas e Equipamentos são classificados: a) ambos como Ativo Circulante. b) Despesas Operacionais e Estoques. c) Conta de Resultado e Imobilizado. d) ambos como Imobilizado. e) Imobilizado e estoques. RESOLUÇÃO Os materiais de consumo são considerados como Despesas Operacionais. Já as peças e conjunto para reposição em máquinas e equipamentos são classificados no imobilizado, desde que a entidade espera usá-los por mais de um período. GABARITO: C QUESTÃO 06 (CESPE – Contador – Ministério da Saúde – 2013) Os bens corpóreos adquiridos para beneficiar a atividade empresarial durante um exercício devem ser registrados no ativo imobilizado. ( ) CERTO ( ) ERRADO Igor Cabral Alves 9 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra RESOLUÇÃO Pegadinha do CESPE! Vimos que Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. Com isso, incorreta a afirmativa, pois há que se utilizar por mais de um exercício. O erro é sutil! Perceba que o enunciado menciona em uso durante apenas um exercício. Com isso, o gasto deve ser registrado como despesa. GABARITO: E 1.2 Mensuração no Reconhecimento Muita atenção neste item pois despenca em provas de concursos públicos! O custo de um item do ativo imobilizado compreende: a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; custos de preparação do local; custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); custos de instalação e montagem; Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 10 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e honorários profissionais. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: custos de abertura de nova instalação; custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e custos administrativos e outros custos indiretos. O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos: a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total; b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade. O candidato deve ficar atento, muitas vezes o enunciado deseja saber apenas as definições dadas pela Lei 6.404/76, que em seu inciso V do art. 183 diz de forma simples e objetiva: “os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão”. Vamos analisar algumas questões! QUESTÃO 07 (ESAF – Contador – Ministério do Turismo – 2014) Assinale a opção que indica um custo que não é atribuível na mensuração do ativo imobilizado. Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 11 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra a) Honorários profissionais. b) Custos administrativos. c) Custos de pessoal empregadosdiretamente na construção. d) Custo de frete e manuseio. e) Custo de preparação do local de instalação. RESOLUÇÃO Vimos que o próprio CPC 27 enumera alguns exemplos de custos diretamente atribuíveis, tais como: (a) custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. O CPC ainda enumera exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. Assim, o gabarito é a alternativa B. GABARITO: B 12 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 08 (ESAF – Contador – Ministério do Turismo – 2014) O Supermercado do Sul S.A. adquiriu 5 mesas e as cadeiras correspondentes para uso em seu escritório interno. O pagamento da operação foi em moeda corrente, sendo 2 unidades de cada conjunto a R$ 750,00, com incidência de IPI no valor de R$120,00, e de ICMS no valor de R$ 270,00. O registro contábil no patrimônio da empresa será nas seguintes contas: a) Móveis e Utensílios, a débito R$ 1.500,00 ICMS a Recuperar, a débito R$ 270,00 IPI a Recuperar, a débito R$ 120,00 Bancos conta Movimento, a crédito R$ 1.890,00 b) Móveis e Utensílios, a débito R$ 1.230,00 ICMS a Recuperar, a débito R$ 270,00 IPI a Recuperar, a débito R$ 120,00 Bancos conta Movimento, a crédito R$ 1.620,00 c) Móveis e Utensílios, a débito R$ 1.500,00 IPI a Recuperar, a débito R$ 120,00 Bancos conta Movimento, a crédito R$ 1.620,00 d) Móveis e Utensílios, a débito R$ 1.350,00 ICMS a Recuperar, a débito R$ 270,00 Bancos conta Movimento, a crédito R$ 1.620,00 e) Móveis e Utensílios, a débito R$ 1.620,00 Bancos conta Movimento, a crédito R$ 1.620,00 RESOLUÇÃO Dava para matar esta questão sem a realização de nenhuma conta, pois como a compra dos móveis pelo Supermercado do Sul S.A. para uso em seu escritório interno não dá direito à recuperação dos valores cobrados a título de IPI e ICMS. Assim, resta a alternativa E como gabarito. A redação desta questão não foi das melhores, afinal “2 unidades de cada conjunto a R$ 750,00” refere-se, na verdade, ao preço de cada unidade e não das duas unidades! Vimos que segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item do ativo imobilizado compreende seu preço de aquisição e impostos não recuperáveis sobre a compra. Assim, o custo do imobilizado será de: 13 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Preço de Aquisição R$ 1.500,00 (2 unidades x R$ 750,00) ( + ) IPI não recuperável R$ 120,00 ( = ) Custo Total R$ 1.620,00 Zé Curioso: Professor, você esqueceu-se de somar o valor do ICMS destacado! Afinal, disse que o ICMS também não será recuperável pelo Supermercado. Zé, lembre-se que o ICMS é um imposto calculado “por dentro”. Ou seja, no preço de aquisição de R$ 1.500,00 já está embutido o valor da mercadoria (R$ 1.230,00) e o valor do ICMS na operação (R$ 270,00). GABARITO: E Tranquilo, né? Então vamos continuar... Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação ou perda por redução ao valor recuperável acumuladas. O ativo imobilizado deverá estar limitado a sua capacidade de geração de benefícios econômicos futuros para a entidade. Ou seja, não poderá estar contabilizado por valor superior ao seu valor recuperável. Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda de um ativo e seu valor em uso. MAIOR VALOR ENTRE No item 7 desta aula iremos estudar mais a fundo a Redução ao Valor Recuperável mas você já pode acertar uma questão apenas com estes conceitos, veja: QUESTÃO 09 (FCC – Analista Judiciário – TRT – 2012) De acordo com a regulamentação vigente, Valor Recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é VALOR RECUPERÁVEL Valor Justo – Custos de Venda Valor em Uso 14 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra a) a diferença entre o seu custo histórico e o seu valor de mercado. b) o menor montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor contábil. c) o maior montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor em uso. d) a diferença entre o seu valor em uso e o seu custo histórico. e) o maior montante entre o seu valor de mercado e o seu custo histórico. RESOLUÇÃO Sem problemas, não é? Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda de um ativo e seu valor em uso. GABARITO: C Zé Curioso: “Tá bom Professor, mas o que significa Valor em Uso?” Zé, é o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou incorrer para a liquidação de um passivo. Imagine que uma máquina irá render R$ 1.000,00 por ano, durante cinco anos. O Valor em Uso da máquina, desconsiderando a taxa de juros, é de R$ 5.000,00. Entendeu o sentido dos “fluxos de caixa”? Durante os exercícios estes conceitos ficarão claros, não se afobe! Como eu disse anteriormente, a redução ao valor recuperável será aprofundada no item 5 desta aula! 1.3 Baixa do Ativo Imobilizado O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado: (a) por ocasião de sua alienação; ou (b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação. Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado. 15 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item. Você já pode acertar mais algumas questões com estes conceitos! QUESTÃO 10 (ESAF – Analista Administrativo – DNIT – 2013) Quando um item do ativo imobilizado é baixado, os ganhos ou perdas decorrentes desta baixa devem ser reconhecidos no resultado patrimonial. Esses ganhos ou perdas devem ser determinados pela diferença entre a) o valor da alienação e o da aquisição. b) o valor contábil atualizado e a depreciação acumulada. c) o valor bruto da venda e o custo de aquisição corrigido. d) o valor não depreciado e o valor residual. e) o valor líquido da alienação e o valor contábil. RESOLUÇÃO Simples, não é? Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item. Veremos logo mais uma questão da prova recente de AFRFB (2014) em que a ESAF aparentemente desrespeitou isso! GABARITO: E QUESTÃO 11 (FCC – AFR – SEFAZ-SP – 2013) O auditor externo da empresa Cabos S.A. identificou que a empresa construiu nova unidade e utilizou cabos de energia produzidos em sua linha de produção. Para confirmar o registro adequado do custo do ativo imobilizado, a auditoria deve certificar-se de que o custo correspondeao custo do produto a) para venda, menos quaisquer lucros gerados internamente. 16 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra b) pelo valor de reposição, para expressar o valor justo do imobilizado. c) pelo valor justo, menos os impostos para expressar o valor no mercado. d) pelo valor de reposição, para expressar o valor em uso. e) para venda, mais os lucros gerados internamente. RESOLUÇÃO Vimos que o custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas operações, o custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos. GABARITO: A QUESTÃO 12 (FCC – ISS-SP – 2012) No reconhecimento inicial, NÃO compõe o custo de um item do ativo imobilizado os a) custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo. b) impostos não recuperáveis sobre a compra. c) custos de fretes e manuseio. d) custos de montagem. e) custos de preparação do local de instalação. RESOLUÇÃO Vimos exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado: • custos de abertura de nova instalação; • custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); 17 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra • custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e • custos administrativos e outros custos indiretos. Assim, correta a alternativa A. GABARITO: A QUESTÃO 13 (FCC – Analista Judiciário – TST – 2012) Uma determinada empresa apresentava, em 31/12/2011, as seguintes informações a respeito de um imobilizado: Custo de aquisição: R$ 200.000,00 Depreciação acumulada: R$ 50.000,00 Perda por Impairment: R$ 40.000,00 A empresa decidiu vender este imobilizado, em 31/12/2011, por R$ 100.000,00 à vista. Com base nestas informações, o resultado obtido com a venda do imobilizado foi, em reais, a) 100.000 de lucro. b) 50.000 de prejuízo. c) 60.000 de prejuízo. d) 10.000 de prejuízo. e) 0 (zero). RESOLUÇÃO Estudaremos logo mais a depreciação, assunto importante em concursos. Mas você já deve saber que é uma conta retificadora do ativo. Desta forma, o valor contábil do ativo imobilizado era de R$ 110.000,00 no momento da venda (R$ 200.000,00 – R$ 50.000,00 – R$ 40.000,00). Como vendeu o bem por R$ 100.000,00, verifica-se um prejuízo na venda de R$ 10.000,00. GABARITO: D 18 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 1.4 Reparo e Conservação de Bens Corpóreos Os gastos com reparos, conservação ou substituição de partes e peças de bens do Ativo Imobilizado, destinados a mantê-los em condições eficientes de operação, caso não aumentem o tempo de vida útil do bem, poderão ser lançados como custo ou despesa operacional. Porém, se tais melhorias elevarem o tempo de vida útil do bem em valor superior a um ano, os respectivos gastos deverão ser ativados para servirem de base para futuras depreciações ou amortizações. O artigo 346 do Regulamento do Importo de Renda diz que: Art. 346. Serão admitidas, como custo ou despesa operacional, as despesas com reparos e conservação de bens e instalações destinadas a mantê-los em condições eficientes de operação. § 1° Se dos reparos, da conservação ou da substituição de partes e peças resultar aumento da vida útil prevista no ato de aquisição do respectivo bem, as despesas correspondentes, quando aquele aumento for superior a um ano, deverão ser capitalizadas, a fim de servirem de base a depreciações futuras. § 2º Os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de partes e peças de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento da vida útil superior a um ano, deverão ser incorporados ao valor do bem, para fins de depreciação do novo valor contábil, no novo prazo de vida útil previsto para o bem recuperado, ou, alternativamente, a pessoa jurídica poderá: I - aplicar o percentual de depreciação correspondente à parte não depreciada do bem sobre os custos de substituição das partes ou peças; II - apurar a diferença entre o total dos custos de substituição e o valor determinado no inciso anterior; III - escriturar o valor apurado no inciso I a débito das contas de resultado; IV - escriturar o valor apurado no inciso II a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem, o qual terá seu novo valor contábil depreciado no novo prazo de vida útil previsto. § 3° Somente serão permitidas despesas com reparos e conservação de bens móveis e imóveis se intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços 19 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 2. DEPRECIAÇÃO É o custo ou despesa decorrente do desgaste ou da obsolescência de ativo imobilizado pelo uso ou ação da natureza. A depreciação de ativo imobilizado ocorre tanto em bens destinados à produção de bens ou serviços quanto em bens não destinados à produção, sendo tratados, respectivamente, como custo e despesa. A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração e deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. 