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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS HELOISA CARLA ALVARENGA ALDIGUERI MARINGÁ – PR 2017 Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do Prof. Me. Cassio Tavares De Menezes Junior MARINGÁ – PR 2017 Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo , sob a orientação do Prof. Me. Cassio Tavares De Menezes Junior Aprovado em: ____ de _______ de 2017. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Nome do professor – (Titulação, nome e Instituição) __________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição) __________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição) A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri RESUMO O artigo em questão busca evidenciar a dependência química, já reconhecida como doença que, infelizmente, acomete cada dia mais indivíduos em nossa sociedade. Entretanto, a quantidade de centros de reabilitação ou casas terapêuticas não acompanha essa evolução e, em muitos casos, muitos desses lugares são improvisados e carentes de estrutura adequada, o que prejudica o tratamento. Sendo assim nesse artigo, são listados alguns elementos arquitetônicos que podem auxiliar na recuperação, evidenciando de que maneira os espaços influenciam no comportamento. Tendo por finalidade fazer com que o tratamento seja mais eficaz aos usuários, além da inclusão social do dependente químico na sua reinserção. Palavras-chave: Arquitetura, Dependência Química, Reabilitação. THE ARCHITECTURAL INFLUENCE IN TREATMENT OF CHEMICAL DEPENDENTS ABSTRACT The article in question seeks to highlight the chemical dependence, already recognized as a disease that, unfortunately, affects more and more in our society. However, the number of rehabilitation centers or therapeutic activities does not accompany it; in many cases, many places are improvised and lack the proper structure, which impairs treatment. Thus the article, are criteria some architectural elements that can aid in the recovery, evidencing in what way the spaces influence in the behavior. Its purpose is to make the treatment more efficient to users, besides the social inclusion of the chemical dependent on their reinsertion Keywords: Architecture, Chemical Dependency, Rehabilitation. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Lar Dom Bosco – Organização dos blocos..............................................11 Figura 2: Lar Dom Bosco – Área verde, (campo)...................................................11 Figura 3: Casa de Nazaré – Bloco de alojamento .................................................13 Figura 4: Casa de Nazaré – Horta .........................................................................13 Figura 5: Casa de Nazaré – Pergolado .................................................................13 INTRODUÇÃO O presente artigo tem por objetivo explicar sobre a reabilitação química e de que maneira os locais para tratamento de usuários de drogas influenciam no processo terapêutico, visando não apenas o tratamento, mas também a reintegração à sociedade. O trabalho está dividido em 4 capítulos, o primeiro explica sobre a droga e seus tipos, de que madeira cada uma delas modifica as funções normais do organismo e seu funcionamento; o segundo conceitua a dependência química e expõe a metodologia dos tratamentos, ressaltando as atividades existentes que contribuem na reabilitação e na inserção do paciente na sociedade; o terceiro apresenta duas casas de reabilitação ou comunidades terapêuticas analisadas, os códigos ou princípios que devem ser seguidos nestes ambientes e mostra duas visitas técnicas realizadas, uma na Comunidade terapêutica Lar Dom Bosco, localizada em Campo Mourão - PR e outra na Associação Beneficente Casa de Nazaré, localizada na cidade de Maringá – PR, ambas sem fins lucrativos, onde a prioridade é amparar mulheres que fazem o uso inadequado de substâncias psicoativas, tendo em vista a reintegração à sociedade e ao convívio familiar. E, por fim, o quarto capítulo aborda o ambiente arquitetônico em que o paciente está inserido e como ele interfere em seu processo de recuperação. Tendo como o ponto inicial a busca de técnicas de projetos arquitetônicos que tragam um melhor desempenho nas funções e na relação entre o ambiente e o comportamento humano. https://www.sinonimos.com.br/inadequado/ 5 METODOLOGIA O artigo em questão busca evidenciar as relações entre tratamento de dependentes químicos em comunidades terapêuticas, ou centros de reabilitação, e a arquitetura. Serão analisados e definidos quais conceitos arquitetônicos devem ser aplicados em projetos de ambientes como esse, adequando-os ao seu publico alvo a fim de contribuir na recuperação dos indivíduos. Os resultados aqui expostos serão obtidos por meio de levantamento bibliográficos aprofundados sobre o tema; visitas técnicas em casas de recuperação, ou comunidades terapêuticas, onde serão observadas a rotina e necessidades, realizando também entrevistas com assistentes sociais sobre o funcionamento dos locais. 1. HISTÓRIA DA DROGA E OS TIPOS EXISTENTES. As drogas existem há milhares de anos, não existe data concreta para seu surgimento, para cada civilização e substância há diferentes datas e lugares, como Índia, China, civilizações pré-colombianas, civilizações amazônicas e idade média, cada uma com usos e consumos distintos1. O homem sempre procurou, através dos tempos, formas de aumentar o prazer e diminuir a dor, usando produtos naturais para obter este estado. A palavra droga vem de droog (holandês antigo) que significa folha seca, isso porque a maioria das drogas vinha de plantas e vegetais, sabe-se que alguns antepassados usavam em rituais para entrar em transe e viajar ao mundo dos espíritos e de seus ancestrais2. Além disso, as drogas sempre foram usadas por diferentes razões. Determinadas substâncias são utilizadas em medicamentos, porém, há outros motivos para o uso da mesma, como rituais religiosos, relaxar, obter prazer, pertencer a determinado grupo (adolescentes), conseguir lidar com problemas e por curiosidade3. Sobre a existência das drogas, os escritores Silveira e Moreira 4 fazem a seguinte constatação: 1 SILVEIRA (2006 pág.10). 2 TAMIRIS SOARES (2012) 3 SILVEIRA (2006 pág.30). 4 SILVEIRA (2006 pág.14). 6 “Drogas sempre existiram e sempre existirão. Trata-se de uma realidade perene e historicamente comprovada. Por sua vez, a maneira como a humanidade se relaciona com as substâncias psicoativas é mutável.” 