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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO 
DE DEPENDENTES QUÍMICOS 
 
 
 
 
 
 
HELOISA CARLA ALVARENGA ALDIGUERI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2017
Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO 
DE DEPENDENTES QUÍMICOS 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo da UniCesumar – 
Centro Universitário de Maringá como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo, sob 
a orientação do Prof. Me. Cassio Tavares De 
Menezes Junior 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2017 
Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO 
DE DEPENDENTES QUÍMICOS 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da 
 UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do 
título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo , sob a orientação do Prof. Me. Cassio 
Tavares De Menezes Junior 
 
Aprovado em: ____ de _______ de 2017. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
__________________________________________ 
Nome do professor – (Titulação, nome e Instituição) 
 
 
__________________________________________ 
Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição) 
 
 
__________________________________________ 
Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição) 
 
 
 
A INFLUÊNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO 
DE DEPENDENTES QUÍMICOS 
 
 
Heloisa Carla Alvarenga Aldigueri 
 
RESUMO 
 
O artigo em questão busca evidenciar a dependência química, já reconhecida como doença que, 
infelizmente, acomete cada dia mais indivíduos em nossa sociedade. Entretanto, a quantidade de 
centros de reabilitação ou casas terapêuticas não acompanha essa evolução e, em muitos casos, 
muitos desses lugares são improvisados e carentes de estrutura adequada, o que prejudica o 
tratamento. Sendo assim nesse artigo, são listados alguns elementos arquitetônicos que podem 
auxiliar na recuperação, evidenciando de que maneira os espaços influenciam no comportamento. 
Tendo por finalidade fazer com que o tratamento seja mais eficaz aos usuários, além da inclusão 
social do dependente químico na sua reinserção. 
Palavras-chave: Arquitetura, Dependência Química, Reabilitação. 
 
 
 
THE ARCHITECTURAL INFLUENCE IN TREATMENT 
OF CHEMICAL DEPENDENTS 
 
ABSTRACT 
 
The article in question seeks to highlight the chemical dependence, already recognized as a 
disease that, unfortunately, affects more and more in our society. However, the number of 
rehabilitation centers or therapeutic activities does not accompany it; in many cases, many 
places are improvised and lack the proper structure, which impairs treatment. Thus the article, 
are criteria some architectural elements that can aid in the recovery, evidencing in what way 
the spaces influence in the behavior. Its purpose is to make the treatment more efficient to 
users, besides the social inclusion of the chemical dependent on their reinsertion 
 
Keywords: Architecture, Chemical Dependency, Rehabilitation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Lar Dom Bosco – Organização dos blocos..............................................11 
Figura 2: Lar Dom Bosco – Área verde, (campo)...................................................11 
Figura 3: Casa de Nazaré – Bloco de alojamento .................................................13 
Figura 4: Casa de Nazaré – Horta .........................................................................13 
Figura 5: Casa de Nazaré – Pergolado .................................................................13 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo tem por objetivo explicar sobre a reabilitação química e de que 
maneira os locais para tratamento de usuários de drogas influenciam no processo terapêutico, 
visando não apenas o tratamento, mas também a reintegração à sociedade. O trabalho está 
dividido em 4 capítulos, o primeiro explica sobre a droga e seus tipos, de que madeira cada 
uma delas modifica as funções normais do organismo e seu funcionamento; o segundo 
conceitua a dependência química e expõe a metodologia dos tratamentos, ressaltando as 
atividades existentes que contribuem na reabilitação e na inserção do paciente na sociedade; o 
terceiro apresenta duas casas de reabilitação ou comunidades terapêuticas analisadas, os 
códigos ou princípios que devem ser seguidos nestes ambientes e mostra duas visitas técnicas 
realizadas, uma na Comunidade terapêutica Lar Dom Bosco, localizada em Campo Mourão - 
PR e outra na Associação Beneficente Casa de Nazaré, localizada na cidade de Maringá – PR, 
ambas sem fins lucrativos, onde a prioridade é amparar mulheres que fazem o uso inadequado 
de substâncias psicoativas, tendo em vista a reintegração à sociedade e ao convívio familiar. 
E, por fim, o quarto capítulo aborda o ambiente arquitetônico em que o paciente está inserido 
e como ele interfere em seu processo de recuperação. Tendo como o ponto inicial a busca de 
técnicas de projetos arquitetônicos que tragam um melhor desempenho nas funções e na 
relação entre o ambiente e o comportamento humano. 
 
 
 
 
 
https://www.sinonimos.com.br/inadequado/
5 
 
 
METODOLOGIA 
O artigo em questão busca evidenciar as relações entre tratamento de dependentes químicos 
em comunidades terapêuticas, ou centros de reabilitação, e a arquitetura. Serão analisados e 
definidos quais conceitos arquitetônicos devem ser aplicados em projetos de ambientes como 
esse, adequando-os ao seu publico alvo a fim de contribuir na recuperação dos indivíduos. Os 
resultados aqui expostos serão obtidos por meio de levantamento bibliográficos aprofundados 
sobre o tema; visitas técnicas em casas de recuperação, ou comunidades terapêuticas, onde 
serão observadas a rotina e necessidades, realizando também entrevistas com assistentes 
sociais sobre o funcionamento dos locais. 
 
1. HISTÓRIA DA DROGA E OS TIPOS EXISTENTES. 
 
As drogas existem há milhares de anos, não existe data concreta para seu surgimento, 
para cada civilização e substância há diferentes datas e lugares, como Índia, China, 
civilizações pré-colombianas, civilizações amazônicas e idade média, cada uma com usos e 
consumos distintos1. O homem sempre procurou, através dos tempos, formas de aumentar o 
prazer e diminuir a dor, usando produtos naturais para obter este estado. A palavra droga vem 
de droog (holandês antigo) que significa folha seca, isso porque a maioria das drogas vinha de 
plantas e vegetais, sabe-se que alguns antepassados usavam em rituais para entrar em transe e 
viajar ao mundo dos espíritos e de seus ancestrais2. 
Além disso, as drogas sempre foram usadas por diferentes razões. Determinadas 
substâncias são utilizadas em medicamentos, porém, há outros motivos para o uso da mesma, 
como rituais religiosos, relaxar, obter prazer, pertencer a determinado grupo (adolescentes), 
conseguir lidar com problemas e por curiosidade3. 
 
Sobre a existência das drogas, os escritores Silveira e Moreira
4
 fazem a seguinte 
constatação: 
 
 
1
 SILVEIRA (2006 pág.10). 
2
 TAMIRIS SOARES (2012) 
3
 SILVEIRA (2006 pág.30). 
4
 SILVEIRA (2006 pág.14). 
6 
 
“Drogas sempre existiram e sempre existirão. Trata-se de uma realidade perene e 
historicamente comprovada. Por sua vez, a maneira como a humanidade se relaciona com 
as substâncias psicoativas é mutável.” 
 
