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O papel do COREN-AM na visão dos enfermeiros

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62. O PAPELO DO COREN-AM NA VISÃO DO ENFERMEIRO 
 
Ana Paula De SouzaRocche1; Lara Luiza Farias Castro Fernandes2; Bruno Mori3 
 
1 Discente do Curso de Enfermagem, Sede Constantino Nery Faculdade Estácio do Amazonas. Manaus-Amazonas; 
email: aps.rocche@outlook.com; 
2 Mestranda do Curso de Educação UFAM; 
3 Professor Associado ao Núcleo de Pesquisada Faculdade Estácio do Amazonas. Manaus- 
Amazonas; bruno.mori@estacio.br. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente muito tem se discutido sobre o papel dos Conselhos Regionais de Enfermagem em relação aos 
profissionais que atuam no dia a dia da profissão. Questionamentos como: qual a competência especifica do COREN, 
quais são seus objetivos e qual a sua relação com a pratica do exercício profissional expõe uma realidade de constantes 
dúvidas (COREN, 2015). 
O contexto da Enfermagem no Brasil atravessou inúmeras fases, entre elas o governo militar, a repressão 
política, a reorganização dos movimentos sociais em luta por justiça social, liberdade de expressão, direitos trabalhistas 
e de cidadania (PADILHA et al., 2011). 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, utilizando questionário aberto contento 12 perguntas e 
entrevista semiestruturada com 20 enfermeiros de ambos os sexos, que prestam assistência aos pacientes da unidade 
de Emergências Clínica e Cirúrgica do Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lucio Pereira Machado, na Cidade de 
Manaus-AM. Projeto submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Estácio do Amazonas N 1.283.743. 
 
RESULTADOS E CONCLUSÃO 
 
Participaram da pesquisa 20 enfermeiros que compõem a equipe da Unidade de Emergências Clínica e 
Cirúrgica, 18 responderam a entrevista, com média de idade de 40 anos, sendo 13 pessoas (72%) do sexo feminino, e 
5 (28%) do sexo masculino. Ao perguntarmos sobre a titulação dos profissionais 17 pessoas (94%) responderam que 
possuem Especialização e 1 (6%) possui Mestrado. A média do tempo de formação foi de (17%) 1 - 5 anos, (55%) de 
6 - 10 anos, (6%) 11 a 15 anos e (23%) 15 anos ou mais. Perguntamos sobre o tempo que exerce a função de enfermeiro, 
(72%) responderam de 1 a 10 anos e (28%) de 11 a 20 anos. Vínculo empregatício (89%) Terceirizado por 
Cooperativas e (11%) Servidores Públicos, 2 profissionais não aceitaram responder a pesquisa. 
Quando questionados se conheciam o COREN-AM, todos os 18 participantes responderam SIM. 
Quando questionados sobre as atribuições do COREN-AM para o enfermeiro,11 profissionais (61%) 
responderam fiscalizar o exercício profissional ,6 (33%) não souberam responder, 1 (6%) realizar a atualização do 
enfermeiro (Figura 1). 
 
Figura 1. Conhecimento dos participantes sobre as atribuições do COREN-AM para os enfermeiros. 
 
Ao serem argüidos sobre os deveres do enfermeiro frente ao COREN-AM,10 profissionais (55%) não 
souberam responder, 7 (39%) responderam estar apto perante ao Conselho e em dia com o pagamento da anuidade, 1 
(6%) respondeu exercer com Justiça a profissão. 
Questionados sobre a importância do COREN-AM para o desenvolvimento profissional, 10 enfermeiros 
(56%) responderam garantia da atuação profissional enfermeiro com ética, 4 (22%) responderam que o COREN-AM 
mailto:bruno.mori@estacio.br
não é importante para o desenvolvimento profissional,2 (11%) responderam emissão da carteira,2(11%) 
não opinaram (Figura 2) 
 
Figura 2. Opinião dos participantes sobre importância do COREN-AM para o desenvolvimento 
profissional. 
 
Os resultados observados na análise dos profissionais entrevistados revelaram que a maioria dos 
participantes compreende que a função primordial do COREN-AM entre outras é normatizar e fiscalizar o 
exercício profissional. Contudo é relevante informar que mesmo conhecendo a sua entidade representativa, 
o seu Código de Ética norteador das normas reguladoras do exercício, não sabem responder quais são os seus 
deveres perante ao órgão, acreditando por minoria ser apenas o pagamento da anuidade, mostrando não ter 
participação ativa em decisões que promovem a valorização profissional. Ainda no cenário atual o 
profissional entende a importância do COREN-AM, mesmo utilizando raramente serviços administrativos, 
compreende que a Enfermagem para ser exercida de forma ética necessita do seu órgão fiscalizador, por 
outro lado com uma abrangência de fiscalização de 62 municípios, e apenas cinco pessoas compondo essa 
equipe,um grande desafio para assim fiscalizar as instituições averiguando entre outras questões como 
ambiente de trabalho e o dimensionamento no qual o enfermeiro está inserido. 
 
CONCLUSÃO 
 
E é com essa ótica que o profissional enxerga o COREN-AM, como um órgão necessário para o exercício 
regular da profissão porém que deixa ainda a desejar em representatividade frente aos desafios enfrentados 
no dia a dia no profissional. Fortalecer seus meios de comunicação, ampliar sua grade de cursos promovendo 
um conhecimento maior sobre as suas atividades, contratar mais profissionais para compor sua equipe de 
fiscais e colocando sua junta governativa mais próximo das rotinas dos profissionais, pode ser a melhor 
forma de aproximar o COREN-AM dos profissionais que participam desta entidade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Disponível em: <http://www.coren-am.com.br> Acesso em 10 junho 2015 Disponível em: 
<http://www.cofen.gov.br> Acessoem 8 junho 2015. 
PADILHA, M. ;BORENSTEIN, M.; SANTOS, I. ENFERMAGEM HISTÓRIA DE UMA 
PROFISSÃO. 1ed. São Caetano do Sul: Difusão,2011. 
 
http://www.coren-am.com.br/
http://www.coren-am.com.br/
http://www.cofen.gov.br/
http://www.cofen.gov.br/

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