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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FARMÁCIA DEPARTAMENTO DO MEDICAMENTO AVALIAÇÃO IV Salvador, BA 2022 AVALIAÇÃO IV Avaliação apresentada à Universidade Federal da Bahia, como critério de avaliação do Componente Curricular Farmacognosia I, no curso de Farmácia. Salvador, BA 2022 Frutos da Farmacopeia 1. Funcho-Doce (Foeniculum vulgare Miller) 1.1 Descrição Macroscópica (OLIVEIRA; AKISUE; AKISUE, 2012) D - FUNCHO (Foeniculum vulgare Miller) D1 - Fruto inteiro: 1 - estilopódio; 2 - aresta; 3 - valécula; D2 - Secção transversal: 1 - feixe vascular; 2 - pericarpo; 3 - semente; 4 - endosperma; 5 - canal secretor; 6 - carpóforo; D3 - Secção longitudinal: 1 - estilopódio; 2 - pericarpo; 3 - embrião; 4 - semente; 5 - endosperma. 1.2 Descrição Microscópica (OLIVEIRA; AKISUE; AKISUE, 2012) A - Secção transversal efetuada ao longo da valécula: 1 - epicarpo; 2 - mesocarpo; 3 - endocarpo; 4 - tegumento da semente; 5 - endosperma; 6 - canal secretor. B - Secção transversal de feixe vascular localizado em região de uma aresta: 1 - células com paredes espessadas; 2 - feixe vascular. C - Fragmento de endosperma: 1 - drusa; 2 - gotícula de óleo. D - Endorcarpo visto de face. 1.3 Propriedades Farmacológicas A Foeniculum vulgare, conhecida popularmente como funcho ou erva-doce, é usada na medicina como analgésico, antimicrobianos, antioxidante, digestivo, carminativo, diurético, expectorante, lactígeno, anti-inflamatório e antiespasmódico (SOUZA et al., 2013). Segundo Araújo (2010), devido aos óleos voláteis contidos, o vegetal tem ação no trato digestivo, atua na mucosa gástrica, aumenta o peristaltismo intestinal e reduz a produção de gases. Também favorece a secreção brônquica, removendo o excesso de muco do aparelho respiratório e estimula as funções fisiológicas. A luz solar provoca a transformação do trans-anetol, não tóxico, em cis-anetol que é tóxico, com formação de dianetol e fotoanetol que têm atividade estrogênica o que, de certo modo, explica a utilização desta planta nos casos de distúrbios menstruais e como galactagogo. O óleo essencial desta espécie apresenta anetol, estragol e fenchona mais uns 18 componentes adicionais os quais incluem α-pineno, camfeno, β-pineno, β-felandreno, myrceno, limoneno, â-felandreno, o γ-terpineno, o cis-ocimeno, terpinoleno, carvacol, cânfora, borneol, cineol e p-cimeno (RUBERTO, 2000). 2. Baunilha (Vanillae fructus) 2.1 Descrição Macroscópica (OLIVEIRA; AKISUE; AKISUE, 2012) A - Fruto. B - Secção transversal: 1 - feixe vascular; 2 - placenta; 3 - sementes. C - Secção transversal do fruto perto do ápice: 1 - feixe vascular; 2 - sementes; 3 - região relacionada com estilete. 2.2 Descrição Microscópica (OLIVEIRA; AKISUE; AKISUE, 2012) A - Secção transversal: 1 - epicarpo; 2 - mesocarpo; 3 - endocarpo; 4 - papilas; 5 - feixe vascular; 6 - cristais estilóides de oxalato de cálcio (cristais aciculares); 7 - cristais prismáticos. B - Fragmento de mesocarpo mostrando idioblasto contendo cristais estilóides. C - Região de feixe vascular vista em secção longitudinal. D - Epicarpo visto de face: 1 - estômato; 2 - cristal prismático. 2.3 Propriedades Farmacológicas As propriedades terapêuticas da Vanillae fructus são antiespasmódicas, antisséptica, antimicrobiana, antioxidante, aromatizante, ligeiramente colerética, digestiva, emenagoga, estimulante, afrodisíaca. Além disso, a Vanilla planifolia possui diversos constituintes químicos podendo ser destacados ácido acético, ácido vanilil etílico, carboidratos, álcool etílico, ceras, cinamato, eugenol, fermentos, furfurol, lipídeos, mucilagem, resinas, taninos e vanilina (FERREIRA, 2018; BRASIL, 2019). REFERÊNCIAS ARAÚJO, R. O. Investigação da atividade biológica de Foeniculum vulgare Mill (Umbelliferae/Apiaceae) como alternativa terapêutica. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco, 2010 BRASIL. Farmacopeia Brasileira. In: ANVISA, editor. 6 ed. Brasília, DF: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2019. FERREIRA, M. et al. Analysis of vanillin by TLC and HPLC-PDA in herbal material and tincture from Vanilla planifolia Jacks ex. Andrews. Drug Analytical Research, v. 2, n. 2, p. 1-7, 2018. OLIVEIRA, F. de; AKISUE, G.; AKISUE, M, K. Farmacognosia: Identificação de drogas vegetais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2012. 418 p. RUBERTO, G. et al. Antioxidant and antimicrobial activity of Foeniculum vulgare and Crithmum maritimum essential oils. Planta Med, v. 66, n. 8, p. 689 - 693, 2000. SOUZA, I. A. et al. Avaliação biológica de Foeniculum vulgare (Mill.) (Umbelliferae/Apiaceae) Biological evaluation of Foeniculum vulgare (Mill.)(Umbelliferae/Apiaceae). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2013.
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