1.1 Tipos de drogas Droga é toda substância que altera as funções normais ou habituais do organismo, produzindo alterações em seu estado psíquico ou físico. O termotem várias interpretações, do ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". Em relação a sua origem de fabricação, as drogas podem ser divididas em três grupos: as naturais, que são plantas, usadas como matéria-prima na preparação ou extração; as semi-sintéticas, resultantes de manipulações químicas realizadas em laboratórios, a partir de drogas naturais; e as sintéticas, produzidas unicamente por manipulações químicas em laboratórios e sem necessidade de vegetais para a confecção 5 . Quanto aos tipos de drogas, temos as drogas lícitas, que podem ser comercializadas e as drogas ilícitas, que são proibidas por lei, comprovadamente, nocivas ao homem 6 . Ademais, entre as drogas ilícitas estão as drogas psicotrópicas ou psicoativas, que são drogas que têm tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central (SNC) e atuam no nosso cérebro alterando de alguma maneira nosso psiquismo, tais drogas tendem a causar dependência 7 . Quanto ao efeito das drogas psicotrópicas Masur 8 afirma. “As drogas psicotrópicas, por serem também moléculas químicas, chegando ao cérebro, atuam interferindo na engrenagem da química cerebral, aumentando, diminuindo ou alterando a forma de atuação dos neurotransmissores.” Ainda, segundo Jandira, as drogas psicotrópicas são divididas de acordo com os efeitos que provoca no Sistema Nervoso Central (SNC), dentre esses efeitos estão as drogas estimulantes, que são as drogas que aceleram o funcionamento do cérebro, como por 5 SILVEIRA (2006). 6 COLUNISTA (2015). 7 ZANELATTO (2013). 8 JANDIRA MASUR (1985). 7 exemplo, a nicotina, cafeína, anfetamina, cocaína e o crack; as drogas depressores, que diminuem a velocidade de funcionamento do cérebro, como o álcool, inalantes/solventes, soníferos, ansiolíticos, antidepressivos e morfina; e as drogas perturbadoras, que alteram o funcionamento do cérebro, como a maconha, haxixe, ecstasy, cogumelo e LSD . 2. CONCEITUANDO A DEPENDÊNCIA A dependência química é a perda de controle em relação ao uso da droga, o usuário não tem mais domínio de suas ações, é quando a droga se torna tão importante para o indivíduo quanto alimento, água, sono, trabalho e demais elementos. Quando há uma vontade quase incontrolável de realizar o uso, mesmo que o indivíduo saiba das consequências negativas que a mesma traz 9 ,então caracteriza-se a dependência . Porém nem todas as pessoas que abusam de substâncias se tornarão dependentes, as diferenças entre uso, abuso e dependência são explicadas da seguinte maneira: - Uso: seria experimentar ou consumir esporadicamente ou de forma episódica, não acarretando prejuízo por conta disto. - Abuso ou uso nocivo: no consumo abusivo, há algum tipo de consequência prejudicial, seja social, psicológica ou biológica. - Dependência: ocorre perda do controle no consumo e os prejuízos associados são mais evidentes 10 . Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a dependência química já é reconhecida como doença, sendo uma doença crônica, uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, porém, tratável com a condição de nunca mais fazer o uso do álcool ou droga 11 , todavia este tratamento deve ser sincero da parte do usuário para que haja uma verdadeira recuperação. Diferente do que muitos pensam, a dependência química é sim uma doença e não “malandragem” ou “falta de vergonha na cara”, levando em consideração que o número de usuários de substâncias psicoativas é bastante elevado, e vem crescendo a cada ano, existem diversos tratamentos em centros de reabilitações. 9 SILVEIRA (2006). 10 ZANELATTO (2013). 11 ZANELATTO (2013). 8 2.1. Metodologia dos tratamentos O tipo de tratamento utilizado para recuperação do dependente químico tem relação com o estado em que esse indivíduo se encontra, se tem domínio da sua vida, mesmo utilizando a droga, ou se precisa de ajuda profissional para controle. O tratamento deve basear-se em intervenções que envolvam os aspectos biológicos, psíquicos e sociais, sendo assim, existem dois tipos de tratamento, o tratamento ambulatorial e o tratamento sob internação. O tratamento ambulatorial se dá quando o paciente passa o dia realizando atividades e vai embora. No Brasil esse tratamento não é tão eficaz, já que possibilita que o indivíduo fique próximo ao tráfico 12 . O Tratamento sob internação consiste em intervenções terapêuticas oferecidas em centros de reabilitações, ou comunidades terapêuticas, onde o paciente reside e permanece por 24 horas por dia 13 , indicado quando há dificuldade em ficar em abstinência, Entre os tipos de tratamento por internação ainda existem a internação voluntária, involuntária e compulsória. Dentro do tratamento, existe a terapia ocupacional, recurso terapêutico que estimula a criatividade mental com atividades que melhoram a autoestima, trabalha também a psicoterapia, a reabilitação psicossocial e a comunicação com as famílias. Entre as diferenças dos tratamentos estão os custos, recursos, afastamento ou não da família, do local de moradia, do trabalho e fatores ligados ao consumo da droga. Ambos os tratamentos devem possuir especialistas de diversas áreas, como psicólogo, dentista, enfermeiro, psiquiatra, assistente social, entre outros. Quando um familiar decide pelo tratamento de internação ou de ambulatório várias questões estão envolvidas, como fatores demográficos: sexo e idade; e fatores ligados à relação com a droga: tipo de droga, gravidade da síndrome de abstinência e gravidade da dependência. Existindo também fatores ligados à inserção social: presença ou não do suporte familiar, de moradia, relação com a vizinhança, possuir ou não emprego, além das diferenças entre os tratamentos já mencionados anteriormente. 12 SILVEIRA (2006 pág.13). 13 SILVEIRA (2006 pág.13). 