2.1 Bens Depreciáveis Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive: I - edifícios e construções, observando-se que: a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão e início da utilização; b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial; II - projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos. IMOBILIZADO DESTINADO À PRODUÇÃO CUSTO IMOBILIZADO NÃO DESTINADO À PRODUÇÃO DESPESA 20 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 2.2 Quota de Depreciação A quota de depreciação registrável na escrituração como custo ou despesa operacional será determinada mediante a aplicação da taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição dos bens depreciáveis. A quota anual de depreciação será ajustada proporcionalmente no caso de período de apuração com prazo de duração inferior a doze meses, e de bem acrescido ao ativo, ou dele baixado, no curso do período de apuração. 2.3 Taxa de Depreciação A taxa de depreciação é utilizada de acordo com o prazo de vida útil estimada para o bem. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício. Quem define a vida útil do bem é a própria entidade, que levará em conta os seguintes fatores na determinação de sua vida útil: (a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do ativo; (b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; (c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo; (d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo. Zé Curioso: “Professor, certa vez vi que a legislação fiscal define a vida útil, e consequentemente as taxas de depreciação, deacordo com classificação de cada bem. No entanto, você disse que é a própria entidade que define a vida útil. Estou confuso!” Zé, a legislação fiscal (Instrução Normativa DRF n° 162/98) realmente define a vida útil para diversos itens do imobilizado (veículos, máquinas, equipamentos, contêineres, imóveis etc). No entanto, a partir de 2010 as entidades devem seguir a Depreciação Econômica, que é aquela em que a própria entidade define a vida útil de seus bens depreciáveis. 21 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Evidente que se houver divergência entre a Depreciação Fiscal (cuja vida útil é definida pela legislação fiscal) e a Depreciação Econômica (cuja vida útil é definida pela própria entidade) haverá um ajuste a ser realizado pela empresa. Mas não se preocupe com isso, pois só é importante para o cálculo do Lucro Real, o que não veremos neste curso. Desta forma, se o enunciado de determinada questão informar a vida útil determinada pela legislação fiscal e outra determinada pela entidade não tenha dúvidas: utilize a vida útil que foi definida pela própria entidade. Afinal, conforme disposto no CPC 27 – Ativo Imobilizado, vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. 2.4 Valor Residual dos Bens Depreciáveis O bem do ativo imobilizado muitas vezes possui um valor de mercado ao final de sua vida útil. Desta forma, não seria prudente depreciar todo o valor do bem, de forma que ao final de sua vida útil seu valor estivesse zerado. Assim, o valor residual representa o valor do bem que não sofre depreciação, sendo, consequentemente, o valor do ativo imobilizado ao final da sua vida útil. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. Só para garantir que você ainda está acordado, vamos resolver mais dois exercícios! QUESTÃO 14 (FCC – Auditor – TCM-GO – 2015) O valor original de um ativo deduzido do seu valor residual denomina-se valor (A) líquido Contábil. (B) contábil Original Líquido. (C) depreciável, amortizável ou exaurido. (D) realizável Líquido. (E) realizável. Igor Cabral Alves 22 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra RESOLUÇÃO Valor depreciável, amortizável ou exaurido é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. Assim, correta a alternativa C. GABARITO: C QUESTÃO 15 (CESPE - Analista - MPU - 2015) A redução do valor residual de um ativo imobilizado proporcionará aumento da cota de depreciação mensal desse ativo, caso sua vida útil seja mantida inalterada. ( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO A redução do valor residual de um ativo provoca aumento no seu valor depreciável. Consequentemente, a taxa de depreciação (ou cota) aumentará. Assim, correta a alternativa C. GABARITO: C 2.5 Bens Não Depreciáveis Não será admitida quota de depreciação referente a: I - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; II - prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados à revenda; III - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades; IV - bens para os quais seja registrada quota de exaustão. Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 23 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 16 (CONSULPLAN - Técnico Judiciário - TRE-MG - 2015) A depreciação é uma estimativa do desgaste do bem, podendo ocorrer casos em que ele esteja totalmente depreciado e ainda tenha condições de produzir ou possuir valor de revenda no mercado. O bem pode ser depreciado a partir do período em que ele foi posto em funcionamento. Assinale a alternativa em que é vedada a dedução da despesa de depreciação ou exaustão. a) Terrenos. b) Semoventes. c) Carros da empresa. d) Equipamentos da empresa. RESOLUÇÃO Acabamos de verificar que terrenos não devem ser depreciados. Com isso, correta a alternativa A. GABARITO: A 2.6 Depreciação de Bens Usados É permitida a depreciação de bens usados sendo que a taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos: I - metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; II - restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização do bem. Interessante observar que nas provas da Fundação Carlos Chagas você raramente utilizará este conhecimento, pois em regra o próprio enunciado fornece qual é a vida útil remanescente definida pela própria entidade. Enfim, caso não tenha tal informação (o que eu acho muito difícil), você deve seguir as disposições do próximo exercício. Mas repito, acho muito difícil que isso ocorra em sua prova! Perceba que em nenhum momento houve a menção de uma eventual vida útil definida pela própria entidade. Neste caso não haveria outra forma de resolver o exercício senão aplicando os conceitos acima. 24 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 17 (SMTR – Fiscal de Transportes – 2016) Em 31/03/2014 a Companhia ABC adquiriu à vista um equipamento usado por R$63.000,00 da Cia Alfa. Este equipamento fora comprado novo pela companhia vendedora em 31/03/2007, por R$ 84.000,00. É de praxe no mercado, quando esse equipamento é adquirido novo, estimar sua vida útil em 10 anos. Sabendo- se que as duas empresas quando adquiriram o equipamento não determinar qualquer valor residual, o montante apropriado em 31/12/2014 como despesa de depreciação pela CIA ABS era igual (a) R$ 9.450,00 (b) R$ 12600,00 (c) R$ 15750,00 (d) R$ 21000,00 RESOLUÇÃO Segundo o artigo 311 do RIR/99, a taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o MAIOR dos seguintes prazos: I - metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; II - restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização do bem. Com isso, temos conclui-se que a vida útil a ser utilizada na depreciação para fins fiscais é de 5 anos (metade da vida útil do