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Interpretação do Leucograma

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LEUCOGRAMA 
❖ Interpretação dos parâmetros leucocitários (valores relativos e absolutos do perfil leucocitário e informações 
sobre a morfologia dos leucócitos) 
❖ Na lâmina contamos até 100 leucócitos e classificar cada um deles (será o valor relativo, pois haverá uma 
porcentagem e depois esse valor será transformado em absoluto fazendo uma regra de 3 com o valor total 
do leucócito pelos achados nas maquinas) 
❖ Os valores relativos (porcentagem) devem sempre serem transformados em absolutos para poder ser feita a 
comparação dos valores de referência e interpretá-los 
❖ Na tabela é sempre olhado o valor absoluto 
❖ Nele é possível ver alterações morfológicas ou endoparasitas que podem entrar nessas células brancas 
 
INTERPRETAÇÃO DOS PARÃMETROS LEUCOCITÁRIOS 
➢ Variação fisiológica dos valores das células brancas intra/inter-espécie (cães, equinos e felinos predominam 
neutrófilos de forma fisiológica) 
➢ Alterações morfológicas (é comum ocorrerem no citoplasma de neutrófilos por conta de infecções, pelas 
alterações toxicas – na verdade são os grânulos primários que vêm para os neutrófilos maturos porque 
ocorreu aceleração na maturação, que ficou meio descontrolada) 
➢ Alguns padrões de coleta influenciam nos resultados (felinos principalmente – quando estressam a 
adrenalina movimenta uma quantidade de neutrófilo do compartimento marginal para o circulante, 
podendo aumentar) 
➢ Deve-se interpretar sempre junto do histórico e exame clinico, para comparar se as alterações laboratoriais 
encontradas condizem com a suspeita 
LEUCOCITOSE = aumento de leucócitos totais (são mais comuns e com sinais menos graves) 
LEUCOPENIA = diminuição de leucócitos totais (pode já ser uma alteração super aguda, ou que a medula já não 
consegue mais fazer a produção deles, ocorrendo a diminuição 
➢ [ ] anormais de leucócitos no sangue podem acabar levando a desvios 
→ Dependendo da demanda tecidual os neutrófilos que estavam armazenados são liberados e os imaturos 
também são liberados (bastonetes) 
→ Quando houver um aumento dos imaturos acima do normal isso é chamado de desvio à esquerda (em 
caninos e felinos é possível encontrar até 300 bastonetes por microlitro de sangue em um animal 
normal, mas acima disso já é aumento, considerado desvio a esquerda) 
→ A presença de neutrófilos hipersegmentados caracteriza um desvio a direita (o neutrófilo envelhecido 
não consegue sair, permanecendo muito tempo na circulação e acaba tendo maior numero de 
segmentos em seu núcleo 
→ Desvio à esquerda: sangue periférico contem pequeno número de neutrófilos imaturos (até 300 
microlitro por bastonete) – o aumento da liberação de neutrófilos imaturos leva a uma maior demanda 
funcional de neutrófilos nos tecidos 
 Regenerativo: quando há aumento do número de células imaturas (bastonetes), mas ainda 
prevalece o número de maturos (neutrófilos segmentados), ocorrendo leucocitose (aumento dos 
leucócitos totais) e neutrofilia (aumento dos neutrófilos segmentados em relação aos não 
segmentados) – a medula óssea ainda está conseguindo maturar 
 Degenerativo: predomínio dos neutrófilos não segmentados em relação aos segmentados, 
ocorrendo leucopenia ou normalidade, além de poder ocorrer leucocitose (rara) 
→ Desvio à direita: hipersegmentação de neutrófilos por permanecerem muito tempo na circulação, sendo 
uma das causas para isso a presença de glicocorticoide (animal com hiperadrenocorticismo, ou que 
esteja recendo corticoide como medicamento por um bom tempo) e desfazem a adesão dos neutrófilos 
ao endotélio dos capilares para saírem dos tecidos 
→ Leucocitoses: fisiológica (só há movimentação dos leucócitos, sendo eles redistribuídos no espaço 
intravascular), reativa (há produção, liberação e ingresso tecidual em resposta a um processo 
inflamatório) e proliferativa (quando há proliferação desordenada na medula óssea que acaba 
produzindo mais determinado tipo de leucócito) 
 Na fisiológica há liberação de adrenalina e corticoesteroide (no stress agudo há liberação da 
adrenalina que faz a movimentação, assim como o corticoide em casos de stress crônico devido a 