9 3- CASAS DE REABILITAÇÃO/ COMUNIDADES TERAPÊUTICAS De acordo com o CONAD, Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas, as comunidades terapêuticas são entidades que realizam o acolhimento de pessoas com problemas associados ao uso nocivo ou dependência de substância psicoativa, com objetivo de reabilitação 14 . Nessas comunidades existem princípios, os quais devem ser baseados no respeito à dignidade da pessoa humana, dessa maneira, a permanência na comunidade deve ser voluntária, um ambiente seguro e livre de drogas, sexo e violência 15 . O público alvo dessas comunidades, em sua maioria, é masculino, uma vez que homens têm maior probabilidade de se envolverem com drogas, porém, existe também uma grande quantidade de mulheres que necessitam desse serviço, neste caso podem atender também gestantes e mães com filhos, até certa idade, dependendo de cada comunidade, tendo em vista que muitas mulheres perdem a guarda de seus filhos devido ao uso de droga. Por existirem mais dependentes homens, consequentemente existem mais comunidades para o sexo masculino, deste modo a ala feminina fica diminuída e com limitadas opções de internação. As sedes das comunidades terapêuticas, na maioria das vezes, se encontram em sítios e fazendas, dispostas na área rural, lugares mais afastados, buscando um lugar tranquilo para ajudar na terapia dos pacientes, como a integração com a natureza e as atividades ao ar livre. Podemos perceber ainda que, normalmente, cada interno tem sua função dentro da comunidade, o que acaba gerando poucosfuncionários no local. A Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas - FEBRACT 16 determina alguns códigos de éticas, que são: 1- A Comunidade Terapêutica deve apresentar uma proposta de recuperação coerente, da qual constem: a) adoção de critérios de admissão; b) o programa terapêutico com fases distintas: c) o estabelecimento de critérios que caracterizem a reinserção social como objetivo final; 2- A Comunidade Terapêutica deve apresentar um programa de capacitação e treinamento de seu pessoal, em cursos credenciados pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD); 3- Toda entidade filiada deve obedecer ao Código de Ética da FEBRACT. A Entidade filiada deve seguir as orientações que, dentro do Estatuto da Federação e do Código de Ética, forem emanadas da FEBRACT; 4- A Comunidade Terapêutica deverá manter com suas co-irmãs um relacionamento baseado na colaboração e no respeito; 14 CONAD (2015) 15 FEBRACT (2011) 16 FEBRACT (2011) 10 5- A Comunidade Terapêutica deverá proporcionar aos seus internos um tratamento digno e respeitoso, independentemente de raça, credo religioso ou político, nacionalidade, preferência sexual, antecedentes criminais ou situação financeira; 6- A Comunidade Terapêutica deverá zelar pelo bem estar físico, psíquico e espiritual do interno, proporcionando a ele alimentação nutritiva, alojamento adequado, tratamento eficiente e assistência espiritual que não conflite com sua crença; 7- Em caso de infração grave ou de reincidência, relativas às determinações deste Código, os órgãos diretores da Comunidade deverão afastar o responsável, de acordo com as normas estatutárias. O tempo de permanência do paciente na comunidade terapêutica pode variar de semanas a meses. Em algumas comunidades são oferecidas atividades como laborais, grupos de terapia ocupacional, de atividades vocacionais, de atendimento médico e psicológico individual. Há, também, comunidades cuja proposta de recuperação é baseada em filosofias religiosas 17 . 3.1- Atividades contribuintes na reabilitação. As atividades realizadas dentro da comunidade são fundamentais para o tratamento, são a parte mais eficaz para a ressocialização do paciente. Os próprios internos realizam as atividades domésticas, semanalmente a escala entre eles é trocada para que todos façam as mesmas atividades existentes, como: cozinhar, limpar o estabelecimento, plantar, produzir o seu próprio alimento, garantir a manutenção geral da comunidade. Atividades que causam prazer ao dependente podem ajudar a suprimir o incentivo ao uso de drogas. A atividade física diária, por exemplo, ajuda na prevenção da doença, ela traz benefícios para a saúde mental, liberando endorfinas, melhorando a circulação cerebral, gerenciando o estresse e ajudando na capacidade de avaliar as situações, que é um grande fator a ser levado em consideração dentro de uma comunidade, vendo que muitas vezes o estresse pode criar climas tensos entre os residentes 18 . Podemos listar também algumas atividades que podem ser tidas como profissionalizantes, em algumas comunidades existem incentivos como o projeto FIA - Funda Infância e Adolescente, que é um incentivo fiscal repassado pela prefeitura para a comunidade oferecer atividades como oficinas de música, artesanato, etc. Existem também atividades voluntárias como marcenaria, curso de hortas, bordado em chinelo, entre outros. Essas atividades possibilitam que, após o tratamento, o paciente tenha um ofício e garanta sua renda, proporcionando melhora na qualidade de vida 19 . 17 ARAÚJO (2003). 18 OLIVEIRA 19 CASA DE NAZARÉ 11 3.2 - Visitas técnicas Para um melhor acompanhamento sobre o assunto, foram realizadas visitas técnicas em alguns centros terapêuticos, como: Casa de Nazaré, em Maringá- PR e Lar Dom Bosco Comunidade terapêutica, em Campo Mourão- PR. 3.2.1- Lar Dom Bosco A Comunidade terapêutica Lar Dom Bosco é dirigida por uma congregação religiosa de doutrina católica chamada Pia União das Irmãs da Copiosa Redenção. A princípio, era uma casa lar de crianças e adolescentes, hoje é uma organização sem fins lucrativos, que recebe mulheres na faixa etária entre 12 e 65 anos; gestantes e mulheres com crianças (até 2 anos de idade) em situação de uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas em situação de vulnerabilidade social. Para ingressar na instituição, a dependente deve expressar aceitação voluntária. A entidade tem a missão de oferecer um serviço de excelência, assegurando a captação de recursos necessários para manter uma instalação moderna, confiável e humana. Com Capacidade para atender 20 mulheres, possui equipe técnica e um significativo grupo de voluntários que, juntamente com as religiosas, procuram promover o acolhimento incondicional, a dignidade e a emancipação econômica e social das pessoas que vivem a realidade do uso de drogas. O local conta com 6 blocos distintos; o bloco administrativo e de recepção dos visitantes; o bloco onde se localizam a cozinha, o refeitório, a sala da psicóloga e banheiros para visitantes; o bloco da casa das mães; o da casa das adolescentes; o da casa das mulheres adultas e, por último, o bloco onde se encontram a sala de aula, artesanato e o espaço para missas. Ao longo do terreno existem várias áreas verdes, jardins e uma academia ao ar livre. O tratamento varia de acordo com cada interna, podendo chegar até 1 ano, porém o tempo mínimo recomendado é de 9 meses 20 . (Revista Copiosa Redenção ANO I-Nº06 ABRIL de 2013) Fonte: https://www.facebook.com/CRCTlardombosco/ 20 REVISTA COPIOSA REDENÇÃO (2013) 12 3.2.2.