bem novo). Assim, a depreciação anual será de: 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝑅$ 63.000,00 5 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑅$ 12.600,00 Como o bem foi adquirido em 31/03/2014, a depreciação apropriada no período foi de R$ 9.450,00 (referente a 9 meses). Com isso, correta a alternativa A. GABARITO: A 25 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 18 (VUNESP – Contador – UFABC – 2013) No ativo imobilizado serão conceituados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Partindo desse conceito, o nome técnico da desvalorização de um bem, pelo seu uso ou pelo desgaste natural do tempo é (A) Provisão. (B) Impairment. (C) Amortização. (D) Erosão. (E) Depreciação. RESOLUÇÃO Vimos que a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado será registrada periodicamente nas contas de depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Com isso, correta a alternativa E. GABARITO: E 2.7 Métodos de Depreciação O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Diversos são os métodos de depreciação. A esmagadora maioria das questões deconcurso, senão em sua totalidade, utilizam o método linear. De qualquer forma, iremos dar uma passada pelos outros métodos para efeitos de conhecimento. 26 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. 2.7.1 Método Linear Consiste na aplicação de taxas constantes ao longo da vida útil estimado para o bem. Se tratar-se, por exemplo, de uma edificação, adotar-se-á uma taxa de depreciação de 4% ao ano (vida útil de 25 anos). Exemplo: Imóvel no valor de R$ 100.000,00. A depreciação anual será de 4%, ou R$ 4.000,00 ao ano. Assim, o seguinte lançamento será realizado para apropriar a despesa com depreciação do período: D – Despesa com Depreciação R$ 4.000,00 (Conta de Resultado) C – Depreciação Acumulada R$ 4.000,00 (Retificadora do Ativo) Zé Curioso: “Professor, e se o bem tiver valor residual de 20%, é só descontar este valor?” Exatamente, Zé! No nosso exemplo, se o bem possuir um valor residual de 20%, terá ao final de sua vida útil o valor de R$ 20.000,00. Desta forma, o “Valor Depreciável” total deste bem será R$ 80.000,00, ou R$ 3.200,00 ao ano (4% ao ano). Os lançamentos seriam: D – Despesa com Depreciação R$ 3.200,00 (Conta de Resultado) C – Depreciação Acumulada R$ 3.200,00 (Retificadora do Ativo) 2.7.2 Método Cole Consiste na aplicação de taxas variáveis ao longo da vida útil estimado para o bem de acordo com a soma dos algarismos que formam o tempo de vida útil do bem. Neste método a despesa com depreciação é decrescente ao longo de sua vida útil (maiores despesas de depreciação no início da vida útil do bem). Exemplo: veículo de passageiros no valor de R$ 50.000,00, com vida útil de cinco anos, sem valor residual. 27 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra O “Valor Depreciável” é de R$ 50.000,00. Para o cálculo da depreciação anual temos que somar os algarismos que formam o tempo de vida útil do bem (cinco anos), ou seja: 1 + 2 +3 + 4 + 5 = 15. Este será nosso denominador em todos os cálculos. Taxa de Depreciação do Primeiro Ano = 5/15 Taxa de Depreciação do Segundo Ano = 4/15 Taxa de Depreciação do Terceiro Ano = 3/15 Taxa de Depreciação do Quarto Ano = 2/15 Taxa de Depreciação do Quinto Ano = 1/15 Portanto, a Despesa de Depreciação será igual ao “Valor Depreciável” multiplicado por sua respectiva taxa anual. Por exemplo: Despesa de Depreciação do Terceiro Ano = R$ 50.000,00 x 3/15 = R$ 10.000,00 Só para garantir que você assimilou este conhecimento vamos praticar uma questão! QUESTÃO 19 (FGV – Técnico em Contabilidade – CONDER – 2013 - ADAPTADA) A depreciação pelo método da soma dos dígitos dos anos de um bem móvel, que apresenta um custo de aquisição de $10.000 com valor residual de 10% e tempo de vida útil de cinco anos, apresentará no final do segundo ano o valor da depreciação acumulada de (A) $2.400. (B) $2.667. (C) $3.000. (D) $3.334. (E) $5.400. RESOLUÇÃO O método da soma dos dígitos, ou método Cole, consiste na aplicação de taxas variáveis ao longo da vida útil estimado para o bem de acordo com a soma dos algarismos que formam o tempo de vida útil do bem. Neste método a despesa com depreciação é decrescente ao longo de sua vida útil (maiores despesas de depreciação no início da vida útil do bem). Primeiramente temos que o Valor Depreciável do bem móvel é de $ 9.000,00 (custo – valor residual). Para o cálculo da depreciação anual temos que somar os algarismos 28 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra que formam o tempo de vida útil do bem (cinco anos), ou seja: 1 + 2 +3 + 4 + 5 = 15. Este será nosso denominador em todos os cálculos. Então a depreciação do bem ao longo de sua vida útil será de: Taxa de Depreciação do Primeiro Ano = 5/15 Taxa de Depreciação do Segundo Ano = 4/15 Taxa de Depreciação do Terceiro Ano = 3/15 Taxa de Depreciação do Quarto Ano = 2/15 Taxa de Depreciação do Quinto Ano = 1/15 Conclui-se, portanto, que ao final do segundo ano a depreciação acumulada será de: Depreciação Acumulada = Depreciação Ano 1 + Depreciação Ano 2 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = ( 5 15 + 4 15 ) × 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒄𝒖𝒎𝒖𝒍𝒂𝒅𝒂 = 9 15 × $ 9.000 = $ 𝟓. 𝟒𝟎𝟎, 𝟎𝟎 GABARITO: E 2.7.3 Método das Horas de Trabalho Consiste na aplicação de taxas de acordo com o número de horas trabalhadas no período relativamente ao total de horas estimadas durante a vida útil do bem. Se, por exemplo, num período trabalhou-se 1.000 horas em determinado bem que possui um total de horas estimadas, durante sua vida útil, de 5.000 horas, conclui-se que a Taxa de Depreciação deste ano será de 20% (1.000 / 5.000). 2.7.4 Método das Unidades Produzidas É semelhante ao método anterior, mas relaciona-se com a estimativa da quantidade de unidades produzidas ao longo da vida útil do bem. Para chegar à Taxa de Depreciação Anual basta dividir a quantidade de unidades produzidas no período pela quantidade estimada total para a vida útil do bem. Vamos resolver exercícios? São muitos!!! 29 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 20 (FCC – Analista – TRT – 2016) A empresa Manutenção S.A. alterou seu método de depreciação em todos os exercícios, nos últimos três anos. É correto afirmar que (A) uma vez escolhido o método de depreciação, a empresa não poderia ter mudado o critério, em decorrência das normas contábeis exigirem sua aplicação, por toda vida útil do bem. (B) o método de depreciação deve ser mudado sempre que houver mudança nas vendas de produtos, refletindo a sazonalidade, estando correto o procedimento. (C) a legislação prevê obrigatoriamente a mudança de critérios anualmente de acordo com a evolução da produção de bens da empresa, estando inadequada a mudança. (D) a depreciação é uma estimativa do desgaste do bem e sempre que a empresa entender que existe um método que melhor adeque os resultados à estratégia da empresa deve ser modificado. (E) o método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado, pelo menos, ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método deve ser modificado. RESOLUÇÃO Vamos analisar as alternativas apresentadas. a) Incorreta. O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros, e deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto inicialmente. Caso isso ocorra o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. b) Incorreta. Não há nenhuma relação entre o método de depreciação e a mudança de vendas de produtos. A relação do método de depreciação se dá com o padrão de consumo daquele bem que está sendo depreciado. c) Incorreta. Pura invenção da banca! Fica até constrangedor comentar algo a respeito! 