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SP3 Herança genética

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SP 3
‘’Uma decisão difícil’’
· Benedita, faleceu aos 55 anos. Por apresentar uma grave doença por 5 anos.
· Consequência: evolução da doença.
· Doença progressiva, que iniciou com uma alteração motora nos membros superiores e evoluiu a problemas cognitivos.
· Doença degenerativa. 
· Vário tipos de doenças degenerativas, causando efeitos diferentes. Os mais comuns são: perda da fala, paralisia motora, apresenta perda de memória, agressividade...
· Doença ou Síndrome de Huntington.
· É uma doença que causa perda de função motora. Início de tremedeiras e confusão mental. Não possui tratamento. 
· Herança genética, pode ser passado aos descendentes.  
· Pode começar com a herança genética, com mutações, 
· O Alzheimer é recessiva? 
· Médico explicou a diferença de doenças congênitas  e genéticas. 
· A epilepsia é uma doença congênita ou genética. Doença causa muitas crises convulsivas. 
· Menores de idade não podem realizar o exame (necessário aprovação).
· Augusto, medo de ser portador.
· A família é muito importante durante esse processo. 
· Diagnóstico pode ser desesperador para o paciente, ainda não temos muitos fármacos e tratamentos efetivos para a cura ou estabilidade da doença. Mas há muitos estudos sendo realizado no momento. 
· Augusto começou a apresentar sinais da doença de sua mãe, foi encaminhado para o serviço de genética médica. 
· Realizou o exame de cadeia polimerase (PCR) - Augusto. 
· Embora com medo, no futuro poderá existir técnicas de terapia gênica. 
Fluxograma 
Perguntas
1- Defina os tipos de herança genética (RECESSIVO E DOMINANTE)
         
 2-Diferença entre doença:
· Genética
· Congênita
· progressiva 
· degenerativa 
3- Descreva geneticamente a síndrome de huntington 
· sinais 
· sintomas 
4- Descreva o exame de pcr Genética (REAÇÃO EM CADEIA POLIMERASE)
5- EXPLIQUE SOBRE A TERAPIA GÊNICA 
6- QUESTÃO ÉTICA DO EXAME GENÉTICO
· IDADE
7- Existe um centro de referência de atendimento genético do sus.
1- Herança Genética
· Herança Autossômica Recessiva (MONOGÊNICA)
São necessários dois genes com defeito, um do pai e um da mãe para que a pessoa tenha a doença, como ilustrada abaixo. A maioria das doenças metabólicas hereditárias é herdada desta forma, ou seja, é necessário que o pai e a mãe carreguem o mesmo gene com defeito, por esta razão os casamentos entre parentes têm uma maior chance de ter filhos ou filhas com doenças recessivas.
O risco de ter um outro filho ou filha com uma doença recessiva é de 25%, uma chance em quatro, à cada gestação desse casal.
· é expressada somente em homozigotos; tem que ter herdado um alelo mutante de cada genitor
· probabilidade dos filhos terem é ¼ 
· independe do sexo
· anemia falciforme 
 
Se um indivíduo (homem ou mulher) portador de uma doença recessiva (aa), como a Doença de Gaucher for ter filhos com uma pessoa que não tem nenhum gene para a doença (AA) todos os filhos e filhas serão normais(Aa).
 
· Herança Dominante (MONOGÊNICA):
Tanto em homozigose quanto heterozigoto.
A presença de um gene do par alterado é suficiente para aparecer a doença. É exemplo desse tipo de herança a hipercolesterolemia familiar, que é a doença metabólica hereditária mais freqüente. O risco de um filho ou filha ser afetado se um dos pais carrega um gene dominante é de 50% à cada gestação.
· independe da sexualidade
· é expresso tanto em homozigotos quanto em heterozigotos 
· polidactilia
 