- Casa de Nazaré A casa de Nazaré é uma entidade reconhecida como Sociedade de Utilidade Pública Federal, devido aos inúmeros serviços prestados à sociedade. Ela abriga mulheres, a partir dos 16 anos, inclusive gestantes, de todas as regiões do Brasil, que apresentem uma dependência química e outras situações de risco, seu objetivo é apoiar mulheres que fazem o uso indevido de substâncias psicoativas, visando à reintegração ao convívio social e familiar. A entidade situa-se numa área de 45.000m², possuindo grande quantidade de mata nativa, pomar, horta e estufas de hortifrúti. Oferece, também, trabalhos manuais, oficinas e artesanatos para que as internas façam peças para comercializar. Desta forma com todas essas atividades, promove-se um retorno para a comunidade. A finalidade é proporcionar um tratamento que é orientado pelo tripé ORAÇÃO- TRABALHO-DISCIPLINA, em um período mínimo de nove meses, seguindo o estudo de 12 passos. A oração é a base do programa, levando às residentes paz, fé e confiança na nova vida que está por vir. O trabalho ampara o processo de reabilitação das internas, já que as tarefas da casa são divididas e realizadas pelas próprias mulheres, consistindo em uma terapia ocupacional. E, por fim, a disciplina, muito importante em todas as atividades, para que sigam normas e princípios, assim as mulheres vão saber como viver novamente em sociedade. A graduação pode levar de 9 meses a 1 ano aproximadamente, na reinserção da vida social e familiar há uma preocupação e acompanhamento por parte da casa de apoio. As normas da comunidade assim determinam. “A entidade busca uma prática que não produz modelos de Instituições de confinamento, e sim um equipamento social dotado de recursos humanos e materiais que propiciam acolhimento, convivência, atividades pedagógica, ocupacionais, recreativas, atendimento psicológico, odontológicos, médico e espiritual, visando o desenvolvimento humano, integral e social e dos direitos de cidadania das residentes e de suas famílias que se encontram em situação devulnerabilidade, exclusão e risco social.’’ 21 21 CASA DE NAZARÉ 13 Fonte: http://www.casadenazare.org.br/index.php 4- INFLUÊNCIA DOS ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS A arquitetura possui grande influência na vida comum das pessoas, assim incluindo as relações com dependentes químicos ou qualquer outro tipo de reabilitação. Deve-se levar alguns aspectos importantes em consideração, quais conceitos seguir para melhor atender as necessidades deste paciente e ter sucesso no tratamento, como configurar de maneira correta estes espaços para atender ao objetivo, precisa-se perguntar de que maneira um ambiente pode proporcionar sensação de bem estar. Para a arquiteta Elza Maria Alves 22 existem alguns requisitos que motivam uma melhora nos pacientes: 1) Eliminar os fatores estressantes; 2) Conectar o paciente com a natureza; 3) Oferecer opções de escolhas para controle individual; 4) Disponibilizar oportunidades de socialização; 5) Promover atividades de entretenimento “positivas”; 6) Promover ambientes que remetam a sentimentos de paz, esperança, reflexão, conexão espiritual, relaxamento, humor e bem-estar. 22 COSTEIRA (2004) apud OLIVEIRA 14 Sabendo, então, da influência do espaço no tratamento de reabilitação e que o trabalho realizado naquele ambiente pode ser mais proveitoso por escolhas arquitetônicas corretas, cada ambiente deve ser planejado para desempenhar funções da maneira produtiva, levando como princípios para o projeto o ambiente, as atividades e os usuários, entendendo assim que o ambiente construído e o comportamento humano tem uma grande relação. 23 Neste sentido foram analisados alguns aspectos que podem promover essas sensações no ambiente. 4.1- Iluminação A iluminação causa vários efeitos psicológicos, em qualquer ambiente de tratamento comportamental essas percepções se tornam ainda mais intensas a um dependente químico, ela pode mudar totalmente o humor e interferir psicologicamente de acordo com seu uso, podendo causar sensação de aconchego, acalmar, estimular e até entristecer o usuário 24 . A luz natural é uma das características projetuais mais importantes, já que ela é a principal comunicação entre o exterior e o interior de um ambiente, ela pode ser usada no projeto de várias maneiras possíveis, seja com janelas tradicionais ou sistemas como shed, claraboia, atrio, lanternin, prateleira de luz, entre outros sistemas muito eficazes. Este tipo de iluminação incorporada ao tratamento traz sensações de calma, paz e, o mais relevante, elimina a sensação de estar preso, o que é muito necessário em situações como essas. Ela pode trazer qualidade de cura à reabilitação, sendo, assim, pouca luz natural deprime e entristece 25 . Em relação à luz artificial, deve-se tomar um cuidado maior em seu uso, uma vez que a temperatura da cor altera o modo como visualizamos determinados objetos, quanto mais alta a temperatura da cor, maior o desconforto e quanto mais baixa a temperatura, maior a sensação de comodidade e conforto. Sendo assim, deve-se especificar a temperatura correta para cada ambiente 26 , por exemplo, a sala onde são realizadas as reflexões deve utilizar uma luz de temperatura mais baixa ou iluminação natural, onde a pessoa se sinta à vontade e segura para desabafar e dar seu depoimento de vida, evitando tons azulados que deixam o ambiente impessoal e frio 27 . Diante dessas preocupações em relação à iluminação em ambientes de saúde, deve-se ressaltar alguns aspectos, como: seguir níveis de iluminação 23 OLIVEIRA. (2004) 24 FONSECA apud COSTI (2000) 25 GURGEl (2002 pág. 228) apud OLIVEIRA 26 COSTI (2000) 27 GÓES (2006 pág. 25) 15 confortáveis e conforme as exigências do usuário, ou seja, quando existir uma maior atividade visual a ser realizada no ambiente, maior deverá ser o valor da iluminância média; adotar sistemas de iluminação diretos, indiretos ou mistos introduzindo variações de luzes, evitando padrões de iluminação uniformes e monótonos que interfiram psicologicamente; 28 prever tipos de fontes de luz levando em conta suas diferentes funções; proporcionar eficiência luminosa e reprodução da cor adequada, considerando o uso de cada ambiente 29 . 