30 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra d) Incorreta. Não é em função do resultado que o método de depreciação é escolhido e sim em função do padrão de consumo! Por exemplo, há a possibilidade de escolha pelo método da linha reta, saldos decrescentes, método das unidades produzidas etc. e) Correta. É o que vimos nos comentários da alternativa A! GABARITO: E QUESTÃO 21 (FGV – Analista Judiciário – TJ-BA – 2015) Uma entidade da administração pública adquiriu uma frota de cinco veículos para uso em serviços de assistência social. O custo total de aquisição foi 175.000,00. A entidade espera usaros veículos por cinco anos e, ao final desse período, espera aliená-los por 10% do valor de aquisição. A partir dessas informações, é correto afirmar que: (A) o valor residual da frota é 157.500,00; (B) o valor depreciável é 175.000,00; (C) a despesa anual de depreciação é 17.500,00; (D) a taxa de depreciação é 10% ao ano; (E) a despesa mensal de depreciação é 2.625,00. RESOLUÇÃO O enunciado diz que a entidade espera alienar os veículos por 10% do valor de aquisição. Trata-se do valor residual, que não sofrerá depreciação, de R$ 17.500,00 (alternativa A incorreta). Assim, o valor depreciável é de R$ 157.500,00 (alternativa B incorreta). Se a vida útil é de 5 anos, a taxa de depreciação será de 20% ao ano sobre o valor depreciável (alternativa D incorreta). A partir disso vamos analisar qual é o valor da despesa de depreciação anual do item. 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 31 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑅$ 175.000,00 − 𝑅$ 17.500,00 5 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟑𝟏. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Com isso conclui-se pela incorreção da alternativa C, restando a alternativa E como gabarito da questão. Vamos confirmá-la! 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝑅$ 31.500,00 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝑹$ 𝟐. 𝟔𝟐𝟓, 𝟎𝟎 Assim, correta a alternativa E. GABARITO: E QUESTÃO 22 (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014) A Companhia Lentidão S.A. adquiriu uma máquina para fabricação de meias para vender junto com os tênis que a empresa já vende. A máquina foi entregue na sede da empresa no dia 05/05/X1. No dia 12/05/X1 a máquina foi instalada e ficou pronta para ser utilizada. Como demorou para chegar a matéria prima, a máquina só foi utilizada pela primeira vez em 20/05/X1. A produção na capacidade máxima só ocorreu a partir do dia 01/06/X1. As vendas ficaram acima do esperado. Então a administração da empresa, no dia 14/07/X1, decidiu terceirizar a produção e desativar a máquina. A produção do último lote de meias ocorreu no dia 30/07/X1, porém a máquina permaneceu instalada para atender pedidos adicionais até o dia 15/08/X1, quando a administração decidiu que o melhor negócio seria vender a máquina. A máquina permaneceu na empresa até o dia 20/11/X1, quando finalmente foi vendida e a propriedade foi repassada para outra empresa. Considerando os fatos acima e que a empresa utiliza o critério de período de tempo para estimar a vida útil de seus imobilizados, a data inicial e a data final em que a empresa depreciou o ativo, respectivamente, são (A) 05/05/X1 e 14/07/X1 (B) 05/05/X1 e 30/07/X1 (C) 12/05/X1 e 15/08/X1 Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 32 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra (D) 20/05/X1 e 20/11/X1 (E) 01/06/X1 e 20/11/X1 RESOLUÇÃO Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, a depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção. Assim, a data inicial de depreciação o será 12/05/X1, quando a máquina foi instalada e ficou disponível para uso, e a data final será em 15/08/X1, quando a entidade decidiu vender a máquina. GABARITO: C QUESTÃO 23 (FGV – Contador – SUSAM-AM – 2014) Uma entidade adquiriu, em 01.03.2013, uma máquina para usar em seus negócios, pelo valor de R$ 76.000,00. A entidade espera que a máquina tenha vida útil econômica de 10 anos, mas só pretende utilizá‐la por 7 anos. Neste primeiro momento, é esperado que no final do 7º ano, a entidade consiga vendê‐la por R$ 8.000,00. No momento da compra, a entidade adquirente incorreu em gastos de 2.000 com frete até o estabelecimento e R$ 3.000,00 para instalação da máquina. Além disso, estima que, após os 7 anos de uso, deverá gastar R$ 4.000,00 (a valor presente) com remoção. A depreciação da máquina no ano de 2013 foi de (A) R$ 6.417,00. (B) R$ 8.333,00. Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 33 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra (C) R$ 8.690,00. (D) R$ 9.167,00. (E) R$ 11.000,00. RESOLUÇÃO Antes de calcularmos a depreciação precisamos calcular o custo do imobilizado. Segundo o CPC 27 – Imobilizado, o custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Com isso, o custo do imobilizado será composto por: Preço de Aquisição R$ 76.000,00 ( + ) Frete R$ 2.000,00 ( + ) Instalação R$ 3.000,00 ( + ) Remoção R$ 4.000,00 ( = ) Custo Total R$ 85.000,00 Com isso podemos calcular o valor da Depreciação Anual do bem. O aluno poderia ficar na dúvida em relação a vida útil do bem, que é definida como: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Assim, veja que apesar da máquina possuir vida útil econômica de 10 anos, iremos utilizar o valor de 7 anos, pois é o tempo que a entidade pretende usar a máquina. Assim: Igor Cabral Alves Igor Cabral Alves 34 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑅$ 85.000,00 − 𝑅$ 8.000,00 7 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟏𝟏. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Zé Curioso: “Professor, então a resposta correta é a alternativa E”? Não Zé! O valor de R$ 11.000,00 corresponde à Depreciação Anual. No entanto, o item foi adquirido em 01/03/2013. Assim, o valor apropriado como depreciação em 2013 corresponderá a apenas 10 meses! Assim: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝟐𝟎𝟏𝟑 = 𝑅$ 11.000,00 × 10 12 = 𝑹$ 𝟗. 