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GIANDRA-AZOLINI-FERNANDES-DE-SOUZA

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XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
 
DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE DOWN POR MEIO DO CARIÓTIPO EM 
ALUNOS, DE ATÉ 18 ANOS, DA APAE DE MARINGÁ-PR 
 
Giandra Azolini Fernandes de Souza1, Ana Sarah Arana Gonçalves2, Mariane Castardo 
Araujo3, Clarissa Torresan4; Ana Maria Silveira Machado de Moaraes5, Marcela Funaki 
dos Reis6 
 
1 Acadêmica do curso de Biomedicina e bolsista PIBIC/Unicesumar – Maringá-PR. giandra.azolini@hotmail.com 
2 Acadêmica do curso de Biomedicina da Unicesumar – Maringá-PR. ana_s.a.g@hotmail.com 
3 Bióloga. Responsável técnica do laboratório de Biologia Molecular, Unicesumar, Maringá-PR. mariane.araujo@unicesumar.edu.br 
4Co-orientadora. Docente de Medicina da Unicesumar – Maringá-PR. clarissa.torresan@unicesumar.edu.br 
5Co-orientadora. Docente de Medicina da Unicesumar – Maringá-PR. ana.machado@unicesumar.edu.br 
6 Orientadora. Docente de Medicina da Unicesumar – Maringá-PR. marcela.reis@unicesumar.edu.br 
 