4.2-Espaços verdes Muitas pesquisas científicas já comprovaram que o contato do homem com a natureza faz bem à saúde de diversas formas, como, por exemplo, diminuindo a ansiedade e o estresse em virtude de sua capacidade de tornar o local mais acolhedor visualmente. Um desses estudos, realizado por Roger Ulrich, nos Estados Unidos, comparou pacientes que tinham as janelas dos quartos voltadas para árvores com pacientes que ficavam em quartos cujas janelas eram voltadas para uma parede de tijolos. Analisando os resultados, verificou-se que os pacientes em contato com a natureza tiverem alta mais cedo, tomaram remédios mais fracos e em menor quantidade, além de ter menos comentários críticos em relação a enfermagem e menor número de complicações pós-cirúrgicas 30 . Segundo Kaplan (1977), as pessoas não precisam de nenhum empenho para captar estímulos da natureza, a distração causada pela paisagem natural permite que o organismo descanse e que as reservas de energia sejam recarregadas. 31 Em relação à ligação entre o corpo e a mente, existe um estudo que destaca os elementos luz, cor, som, aroma, textura e forma como essenciais para o bem-estar físico e emocional do ser humano. Em qualquer paisagem natural é possível encontrar esses seis elementos, a natureza é uma fonte rica em estímulos sensoriais, sendo considerada a principal terapia para a qualidade de vida 32 . Por isso, o contato com a natureza em hospitais, clínicas, asilos e escolas é de suma importância na reabilitação e socialização em caso de internação, já que diminui os casos de depressão. Dessa maneira, podemos introduzir facilmente espaços verdes nos ambientes, como jardins de inverno, paredes verdes, jardins externos com espaços contemplativos, ou com um simples vaso posto no ambiente podemos trazer este estímulo. 28 COSTI (2000) 29 MIQUELIN (1992) apud PILLON (2014 ) 30 ULRICH (1983) 31 KAPLAN (1977) apud VASCONCELOS (2004) 32 VASCONCELOS (2004) 16 4.3- Efeitos das cores De acordo com Marilice Costi, as cores causam diversos efeitos psicológicos, afetam o humor e a sensibilidade 33 , podem até mesmo modificar o estado de consciência, induzindo um desejo, criando uma sensação de bem estar ou de desprezo em determinados ambientes, ela atua como uma energia estimulante ou tranquilizante. Porém, deve-se tomar cuidado com tons muito intensos em ambientes que precisem de tranquilidade, essas cores proporcionam alta energia eletromagnética, uma só cor em um ambiente com luz constante pode causar monotonia. 34 É evidente que cores quentes e frias causam diferentes sensações ou emoções, normalmente as quentes nos causam sensações estimulantes, enquanto as frias trazem calma. Acerca disso Góes expõe 35 : Cores quentes: Vermelho, cor que chama mais atenção, associada à corrente sanguínea e ao desempenho físico, estimula agressividade; Amarelo: antidepressiva, a cor do intelecto, estimula a concentração e a criatividade e tem forte influência sobre o aparelho digestivo; Laranja: boa para ambientes festivos, cor da alegria e da jovialidade, abre o apetite e aumenta a produção de leite materno na gestação; Preto: devido ao efeito isolante evita malefícios ou benefícios das cores presentes em um determinado ambiente. Cores frias: Verde: equilíbrio, acalma, usada em excesso pode causar depressão, é cicatrizante e ajuda no tratamento dahipertensão; Azul: calmante, é usada em terapias de distúrbios psíquicos e agitação; Índigo: mistura azul e vermelho, é a cor do brainstorming, estimula a atividade cerebral, a criatividade e a imaginação; Violeta: cor de transmutação, da mudança, é bactericida e antisséptica, além de estimular a criatividade cerebral; Lilás: tem propriedades sedativas e ajuda a relaxar, cor muito usada em ambientes de CTI e UTI; Branco: cor neutra, soma de todas as cores, é um caminho aberto às radiações, quem usa branco fica mais exposto à ação de todas as cores. Portanto, em se tratando de ambientes de reabilitação química, nos quartos, por exemplo, local onde passam mais tempo sozinhas, utilizar a cor amarela, que atua como antidepressivo. Nas salas onde são realizadas as reflexões em grupo, utilizar azul, que traz conforto e segurança, incentivando a interna a dar seu depoimento. No refeitório recomenda-se o laranja, e assim por diante. 33 COSTI (2000) 34 THOMPSON (1996) apud COSTI (2000) 35 GÓES (2006) 17 CONCLUSÃO De acordo com as análises obtidas, percebe-se que o problema das drogas é muito antigo e cada vez mais a dependência química vem atingindo a sociedade. Para recuperar o dependente, são oferecidos diversos tipos de tratamentos, sendo um deles a internação em centros de reabilitação, que podem ser muito eficazes com a realização de grupos de apoio, contato espiritual e atividades profissionalizantes, dentre outras práticas. No entanto, muitas vezes todas essas atividades podem não ser o bastante para uma completa recuperação. Constata-se que ambientes mal iluminados, mal ventilados ou até mesmo quentes e úmidos, onde pode surgir mofo, interferem na saúde mental e na recuperação do paciente. Ambientes desse tipo entristecem e causam solidão e podem tornar a pessoa depressiva, ou até gerar outro tipo de doenças, como alergias ou infecções respiratórias. Dessa maneira, deve-se considerar a influência do ambiente arquitetônico em relação ao paciente, seguindo conceitos para melhor atender as necessidades, utilizando as atividades realizadas nos ambientes e seus usuários como foco, aplicando os elementos que trazem conforto ao paciente, como o contato com a natureza, a iluminação e ventilação natural nos ambientes e o uso da psicologia das cores, que podem eliminar fatores estressantes e promover ambientes que remetam a sentimentos de bem-estar, acolhimento, reflexão e conexão espiritual. Ademais, inserir elementos como shed, claraboia, atrio, lanternin , que forneçam a circulação do ar e gerem iluminação natural garante, além do bem estar, a economia de energia durante o dia. A inserção de cores em determinados ambientes pode influenciar no humor das pessoas, acalmando e trazendo uma sensação de prazer e harmonia para o dia-a- dia. O contato com a natureza, por sua vez, traz a sensação de paz, tranquilidade, espiritualidade, o que pode ser concretizado por meio de jardins de inverno, muros verdes entre outros. 18 REFERÊNCIAS CASA DE NAZARÉ – Associação Beneficiente Casa de Nazaré - Maringá Disponível em http://www.casadenazare.org.br/ Acessado em: 10 abril 2017 Entrevista / Visita realizada no local com a Assistente Social Silviane Paiva. COLUNISTA – Portal educação – O que é droga? Abril, 2015 Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/60313/o-que-e-droga Acessado em 24 abril 2017. COSTI , Marilice. A Influência da Luz e da Cor Em Corredores e Salas de Espera Hospitalares, Editora Edipu 2002 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. FEBRACT - Código de ética, SAULO MONTE SERRAT Disponível em: http://www.febract.org.br/?navega=codigo-etica Acessado em: 10 abril 2017 GOES, Ronald de, Manual prático de arquitetura para clinicas e laboratórios. Editora Edgard Blucher 2006 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. JANDIRA MASUR, 1985: Como as drogas atuam no sistema nervoso central da pessoa?. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/como-agem-drogas-sistema-nervoso-central- hamilton-biscalquini-jr./O que é toxicomania Acessado em: 28 março 2017 OLIVEIRA, Francielly Senra. A influência do ambiente arquitetônico no processo de reabilitação dos dependentes químicos. PILLON, Aline Machado, PEREIRA, Téssia Kapp. Qualificações arquitetônicas para a reabilitação de dependentes químicos. 2014 RESOLUÇÃO CONAD Nº 01/2015 – Conselho nacional de políticas sobre drogas REVISTA COPIOSA REDENÇÃO ANO I-Nº06 ABRIL de 2013- Ir.Silvonete Ap. Soares/ https://www.facebook.com/CRCTlardombosco/ Acessado em: 12 abril 2017 SILVEIRA, Dartiu Xavier da, MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama atual de drogas e dependências. Atheneu, 2006 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. TAMIRIS SOARES- Origem das drogas NOV. 27, 2012 Disponível em: http://hipermidia.unisc.br/prodjol/20122/?p=17. Acessado em: 30 março 2017 ULRICH, Roger S. View through a window may influence recovery from surgery. Science, 1983, v. 224, p. 420-421. VASCONCELOS, Renata ThaÍs Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. 2004. 176 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. ZANELATTO, Neide A. LARANJEIRA, Ronaldo .O tratamento da dependência química e as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Editora Artmed, 2013 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. 1-Comunidade Sweetwater Spectrum- Sonoma,EUA - LMS Architects - Referencial Formal Área Social Adminstração Dormitórios Áreas verdes/horta Estacionamento CASOS CORRELATOS -Organização simples, transição entre semi-público, semi-privado e privados, bem denidos -Espaços projetados para proporcionar um ambiente sereno e acolhedor. -Formas simples e familiares, a iluminação é em sua maioria indireta. -Materiais sustentáveis e duráveis em todo o projeto. -Capacidade para 16 pessoas. -Organizado em blocos Fonte: Archdaily 2- Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre - Canadá, EUA- Montgomery Architects -Referencial Conceitual -Relação do tratamento através da arquitetura, ambientes saudáveis para a recuperação. -Apóia valores essenciais : dignidade, respeito, fé, conança e inclusividade, com grandes janelas em todo o projeto, a capacidade de cura da luz natural é uma consideração primordial no projeto. -Vazios verdes : o edifício foi organizado em torno de dois campos paisagísticos, um para clientes residenciais e outro para clientes não residenciais, o edifício cria espaços que oferecem envolvi mentos com a paisagem exterior. Áreas verdes Fonte: Archdaily 3-C REDEQ-Centro de Referência em Dependência Química - Goiás,BR - Arquiteto Luiz Botosso - Referencial Programático -O programa deste projeto consiste em dormitórios nas laterais, atividades ao centro e atendimento na frente. Entorno existe uma mata preservada que da sensação térmica e acústica agradável -Capacidade para 96 pessoas(clínica dia e internação) Três núcleos residenciais: adulto, adolescente e infantil,as áreas de terapia possuem: salas, biblioteca, atelier, anteatro, brinquedoteca e posto de enfermagem Fonte: Notícias Goiás/Credeq Área Social Adminstração Dormitórios Áreas verdes Estacionamento -O Público alvo escolhido são pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou depen- dência de substâncias psicoativas em situação de vulnerabilidade social do sexo feminino a partir dos 14 anos de idade, incluindo gestantes e mães com lhos até 3 anos de idade, com capacidade para 24 pessoas. Foi escolhido o público do sexo feminino, porque apesar de mais dependentes homens, consequentemente existem mais comunidades do sexo masculi- no, assim a ala feminina ca diminuída e com poucas opções deinternação. PERFIL DO PÚBLICO ALVO Com a implantação do centro de reabilitação para dependentes químicos na área rural o projeto ca livre de algumas leis municipais, mesmo assim algumas leis serão implantadas. -Resolução – RDC Nº 29 (ANVISA), 30 de junho de 2011 : Resolução dos requisitos de seguran ça sanitária para entidades que dão assistência a indivíduos com transtornos consequentes do uso e abuso de drogas psicoativas. -NBR 9050 / 2015 : Norma que dispõe os padrões técnicos em relação a acessibilidade a edi- cações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. -Lei Complementar nº 102/10: Lei que trata sobre execução do projeto e características das edicações no município de Marialva e leis adicionais. LEGISLAÇÃO CONTEXTO E TERRENO Topograa: O terreno começa com a parte mais alta com 580 m a cima do nível do mar e vai até a parte mais baixa que é 557 m a cima do nível do mar, desnível de 24 m. Vento dominante: Região nordeste para sudoeste Orientação solar: Sol nasce a leste e se põe a oesteMaringá Marialva Mandaguari BR 376 AV. Colombo R. Luís Macente Terreno Localização: BR 376, área rural de Marialva Fonte: Google (adaptado) 5 8 0 m 5 5 7 m Fonte: Google (adaptado) F o n te : G o o g le ( a d a p ta d o ) N 20 7, 03 m 2 1 2 ,2 7 m 306,29m 248,67m Na escolha do terreno foram levados em consideração os métodos de tratamentos usados nas clínicas terapêuticas e analisado onde se situam algumas clínicas existentes, feito isso foi entendido que para um tratamento adequado, o residente precisa de contato com a natu- reza, espaço amplo e atividades ao ar livre, outro fator é existir privacidade para os inter- nos, sem contato com a sociedade. O terreno conta com aproximadamente 57 mil m² de área 5 8 0 m 5 5 7 m Fonte: Google (adaptado) ORGANOGRAMA E FLUXOS SETOR DE ALOJAMENTOS SETOR DE SERVIÇOS SETOR DE ATIVIDADES SETOR ADMINISTRATIVO SETOR DE REABILITAÇÃO Funcionários Visitante Residente Arquivo Reunião Copa DML Recepção Diretor W.C. fem. W.C.PNE Recursos humanos Vestiários Acolhimento DML Lavanderia Refeitório W.C W.C PNE Almox. Cozinha Estoque de Alimentos Depósito Assistente Social Psicóloga Atendimento Individual W.C. fem. W.C. PNE Consultório Médico Atendimento Coletivo DML Sala TV W.C W.C PNE Quarto Pacientes Quarto Plantonista Almoxarifado W.C. fem. W.C. PNE Salão Beleza Sala de artesanato Sala de aula ÁREA SOCIAL Acesso visitantes e pacientes Acesso Funcionários Entrada alimentos SETOR DE APOIO EXTERNO Sala enfermagem Espaço religioso Horta Lago Sala de informática PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO TOTAL: 1.580,37 m² 14-Psicóloga 