𝟏𝟔𝟔, 𝟔𝟕 Fique atento! GABARITO: D QUESTÃO 24 (FGV – Técnico – ALBA – 2014) A Cia. Rosa adquiriu um computador no valor de R$ 5.000,00. A empresa espera que o computador tenha vida econômica de seis anos, mas só pretende utilizá‐lo por quatro anos, quando terá um valor residual de R$ 1.000,00. O computador veio com garantia de um ano e a empresa adquiriu garantia estendida de mais dois, por R$ 50,00. Quando adquiriu o computador, a Cia. Rosa pagou R$ 200,00 de frete e R$ 100,00 para a instalação dos programas necessários para seu funcionamento. Além disso, contratou um antivírus no valor anual de R$ 120,00. A depreciação anual do computador é de (A) R$ 716,67. (B) R$ 1.075,00. (C) R$ 1.105,00. (D) R$ 1.117,50. 35 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra (E) R$ 1.325,00. RESOLUÇÃO Primeiramente temosque calcular o custo do Imobilizado, que será composto por: Preço de Aquisição R$ 5.000,00 ( + ) Frete R$ 200,00 ( + ) Instalação R$ 100,00 ( = ) Custo Total R$ 5.300,00 Perceba que o valor gasto com a garantia estendida e o antivírus não fazem parte do custo do imobilizado. Bem, com isso podemos calcular o valor da depreciação anual do computador! 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑅$ 5.300,00 − 𝑅$ 1.000,00 4 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟏. 𝟎𝟕𝟓, 𝟎𝟎 GABARITO: B QUESTÃO 25 (FGV – ISS-Cuiabá – 2014) Em 01/01/2011, uma entidade adquiriu móveis para seu escritório no valor de R$ 50.000,00. Os móveis têm vida útil estimada em seis anos e, ao final do sexto ano, a entidade pretende doá-los. Na data, são estimados gastos de R$ 2.000,00 (a valor presente) com a remoção. O frete para a entrega dos móveis é de R$ 500,00, e os custos de montagem, de R$ 400,00. No entanto, no momento em que a entrega foi feita, o funcionário da loja arranhou a parede, e a entidade incorreu em gastos de R$ 1.000,00 para pintá-la novamente. Como pedido de desculpas, o funcionário não cobrou pela montagem dos móveis. O valor contábil dos móveis, em 31/12/2013, era de (A) R$ 25.250,00. 36 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra (B) R$ 26.250,00. (C) R$ 26.950,00. (D) R$ 26.450,00. (E) R$ 23.750,00. RESOLUÇÃO Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Assim, em tese o custo do imobilizado em tela seria composto por: preço de aquisição, frete, custo de montagem e remoção. Ocorre que no momento da entrega o funcionário da loja arranhou a parede e com isso o funcionário não cobrou pela montagem dos móveis. Assim, o custo do Imobilizado será de: Preço de Aquisição R$ 50.000,00 ( + ) Frete R$ 500,00 ( + ) Custo de Remoção R$ 2.000,00 ( = ) Custo Total R$ 52.500,00 O gasto de R$ 1.000,00 para pintar a parede não deve ser ativado, pois trata-se de um valor anormal, devendo ser apropriado como despesa do período. A partir disso vamos calcular o valor contábil dos móveis em 31/12/2013, ou seja, três anos após a compra. 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 37 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑅$ 52.500 − 0 6 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟖. 𝟕𝟓𝟎, 𝟎𝟎 Assim, o valor contábil em 31/12/2013 será de: Custo R$ 52.500,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 26.250,00) ( = ) Valor Contábil R$ 26.250,00 GABARITO: B QUESTÃO 26 (FGV – ISS-Recife – 2014) Uma entidade comprou, em 01/07/2011, numerosas máquinas para utilizar em seu negócio, no valor de R$ 40.000,00. O frete da entrega foi de R$ 400,00, pagos pelo fornecedor. Adicionalmente, a entidade incorreu em R$ 800,00 para instalar as máquinas, R$ 500,00 para desmontar as máquinas que já estavam na fábrica e R$ 200,00 para um caminhão levar as máquinas antigas até um depósito. Além disso, uma vez que as máquinas eram novas no mercado, a entidade contratou um especialista para orientar e treinar os funcionários sobre tal uso durante o primeiro mês de funcionamento. Os honorários foram de R$ 2.000,00. Na data da compra, a entidade pretendia utilizar as máquinas por cinco anos e, depois desses anos, doá-las. É estimado que o valor da remoção das máquinas seja de R$ 1.400,00. O valor contábil das máquinas em 31/12/2013 era de (A) R$ 16.880,00. (B) R$ 21.100,00. (C) R$ 21.450,00. (D) R$ 22.100,00. (E) R$ 22.450,00. RESOLUÇÃO 38 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Questão muito interessante que envolve além dos conceitos de depreciação, o conhecimento do CPC 27 – Ativo Imobilizado. Vimos no início da aula que, o custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: (a) custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. Assim, comporão o custo do Imobilizado: Preço de aquisição R$ 40.000,00 ( + ) Custo de Instalação R$ 800,00 ( + ) Custo de Remoção R$ 1.400,00 ( = ) Custo do Imobilizado R$ 42.200,00 Eu quero que você perceba três detalhes: 39 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 1. O frete não compõe o custo, pois foi pago pelo Fornecedor. 2. O custo de desmontagem e transporte das máquinas que estavam na fábrica também não irá compor o custo das máquinas adquiridas, afinal fazem parte do próprio custo destas máquinas que estão sendo removidas! 3. O custo de treinamento não fará parte do custo do imobilizado, veja os exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. A partir disso basta calcular seu valor contábil em 31/12/2013. O enunciado informou que a vida útil das máquinas é de 5 anos. Assim, de 01/07/2011 a 31/12/2013 se passaram 2,5 anos e o valor contábil da máquina será de: Custo R$ 42.200,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 21.100,00) ( = ) Valor Contábil R$ 21.100,00 GABARITO: B QUESTÃO 27 (ESAF – AFRFB – 2014) A Cia. Mamoré vende a prazo por R$ 15.000 um imobilizado cujo valor de registro é R$ 140.000 e a depreciação acumulada, calculada até a data da venda, era de R$ 126.000. Para efetuar o registro desse evento, a empresa deve: a) registrar um débito de R$ 140.000 em conta do imobilizado. b) contabilizar um crédito de R$ 15.000 em Ganhos com Venda de Imobilizado. c) reconhecer um débito de R$ 14.000 em conta de resultado. d) lançar um crédito de R$ 126.000na conta de Depreciação Acumulada. 40 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra e) efetuar um débito de R$ 140.000 em perdas com imobilizado. RESOLUÇÃO Verifica-se que o valor contábil do imobilizado na data da venda era de R$ 14.000,00 (valor de registro – depreciação acumulada). Vimos que os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item. Assim, o Ganho na venda será de: Valor Líquido da Alienação R$ 15.000,00 ( – ) Valor Contábil (R$ 14.000,00) ( = ) Ganho de Capital R$ 1.000,00 O lançamento deste ganho de capital deve contemplar a baixa do custo do imobilizado e a baixa de sua depreciação acumulada, da seguinte forma: D – Títulos a Receber R$ 15.000,00 (Ativo) D – Depreciação Acumulada R$ 126.000,00 (Ativo) C – Imobilizado R$ 140.000,00 (Ativo) C – Ganho de Capital R$ 1.000,00 (Resultado) No entanto, o gabarito definitivo da ESAF foi a alternativa B, o que está completamente equivocado! A questão deveria ser anulada! A ESAF forçou a barra e considerou a alternativa B como correta (ou menos errada), desmembrando o ganho de capital de R$ 1.000,00 em: D – Custo do Imobilizado Vendido R$ 14.000,00 (Resultado) C – Receita c/ Venda Imobilizado R$ 15.000,00 (Resultado) GABARITO: B QUESTÃO 28 (ESAF – Contador – Ministério do Turismo – 2014) A empresa Máquinas, Móveis e Mercadorias S.A., em abril de 2009, adquiriu 4 máquinas de igual valor e pagou por elas, à vista, R$ 10.000,00. A vida útil foi estimada em 10 anos e o valor residual em 20%. Em 30 de setembro de 2013, a empresa vendeu uma dessas máquinas por R$ 1.000,00, a prazo. 