enfermidade ou dor) fazendo a movimentação dos neutrófilos do compartimento marginal para o 
circulante – há neutrofilia, linfopenia, eosinopenia, monocitose em cães e desvio à direita 
(leucograma de estresse) 
 Na reativa ela pode ocorrer devido a uma infecção local ou sistêmica, inflamação, necrose tecidual, 
doenças imuno-mediadas inflamatórias (artrite reumatoide) ou não inflamatórias (anemia 
hemolítica autoimune), tumores, etc. com liberação de citocinas em processos infecciosos, que 
estimulam a medula a produzir maior numero de neutrófilos, por exemplo – ocorrem com ou sem 
desvio à esquerda e o grau de leucocitose varia com a espécie (uma maior taxa da relação neutrófilo 
: linfócito leva a uma maior resposta, pois o N sendo aumentado, significa que a medula está 
produzindo mais dessas células para tentar combater a inflamação- no bovino pode ser que não 
aumente tanto, porque eles devem ultrapassar os L, além de o compartimento de armazenamento 
de N deles ser muito restrito) 
 Na proliferativa ocorre um problema direto na medula, sendo que ela começa a produzir 
determinado tipo de célula, ou seja, uma mudança neoplásica da célula pluripotencial, como em 
casos de leucemias (linfocítica ou mieloide) 
 Reação leucemóide: tem aumento excessivo de 1 tipo de leucócito, mas os outros podem estar 
presentes, chamada assim, pois é semelhante ao que ocorre nas leucemias, sendo, nesse caso, uma 
leucocitose inflamatória intensa, podendo ser neutrofilia inflamatória intensa, desvio à esquerda 
regenerativo ou lesões supurativas locais (piometra canina, pleurite ou piotórax, peritonite, 
prostatite, pneumonia) 
MECANISMOS DAS NEUTROFILIAS 
→ Aumento de neutrófilos por proliferação exagerada da medula, pela movimentação do compartimento de 
estoque medular para o sangue, movimentação do compartimento marginal para o compartimento 
circulante, ou pela diminuição da saída deles por conta de sua entrada do sangue para os tecidos 
→ Neutrofilia inflamatória aguda: nos padrões inflamatórios há demanda tecidual por neutrófilos para que 
exerçam seu efeito de fagocitose de bactérias passando em maior numero pela circulação 
 Existem alguns poucos processos inflamatórios que não representam neutrofilia como cistite, fungos na 
pele (locais quem as citocinas não chegam, ficando esses mediadores, então, perdidos então fazem o 
estimulo para neutrofilia), ou no cérebro e medula espinhal (são ambientes protegidos e as citocinas 
acabam não atingindo) 
 Neste processo há grande número de células imaturas (bastonetes), aumentado a demanda tecidual dos 
que já estavam maturos e saída dos imaturos, sendo assim é comum ver em neutrofilias o desvio a 
esquerda associado 
→ Neutrofilia inflamatória crônica: nela já ocorreu uma hiperplasia granulocítica (no processo infamatório 
agudo já deu tempo de produzir muito mais citocina e chegar mais estimulo na medula, aumentando as 
células precursoras dos neutrófilos segmentados) 
→ Neutrofilia fisiológica: a adrenalina faz o movimento do compartimento marginal para o circulante e os 
neutrófilos acabam aumentando na circulação 
→ Neutrofilia por esteroides: o corticoide pode aumentar em casos de estresse, hiperadrenocorticismo 
(síndrome de Cushing com aumento da produção de corticoide pelas adrenais), ou recebendo medicação 
por muito tempo 
LINFOCITOSE 
→ Aumento dos linfócitos totais 
→ Linfocitose inflamatória crônica: quando houver exposição a antígenos que fizeram estimulação já por um 
período crônico, havendo resposta imunológica para produzir mais anticorpos pelos linfócitos (eles podem 
aumentar para aumentar a produção – os locais que ocorrem esse aumento são nos linfonodos) 
→ Linfocitose fisiológica: relacionada a adrenalina, que movimenta os linfócitos que também estão no 
compartimentomarginal do endotélio e voltam para a circulação 
→ Linfocitose linfoproliferativa: por proliferação de linfócitos (depende do progenitor, como ocorre nos casos 
de leucemias e linfomas, que fazem aumentar os precursores de linfócitos, sendo eles produzidos em maior 
número nos tecidos linfoides e circulação) 
→ Leucose bovina: doença viral dos bovinos, causando proliferação dos linfócitos que aumentam bastante, 
levando ao aumento do numero total 
 