18,53m² 15-Assistente Social 14,48m² 1-Recepção 52,12m² 8-Sala de acolhimento 23,99m² 7-Sala para revista do paciente 12,94m² 6-Arquivo geral 13,29m² 5-Recursos Humanos 12,85m² 2-Banheiros Acessíveis 6,22m² 4-Sala de Reunião 27,24m² 3-Sala da Administração 15,32m² 9-Vestiário funcionários masc/fem. 16,86m² 11- Sala do diretor 12,85m² 10-Banheiros func.masc/fem. 5,41m² 12-Copa 15,41m² 13-DML 11,89m² Garagem 35,49m² 16- Sala de atendimento individual 14,48m² 17- Sala de atendimento coletivo 28,96m² 18-Consultório Médico 14,13m² 19-Banheiro Comum 5,61m² 21-Enfermária 39,04m² 22-Embarque ambulância 30,61m² TOTAL: 206,30m² 20-Sala de medicamentos 21,62m² 45-Sala de Aula 39,01m² 46-Sala de informática 38,09m² 44-Salão de beleza(aprendizagem) 38,09m² 37-Quarto pacientes 46,41m² 43-Copa 27,41m² 39-Quarto Plantonistas 12,93m² 41-Lavabo 4,99m² 40-Bwc plantonista 4,78m² 38-Bwc quartos 4,79m² 42-DML 11,24m² 36-Sala de TV 43,38m² 23-Cozinha 49,97m² 25-Estoque de alimentos 20,39m² 27- Vestiário/banheiro fem. 7,80m² 26-Entrada de alimentos 4,95m² 28- Banheiro serviços 6,16m² 29-DML 6,16m² 24-Refeitório 95,40m² 30-Lavanderia 35,21m² 31-Depósito de roupa suja 11,32m² 33-Almoxarifado Geral 29,51m² 34- Hall 23,92m² 32-Depósito de roupa limpa 11,32m² 35- Banheiro Acessível 3,80m² 48- Almoxarifado esportivo 14,82 m² 47-Sala de artesanato 39,01m² 50-Banheiro Comum 3,05m² 51-DML 5,32m² 49- Almoxarifado salas 14,82 m² Quadras CAPELA Pátio 192,10m² SETOR ADMINISTRATIVO SETOR DE SERVIÇO SETOR DE ALOJAMENTOS SETOR DE ATIVIDADES SETOR DE REABILITAÇÃO Terreno Sustentável - Preservando e ampliando as áreas verdes - Utilizando a topograa existente, sem movimentações de terra, usando fundação corrida e gabião. Redução do consumo de energia -Painéis solares: água quente do chuveiro é aquecida com energia solar -Ambientes bem iluminados e ventilados naturalmente, gerando economia elétrica -. Eciência no consumo da água - Cisternas: armazenagem da água da chuva -Sistema de reuso das águas cinzas: tratamento onde a água é destinada à rega de plantas, lavagem de calçadas e descargas dos vasos sanitários. Qualidade ambiental interna Iluminações zenitais como, a clarabóia que pode iluminar 8 vezes mais que uma janela comum e o shed que além disso proporciona ventilação, mantendo o ambiente sempre fresco levando embora o ar quente. Conservação de materiais e recursos -Uso de telha de bra vegetal (ecológica), cuja matéria-prima principal é a bra de celulose, extraída de papel reciclado, além do uso de tijolos ecológicos, que é menos prejudicial ao meio ambiente. CENTRO DE REABILITAÇÃO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS 3-BLOCO DE SERVIÇOS1-BLOCO DE ADM. ACESSO PRINCIPAL EST. FUNCIONÁRIOS E VISITANTES LAGOÁREA ESPORTIVA -AAL/QUADRAS CAPELA 4-BLOCOS DE DORMITÓRIOS HORTA 5-BLOCO DE ATIVIDADES CAIXA D’AGUA CISTERNAS PISTA DE CAMINHADA CENTRAL DE GÁS E RESÍDUOS EST. FUNCIONÁRIOS E AMBULÂNCIA 2-BLOCO DE REABILITAÇÃO U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a res D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 1/8 CONCEITO PARTIDO GERAL O conceito inicial do projeto é de cura através da arquitetura, evidenciando as relações entre o tratamento de dependen- tes químicos em centros de reabilitação, com os ambientes arquitetônicos, analisar como a arquitetura pode ajudar na recuperação, e seguir os conceitos para melhor atender as necessidades do paciente, como o contato com a natu- reza, a iluminação de ambientes e fazer com que esse paciente sinta-se realmente em seu lar, dessa forma po- demos eliminar fatores estressantes e promover ambien- tes que remetam a sentimentos de bem-estar, acolhi- mento, reexão e conexão espiritual. Como partido a mata preservada no entorno foi am- pliada, ''abraçando'' o local, gerando sensação tér- mica e acústica agradável, isolando o barulho cau- sado pela BR, trazendo privacidade. Nos blocos fo- ram usados quatro materiais principais, a madeira, o vidro a pedra e a cor branca da alvenaria, em todos os blocos foram inseridas também tesouras de madeira remetendo a sensação de um lar as pacientes, juntos esses elementos buscam pro- porcionar harmonia, aconchego, um lugar on- de as pessoas vivem e sentem-se bem. Além disso, foram implantadas algumas das carac- terísticas de certicação LEED de construção que podemos ver ao longo de todo o proje- to, Levando em consideração que a luz é o principal meio de comunicação entre o in- terior e o exterior dos ambientes foram uti- lizadas alguns tipos de iluminação zenital, elas iluminam o ambiente de maneira mais uniforme e com uma maior quan- tidade de luz do que iluminações late- rais tradicionais, gerando qualidade ambiental nos espaços, foram utiliza- dos em alguns blocos a mesma co- bertura de policarbonato usada nos pergolados funcionando como uma espécie de clarabóia. Área esportiva Lago e pista de caminhada Área de apoio aos visitantes ENTRADA E SAÍDA AMBULÂNCIA E S T A C IO N A M E N T O F U N C IO N Á R IO S A C E S S O F U N C IO N Á R IO S E A M B U L Â N C IA A C E S S O F U N C IO N Á R IO S E V IS IT A N T E S S A ÍD A L IX O E S T A C IO N A M E N T O F U N C IO N Á R IO S E V IS IT A N T E S T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 %T E L H A E C O .. IN C .: 4 0 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % T E L H A E C O . IN C .: 4 0 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % T E L H A E C O . IN C .: 4 0 % T E L H E C O L Ó G IC A A IN C .: 4 0 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % T E L H A M E T . IN C .: 5 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 2 7 % T E L H A E C O L Ó G IC A IN C .: 4 0 % 9 8 6 10 11 12 7 3 5 42 1 4 BR 376 LEGENDA 1-BLOCO ADMINISTRAÇÃO 2-BLOCO REABILITAÇÃO 3-BLOCO DE SERVIÇOS 4-BLOCO ALOJAMENTO 5-BLOCO ATIVIDADES 6-CAPELA 7-CISTERNA ÁGUA CHUVA 8-CENTRAL DE GÁS E RESÍDUOS 9-LAGO 10-PISTA DE CAMINHADA 11-CAIXAS D’AGUA 12-HORTA 13-ÁREA ESPORTIVA 14-CISTERNA ÁGUAS CINZAS 50M30M10M0 Escala Gráca IMPLANTAÇÃO DO TERRENO 13 Via de acesso pela Br 571572573 574575 578 577579 576 580 570 569 568 567 566 565 564 563 562 561 560 559 558 557 14 Setor onde os pacientes e visitantes são recepcionados e passam por uma revista para assim ingressar no centro, onde é realizada toda a parte burocrática da internação. Neste bloco foi usado o shed para melhor iluminação e ventilação na- tural, além de janelas pivotantes que conduzemo ar quente para fora da edicação. Telha bra vegetal Estrutura em madeira INC:40% Estrutura em madeira INC:27% SETOR ADMINISTRATIVO 0 1m 5m 10m Escala