41 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Uma vez realizada esta operação, pode-se dizer que a empresa contabilizou perda de capital no valor de a) R$ 600,00 b) R$ 375,00 c) R$ 500,00 d) R$ 100,00 e) R$ 875,00 RESOLUÇÃO Para chegarmos ao valor da perda de capital com a venda de uma das máquinas do imobilizado devemos calcular seu valor contábil no ato da venda. O enunciado afirma que o custo de cada máquina foi e R$ 2.500,00 (quatro máquinas por R$ 10.000,00). Sua depreciação mensal será dada por: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 2.500 − 𝑅$ 500 120 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝑹$ 𝟏𝟔, 𝟔𝟕 Transcorreram 54 meses entre a data da venda (09/2013) e a data da aquisição (04/2009). Assim, o valor da Depreciação Acumulada será: Depreciação Acumulada = 54 meses x R$ 16,67 = R$ 900,00 Conclui-se, portanto, que o valor contábil do ativo no momento da venda é de: Custo R$ 2.500,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 900,00) ( = ) Valor Contábil R$ 1.600,00 Como a venda deu-se por R$ 1.000,00, a perda de capital registrada é de: Valor de Venda R$ 1.000,00 ( – ) Valor Contábil (R$ 1.600,00) ( = ) Perda de Capital (R$ 600,00) GABARITO: A 42 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 29 (FCC – Técnico Judiciário – TRT – 2014) Uma máquina foi adquirida, em 31/12/2010, pelo valor de R$ 3.000.000,00 e a empresa definiu que a vida útil econômica seria 8 anos. No final deste prazo de utilização, a empresa estimou que a máquina poderia ser vendida por R$ 300.000,00. A empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação e pelas regras fiscais a máquina é depreciada em 10 anos. Sabendo-se que o teste de recuperabilidade do custo da máquina indicou que não houve necessidade de ajuste por “impairment”, o saldo contábil da máquina a ser apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foi, em reais, (A) 2.190.000,00. (B) 1.987.500,00. (C) 2.100.000,00. (D) 1.875.000,00. (E) 2.400.000,00. RESOLUÇÃO A maior dificuldade da questão era saber qual é o tempo de vida útil a ser utilizada na resolução: 8 ou 10 anos? Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Deste modo, no caso em tela iremos adotar uma vida útil de 8 anos, que é o tempo de utilidade esperada pela entidade em relação à máquina adquirida em 31/12/2010. Esta estimativa é realizada com base na experiência da entidade com ativos semelhantes. Agora que a dúvida em relação à vida útil foi resolvida podemos resolver o exercício sem maiores problemas. Inicialmente vamos calcular o valor da depreciação anual do ativo: 43 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 3.000.000,00 − 𝑅$ 300.000,00 8 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑹$ 𝟑𝟑𝟕. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎 O enunciado deseja saber qual é saldo contábil da máquina a ser apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013, ou seja, exatamente três anos após a compra. Se a Depreciação Anual é de R$ 337.500,00, a conta “Depreciação Acumulada” terá em 31/12/2013 o valor de 3 x R$ 33.750,00 = R$ 1.012.500,00. O valor contábil da máquina será, portanto, de: Custo R$ 3.000.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 1.012.500,00) ( = ) Valor Contábil R$ 1.987.500,00 GABARITO: B QUESTÃO 30 (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ-PE – 2014) Em 31/12/2009, a empresa Equipamentos Pesados S.A. adquiriu uma máquina pelo valor de R$ 800.000,00, para ser pago integralmente em 2012. Se a empresa tivesse adquirido o equipamento à vista o preço teria sido R$ 650.000,00. A empresa tem como política utilizar suas máquinas por um período de 8 anos e o valor residual esperado para venda da máquina no final do prazo de utilização corresponde a 20% do valor à vista da máquina comprada. Em 30/06/2011, a empresa vendeu esta máquina por R$ 500.000,00 à vista. Com base nestas informações, o resultado obtido na venda da máquina que será evidenciado na Demonstração de Resultados é (A) prejuízo de R$ 150.000,00. (B) prejuízo de R$ 300.000,00. (C) prejuízo de R$ 28.125,00. (D) lucro de R$ 77.500,00. (E) prejuízo de R$ 52.500,00. RESOLUÇÃO 44 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Para saber se houve lucro ou prejuízo na venda da máquina é necessário calcular seu valor contábil em 30/06/2011. Então vamos calcular o valor da Depreciação Anual da máquina. 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 650.000,00 − 𝑅$ 130.000,00 8 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑹$ 𝟔𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Em 30/06/2011, 1 ano e meio após a aquisição da máquina, o valor da Depreciação Acumulada será de R$ 97.500,00 (1,5 x Depreciação Anual). Assim: Custo R$ 650.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 97.500,00) ( = ) Valor Contábil R$ 552.500,00 O resultado obtido pela venda da máquina será, então, de: Valor de Venda R$ 500.000,00 ( – ) Valor Contábil (R$ 552.500,00) ( = ) Prejuízo (R$ 52.500,00 GABARITO: E QUESTÃO 31 (FCC – Analista – METRO-SP – 2014) Em 31/12/2010 uma empresa adquiriu uma máquina por R$ 3.000.000,00, pagando à vista. Naquela data a vida útil econômica estimada para a máquina foi 9 anos e o valor residual esperado no final da vida útil econômica era R$ 300.000,00. Em 31/08/2013, a empresa vendeu a tal máquina por R$ 2.000.000,00 à vista. Com base nas informações acima e sabendo-se que a empresa calcula a despesa de depreciação pelo método das quotas constantes, o resultado obtido com a venda da máquina, evidenciadona Demonstração de Resultados de 2013 foi, em reais, a) zero. Igor Cabral Alves 45 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra b) 100.000,00 negativo. c) 200.000,00 positivo. d) 200.000,00 negativo. e) 100.000,00 positivo. RESOLUÇÃO Inicialmente temos que: Valor Depreciável = Custo – Valor Residual Valor Depreciável = R$ 3.000.000,00 – R$ 300.000,00 Valor Depreciável = R$ 2.700.000,00 Vamos calcular o valor da Depreciação Mensal: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 2.700.000,00 9 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝑹$ 𝟐𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Veja que no momento da venda, em 31/08/2013, se passaram 32 meses da data da compra, que foi realizada em 31/12/2010. Assim, o valor da Depreciação Acumulada será de: Depreciação Acumulada = R$ 25.000,00 x 32 meses = R$ 800.000,00 Então, em 31/08/2013 a máquina estará contabilizada no Ativo por: Máquina R$ 3.000.