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Sessão introdutória 1 a 4 Adam Smith - Salários

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Resumo: sessão intródutória 1 e 4 – Adam Smith salários
Aluno: Brendon Teixeira Praes
Matrícula: 100002574
Autor: Luiz A. M. Macedo
 O artigo em questão nos mostra a visão de Adam Smith sobre aspectos relacionados a mão de obra não qualificada, além de suas relações entre renda, capital e trabalho. 
Antes de olharmos para a teoria de Smith sobre a determinação quantitativados salários, é necessário ter em conta sua visão sobre a natureza da“recompensa” do trabalho mediante salário. Sua exposição, no início do capítulo sobre salários, que também recorda algumas proposições de Ricardo sob a mesma concepção.
Com relação à determinação da magnitude dos salários, trata-se da
determinação de uma “taxa de salário” no mercado de trabalho de mão-de-
obra não-qualificada. Para tal determinação, Smith formula um
mecanismo de população-salário como um processo de ajustamento da taxa
de salário em direção (ou “gravitação”) a um nível “natural”, que tenderia
naturalmente a vigorar “no longo prazo” ), isto é, “numa média ao longo
dos anos”. Tal mecanismo consiste de duas partes articuladas, cada
uma funcionando conforme uma “lei” natural:
A. o que hoje se chama “lei da oferta e procura”, operando no mercado de
uma mercadoria, em condições de “livre concorrência”: se, ao preço
corrente, a quantidade demandada excede (ou não alcança) a
quantidade ofertada, o preço aumenta (ou diminui) – no caso do
mercado de trabalho, “quantidade” demandada ou ofertada é um
número de trabalhadores;
B. “princípio da população”, aplicado a uma sociedade capitalista: a taxa de
crescimento da população trabalhadora é uma função crescente.
Para Smith, o “salário natural” do trabalhador seria, ou deveria ser, o
produto inteiro de seu trabalho:“O produto do trabalho constitui a recompensa ou salário natural do trabalho.”“Naquele estado original de coisas, que precede tanto a apropriação da terra como a acumulação de capital, o produto inteiro do trabalho pertence ao
trabalhador. Este não tem senhor de terra, nem patrão, para dividir com ele.”
Isto ocorreria, por exemplo, numa “sociedade mercantil” de trabalhadores
independentes, por “conta própria” – sendo proprietários dos meios de
produção (inclusive equipamentos e instalações produtivas), com livre acesso a terra e outros recursos naturais – que levariam a mercado seus produtos.
No caso da agricultura – que os Clássicos viam como consistindo
basicamente da produção do alimento da gente comum ou;subsistência
do trabalhador), seja trigo na Europa, arroz na China ou batata na Irlanda
(exemplos de Smith) – o produto é grosso modo homogêneo com o consumo do trabalhador, de modo que é fácil ver a “dedução”, e mesmo notar que às partes do produto do trabalho correspondem partes proporcionais do próprio trabalho aplicado para produzi-lo.
Ricardo acompanha Smith nessa formulação, explicitando a
correspondência entre as fatias do produto social agregado ou renda nacional
(anual) – salários, lucros e renda da terra – e as quantidades de trabalho
necessárias para produzi-las:
Em particular, Ricardo refere-se a mudanças na taxa geral de lucro como sendo acompanhadas por variações inversas na “proporção do trabalho anual do país é dedicada ao sustento dos trabalhadores”
Em seu capítulo sobre salários, Smith enuncia o chamado “princípio da
população”, aplicando-o às sociedades contemporâneas:
“Todas as espécies de animais naturalmente se multiplicam em proporção aos meios de sua subsistência, e nenhuma espécie pode se multiplicar além dessa proporção. Mas na sociedade civilizada é somente entre os estratos inferiores da população que a escassez de meios de subsistência pode colocar limites à maior multiplicação da espécie humana; e ela não pode fazê-lo senão pela destruição de uma grande parte das crianças produzidas por seus frutíferos Casamentos.”
Aparentemente descrevendo eventos que ocorriam à sua volta, ou de
qualquer forma os incluindo nas condições que prevaleciam ao redor do mundo, Smith afirma:
“Em alguns lugares a metade das crianças nascidas morrem antes de completar quatro anos de vida; em muitos lugares, antes de ter sete anos; e em quase todos os lugares, antes de completar nove ou dez anos. Esta grande mortalidade, contudo, será em todo lugar encontrada principalmente entre as crianças da
gente comum”.
Smith pretende que suas teorias de população e salários sejam válidas
Para todos os diferentes países do mundo. Ele de fato as aplica, emparticular, à América (demanda por trabalhadores rapidamente crescente, altos
salários, população rapidamente crescente); Europa, particularmente a Grã-
Bretanha (demanda por trabalhadores crescendo lentamente, salários
moderadamente acima do nível mínimo, população crescendo lentamente); China (demanda por trabalho estacionária, salários no nível mínimo, população estacionária); e Bengala (demanda por trabalho decrescente, salários abaixo do mínimo, população declinante).
Cabe observar que a posição de Smith sobre a determinação de salários
é consistente com sua conhecida visão geral do processo econômico, e
particularmente dos mercados, como um mecanismo “regulado” por leis
“naturais”

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