 
1.1 Tipos de drogas 
 
Droga é toda substância que altera as funções normais ou habituais do organismo, 
produzindo alterações em seu estado psíquico ou físico. O termotem várias interpretações, do 
ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 
23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as 
substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou 
relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". 
Em relação a sua origem de fabricação, as drogas podem ser divididas em três 
grupos: as naturais, que são plantas, usadas como matéria-prima na preparação ou extração; as 
semi-sintéticas, resultantes de manipulações químicas realizadas em laboratórios, a partir de 
drogas naturais; e as sintéticas, produzidas unicamente por manipulações químicas em 
laboratórios e sem necessidade de vegetais para a confecção
5
. 
Quanto aos tipos de drogas, temos as drogas lícitas, que podem ser comercializadas e 
as drogas ilícitas, que são proibidas por lei, comprovadamente, nocivas ao homem
6
. Ademais, 
entre as drogas ilícitas estão as drogas psicotrópicas ou psicoativas, que são drogas que têm 
tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central (SNC) e atuam no nosso cérebro alterando de 
alguma maneira nosso psiquismo, tais drogas tendem a causar dependência
7
. 
Quanto ao efeito das drogas psicotrópicas Masur
8
 afirma. 
 
“As drogas psicotrópicas, por serem também moléculas químicas, chegando ao cérebro, 
atuam interferindo na engrenagem da química cerebral, aumentando, diminuindo ou 
alterando a forma de atuação dos neurotransmissores.” 
 
Ainda, segundo Jandira, as drogas psicotrópicas são divididas de acordo com os 
efeitos que provoca no Sistema Nervoso Central (SNC), dentre esses efeitos estão as drogas 
estimulantes, que são as drogas que aceleram o funcionamento do cérebro, como por 
 
5
 SILVEIRA (2006). 
6
 COLUNISTA (2015). 
7
 ZANELATTO (2013). 
8
 JANDIRA MASUR (1985). 
7 
 
exemplo, a nicotina, cafeína, anfetamina, cocaína e o crack; as drogas depressores, que 
diminuem a velocidade de funcionamento do cérebro, como o álcool, inalantes/solventes, 
soníferos, ansiolíticos, antidepressivos e morfina; e as drogas perturbadoras, que alteram o 
funcionamento do cérebro, como a maconha, haxixe, ecstasy, cogumelo e LSD . 
 
2. CONCEITUANDO A DEPENDÊNCIA 
 
A dependência química é a perda de controle em relação ao uso da droga, o usuário 
não tem mais domínio de suas ações, é quando a droga se torna tão importante para o 
indivíduo quanto alimento, água, sono, trabalho e demais elementos. Quando há uma vontade 
quase incontrolável de realizar o uso, mesmo que o indivíduo saiba das consequências 
negativas que a mesma traz
9
,então caracteriza-se a dependência . Porém nem todas as pessoas 
que abusam de substâncias se tornarão dependentes, as diferenças entre uso, abuso e 
dependência são explicadas da seguinte maneira: 
 
- Uso: seria experimentar ou consumir esporadicamente ou de forma episódica, não 
acarretando prejuízo por conta disto. 
- Abuso ou uso nocivo: no consumo abusivo, há algum tipo de consequência prejudicial, 
seja social, psicológica ou biológica. 
- Dependência: ocorre perda do controle no consumo e os prejuízos associados são mais 
evidentes
10
. 
 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a dependência química já é 
reconhecida como doença, sendo uma doença crônica, uma alteração da estrutura e 
funcionamento normal da pessoa, porém, tratável com a condição de nunca mais fazer o uso 
do álcool ou droga
11
, todavia este tratamento deve ser sincero da parte do usuário para que 
haja uma verdadeira recuperação. Diferente do que muitos pensam, a dependência química é 
sim uma doença e não “malandragem” ou “falta de vergonha na cara”, levando em 
consideração que o número de usuários de substâncias psicoativas é bastante elevado, e vem 
crescendo a cada ano, existem diversos tratamentos em centros de reabilitações. 
 
 
 
9
 SILVEIRA (2006). 
10
 ZANELATTO (2013). 
11
 ZANELATTO (2013). 
8 
 
2.1. Metodologia dos tratamentos 
O tipo de tratamento utilizado para recuperação do dependente químico tem relação 
com o estado em que esse indivíduo se encontra, se tem domínio da sua vida, mesmo 
utilizando a droga, ou se precisa de ajuda profissional para controle. O tratamento deve 
basear-se em intervenções que envolvam os aspectos biológicos, psíquicos e sociais, sendo 
assim, existem dois tipos de tratamento, o tratamento ambulatorial e o tratamento sob 
internação. O tratamento ambulatorial se dá quando o paciente passa o dia realizando 
atividades e vai embora. No Brasil esse tratamento não é tão eficaz, já que possibilita que o 
indivíduo fique próximo ao tráfico
12
. 
O Tratamento sob internação consiste em intervenções terapêuticas oferecidas em centros de 
reabilitações, ou comunidades terapêuticas, onde o paciente reside e permanece por 24 horas 
por dia
13
, indicado quando há dificuldade em ficar em abstinência, Entre os tipos de 
tratamento por internação ainda existem a internação voluntária, involuntária e compulsória. 
Dentro do tratamento, existe a terapia ocupacional, recurso terapêutico que estimula a 
criatividade mental com atividades que melhoram a autoestima, trabalha também a 
psicoterapia, a reabilitação psicossocial e a comunicação com as famílias. 
 Entre as diferenças dos tratamentos estão os custos, recursos, afastamento ou não da família, 
do local de moradia, do trabalho e fatores ligados ao consumo da droga. Ambos os 
tratamentos devem possuir especialistas de diversas áreas, como psicólogo, dentista, 
enfermeiro, psiquiatra, assistente social, entre outros. Quando um familiar decide pelo 
tratamento de internação ou de ambulatório várias questões estão envolvidas, como fatores 
demográficos: sexo e idade; e fatores ligados à relação com a droga: tipo de droga, gravidade 
da síndrome de abstinência e gravidade da dependência. Existindo também fatores ligados à 
inserção social: presença ou não do suporte familiar, de moradia, relação com a vizinhança, 
possuir ou não emprego, além das diferenças entre os tratamentos já mencionados 
anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
 SILVEIRA (2006 pág.13). 
13
 SILVEIRA (2006 pág.13). 
9 
 