· HERANÇA LIGADA AO SEXO
a. HERANÇA LIGADA AO SEXO 
-gene transmitido se encontra acoplado ao cromossomo X
-pode afetar tanto homens quanto mulheres; é expressado mais em homens 
-daltonismo
b. HERANÇA RESTRITA AO SEXO 
-gene transmitido é ligado ao cromossomo Y
-somente homens são afetados 
-hipertricose auricular 
c. HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO 
-os genes da característica se encontra nos autossomos sofrendo influência sexual, no qual nos machos é dominante e nas fêmeas, recessiva 
-calvície 
d. HERANÇA PARCIALMENTE LIGADA AO SEXO 
-os genes de transmissão estão acoplados nos segmentos homólogos dos heterocromossomos, agindo como autossomos seja dominante ou recessivo 
0. POLIGÊNICA OU QUANTITATIVA
-ocorre quando vários pares de genes interagem para determinar uma característica sendo simpáticos seus efeitos 
-graças a ele existe variedade de fenótipos e genótipos
-cor da pele
0. MULTIFATORIAL
-herança no qual estão envolvidos vários genes e influenciada por diversos fatores ambientais 
 
2- 
· DOENÇAS GENÉTICAS:
É aquela causada por alteração no material genético, isto é, no DNA.
 Quando ocorre em um só gene, ela pode estar apenas no DNA proveniente da mãe, apenas no DNA proveniente do pai ou no DNA proveniente de ambos. O efeito da mutação nesses casos vai ser diferente, bem como a chance de transmissão do gene mutado para os filhos. Além disso, a mutação pode ser num cromossomo sexual ou nos outros cromossomos chamados de autossomos.
As doenças genéticas podem ser causadas por: 
• alteração em um só gene; 
• alterações em vários genes;
• combinação de alterações em genes e via fatores ambientais;
• alterações no número ou na estrutura de cromossomos inteiros.
· DOENÇAS CONGÊNITAS - NASCER COM!
Define-se como malformação congênita a anomalia estrutural presente ao nascimento.
 Uma definição mais ampla seria a expressão "defeito congênito" (tradução do inglês "birth defect"), incluindo toda anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto decorrente de fator originado antes do nascimento, seja genético, ambiental ou desconhecido, mesmo quando o defeito não for aparente no recém-nascido e só manifestar-se mais tarde.
As doenças congênitas, também chamadas de defeito genético ou mal formação genética, são alterações que surgem durante a formação do feto, na gestação, que podem acabar afetando qualquer tecido do corpo humano, como ossos, músculos ou órgãos. 
Os defeitos congênitos podem ser classificados de acordo com o seu tipo:
· Anomalia estrutural: Síndrome de Down, Defeito na formação do tubo neural, alterações cardíacas;
· Infecções congênitas: Doenças sexualmente transmissíveis como sífilis ou clamídia, toxoplasmose, rubéola;
· Consumo de álcool: Síndrome alcoólica fetal
 
· DOENÇAS DEGENERATIVAS (RARAS)
As doenças degenerativas são aquelas que comprometem as funções vitais do indivíduo em caráter irreversível e crescente. Elas recebem esse nome porque causam a degeneração de células, tecidos e órgãos.
As causas do surgimento de doenças degenerativas são relacionadas com aspectos genéticos, fatores ambientais, má alimentação e sedentarismo. Atualmente, não há cura e nem tratamento específico para essas doenças. O uso de medicamentos aliviam os sintomas da doença e proporcionar melhores condições de vida aos doentes.
 
Dentre elas, temos:
Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
· Parkinson
· Alzheimer 
· Esclerose múltipla
· Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
            Doenças Degenerativas Musculares
· Distrofia muscular
· Distrofia muscular de Duchenne
· Distrofia muscular de Becker
Outras 
· Diabetes
· Hipertensão 
· Câncer 
 
 
·  DOENÇAS PROGRESSIVAS:
Doença progressiva é uma doença física cujo curso na maioria dos casos é o agravamento, crescimento ou propagação da doença. Isto pode acontecer até que a morte, a debilidade séria, ou a falha de órgão ocorra. Algumas doenças progressivas podem ser interrompidas e revertidas pelo tratamento.
 