EOSINOFILIA 
→ Aumento do número de eosinófilos 
→ Pode ocorrer em parasitismo (principalmente os gastrointestinais, liberam substancias que chegam à medula 
óssea e estimulam o aumente da produção e liberação de eosinófilos) ou em condições alérgicas (há ação 
das histaminas, que atraem os eosinófilos, pois eles possuem grânulos com histaminase para tentar atenuar 
a atividade da histamina) 
→ Pode também ocorrer em algumas doenças que liberam mastócitos que também liberam histamina e que 
fazem a atração dos eosinófilos (pele, pulmão, útero, intestino) – cadelas com piometra podem possuir, 
assim como neoplasias de mastócitos, como no mastocitoma 
→ Pode ocorrer também na leucemia eosinofilica (condição proliferativa da medula na linhagem de eosinófilos) 
 
BASOFILIA 
→ Aumento do número de basófilos na circulação 
→ É mais rara de ser observada, mas quando está presente é geralmente associada com a eosinofilia por conta 
de alergias, parasitas e neoplasias, além da leucemia basofílica 
 
MONOCITOSE 
→ Aumento do número de monócitos na circulação 
→ Pode ocorrer por corticoesteroides em cães, processos inflamatórios crônicos (aumento de neutrófilo por 
hiperplasia granulocítica, além de já ter dado tempo de aumentar o número de monócitos) e leucemia 
monocítica (é mais rara) 
 