3- CASAS DE REABILITAÇÃO/ COMUNIDADES TERAPÊUTICAS 
 
De acordo com o CONAD, Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas, as 
comunidades terapêuticas são entidades que realizam o acolhimento de pessoas com 
problemas associados ao uso nocivo ou dependência de substância psicoativa, com objetivo 
de reabilitação
14
. Nessas comunidades existem princípios, os quais devem ser baseados no 
respeito à dignidade da pessoa humana, dessa maneira, a permanência na comunidade deve 
ser voluntária, um ambiente seguro e livre de drogas, sexo e violência
15
. O público alvo 
dessas comunidades, em sua maioria, é masculino, uma vez que homens têm maior 
probabilidade de se envolverem com drogas, porém, existe também uma grande quantidade de 
mulheres que necessitam desse serviço, neste caso podem atender também gestantes e mães 
com filhos, até certa idade, dependendo de cada comunidade, tendo em vista que muitas 
mulheres perdem a guarda de seus filhos devido ao uso de droga. Por existirem mais 
dependentes homens, consequentemente existem mais comunidades para o sexo masculino, 
deste modo a ala feminina fica diminuída e com limitadas opções de internação. 
As sedes das comunidades terapêuticas, na maioria das vezes, se encontram em sítios 
e fazendas, dispostas na área rural, lugares mais afastados, buscando um lugar tranquilo para 
ajudar na terapia dos pacientes, como a integração com a natureza e as atividades ao ar livre. 
Podemos perceber ainda que, normalmente, cada interno tem sua função dentro da 
comunidade, o que acaba gerando poucosfuncionários no local. 
A Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas - FEBRACT
16
 determina 
alguns códigos de éticas, que são: 
1- A Comunidade Terapêutica deve apresentar uma proposta de recuperação coerente, da 
qual constem: a) adoção de critérios de admissão; b) o programa terapêutico com fases 
distintas: c) o estabelecimento de critérios que caracterizem a reinserção social como 
objetivo final; 
2- A Comunidade Terapêutica deve apresentar um programa de capacitação e treinamento 
de seu pessoal, em cursos credenciados pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD); 
3- Toda entidade filiada deve obedecer ao Código de Ética da FEBRACT. A Entidade 
filiada deve seguir as orientações que, dentro do Estatuto da Federação e do Código de 
Ética, forem emanadas da FEBRACT; 
4- A Comunidade Terapêutica deverá manter com suas co-irmãs um relacionamento 
baseado na colaboração e no respeito; 
 
14
 CONAD (2015) 
15
 FEBRACT (2011) 
16
 FEBRACT (2011) 
10 
 
5- A Comunidade Terapêutica deverá proporcionar aos seus internos um tratamento digno e 
respeitoso, independentemente de raça, credo religioso ou político, nacionalidade, 
preferência sexual, antecedentes criminais ou situação financeira; 
6- A Comunidade Terapêutica deverá zelar pelo bem estar físico, psíquico e espiritual do 
interno, proporcionando a ele alimentação nutritiva, alojamento adequado, tratamento 
eficiente e assistência espiritual que não conflite com sua crença; 
7- Em caso de infração grave ou de reincidência, relativas às determinações deste Código, 
os órgãos diretores da Comunidade deverão afastar o responsável, de acordo com as normas 
estatutárias. 
 
O tempo de permanência do paciente na comunidade terapêutica pode variar de 
semanas a meses. Em algumas comunidades são oferecidas atividades como laborais, grupos 
de terapia ocupacional, de atividades vocacionais, de atendimento médico e psicológico 
individual. Há, também, comunidades cuja proposta de recuperação é baseada em filosofias 
religiosas
17
. 
 3.1- Atividades contribuintes na reabilitação. 
As atividades realizadas dentro da comunidade são fundamentais para o tratamento, 
são a parte mais eficaz para a ressocialização do paciente. Os próprios internos realizam as 
atividades domésticas, semanalmente a escala entre eles é trocada para que todos façam as 
mesmas atividades existentes, como: cozinhar, limpar o estabelecimento, plantar, produzir o 
seu próprio alimento, garantir a manutenção geral da comunidade. Atividades que causam 
prazer ao dependente podem ajudar a suprimir o incentivo ao uso de drogas. 
 A atividade física diária, por exemplo, ajuda na prevenção da doença, ela traz benefícios para 
a saúde mental, liberando endorfinas, melhorando a circulação cerebral, gerenciando o 
estresse e ajudando na capacidade de avaliar as situações, que é um grande fator a ser levado 
em consideração dentro de uma comunidade, vendo que muitas vezes o estresse pode criar 
climas tensos entre os residentes
18
. Podemos listar também algumas atividades que podem ser 
tidas como profissionalizantes, em algumas comunidades existem incentivos como o projeto 
FIA - Funda Infância e Adolescente, que é um incentivo fiscal repassado pela prefeitura para 
a comunidade oferecer atividades como oficinas de música, artesanato, etc. Existem também 
atividades voluntárias como marcenaria, curso de hortas, bordado em chinelo, entre outros. 
Essas atividades possibilitam que, após o tratamento, o paciente tenha um ofício e garanta sua 
renda, proporcionando melhora na qualidade de vida
19
. 
 
17
 ARAÚJO (2003). 
18
 OLIVEIRA 
19
 CASA DE NAZARÉ 
11 
 
3.2 - Visitas técnicas 
Para um melhor acompanhamento sobre o assunto, foram realizadas visitas técnicas 
em alguns centros terapêuticos, como: Casa de Nazaré, em Maringá- PR e Lar Dom Bosco 
Comunidade terapêutica, em Campo Mourão- PR. 
 3.2.1- Lar Dom Bosco 
A Comunidade terapêutica Lar Dom Bosco é dirigida por uma congregação religiosa 
de doutrina católica chamada Pia União das Irmãs da Copiosa Redenção. A princípio, era uma 
casa lar de crianças e adolescentes, hoje é uma organização sem fins lucrativos, que recebe 
mulheres na faixa etária entre 12 e 65 anos; gestantes e mulheres com crianças (até 2 anos de 
idade) em situação de uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas em situação de 
vulnerabilidade social. Para ingressar na instituição, a dependente deve expressar aceitação 
voluntária. A entidade tem a missão de oferecer um serviço de excelência, assegurando a 
captação de recursos necessários para manter uma instalação moderna, confiável e humana. 
Com Capacidade para atender 20 mulheres, possui equipe técnica e um significativo 
grupo de voluntários que, juntamente com as religiosas, procuram promover o acolhimento 
incondicional, a dignidade e a emancipação econômica e social das pessoas que vivem a 
realidade do uso de drogas. O local conta com 6 blocos distintos; o bloco administrativo e de 
recepção dos visitantes; o bloco onde se localizam a cozinha, o refeitório, a sala da psicóloga 
e banheiros para visitantes; o bloco da casa das mães; o da casa das adolescentes; o da casa 
das mulheres adultas e, por último, o bloco onde se encontram a sala de aula, artesanato e o 
espaço para missas. Ao longo do terreno existem várias áreas verdes, jardins e uma academia 
ao ar livre. O tratamento varia de acordo com cada interna, podendo chegar até 1 ano, porém 
o tempo mínimo recomendado é de 9 meses
20
. 
(Revista Copiosa Redenção ANO I-Nº06 ABRIL de 2013) 
 
Fonte: https://www.facebook.com/CRCTlardombosco/ 
 
 
 
20
 REVISTA COPIOSA REDENÇÃO (2013) 
12 
 
3.2.2.- Casa de Nazaré 
A casa de Nazaré é uma entidade reconhecida como Sociedade de Utilidade Pública 
Federal, devido aos inúmeros serviços prestados à sociedade. Ela abriga mulheres, a partir dos 
16 anos, inclusive gestantes, de todas as regiões do Brasil, que apresentem uma dependência 
química e outras situações de risco, seu objetivo é apoiar mulheres que fazem o uso indevido 
de substâncias psicoativas, visando à reintegração ao convívio social e familiar. A entidade 
situa-se numa área de 45.000m², possuindo grande quantidade de mata nativa, pomar, horta e 
estufas de hortifrúti. Oferece, também, trabalhos manuais, oficinas e artesanatos para que as 
internas façam peças para comercializar. Desta forma com todas essas atividades, promove-se 
um retorno para a comunidade. 
A finalidade é proporcionar um tratamento que é orientado pelo tripé ORAÇÃO-
TRABALHO-DISCIPLINA, em um período mínimo de nove meses, seguindo o estudo de 12 
passos. A oração é a base do programa, levando às residentes paz, fé e confiança na nova vida 
que está por vir. O trabalho ampara o processo de reabilitação das internas, já que as tarefas 
da casa são divididas e realizadas pelas próprias mulheres, consistindo em uma terapia 
ocupacional. E, por fim, a disciplina, muito importante em todas as atividades, para que sigam 
normas e princípios, assim as mulheres vão saber como viver novamente em sociedade. A 
graduação pode levar de 9 meses a 1 ano aproximadamente, na reinserção da vida social e 
familiar há uma preocupação e acompanhamento por parte da casa de apoio. 
As normas da comunidade assim determinam. 
 