3-
·  SÍNDROME DE HUNTINGTON 
A doença de Huntington ou coréia de Huntington é uma doença hereditária que causa a morte das células do cérebro. A doença de Huntington é um distúrbio autossômico dominante, caracterizada por coreia, sintomas neuropsiquiátricos e degeneração cognitiva progressiva, em geral iniciada na meia-idade.
A doença de Huntington é causada por uma deficiência genética de um único gene do cromossomo 4. Esse defeito faz com que uma parte do DNA, chamada de sequência CAG, ocorra várias vezes mais do que deveria ocorrer. Normalmente, essa sequência se repete de 10 a 28 vezes. Em pessoas diagnosticadas com a doença de Huntington, no entanto, ela se repetede 36 a 120 vezes.
·  O diagnóstico é feito por exame genético.
· Os primeiros sintomas são geralmente problemas subtis a nível do humor ou das capacidades mentais.
·  A estes sintomas segue-se falta de coordenação motora e locomoção instável.
· Os sintomas específicos podem variar entre as pessoas.
 À medida que a doença avança, começam-se a manifestar movimentos do corpo bruscos, descoordenados e sem sentido. As capacidades físicas vão progressivamente diminuindo até que a coordenação motora se torna difícil e a pessoa se mostra incapaz de falar. As capacidades mentais geralmente degeneram em demência.
Os sintomas geralmente têm início entre os 30 e 50 anos de idade, mas podem manifestar-se em qualquer idade. A cada nova geração, a doença pode-se manifestar cada vez mais cedo. Cerca de 8% dos casos têm início antes dos 20 anos de idade e é comum manifestarem sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson. As pessoas com doença de Huntington muitas vezes desvalorizam a gravidade do problema.
 
· Demência ou anormalidades psiquiátricas (p. ex., depressão, apatia, irritabilidade, anedonia, comportamento antissocial, doença bipolar completa ou transtorno esquizofreniforme) desenvolvem-se anterior ou simultaneamente ao distúrbio do movimento.
· Aparecem movimentos anormais; eles incluem coreia, reflexos mioclônicos e pseudo-tiques (uma das causas de terrorismo). Terrorismo
·  refere-se a sintomas do tipo Tourette que resultam de uma doença neurológica ou uso de drogas.
· Os sintomas típicos incluem marcha bizarra semelhante a marionetes, caretas, incapacidade de mover deliberadamente os olhos rápido o suficiente e sem piscar ou estender a cabeça (apraxia oculomotora) e incapacidade de manter um ato motor (impersistência motora), como protrusão da língua ou agarrar.
· A doença de Huntington evolui, impossibilitando a marcha e provocando dificuldade de deglutição; resulta em demência grave. A maioria dos pacientes eventualmente necessita de internação. A morte ocorre de 13 a 15 anos após o início dos sintomas.
 
4- 
· Reação em cadeia da polimerase PCR 
A reação em cadeia de polimerase, ou PCR, é uma técnica de grande versatilidade que permite obter múltiplas cópias de um segmento de DNA. 
O PCR é utilizado em laboratórios de investigação médica e biológica objetivando diferentes tarefas, como a identificação de doenças hereditárias, a construção de árvores filogenéticas, a clonagem de genes, teste de paternidade, detecção de organismos causadores de infecções, concepção de organismos transgênicos, detecção de doenças/mutações e de microorganismos (vírus e bactérias), mesmo que exista pouca quantidade ou o microrganismo esteja morto.
· Os fragmentos de restrição de DNA e outras pequenas moléculas de DNA podem ser separados por eletroforese em gel de agarose ou acrilamida e transferidos para membranas de náilon para produzir blots em gel de DNA denominados Southern blots
 
· O DNA no Southern blot pode ser hibridizado com sondas de DNA marcadas para detectar sequências de interesse por autorradiografia
· Quando as moléculas de RNA são separadas por eletroforese em gel e transferidas para membranas para análise, os blots em gel de RNA resultantes são denominados Northern blots
· As moléculas de RNA podem ser detectadas e analisadas por PCR com transcriptase reversa (RT-PCR)
· Quando as proteínas são transferidas dos géis para as membranas e detectadas com anticorpos, os produtos são chamados Western blots.
 