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 800.000,00) ( = ) Valor Contábil R$ 2.200.000,00 Ou seja, ao vender a máquina por R$ 2.000.000,00, abaixo do seu valor contábil, a companhia deverá registrar uma perda com a venda de imobilizado na Demonstração do Resultado do Exercício de R$ 200.000,00. GABARITO: D 46 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra QUESTÃO 32 (FCC – Auditor – TCE-PI – 2014) Em 31/12/2011 a empresa Estruturada S.A. adquiriu uma máquina por R$ 500.000,00 à vista. A empresa estimou que a vida útil econômica da máquina, na data de aquisição, era 8 anos e o valor residual esperado para venda da máquina no final do prazo de vida útil seria R$ 20.000,00. Sabe-se que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação e que, em 31/08/2013, vendeu esta máquina por R$ 390.000,00 à vista. Com base nessas informações, será evidenciado na Demonstração de Resultados um a) prejuízo na venda no valor de R$ 30.000,00. b) prejuízo na venda no valor de R$ 110.000,00. c) lucro na venda no valor de R$ 110.000,00. d) prejuízo na venda no valor de R$ 10.000,00. e) lucro na venda no valor de R$ 10.000,00. RESOLUÇÃO Para resolver este tipo de questão temos que calcular o Valor Contábil da máquina na data da venda (em 31/08/2013). Como a máquina possui valor residual, vamos calcular seu valor depreciável: Valor Depreciável = Custo – Valor Residual Valor Depreciável = R$ 500.000,00 – R$ 20.000,00 = R$ 480.000,00 O enunciado afirma que a vida útil da máquina é de 8 anos. Assim, a depreciação mensal será de: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 480.000,00 96 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝑹$ 𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 A compra desta máquina foi em 31/12/2011. Assim, até sua venda, em 31/08/2013, se passaram 20 meses. O lançamento mensal da despesa com depreciação será: D – Despesa com Depreciação R$ 5.000,00 (Resultado) C – Depreciação Acumulada R$ 5.000,00 (Ativo) 47 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Assim, após 20 meses a conta “Depreciação Acumulada” terá saldo de R$ 100.000,00, e o valor contábil do bem será de: Custo R$ 500.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 100.000,00) ( = ) Valor Contábil R$ 400.000,00 Perceba, portanto, que o valor de venda é inferior ao seu valor contábil, representando um prejuízo da venda na ordem de: Resultado da Venda = Valor de Venda – Valor Contábil Resultado da Venda = R$ 390.000,00 – R$ 390.000,00 Resultado da Venda = – R$ 10.000,00 (Prejuízo) GABARITO: D QUESTÃO 33 (FCC – Analista Judiciário – TRT – 2014) A Cia. Solar adquiriu, em 31/12/2012, uma máquina por R$ 560.000,00, à vista. A vida útil econômica estimada desta máquina, na data de aquisição, foi de 12 anos e o valor residual de R$ 80.000,00. Em 01/01/2014, a empresa reavaliou a vida útil desta máquina e determinou que a vida útil remanescente era 10 anos e o valor residual era R$ 40.000,00. Com base nestas informações e sabendo que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação, o valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Solar, em 31/03/2014, foi (A) R$ 390.000,00. (B) R$ 495.000,00. (C) R$ 468.000,00. (D) R$ 429.000,00. (E) R$ 508.000,00. RESOLUÇÃO 48 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Temos que calcular o valor contábil da máquina em 01/01/2014, data em que a vida útil e o valor residual foram revistos. Valor Depreciável = Custo – Valor Residual Valor Depreciável = R$ 560.000,00 – R$ 80.000,00 = R$ 480.000,00 O enunciado afirma que a vida útil da máquina é de 12 anos. Assim, a depreciação anual será de: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 480.000,00 12 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, em 01/01/2014 o valor contábil desta máquina será de: Custo R$ 560.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 40.000,00) ( = ) Valor Contábil R$ 520.000,00 Em 01/01/2014, a empresa reavaliou a vida útil desta máquina e determinou que a vida útil remanescente era de 10 anos e o valor residual era de R$ 40.000,00. Assim, o valor depreciável continuará sendo de R$ 480.000,00 (valor contábil01/01/2014 – novo valor residual). Então temos que calcular a nova depreciação anual: 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑅$ 480.000,00 10 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟒𝟖. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, em 31/03/2014 a despesa de depreciação de 2014, lançada em contrapartida da conta “Depreciação Acumulada”, terá alcançado R$ 12.000,00 (referente a três meses) e seu valor contábil será: Custo R$ 560.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada (R$ 52.000,00) ( = ) Valor Contábil R$ 508.000,00 GABARITO: E QUESTÃO 34 (FCC – Analista de Gestão – SABESP – 2014) Em 31/12/2011, a empresa Reavaliação adquiriu uma máquina por R$ 650.000 à vista. Na data da aquisição, estimou-se que a vida útil econômica era 5 anos e o valor residual 49 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra era R$ 200.000. Em 01/01/2013, a empresa reavaliou a vida útil econômica remanescente da máquina para 8 anos e valor residual para R$ 0,00 (zero). O valor contábil apresentado pela empresa Reavaliação, no Balanço Patrimonial de 31/12/2013, foi, em reais, a) 487.500. b) 490.000. c) 315.000. d) 337.500. e) 650.000. RESOLUÇÃO Vamos dividir este exercício em duas partes. Antes e após a reavaliação da vida útil do ativo. Antes reavaliação da vida útil: Valor Original do Bem: R$ 650.000,00 ( – ) Valor Residual: R$ 200.000,00 ( = ) Valor Depreciável: R$ 450.000,00 Sendo a Vida útil estimada inicialmente de cinco anos, a Depreciação Anual será de R$ 90.000,00 (R$ 450.000,00 / cinco anos). Assim, seu Valor Contábil em 31/12/2012 será de: Custo do imobilizado R$ 650.000,00 ( – ) Depreciação Acumulada R$ 90.000,00 = Valor Contábil R$ 560.000,00 Após a reavaliação da vida útil: A vida útil do bem foi reavaliada em 8 anos sem valor residual. Assim, o novo “valor depreciável” será de: Valor Contábil R$ 560.000,00 ( – ) Valor Residual: zero ( = ) Valor Depreciável: R$ 560.000,00 (R$ 70.000,00 por ano) 50 AULA 06 Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 Prof. Igor Cintra Assim, em 31/12/2013 o imóvel terá se depreciado em mais R$ 70.000,00, e apresentará o valor contábil de R$ 490.000,00 (R$ 560.000,00 – R$ 70.000,00). GABARITO: B QUESTÃO 35 (FCC – Analista de Gestão – SABESP – 2014) A empresa Sol & Chuva S.A. possuía, em 31/12/2013, em seu ativo imobilizado, um imóvel com as seguintes informações, após o reconhecimento da despesa de depreciação para o ano de 2013: Custo de aquisição R$ 1.000.000 (−) Depreciação acumulada
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