“A entidade busca uma prática que não produz modelos de Instituições de confinamento, e 
sim um equipamento social dotado de recursos humanos e materiais que propiciam 
acolhimento, convivência, atividades pedagógica, ocupacionais, recreativas, atendimento 
psicológico, odontológicos, médico e espiritual, visando o desenvolvimento humano, 
integral e social e dos direitos de cidadania das residentes e de suas famílias que se 
encontram em situação devulnerabilidade, exclusão e risco social.’’
21 
 
21
 CASA DE NAZARÉ 
13 
 
 
 
Fonte: http://www.casadenazare.org.br/index.php 
 
4- INFLUÊNCIA DOS ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS 
 
A arquitetura possui grande influência na vida comum das pessoas, assim incluindo 
as relações com dependentes químicos ou qualquer outro tipo de reabilitação. Deve-se levar 
alguns aspectos importantes em consideração, quais conceitos seguir para melhor atender as 
necessidades deste paciente e ter sucesso no tratamento, como configurar de maneira correta 
estes espaços para atender ao objetivo, precisa-se perguntar de que maneira um ambiente pode 
proporcionar sensação de bem estar. 
Para a arquiteta Elza Maria Alves 
22
 existem alguns requisitos que motivam uma melhora nos 
pacientes: 
1) Eliminar os fatores estressantes; 
2) Conectar o paciente com a natureza; 
3) Oferecer opções de escolhas para controle individual; 
4) Disponibilizar oportunidades de socialização; 
5) Promover atividades de entretenimento “positivas”; 
6) Promover ambientes que remetam a sentimentos de paz, esperança, reflexão, conexão 
espiritual, relaxamento, humor e bem-estar. 
 
 
22
 COSTEIRA (2004) apud OLIVEIRA 
14 
 
Sabendo, então, da influência do espaço no tratamento de reabilitação e que o 
trabalho realizado naquele ambiente pode ser mais proveitoso por escolhas arquitetônicas 
corretas, cada ambiente deve ser planejado para desempenhar funções da maneira produtiva, 
levando como princípios para o projeto o ambiente, as atividades e os usuários, entendendo 
assim que o ambiente construído e o comportamento humano tem uma grande relação.
23
 
Neste sentido foram analisados alguns aspectos que podem promover essas sensações no 
ambiente. 
 
4.1- Iluminação 
A iluminação causa vários efeitos psicológicos, em qualquer ambiente de tratamento 
comportamental essas percepções se tornam ainda mais intensas a um dependente químico, 
ela pode mudar totalmente o humor e interferir psicologicamente de acordo com seu uso, 
podendo causar sensação de aconchego, acalmar, estimular e até entristecer o usuário
24
. 
A luz natural é uma das características projetuais mais importantes, já que ela é a 
principal comunicação entre o exterior e o interior de um ambiente, ela pode ser usada no 
projeto de várias maneiras possíveis, seja com janelas tradicionais ou sistemas como shed, 
claraboia, atrio, lanternin, prateleira de luz, entre outros sistemas muito eficazes. Este tipo de 
iluminação incorporada ao tratamento traz sensações de calma, paz e, o mais relevante, 
elimina a sensação de estar preso, o que é muito necessário em situações como essas. Ela 
pode trazer qualidade de cura à reabilitação, sendo, assim, pouca luz natural deprime e 
entristece
25
. 
Em relação à luz artificial, deve-se tomar um cuidado maior em seu uso, uma vez que 
a temperatura da cor altera o modo como visualizamos determinados objetos, quanto mais alta 
a temperatura da cor, maior o desconforto e quanto mais baixa a temperatura, maior a 
sensação de comodidade e conforto. Sendo assim, deve-se especificar a temperatura correta 
para cada ambiente
26
, por exemplo, a sala onde são realizadas as reflexões deve utilizar uma 
luz de temperatura mais baixa ou iluminação natural, onde a pessoa se sinta à vontade e 
segura para desabafar e dar seu depoimento de vida, evitando tons azulados que deixam o 
ambiente impessoal e frio
27
. Diante dessas preocupações em relação à iluminação em 
ambientes de saúde, deve-se ressaltar alguns aspectos, como: seguir níveis de iluminação 
 
23
 OLIVEIRA. (2004) 
24
 FONSECA apud COSTI (2000) 
25
 GURGEl (2002 pág. 228) apud OLIVEIRA 
26
 COSTI (2000) 
27
 GÓES (2006 pág. 25) 
15 
 
confortáveis e conforme as exigências do usuário, ou seja, quando existir uma maior atividade 
visual a ser realizada no ambiente, maior deverá ser o valor da iluminância média; adotar 
sistemas de iluminação diretos, indiretos ou mistos introduzindo variações de luzes, evitando 
padrões de iluminação uniformes e monótonos que interfiram psicologicamente;
28
 prever 
tipos de fontes de luz levando em conta suas diferentes funções; proporcionar eficiência 
luminosa e reprodução da cor adequada, considerando o uso de cada ambiente
29
. 
 
4.2-Espaços verdes 
 
Muitas pesquisas científicas já comprovaram que o contato do homem com a 
natureza faz bem à saúde de diversas formas, como, por exemplo, diminuindo a ansiedade e o 
estresse em virtude de sua capacidade de tornar o local mais acolhedor visualmente. Um 
desses estudos, realizado por Roger Ulrich, nos Estados Unidos, comparou pacientes que 
tinham as janelas dos quartos voltadas para árvores com pacientes que ficavam em quartos 
cujas janelas eram voltadas para uma parede de tijolos. Analisando os resultados, verificou-se 
que os pacientes em contato com a natureza tiverem alta mais cedo, tomaram remédios mais 
fracos e em menor quantidade, além de ter menos comentários críticos em relação a 
enfermagem e menor número de complicações pós-cirúrgicas
30
. Segundo Kaplan (1977), as 
pessoas não precisam de nenhum empenho para captar estímulos da natureza, a distração 
causada pela paisagem natural permite que o organismo descanse e que as reservas de energia 
sejam recarregadas.
31
 Em relação à ligação entre o corpo e a mente, existe um estudo que 
destaca os elementos luz, cor, som, aroma, textura e forma como essenciais para o bem-estar 
físico e emocional do ser humano. Em qualquer paisagem natural é possível encontrar esses 
seis elementos, a natureza é uma fonte rica em estímulos sensoriais, sendo considerada a 
principal terapia para a qualidade de vida
32
. Por isso, o contato com a natureza em hospitais, 
clínicas, asilos e escolas é de suma importância na reabilitação e socialização em caso de 
internação, já que diminui os casos de depressão. Dessa maneira, podemos introduzir 
facilmente espaços verdes nos ambientes, como jardins de inverno, paredes verdes, jardins 
externos com espaços contemplativos, ou com um simples vaso posto no ambiente podemos 
trazer este estímulo. 
 