VIDEO AULA:http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=2153
 
 
 
5-
· TERAPIA GÊNICA 
Terapia gênica é a forma de tratamento que consiste na transferência de material genético exógeno para dentro de células de um indivíduo, objetivando conferir um benefício, melhorar alguma função defeituosa ou sanar alguma deficiência causada por um gene anormal.
Entende-se terapia gênica como a capacidade do melhoramento genético por meio da correção de genes alterados (mutados) ou modificações sítio-específicas, que tenham como alvo o tratamento terapêutico. Este tipo de procedimento tornou-se possível por conta dos avanços da genética e da bioengenharia, que permitiram a manipulação de vetores para a entrega do material extracromossomal em células-alvo.
· 2 TÉCNICAS: GERMINATIVA E SOMÁTICA
· A técnica germinativa consiste na introdução dos genes no zigoto, célula resultante da fecundação, ou nos óvulos e espermatozóides. Assim, as células que se originam dessas células germinativas passarão a ter o gene de interesse em seu genoma.
· A técnica somática consiste na introdução de genes nas células somáticas, ou seja, células não germinativas. As células somáticas compõem a maior parte do organismo. Essa técnica é mais usada e não há transmissão dos genes para os descendentes, como ocorre na técnica germinativa.
Um dos principais focos desta técnica é a otimização dos veículos de entrega (vetores) que, em sua maioria, são plasmídeos, nanoestruturados ou vírus − sendo estes últimos os mais estudados, devido à sua excelência em invadir as células e inserir seu material genético. No entanto, existe grande preocupação referente às respostas imunes exacerbadas e à manipulação do genoma, principalmente em linhagens germinativas. Estudos em células somáticas in vivo apresentaram resultados satisfatórios, e já existem protocolos aprovados para uso clínico.
6-
·  QUESTÃO ÉTICA DO EXAME GENÉTICO
Em primeiro lugar é preciso salientar que a ação é realizada em nível individual mas suas conseqüências são sociais ou coletivas. A intervenção (teste genético, interrupção da gravidez, decisão reprodutiva) é feita na pessoa mas o seu resultado terá um impacto não apenas no indivíduo mas também na sua família e na população, tanto com relação a questões sociais como discriminação, preconceito, exclusão de seguro-saúde ou de vida, quanto conseqüências na freqüência de doenças genéticas e de genes deletérios na população. Assim, todo o bem que se fizer para o indivíduo terá uma repercussão social, da mesma forma que os malefícios serão expandidos para uma esfera coletiva maior.
Quanto ao dever de advertir outros membros da família, só é válido se houver medidas preventivas ou curativas.
Aconselhamento genético para doenças raras
Considerando que cerca de 80% das doenças raras são de origem genética, o aconselhamento genético (AG) é fundamental na atenção às famílias e pessoas com essas doenças. O aconselhamento genético é um processo de comunicação que lida com os problemas humanos associados à ocorrência ou ao risco de ocorrência de uma doença genética em uma família. Este processo envolve a participação de pessoas capacitadas apropriadamente, com o objetivo de ajudar o indivíduo ou a família a compreender os aspectos envolvidos, incluindo o diagnóstico, o curso provável da doença e o manejo disponível.
O aconselhamento genético ainda tem o papel de avaliar como a hereditariedade contribui para a doença e o risco de recorrência nos familiares, bem como compreender as opções para lidar com o risco de recorrência. O aconselhamento genético também fornece subsídio para escolha do curso de ação que pareça apropriado à família, em função dos seus riscos e objetivos; a agir de acordo com sua decisão e a adaptar-se à doença da melhor maneira possível, considerando-se tanto um membro da família afetado quanto o risco de recorrência daquela doença.