LEUCOPENIA 
➢ [ ] anormais de leucócitos no sangue podem acabar levando a leucopenias, ou seja, diminuição dos 
leucócitos totais por neutropenia ou linfopenia, pois estes são os que estão em maior número, enquanto os 
outros, por já serem em valor diminuído, não vão alterar para menos os leucócitos totais 
→ Por neutropenia: através de infecções bacterianas agudas, nas quais ocorre uma demanda muito rápida 
dos neutrófilos circulantes até que cheguem aos tecidos (endotoxemia, peritonite aguda, pneumonia 
por aspiração) 
 Mecanismo: pode haver produção diminuída por algo que esteja afetando diretamente a medula 
óssea, utilização acelerada da demanda tecidual e saída acelerada progressiva do compartimento 
marginal para sair do tecido 
 Ex: resposta inflamatória aguda/aguda grave, onde a demanda é muito acentuada com migração 
tecidual dos neutrófilos que estavam na circulação para o tecido em maior escala em relação a 
liberação de novos neutrófilos da medula para o sangue (com o aumento dos metamielócitos e 
bastonetes – ambas formas imaturas – acaba ocorrendo um desvio à esquerda, sendo nesse caso 
degenerativo, pois os imaturos, ao serem somados, são maiores que os maturos) 
 Neutropenia inflamatória: nos casos de infecção bacteriana hiperaguda (exame realizado algumas 
horas após a introdução de agente infeccioso no organismo e os neutrófilos saem da circulação, são 
liberados no compartimento de armazenamento da medula vão até o tecido, pois ela tem até 2 dias 
para ser estimulada), por doença inflamatória aguda (também pode ocorrer da mesma maneira), 
como pneumonia por aspiração – nos bovinos pode ocorrer essa neutropenia aguda devido ao seu 
compartimento reserva da medula 
 Neutropenia por endotoxemia: algumas endotoxinas de bactérias Gram negativas fazem essa 
movimentação dos neutrófilos do compartimento circulante para o marginal, ficando aderidos ao 
endotélio 
 Neutropenia secundaria à produção reduzida (hipoplasia granulocitica): infecções virais como FELV e 
parvovirose, infecções por riquétsia como Erlichiose canina, toxicidade por drogas (estrógenos, 
agentes quimioterápicos), radiação e mieloptise (diminuição das células sanguíneas e substituição 
por tecido fibroso na medula óssea) 
 Neutropenia por produção inefetiva ou diminuída: é imunomediada (anticorpos são produzidos 
contra eles), resultando na sobrevivência reduzida dos neutrófilos (não há produção normal, sendo 
assim seu estoque estará diminuído, comprometendo sua saído e, por isso, não há desvio a 
esquerda) – redução da produção de todas as linhagens na medula óssea (pancitopenia) 
→ Por linfopenia: através de infecções virais, pois ocorre lise dos linfócitos (cinomose – no início ocorre 
estimulo da resposta imunológica e o animal acaba produzindo mais linfócitos, mas geralmente quando 
a enfermidade já está mais avançada, há diminuição dos linfócitos) 
 Por glicocorticoides: chamada de linfopenia de estresse, os corticoides tem efeito linfotóxico, 
fazendo sua produção diminuir 
 Linfopenia por depleção: quando ocorre ruptura do sistema linfático (efusão linfoide – acumulo da 
linfa rica em linfócitos na cavidade torácica, sendo chamado quilotórax) 
 Hipoplasia ou aplasia linfoide: ocorre pelo uso de drogas imunossupressoras, radiação, infecções 
virais, diminuindo a produção na medula 
 Linfopenia inflamatória aguda: diminuição dos linfócitos da circulação – os mediadores fazem 
alterações desses linfócitos, através de citocinas do processo inflamatório, movimentando-os para 
os tecidos 
EOSINOPENIA 
→ Normalmente os eosinófilos já são diminuídos na circulação, mas também não é comum que sejam mais 
diminuídos ainda, porem pode acabar ocorrendo 
→ Por glicocorticoides: através de estresse crônico (libera corticoides endógenos), hiperadrenocorticismo e 
administração de corticoides 
→ Por estresse agudo: adrenalina diminui o movimento dos eosinófilos 
→ Por hipoplasia ou aplasia medular: não há produção das células ou ela é diminuída 
 
*fibrinogênio: é bom dosá-lo em bovinos e equinos para sabe sobre processos inflamatórios, sendo que bovinos 
possuem fisiologicamente os neutrófilos em maior quantidade e, no processo inflamatório, eles são ainda mais 
aumentados, mas como a reserva dos neutrófilos na medula deles é pouca, pode nem levar à neutrofilia e 
leucocitose, por isso, muitas vezes, na inflamação aguda, é bom dosá-lo, pois aumenta rapidamente o fibrinogênio 
(ele é produzido nos hepatócitos – no processo inflamatório o sistema fagocítico mononuclear é ativado liberando 
citocinas como IL-1 e TNF, ativando no fígado os hepatócitos a produzirem mais fibrinogênio)

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