 
28
 COSTI (2000) 
29
 MIQUELIN (1992) apud PILLON (2014 ) 
30
 ULRICH (1983) 
31
 KAPLAN (1977) apud VASCONCELOS (2004) 
32
 VASCONCELOS (2004) 
16 
 
4.3- Efeitos das cores 
De acordo com Marilice Costi, as cores causam diversos efeitos psicológicos, afetam 
o humor e a sensibilidade
33
, podem até mesmo modificar o estado de consciência, induzindo 
um desejo, criando uma sensação de bem estar ou de desprezo em determinados ambientes, 
ela atua como uma energia estimulante ou tranquilizante. Porém, deve-se tomar cuidado com 
tons muito intensos em ambientes que precisem de tranquilidade, essas cores proporcionam 
alta energia eletromagnética, uma só cor em um ambiente com luz constante pode causar 
monotonia.
34
 É evidente que cores quentes e frias causam diferentes sensações ou emoções, 
normalmente as quentes nos causam sensações estimulantes, enquanto as frias trazem calma. 
Acerca disso Góes expõe
35
: Cores quentes: Vermelho, cor que chama mais atenção, associada 
à corrente sanguínea e ao desempenho físico, estimula agressividade; Amarelo: 
antidepressiva, a cor do intelecto, estimula a concentração e a criatividade e tem forte 
influência sobre o aparelho digestivo; Laranja: boa para ambientes festivos, cor da alegria e da 
jovialidade, abre o apetite e aumenta a produção de leite materno na gestação; Preto: devido 
ao efeito isolante evita malefícios ou benefícios das cores presentes em um determinado 
ambiente. 
Cores frias: Verde: equilíbrio, acalma, usada em excesso pode causar depressão, é cicatrizante 
e ajuda no tratamento dahipertensão; Azul: calmante, é usada em terapias de distúrbios 
psíquicos e agitação; Índigo: mistura azul e vermelho, é a cor do brainstorming, estimula a 
atividade cerebral, a criatividade e a imaginação; Violeta: cor de transmutação, da mudança, é 
bactericida e antisséptica, além de estimular a criatividade cerebral; Lilás: tem propriedades 
sedativas e ajuda a relaxar, cor muito usada em ambientes de CTI e UTI; Branco: cor neutra, 
soma de todas as cores, é um caminho aberto às radiações, quem usa branco fica mais exposto 
à ação de todas as cores. Portanto, em se tratando de ambientes de reabilitação química, nos 
quartos, por exemplo, local onde passam mais tempo sozinhas, utilizar a cor amarela, que atua 
como antidepressivo. Nas salas onde são realizadas as reflexões em grupo, utilizar azul, que 
traz conforto e segurança, incentivando a interna a dar seu depoimento. No refeitório 
recomenda-se o laranja, e assim por diante. 
 
 
 
 
33
 COSTI (2000) 
34
 THOMPSON (1996) apud COSTI (2000) 
35
 GÓES (2006) 
17 
 
 CONCLUSÃO 
 
De acordo com as análises obtidas, percebe-se que o problema das drogas é muito 
antigo e cada vez mais a dependência química vem atingindo a sociedade. Para recuperar o 
dependente, são oferecidos diversos tipos de tratamentos, sendo um deles a internação em 
centros de reabilitação, que podem ser muito eficazes com a realização de grupos de apoio, 
contato espiritual e atividades profissionalizantes, dentre outras práticas. No entanto, muitas 
vezes todas essas atividades podem não ser o bastante para uma completa recuperação. 
Constata-se que ambientes mal iluminados, mal ventilados ou até mesmo quentes e 
úmidos, onde pode surgir mofo, interferem na saúde mental e na recuperação do paciente. 
Ambientes desse tipo entristecem e causam solidão e podem tornar a pessoa depressiva, ou até 
gerar outro tipo de doenças, como alergias ou infecções respiratórias. 
Dessa maneira, deve-se considerar a influência do ambiente arquitetônico em relação 
ao paciente, seguindo conceitos para melhor atender as necessidades, utilizando as atividades 
realizadas nos ambientes e seus usuários como foco, aplicando os elementos que trazem 
conforto ao paciente, como o contato com a natureza, a iluminação e ventilação natural nos 
ambientes e o uso da psicologia das cores, que podem eliminar fatores estressantes e 
promover ambientes que remetam a sentimentos de bem-estar, acolhimento, reflexão e 
conexão espiritual. 
Ademais, inserir elementos como shed, claraboia, atrio, lanternin , que forneçam a 
circulação do ar e gerem iluminação natural garante, além do bem estar, a economia de 
energia durante o dia. A inserção de cores em determinados ambientes pode influenciar no 
humor das pessoas, acalmando e trazendo uma sensação de prazer e harmonia para o dia-a-
dia. O contato com a natureza, por sua vez, traz a sensação de paz, tranquilidade, 
espiritualidade, o que pode ser concretizado por meio de jardins de inverno, muros verdes 
entre outros. 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERÊNCIAS 
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Disponível em http://www.casadenazare.org.br/ Acessado em: 10 abril 2017 
Entrevista / Visita realizada no local com a Assistente Social Silviane Paiva. 
 
COLUNISTA – Portal educação – O que é droga? Abril, 2015 
Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/60313/o-que-e-droga 
Acessado em 24 abril 2017. 
 
COSTI , Marilice. A Influência da Luz e da Cor Em Corredores e Salas de Espera 
Hospitalares, Editora Edipu 2002 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. 
FEBRACT - Código de ética, SAULO MONTE SERRAT 
Disponível em: http://www.febract.org.br/?navega=codigo-etica Acessado em: 10 abril 2017 
 
GOES, Ronald de, Manual prático de arquitetura para clinicas e laboratórios. Editora 
Edgard Blucher 2006 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. 
 
JANDIRA MASUR, 1985: Como as drogas atuam no sistema nervoso central da pessoa?. 
Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/como-agem-drogas-sistema-nervoso-central-
hamilton-biscalquini-jr./O que é toxicomania Acessado em: 28 março 2017 
 
OLIVEIRA, Francielly Senra. A influência do ambiente arquitetônico no processo de 
reabilitação dos dependentes químicos. 
 