O aconselhamento genético deverá ser realizado por equipe multiprofissional capacitada, contendo em sua equipe o médico geneticista e/ou profissionais de saúde capacitados.
· a Premissas fundamentais no aconselhamento genético.
 O AG, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o processo pelo qual os conhecimentos sobre os aspectos genéticos das doenças são partilhados por profissionais treinados com aqueles que têm um risco acrescido de ter um distúrbio hereditário ou de transferi-lo para a sua prole. Deve-se esclarecer as informações sobre a doença ao paciente e/ ou à sua família e estimulá-los a participar do processo. A escolha dos exames complementares deve ser justificada,e sua função na investigação da hipótese diagnóstica deve ser esclarecida juntamente com o significado e alcance dos resultados. Todo o processo segue o modelo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Assim, com a hipótese diagnóstica aventada (sendo esta definitiva ou não), inicia-se o esclarecimento para os familiares e pacientes sobre os recursos terapêuticos (quando disponíveis)e sobre as possibilidades de prevenção primária, secundária ou terciária. Premissas fundamentais do AG: w utilização voluntária dos serviços; w tomada de decisão informada; w aconselhamento não diretivo;  proteção à privacidade e confidencialidade da informação genética; atenção aos aspectos psicossociais e afetivos relacionados ao impacto e manejo da informação genética; Deve-se chamar atenção para a importância da equipe multidisciplinar no processo do AG: o AG, como um ato médico complexo, exige uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar. Os profissionais envolvidos no processo devem ter recebido formação em genética médica básica e treinamento nos procedimentos e intervenções associados. É muito importante o apoio psicossocial, fundamental para garantir que os pacientes e famílias tenham melhor compreensão sobre o processo, otimizando a aderência necessária.
7- 
· ATENDIMENTO DO SUS 
Como não seria possível organizar uma Política abordando as doenças raras de forma individual devido ao grande número de doenças, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras foi organizada na forma de eixos estruturantes, que permitem classificar as doenças raras de acordo com suas características comuns, com a finalidade de maximizar os benefícios aos usuários. Para esta política as Doenças Raras foram classificadas em sua natureza como: de origem genética e de origem não genética. Desta forma, foram elencados dois eixos de Doenças Raras:
Doenças Raras de origem genética:
 1-Anomalias Congênitas ou de Manifestação Tardia,
 2-Deficiência Intelectual, 3-Erros Inatos do Metabolismo;
Doenças Raras de origem não genética: 
1- Infecciosas,
 2- Inflamatórias,
 3- Autoimunes, 
 4 – Outras Doenças Raras de origem não Genética.
A linha de cuidado da atenção às pessoas com Doenças Raras é estruturada pela Atenção Básica e Atenção Especializada, em conformidade com a Rede de Atenção à Saúde, e seguindo as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde. Os Centros Especializados em Reabilitação (CER), atualmente responsáveis pela reabilitação das pessoas com deficiência, são componentes estruturantes da Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras. De acordo com a integralidade do cuidado, esses Centros também serão responsáveis pela reabilitação dos pacientes encaminhados pelos Serviços de Atenção Especializada e Serviços de Referência em Doenças Raras, realizam tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se como referência para a rede de atenção à saúde no território.
A porta de entrada é a UBS, depois vai ter a referência e contra referência.
 