 
RESUMO 
 
A Síndrome de Down (SD) é considerada uma das desordens mais comum, além de ser uma das principais 
causas de deficiência intelectual. A SD é causada por uma alteração cromossômica, a qual pode se dar de 
diferentes maneiras como a trissomia livre do cromossomo 21, mosaicismo genético ou ainda translocação. 
Portanto, pode-se considerar que a análise do cariótipo de indivíduos com SD é fundamental para um 
aconselhamento genético adequado. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é realizar o exame de 
cariótipo por bandeamento G em indivíduos com até 18 anos que apresenta Síndrome de Down, porém que 
não possuem diagnóstico citogenético confirmativo. Sendo assim, as coletas sanguíneas serão realizadas 
nos alunos da Associação de Pais e Amigos (APAE) de Maringá, e o cultivo celular de linfócitos ocorrerá no 
Laboratório de Biologia Molecular do Centro Universitário Cesumar – Unicesumar, bem como a preparação e 
análise dos cariótipos. Ademais, os indivíduos serão informados sobre os procedimentos a serem realizados 
e, ao concordarem, irão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Com o presente trabalho, 
espera-se identificar, por meio do exame de cariótipo, indivíduos com SD de origem trissômica e por 
translocação cromossômica e, consequentemente, fornecer laudos citogenéticos aos participantes. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Aconselhamento Genético; Deficiência Intelectual; Diagnóstico Citogenético. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Síndrome de Down (SD) é considerada a síndrome de etiologia genética mais 
comum e prevalente na população (KASEMI; SALEHI; KHEIROLLAHI, 2016). É a principal 
causa de deficiência intelectual que afeta a aprendizagem e a memória, porém também 
está relacionada a problemas de saúde que carecem de acompanhamento especializado 
devido a doenças cardíacas congênitas (CHD), doenças de Alzheimer (DA), leucemia, 
câncer, doença de Hirschprung (HD,) (WAHAB et al., 2000; LAO et al., 2018), além de estar 
associada a alta incidência da doença celíaca (BRASIL, 2013). 
A incidência de SD por trissomia do 21 é a causa prevalente e é influenciada 
principalmente pelo aumento da idade materna e difere na população entre 1 em 319 e 1 
em 1000 nascidos vivos (WAHAB et al., 2006). Quando se trata do Brasil, a frequência é 
de uma criança com SD a cada 600-800 nascimentos (BRASIL, 2013). 
Embora a SD por trissomia do 21 seja a causa prevalente, a síndrome também pode 
estar relacionada a outras situações de alterações genéticas reconhecidas na Classificação 
Internacional de Doenças (CID-10), como origem por mosaicismo - dada por não disjunção 
mitótica -, origem por translocação e origem não específica (BRASIL, 2013). 
Quanto a severidade dada pela etiologia da SD é de conhecimento que em situação 
de mosaicismo o fenótipo é mais severo e que diferentes tipos de translocações causam 
diferentes tipos de alterações hematológicas. Além disso, sabe-se que a trissomia do 21 
pode causar um desequilíbrio na interação entre genes, ou seja, afeta os produtos proteicos 
do cromossomo 21 e de outros cromossomos (MATOS et al., 2007; PAIVA; MELLO; 
FRANK, 2018;). 
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
Dessa forma, a importância do diagnóstico de SD por cariótipo está relacionada ao 
aconselhamento genético, um instrumento com objetivos de informar, esclarecer e orientar 
pacientes e familiares a respeito do prognóstico e evolução da síndrome, nas medidas 
preditivas de recorrência familiar, além de encaminhar às especialidades médicas 
necessárias e apoio terapêutico, psicológico e de caráter social (BERTOLLO et al., 2013; 
GUEDES, DINIZ, 2009; MENDES, 2012; LI et al., 2018; THOMPSON, M. W.; McINNES, 
R.R.; WILLARD, H. F., 2002, p.149). 
Nesse sentido, o diagnóstico por cariótipo permite a identificação da etiologia genética 
da SD, além de possibilitar a realização de um prognóstico seguro, orientando os familiares 
em todas as decisões que visam medidas de estimulação de potencial do portador, afim de 
uma inclusão social adequada a sua condição. Sendo que o fenótipo e a severidade da 
Síndrome de Down estão diretamente relacionados a etiologia genética. 
Portanto, a identificação da etiologia genética da SD contribui com informações que 
podem ser utilizadas no aconselhamento genético quanto ao prognóstico, mas também 
quanto ao estimulo desses pacientes que, atendidos de maneira correta, podem apresentar 
uma vida saudável e um cotidiano social normal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Nesse 
sentido, o objetivo do presente trabalho é realizar o exame de cariótipo por bandeamento 
G em indivíduos com até 18 anos que apresenta Síndrome de Down, porém que não 
possuem diagnóstico citogenético confirmativo. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente trabalho trata-se de um estudo transversal de caráter clínico e 
experimental realizado em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais 
(APAE) de Maringá, Liga Acadêmica de Genética Médica de Maringá-LAGeM, e o 
Laboratório de Biologia Molecular do Centro Universitário Cesumar – UniCesumar. Este 
trabalho já está aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Unicesumar por meio do 
parecer circunstanciado número CAAE: 2 01839118.3.0000.5539. 
Serão analisados indivíduos de ambos os sexos, entre 0 a 18 anos que não 
apresentam laudo diagnóstico confirmando SD e que estudam na Associação de Pais e 
Amigos dos Excepcionais (APAE) de Maringá. Dessa forma, para participação da pesquisa, 
os indivíduos serão encaminhados pela APAE e, nesse sentido, a amostragem será dada 
por conveniência e por tempo determinado para coleta sanguínea e realização do exame 
de cariótipo. 
Assim, a coleta sanguínea será realizada nas dependências da Associação de Pais e 
Amigos dos Excepcionais de Maringá-PR, APAE. E as análises moleculares realizadas no 
Laboratório de Biologia Molecular do Centro Universitário Cesumar – Unicesumar, Maringá-
PR. 
Para isso, a coleta de sangue periférico será realizada utilizando as recomendações 
de Melo et al. (2010), o qual será coletado 5 mL de sangue periférico por sistema à vácuo 
com tubo com aditivo de escolha o heparina (Labor Import). Com isso, as amostras 
coletadas serão acondicionadas em frascos de transporte de tubos de coleta em caixa 
térmica refrigerada com gelo seco para transporte e encaminhadas ao Laboratório de 
Biologia Molecular e armazenadas até a análise (prazo de 5 dias) em refrigerador 
(Consul/Biplex 370) a 4ºC. 
Além disso, para o cultivo de linfócitos, o sangue será centrifugado para separação e 
coleta do plasma, e para a análise citogenética será utilizada a metodologia proposta por 
Guerra e Souza (2002) e Pelloso et al. (2003) com 1 mL da amostra de plasma com 
linfócitos transferidos para 3,8 mL de meio RPMI 1640 suplementado (VITROCELL®), 200 
μL de fitohemaglutinina ((VITROCELL®), e 1 mL de soro fetal bovino (VITROCELL®). A 
cultura será cultivada por 71 horas em estufa à 37ºC. Após este período, será adicionado 
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
50 μL de colchicinapara bloquear o ciclo celular na fase de metáfase e, em seguida, o 
cultivo permanecerá em estufa a 37ºC por 1 hora, totalizando 72 horas. 
Na sequência, os linfócitos serão transferidos para tubos Falcon e expostos à solução 
hipotônica (KCl 0,075M). Posteriormente, serão fixados com Carnoy (ácido acético e 
metanol, 3:1) por três vezes alternadas com centrifugação a 13000 r.p.m. durante 10 
minutos para completa extração dos solventes. 
Para o preparo das lâminas, o material será ressuspendido em 1 mL de Carnoy e uma 
a duas gotas da suspensão será depositada em lâmina de microscopia limpa. Para 
realização do bandeamento G, a amostra será corada com Tripsina-Giemsa (GTG) por 10 
minutos, lavada com água corrente para retirada do excesso de corante e seca ao ar. 
Na análise citogenética será observado ao microscópio óptico 2 lâminas de cada 
indivíduo da pesquisa, sendo analisadas 100 metáfases por lâmina, verificando o número 
e a estrutura dos cromossomos, a fim de observar mutações numéricas e estruturais. 
Por fim, as variáveis analisadas de forma descritiva indicando presença ou ausência 
de mutação e o tipo de mutação como trissomia do cromossomo 21 ou translocação 
cromossômica. 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Almeja-se ao final desse projeto, proporcionar uma confirmação de SD através de 
laudo citogenético aos alunos da APAE já diagnosticados clinicamente. Sendo que, dessa 
forma, imprimirá aos sindrômicos e seus familiares um aconselhamento genético mais 
específico, além de oferecer aos pacientes o laudo necessário para um acompanhamento 
correto e a obtenção de direitos cedidos pelo Governo Federal. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BERTOLLO, E.M.G.; CASTRO, R.; CINTRA, M.T.R.; PAVARINO, E.C. O processo de 
aconselhamento genético. Arq. Ciênc. Saúde, v.20, n. 1, p.30-36, 2013. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível 
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. 
Acesso em: 19 abr.2019. 
 