PILLON, Aline Machado, PEREIRA, Téssia Kapp. Qualificações arquitetônicas para a 
reabilitação de dependentes químicos. 2014 
 
RESOLUÇÃO CONAD Nº 01/2015 – Conselho nacional de políticas sobre drogas 
 
REVISTA COPIOSA REDENÇÃO ANO I-Nº06 ABRIL de 2013- Ir.Silvonete Ap. Soares/ 
https://www.facebook.com/CRCTlardombosco/ Acessado em: 12 abril 2017 
 
SILVEIRA, Dartiu Xavier da, MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama atual de drogas 
e dependências. Atheneu, 2006 Disponível em: Acervo biblioteca Unicesumar. 
TAMIRIS SOARES- Origem das drogas NOV. 27, 2012 
Disponível em: http://hipermidia.unisc.br/prodjol/20122/?p=17. Acessado em: 30 março 2017 
ULRICH, Roger S. View through a window may influence recovery from surgery. 
Science, 1983, v. 224, p. 420-421. 
VASCONCELOS, Renata ThaÍs Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: 
características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. 2004. 176 f. 
Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa 
Catarina, Florianópolis, 2004. 
 
ZANELATTO, Neide A. LARANJEIRA, Ronaldo .O tratamento da dependência química 
e as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Editora Artmed, 2013 Disponível em: Acervo 
biblioteca Unicesumar. 
1-Comunidade Sweetwater Spectrum- Sonoma,EUA - LMS Architects
 - Referencial Formal 
Área Social
Adminstração
Dormitórios
Áreas verdes/horta
Estacionamento
CASOS CORRELATOS
-Organização simples, transição entre semi-público, semi-privado e privados, bem denidos
-Espaços projetados para proporcionar um ambiente sereno e acolhedor.
-Formas simples e familiares, a iluminação é em sua maioria indireta.
-Materiais sustentáveis e duráveis em todo o projeto.
-Capacidade para 16 pessoas. 
-Organizado em blocos
Fonte: Archdaily
 
2- Sister Margaret Smith Addictions Treatment Centre - Canadá, EUA- Montgomery Architects 
 -Referencial Conceitual 
-Relação do tratamento através da arquitetura, ambientes saudáveis para a recuperação.
-Apóia valores essenciais : dignidade, respeito, fé, conança e inclusividade, com grandes janelas 
em todo o projeto, a capacidade de cura da luz natural é uma consideração primordial no projeto.
-Vazios verdes : o edifício foi organizado em torno de dois campos paisagísticos, um para clientes 
residenciais e outro para clientes não residenciais, o edifício cria espaços que oferecem envolvi
mentos com a paisagem exterior. Áreas verdes
Fonte: Archdaily
 
3-C REDEQ-Centro de Referência em Dependência Química - Goiás,BR - Arquiteto Luiz Botosso
 - Referencial Programático
-O programa deste projeto consiste em dormitórios nas laterais, atividades ao centro e 
atendimento na frente.
 Entorno existe uma mata preservada que da sensação térmica e acústica agradável
-Capacidade para 96 pessoas(clínica dia e internação)
Três núcleos residenciais: adulto, adolescente e infantil,as áreas de terapia possuem: 
salas, biblioteca, atelier, anteatro, brinquedoteca e posto de enfermagem
Fonte: Notícias Goiás/Credeq 
 
Área Social
Adminstração
Dormitórios
Áreas verdes
Estacionamento
-O Público alvo escolhido são pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou depen-
dência de substâncias psicoativas em situação de vulnerabilidade social do sexo feminino a 
partir dos 14 anos de idade, incluindo gestantes e mães com lhos até 3 anos de idade, com 
capacidade para 24 pessoas. Foi escolhido o público do sexo feminino, porque apesar de 
mais dependentes homens, consequentemente existem mais comunidades do sexo masculi-
no, assim a ala feminina ca diminuída e com poucas opções deinternação.
PERFIL DO PÚBLICO ALVO
Com a implantação do centro de reabilitação para dependentes químicos na área rural o 
projeto ca livre de algumas leis municipais, mesmo assim algumas leis serão implantadas. 
-Resolução – RDC Nº 29 (ANVISA), 30 de junho de 2011 : Resolução dos requisitos de seguran
ça sanitária para entidades que dão assistência a indivíduos com transtornos consequentes 
do uso e abuso de drogas psicoativas. 
-NBR 9050 / 2015 : Norma que dispõe os padrões técnicos em relação a acessibilidade a edi-
cações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. 
-Lei Complementar nº 102/10: Lei que trata sobre execução do projeto e características das 
edicações no município de Marialva e leis adicionais. 
LEGISLAÇÃO
CONTEXTO E TERRENO
Topograa: O terreno começa com 
a parte mais alta com 580 m a cima do
 nível do mar e vai até a parte mais 
baixa que é 557 m a cima do nível do 
mar, desnível de 24 m.
Vento dominante: Região nordeste 
para sudoeste
Orientação solar: Sol nasce a leste e 
se põe a oesteMaringá
Marialva
Mandaguari
BR 376
AV. Colombo
R. Luís Macente
Terreno
Localização: BR 376, área rural de Marialva
Fonte: Google (adaptado) 
 
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Fonte: Google (adaptado) 
 
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306,29m
248,67m
 Na escolha do terreno foram levados em consideração os métodos de tratamentos usados 
nas clínicas terapêuticas e analisado onde se situam algumas clínicas existentes, feito isso foi 
entendido que para um tratamento adequado, o residente precisa de contato com a natu-
reza, espaço amplo e atividades ao ar livre, outro fator é existir privacidade para os inter-
nos, sem contato com a sociedade. O terreno conta com aproximadamente 57 mil m² de 
área
5
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 m
5
5
7
 m
Fonte: Google (adaptado) 
 