· Onde fazer o tratamento das doenças raras?
O atendimento para as doenças raras é feito prioritariamente na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, e se houver necessidade o paciente será encaminhado para atendimento especializado em unidade de média ou alta complexidade. 
O custeio dos procedimentos para fins de diagnósticos em doenças raras é efetuado por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) e é repassado aos Estados, Distrito Federal e Municípios a partir da publicação da portaria de habilitação dos Serviços e/ou Serviços e produção dos respectivos procedimentos no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS).
Assim como o Ministério da Saúde, os gestores estaduais e municipais podem empregar recursos próprios na oferta de assistência e cuidado. Atualmente, o Ministério da Saúde conta com 8 (oito) estabelecimentos habilitados e especializados para atendimento em Doenças Raras, distribuídos em diversas unidades federativas do Brasil.
	UF
	MUNICÍPIO
	CNES
	ESTABELECIMENTO
	DF
	DISTRITO FEDERAL
	2649527
	HOSPITAL DE APOIO DE BRASÍLIA
	GO
	ANÁPOLIS
	2437163
	ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS -APAE DE ANÁPOLIS
	PE
	RECIFE
	2711303
	ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA DEFICIENTE – AACD/PE
	PR
	CURITIBA
	15563
	HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE DE CURITIBA
	RJ
	RIO DE JANEIRO
	2708353
	IFF
	RS
	PORTO ALEGRE
	2237601
	HC POA
	SP
	SANTO ANDRÉ
	2789582
	AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADE DA FUABC/FACULDADE DE MEDICINA ABC/SANTO ANDRÉ
	BA
	SALVADOR
	4529
	ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS EXCEPCIONAIS - APAE
Os pacientes com doenças raras contam ainda com o suporte do SUS para a obtenção de medicamentos, embora o número de doenças raras que envolvem tratamento baseado em fármacos representa uma pequena fração do universo de doenças raras.
 
Linhas de cuidado - doenças raras
A linha de cuidado da atenção às pessoas com Doenças Raras é estruturada pela Atenção Básica e Atenção Especializada, em conformidade com a Rede de Atenção à Saúde, e seguindo as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde.
Entende-se por atenção especializada ambulatorial e hospitalar no cuidado às pessoas com DR um conjunto de diversos pontos de atenção já existentes na Rede de Atenção à Saúde (RAS), com diferentes densidades tecnológicas, para a realização de ações e serviços de urgência, serviços de reabilitação, ambulatorial especializado e hospitalar, apoiando e complementando os serviços da atenção básica de forma resolutiva e em tempo oportuno.
São propostos, além da atenção especializada supracitada, Serviços de Atenção Especializada e Serviços de Referência em Doenças Raras como componentes estruturantes complementares da RAS. Os Serviços de Atenção Especializada e Serviços de Referência em DR serão responsáveis por ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas aos indivíduos com doenças raras ou com risco de desenvolvê-las, de acordo com eixos assistenciais. Conta ainda com os:
·         Os Centros Especializados em Reabilitação (CER), atualmente responsáveis pela reabilitação das pessoas com deficiência, são componentes estruturantes da Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras. De acordo com a integralidade do cuidado, esses Centros também serão responsáveis pela reabilitação dos pacientes encaminhados pelos Serviços de Atenção Especializada e Serviços de Referência em Doenças Raras, realizam tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se como referência para a rede de atenção à saúde no território.
A Atenção Domiciliar deverá garantir, por meio do cuidado pelas equipes de Atenção Domiciliar, o atendimento multiprofissional, estabelecendo proposta de intervenção alinhada às necessidades do paciente e promovendo o acesso ao atendimento, ao diagnóstico e ao tratamento por especialistas em doenças raras, quando necessário. Deverá garantir também o acesso à referência para os procedimentos diagnósticos, cirúrgicos e terapêuticos das diversas especialidades. Configura-se, desta maneira, como mecanismo de articulação entre os pontos de atenção à saúde, potencializando a assistência ao paciente com doenças raras por meio do cuidado compartilhado, de forma horizontal, promovendo a corresponsabilização dos casos pelas equipes de saúde, envolvendo em certo território as equipes de atenção básica, equipes hospitalares, Unidades de Pronto Atendimento e equipes ambulatoriais especializada.

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