CUNHA, A.; BLASCOVI-ASSIS, S.; FLAMENGHI, JR., G. Impacto da notícia da Síndrome 
de Down para os pais: histórias de vida. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 2, p. 444-51, 
2010. 
 
GARCEZ, G. Avaliação do entendimento de genitores de pacientes com a Síndrome 
de Down, 2013. 
 
GUEDES, C.; DINIZ, D. A ética na história do aconselhamento genético: um desafio à 
educação médica, Revista Brasileira de Educação Médica, v.33, n;2, p.247-252, 2009. 
 
GUERRA; M.; SOUZA, M.J. Como observar cromossomos: um guia de técnicas em 
citogenética vegetal, animal e humana. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2002, 132p. 
 
KAZEMI, M.; SALEHI, M.; KHEIROLLAHI, M. Down Syndrome: current status, challenges 
and future perspectives. IJMCM, v.5, n.3, 2016. 
 
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
LI, Y.; ZHANG, X.; HONG, D.; GUAN, X.; LV. S.; SUN, Y.; JIANG, T. Significance of data 
analysis in the quality control of prenatal screening for Down syndrome, Rep. Biomedical. 
v. 8, n;5, p. 447-453, 2018. 
 
MATOS, S.B.; SANTOS, L.C.; PEREIRA, C.S.; BORGES, K.S. Síndrome de Down: 
avanços e perspectivas, Rev. Saúde.Com, v. 3, n.2, p. 77-86, 2007. 
 
MENDES, A. Doenças hereditárias, aconselhamento genético e redes familiares e sociais: 
da ética intergeracional ao papel dos mais velhos, Revista Temática Kairós 
Gerontologia, v. 15, n. 1, p. 199-216, 2012. 
 
MUSTACCHI, Z. Síndrome de Down. In: MUSTACCHI, Z.; PERES, S. (Org.). Genética 
baseada em evidências- síndromes e heranças. São Paulo: CID editora, 2000. Cap. 
21. Disponível em: http://www.sindromededown.com.br/wp-
content/uploads/2015/05/capitulo21.pdf. Acesso em: 10 mai. 2019. 
 
PAIVA, C.F.; MELO, C.M.; FRANK, S.P. Síndrome de Down: etiologia, características 
e impactos na família. São Paulo: Faculdade São Paulo 9FSP). Disponível em: 
http://facsaopaulo.edu.br/media/files/2/2_387.pdf. Acesso em: 1 mai. 2019. 
 
PEREIRA-SILVA, N.L. Síndrome de Down: etiologia, caracterização e impacto na família. 
Interação em Psicologia, v. 2, n. 2, p. 67-176, 2002. 
 
THOMPSON, M. W.; McINNES, R.R.; WILLARD, H. F. Genética Médica. 6ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 460p. 
 
TRENTIN, F.E.; SANTOS, V.L.P. Aspectos gerais da síndrome de down: Uma visão 
biológica. Cadernos da Escola de Saúde, v. 1, n. 9, 2017. 
 
WAHAB, A.A.; BENER, A.; TEEBI, A.S. The incidence patterns of Down syndrome in 
Qatar, 2006; 69:360-362. DOI: 10.1111/j.1399-0004.2006.00593.x. 
 
 
http://www.sindromededown.com.br/wp-content/uploads/2015/05/capitulo21.pdf
http://www.sindromededown.com.br/wp-content/uploads/2015/05/capitulo21.pdf

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