ORGANOGRAMA E FLUXOS
SETOR DE ALOJAMENTOS
SETOR DE SERVIÇOS
SETOR DE ATIVIDADES
SETOR ADMINISTRATIVO
SETOR DE REABILITAÇÃO
Funcionários
Visitante
Residente
Arquivo
Reunião
Copa
DML
Recepção
Diretor
W.C. fem.
W.C.PNE
Recursos humanos
Vestiários
Acolhimento
DML
Lavanderia
Refeitório
W.C
W.C PNE
Almox.
Cozinha
Estoque de
Alimentos
Depósito
Assistente Social
Psicóloga Atendimento Individual
W.C. fem.
W.C. PNE
Consultório Médico
Atendimento Coletivo
DML
Sala TV
W.C
W.C PNE
Quarto 
Pacientes
Quarto 
Plantonista
Almoxarifado
W.C. fem.
W.C. PNE
Salão Beleza
Sala de artesanato
Sala de aula
ÁREA SOCIAL
Acesso visitantes e pacientes Acesso Funcionários
Entrada 
alimentos
SETOR DE APOIO EXTERNO
Sala enfermagem
Espaço religioso
Horta Lago
Sala de informática
PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO
TOTAL: 1.580,37 m² 
14-Psicóloga 18,53m²
15-Assistente Social 14,48m²
1-Recepção 52,12m²
8-Sala de acolhimento 23,99m²
7-Sala para revista do paciente 12,94m²
6-Arquivo geral 13,29m²
5-Recursos Humanos 12,85m²
2-Banheiros Acessíveis 6,22m²
4-Sala de Reunião 27,24m²
3-Sala da Administração 15,32m²
9-Vestiário funcionários masc/fem. 16,86m²
11- Sala do diretor 12,85m²
10-Banheiros func.masc/fem. 5,41m²
12-Copa 15,41m²
13-DML 11,89m²
 Garagem 35,49m²
16- Sala de atendimento individual 14,48m²
17- Sala de atendimento coletivo 28,96m²
18-Consultório Médico 14,13m²
19-Banheiro Comum 5,61m²
21-Enfermária 39,04m²
22-Embarque ambulância 30,61m² 
TOTAL: 206,30m² 
20-Sala de medicamentos 21,62m²
45-Sala de Aula 39,01m²
46-Sala de informática 38,09m²
44-Salão de beleza(aprendizagem) 38,09m²
37-Quarto pacientes 46,41m²
 43-Copa 27,41m²
39-Quarto Plantonistas 12,93m²
41-Lavabo 4,99m²
40-Bwc plantonista 4,78m²
38-Bwc quartos 4,79m²
42-DML 11,24m²
36-Sala de TV 43,38m²
23-Cozinha 49,97m²
25-Estoque de alimentos 20,39m²
27- Vestiário/banheiro fem. 7,80m²
26-Entrada de alimentos 4,95m²
28- Banheiro serviços 6,16m²
29-DML 6,16m²
24-Refeitório 95,40m²
30-Lavanderia 35,21m²
31-Depósito de roupa suja 11,32m²
33-Almoxarifado Geral 29,51m²
 34- Hall 23,92m²
32-Depósito de roupa limpa 11,32m²
35- Banheiro Acessível 3,80m²
48- Almoxarifado esportivo 14,82 m²
47-Sala de artesanato 39,01m²
50-Banheiro Comum 3,05m²
51-DML 5,32m²
49- Almoxarifado salas 14,82 m²
Quadras
CAPELA
Pátio 192,10m²
SETOR ADMINISTRATIVO SETOR DE SERVIÇO
SETOR DE ALOJAMENTOS
SETOR DE ATIVIDADES
SETOR DE REABILITAÇÃO
Terreno Sustentável
- Preservando e ampliando as áreas verdes
- Utilizando a topograa existente, sem movimentações 
de terra, usando fundação corrida e gabião.
 