Gráca SETOR ADMINISTRATIVO 1-Recepção 52,12m² 8-Sala de acolhimento 23,99m² 7-Sala para revista do paciente 12,94m² 6-Arquivo geral 13,29m² 5-Recursos Humanos 12,85m² 2-Banheiros Acessíveis 6,22m² 4-Sala de Reunião 27,24m² 3-Sala da Administração 15,32m² 9-Vestiário funcionários masc/fem. 16,86m² 11- Sala do diretor 12,85m² 10-Banheiros funcionários masc/fem. 5,41m² 12-Copa 15,41m² 13-DML 11,89m² TOTAL: 267,29m² Garagem 35,49m² 0 1m 5m 10m Escala Gráca PLANTA BLOCO ADMINISTRATIVO 2 2 51112 13 10 10 9 9 6 4 7 8 1 3 Recepção U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 3/8 DETALHE JANELA PIVOTANTE Entrada do ar frio e saída do ar quente 0 ,5 0 m 1 ,4 0 m 0 ,5 0 m Esquadrias de madeira +579 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA Setor voltado a saúde da paciente e eventualmente seus lhos, local onde são realizadas consultas com psicóloga e clínicos em geral, além da sala de reexão em grupo, parte de grande importância no tratamen- to, esse bloco também conta com iluminação zenital e embarque para ambulância. Nível original do terreno DETALHE FUNDAÇÃO Estrutura em madeira INC:27% Estrutura em madeira INC:40% Telha bra vegetal SETOR DE REABILITAÇÃO SETOR DE REABILITAÇÃO 14-Psicóloga 18,53m² 16- Sala de atendimento individual 14,48m² 15-Assistente Social 14,48m² 17- Sala de atendimento coletivo 28,96m² 18-Consultório Médico 14,13m² 19-Banheiro Comum5,61m² 21-Enfermária 39,04m² 22-Embarque ambulância 30,61m² TOTAL: 206,30m² 20-Sala de medicamentos 21,62m² Sala de reexão em grupo PLANTA BLOCO DE REABILITAÇÃO EMBARQUE AMBULÂNCIA 14 15 16 1722 20 19 18 19 18 21 0 1m 5m 10m Escala Gráca 0 1m 5m 10m Escala Gráca U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 4/8 +577 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA Fundação gabião No bloco de serviços são realizadas as principais atividades domésticas do centro, as tarefas da casa são divididas e realizadas pelas próprias mulheres, consistindo em uma terapia ocupacional. Este bloco também conta com dois tipos de iluminação zenital, o shed na área do refeitório e a clarabóia para iluminação da cozinha. Estrutura em madeira INC:40% Estrutura em madeira INC:40% Telha bra vegetal Cobertura policarbonato SETOR DE SERVIÇOS 23-Cozinha 49,97m² 25-Estoque de alimentos 20,39m² 27- Vestiário/banheiro fem. 7,80m² 26-Entrada de alimentos 4,95m² 28- Banheiro serviços 6,16m² 29-DML 6,16m² SETOR DE SERVIÇO 24-Refeitório 95,40m² 30-Lavanderia 35,21m² 31-Depósito de roupa suja 11,32m² 33-Almoxarifado Geral 29,51m² 34- Hall 23,92m² 32-Depósito de roupa limpa 11,32m² TOTAL: 309,71m² 35- Banheiro Acessível 3,80m² PLANTA BLOCO DE SERVIÇOS 0 1m 5m 10m Escala Gráca 33 34 35 25 24 23 31 32 35 29 30 31 27 26 28 0 1m 5m 10m Escala Gráca Refeitório U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 5/8 1-Caixa de rentenção e desinfecção: Retém euentes que garantem o vo- lume e pressão ás outras etapas. 2- Filtros verticais: Promove a máxima oculação dos sólidos dissolvidos para decantação. 3- Filtros lentos: Promove po- limento á água de reúso garantindo padrões ineren- tes à água de reúso 4- Cisterna para água de reúso: Acumula toda a água tratada pelo sistema para que retorne à caixa d’água 5- Caixa d’água de reuso: Reserva a água tratada pelo sistema para distrubuição nos pontos especícos 1 2 5 34Pontos de uso Sistema de reuzo das águas cinzas +576 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA A principal função desses blocos é de acolher as pacientes, juntos tem capa- cidade para 24 mulheres, com 3 camas em cada quarto, sendo que um dos blocos conta com berços para crianças até 2 anos de idade. Neste setor, além do shed, foram previstas janelas com venezianas móveis onde é possível controlar a quantidade de luz natural no ambiente, nos quartos onde existem forros o ar funciona como isolante térmico natural . Telha bra vegetal Estrutura em madeira INC:40% Estrutura em madeira INC:40% Cobertura policarbonato SETOR DE ALOJAMENTOSETOR DE ALOJAMENTOS 37-Quarto pacientes 46,41m² 43-Copa 27,41m² 39-Quarto Plantonistas 12,93m² 41-Lavabo 4,99m² 40-Bwc plantonista 4,78m² 38-Bwc quartos 4,79m² 42-DML 11,24m² TOTAL: 309,53m² cada bloco 36-Sala de TV 43,38m² 0 1m 5m 10m Escala Gráca 0 1m 5m 10m Escala Gráca 36 43 42 39 41 40 37 38 37 38 37 38 37 38 PLANTA BLOCOS DE ALOJAMENTO Quartos U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 6/8 Telha bra vegetal inc 40% Terça 15x5 cm Caibro Ripas 10x5 cm DETALHE TESOURA +573 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA Fechamento em vidro translúcido Estrutura em madeira INC:40% Estrutura em madeira INC:40% Telha bra vegetal Cobertura policarbonato Setor onde são realizadas as principa- isatividades prossionalizantes, onde são alfabetizadas e aprendem um ocio que pode ser exercido assim que deixarem a comunidade, ele também conta com depósito de materiais esportivos. SETOR DE ATIVIDADES 48- Almoxarifado esportivo 14,82 m² SETOR DE ATIVIDADES 47-Sala de artesanato 39,01m² 45-Sala de Aula 39,01m² 46-Sala de informática 38,09m² 44-Salão de beleza(aprendizagem) 38,09m² 50-Banheiro Comum 3,05m² 51-DML 5,32m² TOTAL: 192,21m² 49- Almoxarifado salas 14,82 m² 0 1m 5m 10m Escala Gráca0 1m 5m 10m Escala Gráca PLANTA BLOCO DE ATIVIDADES Sala de aula U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 7/8 +570 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA CAPELA ENTRADA DE LUZ INDIRETA ALTAR A capela é um bloco diferente dos outros, é o lugar onde o paciente se conecta espiritualmente, aqui é deposit- ada a fé da recuperação. Neste bloco foram utilizadas treliças metálicas e uma espécie de rasgo de luz na sua cobertura assim a iluminação indireta produzida traz uma sensação de paz e acolhimento. CAPELA Pátio 192,10m² 0 1m 5m 10m Escala Gráca 0 1m 5m 10m Escala Gráca U N IC E SU M A R - C e n tr o U n iv e rs it á ri o d e M a ri n g á Tr a b a lh o d e C o n c lu sã o d e C u rs o A rq u it e tu ra e U rb a n is m o C o o rd e n a d o r: P a u lo R e n a to D e C a st ro A lv e s H e lo is a C a rl a A lv a re n g a A ld ig u e ri R .A .1 3 0 0 4 1 2 -2 5 ºA /M D o c e n te : C a ss io T a v a re s D e M e n e ze s Ju n io r C e n tr o d e R e a b ili ta ç ã o p a ra D e p e n d e n te s Q u ím ic o s 8/8 Altar +575 SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA Detalhe lateral da cobertura em vidro Detalhe lateral da cobertura em vidro Estrutura treliça metálica Viga metálica Forro de madeira Página 1 Página 2 Página 3 Página 1 (1) Página 2 (1) Página 3 (1) Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8