 Redução do consumo de energia
 -Painéis solares: água quente do chuveiro é aquecida com energia solar
-Ambientes bem iluminados e ventilados naturalmente, gerando economia elétrica -.
Eciência no consumo da água
- Cisternas: armazenagem da água da chuva 
-Sistema de reuso das águas cinzas: tratamento onde a água é destinada à 
rega de plantas, lavagem de calçadas e descargas dos vasos sanitários.
Qualidade ambiental interna
Iluminações zenitais como, a clarabóia que pode iluminar 8 vezes mais 
que uma janela comum e o shed que além disso proporciona ventilação, 
mantendo o ambiente sempre fresco levando embora o ar quente.
Conservação de materiais e recursos
-Uso de telha de bra vegetal (ecológica), cuja matéria-prima principal é a 
bra de celulose, extraída de papel reciclado, além do uso de tijolos 
ecológicos, que é menos prejudicial ao meio ambiente.
CENTRO DE REABILITAÇÃO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS
3-BLOCO DE SERVIÇOS1-BLOCO DE ADM.
ACESSO PRINCIPAL
EST. FUNCIONÁRIOS 
E VISITANTES
LAGOÁREA ESPORTIVA
-AAL/QUADRAS
CAPELA
4-BLOCOS DE DORMITÓRIOS
HORTA
5-BLOCO DE ATIVIDADES
CAIXA D’AGUA
CISTERNAS
PISTA DE CAMINHADA
CENTRAL DE GÁS E RESÍDUOS
EST. FUNCIONÁRIOS 
E AMBULÂNCIA
2-BLOCO DE 
REABILITAÇÃO
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CONCEITO
PARTIDO GERAL
O conceito inicial do projeto é de cura através da arquitetura, 
evidenciando as relações entre o tratamento de dependen-
tes químicos em centros de reabilitação, com os ambientes 
arquitetônicos, analisar como a arquitetura pode ajudar na 
recuperação, e seguir os conceitos para melhor atender as
necessidades do paciente, como o contato com a natu-
reza, a iluminação de ambientes e fazer com que esse 
paciente sinta-se realmente em seu lar, dessa forma po-
demos eliminar fatores estressantes e promover ambien-
tes que remetam a sentimentos de bem-estar, acolhi-
mento, reexão e conexão espiritual. 
Como partido a mata preservada no entorno foi am-
pliada, ''abraçando'' o local, gerando sensação tér-
mica e acústica agradável, isolando o barulho cau-
sado pela BR, trazendo privacidade. Nos blocos fo-
ram usados quatro materiais principais, a madeira, 
o vidro a pedra e a cor branca da alvenaria, em 
todos os blocos foram inseridas também tesouras 
de madeira remetendo a sensação de um lar as
 pacientes, juntos esses elementos buscam pro-
porcionar harmonia, aconchego, um lugar on-
de as pessoas vivem e sentem-se bem. Além 
disso, foram implantadas algumas das carac-
terísticas de certicação LEED de construção
que podemos ver ao longo de todo o proje-
to, Levando em consideração que a luz é o 
principal meio de comunicação entre o in-
terior e o exterior dos ambientes foram uti-
lizadas alguns tipos de iluminação zenital,
elas iluminam o ambiente de maneira 
mais uniforme e com uma maior quan-
tidade de luz do que iluminações late-
rais tradicionais, gerando qualidade 
ambiental nos espaços, foram utiliza-
dos em alguns blocos a mesma co-
bertura de policarbonato usada nos 
pergolados funcionando como uma 
espécie de clarabóia.
Área esportiva
Lago e pista de caminhada
Área de apoio aos visitantes
ENTRADA E SAÍDA 
AMBULÂNCIA
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9
8
6
10
11
12
7
3
5
42
1
4
BR 376 LEGENDA
1-BLOCO ADMINISTRAÇÃO
2-BLOCO REABILITAÇÃO
3-BLOCO DE SERVIÇOS
4-BLOCO ALOJAMENTO
5-BLOCO ATIVIDADES
6-CAPELA
7-CISTERNA ÁGUA CHUVA
8-CENTRAL DE GÁS E RESÍDUOS
9-LAGO
10-PISTA DE CAMINHADA
11-CAIXAS D’AGUA
12-HORTA
13-ÁREA ESPORTIVA
14-CISTERNA ÁGUAS CINZAS
50M30M10M0
Escala Gráca
IMPLANTAÇÃO DO TERRENO
13
Via de acesso 
pela Br
571572573
574575
578 577579 576
580
570 569 568 567 566 565 564 563 562
561
560
559
558
557
14
Setor onde os pacientes e visitantes 
são recepcionados e passam por 
uma revista para assim ingressar no 
centro, onde é realizada toda a 
parte burocrática da internação. 
Neste bloco foi usado o shed para 
melhor iluminação e ventilação na-
tural, além de janelas pivotantes 
que conduzemo ar quente para 
fora da edicação. 
Telha bra vegetal
Estrutura em madeira
 INC:40%
Estrutura em madeira
 INC:27%
SETOR ADMINISTRATIVO
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
SETOR ADMINISTRATIVO
1-Recepção 52,12m²
8-Sala de acolhimento 23,99m²
7-Sala para revista do paciente 12,94m²
6-Arquivo geral 13,29m²
5-Recursos Humanos 12,85m²
2-Banheiros Acessíveis 6,22m²
4-Sala de Reunião 27,24m²
3-Sala da Administração 15,32m²
9-Vestiário funcionários masc/fem. 16,86m²
11- Sala do diretor 12,85m²
10-Banheiros funcionários masc/fem. 5,41m²
12-Copa 15,41m²
13-DML 11,89m²
 TOTAL: 267,29m²
 Garagem 35,49m²
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
PLANTA BLOCO ADMINISTRATIVO
2
2
51112
13
10
10
9
9
6 4 7 8
1
3
Recepção
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3/8
DETALHE JANELA 
PIVOTANTE 
Entrada do ar frio e 
saída do ar quente
0
,5
0
m
1
,4
0
m
0
,5
0
m
Esquadrias 
de madeira
+579
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
Setor voltado a saúde da paciente 
e eventualmente seus lhos, local 
onde são realizadas consultas com 
psicóloga e clínicos em geral, além 
da sala de reexão em grupo, parte 
de grande importância no tratamen-
to, esse bloco também conta com 
iluminação zenital e embarque para 
ambulância.
Nível original do terreno
DETALHE FUNDAÇÃO
Estrutura em madeira
 INC:27%
Estrutura em madeira
 INC:40%
Telha bra vegetal
SETOR DE REABILITAÇÃO
SETOR DE REABILITAÇÃO
14-Psicóloga 18,53m²
16- Sala de atendimento individual 14,48m²
15-Assistente Social 14,48m²
17- Sala de atendimento coletivo 28,96m²
18-Consultório Médico 14,13m²
19-Banheiro Comum5,61m²
21-Enfermária 39,04m²
22-Embarque ambulância 30,61m² 
TOTAL: 206,30m² 
20-Sala de medicamentos 21,62m² Sala de reexão em grupo
PLANTA BLOCO DE REABILITAÇÃO
EMBARQUE 
AMBULÂNCIA
14 15 16 1722
20
19
18
19
18
21
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
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4/8
+577
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
Fundação gabião
No bloco de serviços são realizadas 
as principais atividades domésticas 
do centro, as tarefas da casa são 
divididas e realizadas pelas próprias 
mulheres, consistindo em uma terapia 
ocupacional. Este bloco também 
conta com dois tipos de iluminação 
zenital, o shed na área do refeitório 
e a clarabóia para iluminação da 
cozinha.
Estrutura em madeira
 INC:40%
Estrutura em madeira
 INC:40%
Telha bra vegetal
Cobertura policarbonato
SETOR DE SERVIÇOS
23-Cozinha 49,97m²
25-Estoque de alimentos 20,39m²
27- Vestiário/banheiro fem. 7,80m²
26-Entrada de alimentos 4,95m²
28- Banheiro serviços 6,16m²
29-DML 6,16m²
SETOR DE SERVIÇO
24-Refeitório 95,40m²
30-Lavanderia 35,21m²
31-Depósito de roupa suja 11,32m²
33-Almoxarifado Geral 29,51m²
 34- Hall 23,92m²
32-Depósito de roupa limpa 11,32m²
 TOTAL: 309,71m²
35- Banheiro Acessível 3,80m²
PLANTA BLOCO DE SERVIÇOS
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
33
34
35
25
24
23
31 32
35
29
30
31
27
26
28
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
Refeitório
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5/8
1-Caixa de rentenção e desinfecção:
Retém euentes que garantem o vo-
lume e pressão ás outras etapas.
2- Filtros verticais: Promove a máxima
oculação dos sólidos dissolvidos 
para decantação.
3- Filtros lentos: Promove po-
limento á água de reúso 
garantindo padrões ineren-
tes à água de reúso
4- Cisterna para água de reúso:
Acumula toda a água tratada pelo 
sistema para que retorne à caixa 
d’água 
5- Caixa d’água de reuso: Reserva 
a água tratada pelo sistema para 
distrubuição nos pontos especícos 
1 2
5 34Pontos 
de uso
Sistema de reuzo das águas cinzas
+576
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
A principal função desses blocos é de 
acolher as pacientes, juntos tem capa-
cidade para 24 mulheres, com 3 camas 
em cada quarto, sendo que um dos 
blocos conta com berços para crianças
até 2 anos de idade. Neste setor, além 
do shed, foram previstas janelas com 
venezianas móveis onde é possível 
controlar a quantidade de luz natural 
no ambiente, nos quartos onde existem 
forros o ar funciona como isolante 
térmico natural .
Telha bra vegetal
Estrutura em madeira
 INC:40%
Estrutura em madeira
 INC:40%
Cobertura policarbonato
SETOR DE ALOJAMENTOSETOR DE ALOJAMENTOS
37-Quarto pacientes 46,41m²
 43-Copa 27,41m²
39-Quarto Plantonistas 12,93m²
41-Lavabo 4,99m²
40-Bwc plantonista 4,78m²
38-Bwc quartos 4,79m²
42-DML 11,24m²
 TOTAL: 309,53m² cada bloco
36-Sala de TV 43,38m²
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
36
43
42
39
41
40
37
38
37
38
37
38
37
38
PLANTA BLOCOS DE ALOJAMENTO
Quartos
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6/8
Telha bra vegetal 
inc 40% Terça 15x5 cm
Caibro
Ripas 10x5 cm
DETALHE TESOURA
+573
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
Fechamento em 
vidro translúcido
Estrutura em madeira
 INC:40%
Estrutura em madeira
 INC:40%
Telha bra vegetal
Cobertura policarbonato
Setor onde são realizadas as principa-
isatividades prossionalizantes, onde
são alfabetizadas e aprendem um 
ocio que pode ser exercido assim 
que deixarem a comunidade, ele 
também conta com depósito de 
materiais esportivos.
SETOR DE ATIVIDADES
48- Almoxarifado esportivo 14,82 m²
SETOR DE ATIVIDADES
47-Sala de artesanato 39,01m²
45-Sala de Aula 39,01m²
46-Sala de informática 38,09m²
44-Salão de beleza(aprendizagem) 38,09m²
50-Banheiro Comum 3,05m²
51-DML 5,32m²
 TOTAL: 192,21m²
49- Almoxarifado salas 14,82 m²
0 1m 5m 10m
Escala Gráca0 1m 5m 10m
Escala Gráca
PLANTA BLOCO DE ATIVIDADES
Sala de aula
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7/8
+570
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
CAPELA 
ENTRADA DE LUZ INDIRETA
ALTAR
A capela é um bloco diferente dos 
outros, é o lugar onde o paciente se 
conecta espiritualmente, aqui é deposit-
ada a fé da recuperação. Neste bloco 
foram utilizadas treliças metálicas e 
uma espécie de rasgo de luz na sua 
cobertura assim a iluminação indireta
produzida traz uma sensação de paz 
e acolhimento.
CAPELA
Pátio 192,10m² 0 1m 5m 10m
Escala Gráca
0 1m 5m 10m
Escala Gráca
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8/8
Altar
+575
SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA
Detalhe lateral da 
cobertura em vidro
Detalhe lateral da 
cobertura em vidro Estrutura treliça 
metálica
Viga metálica
Forro de 
madeira
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