Buscar

a-noAAúo-de-dolo-penal-no-direito-positivo-brasileiro-e-a-justiAa-em-aristAteles

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

E-mail para contato alberto-ah-30@hotmail.com IES: ESTÁCIO SERGIPE
Autor(es): Alberto Hora Mendonça Filho; Ana Vitória Gonzaga de Carvalho; Glayce Fernanda Santos
Palavra(s) Chave(s): Dolo; Aristóteles; Vontade; Direito Penal.
Título: A NOÇÃO DE DOLO PENAL NO DIREITO POSITIVO BRASILEIRO E A JUSTIÇA EM ARISTÓTELES
Curso: DIREITO
Ciências Jurídicas
RESUMO
Nascido em Estagira; aldeia integrante do reino macedônico; Aristóteles desenvolve-se; intelectualmente; a partir do estudo das ciências da 
natureza; destacando; inclusive; na Academia de Platão. O seu destaque; nas mais diversas áreas; levou-o a ensinar Alexandre; o Grande; criar o 
seu Liceu; escrever a constituição de Atenas e marcar o auge do pensamento clássico (TIERNO; 2008). Desde Sócrates; verifica-se uma ruptura 
interessante do pensamento em voga no período marcado pela convencionalidade dos temas e da antiga legitimação das leis pelos mitos e 
religião. em verdade; a filosofia de Aristóteles ergue-se a partir da teleologia e da honorabilidade. Significa dizer que; segundo a perspectiva 
aristotélica; a justiça deve observar a finalidade da prática social em questão (télos) e as virtudes que lhe são inerentes (SANDEL; 2011). Divorcia-
se então Aristóteles do dualismo de seu antigo mestre Platão; de tal modo o mundo era uno; mas dois tipos de conhecimento – o intelectual e o 
empírico (MARCONDES; 2004.). Considerando a natureza política do ser humano; Aristóteles atrela a Eudaimonia (a busca por uma vida boa na 
pólis) ao propósito da vida (ARISTÓTELES; 1998). no entanto; como dito; o seu pensamento valoriza a finalidade; como consequência o agir justo 
não é apenas um mero fato; mas sim o fato e sua intenção. Assim; a voluntariedade é imprescindível para a aferição da (in)justeza de 
determinada conduta (MASCARO; 2016). a partir da teoria de Aristóteles a respeito do justo; objetiva o presente trabalho a analisar as suas 
contribuições para a noção de dolo penal no direito positivo brasileiro. Metodologicamente; é bibliográfico-documental; pois adota documentos 
que não receberam tratamento analítico (como a legislação); bem como livros e artigos científicos. a hipótese que se pretende confirmar é a de 
que; com a adoção da finalidade como critério para averiguação da (in)correção do ato; Aristóteles contribui para o posterior conceito de dolo; 
sobretudo no movimento finalista. Como resultado; verifica-se a confirmação desta. Afinal; o artigo 18 do Código Penal brasileiro determina que 
o crime é doloso quando o agente pretendeu o resultado ou assumiu o risco de sua produção; sendo que a regra é a punição apenas dos crimes 
dolosos (BRASIL; 1940). Além disso; quando Aristóteles atrela a vontade à conduta humana; antecipa o deslocamento da culpa em sentido lato ao 
fato típico (deixando de integrar a culpabilidade; dentro do conceito analítico de delito); realizado pelo movimento finalista; cujo criador foi o 
HANS Welzel; na primeira metade do século XX (BRANDÃO; 2000). para a teoria finalista; toda ação; essencialmente; é finalística; ou seja; detém 
um pré-estabelecido; não sendo possível dissecar o agir da vontade (GALLO; 1967). Costumeiramente; verificam-se a projeção do pensamento da 
filosofia aristotélica dentro da tradição filosófica; pois; muito tempo após; a sua construção teórica foi aplaudida por outros pensadores; tais 
como São Tomás de Aquino e; até mesmo; Karl Marx. Interessante então pontuar que; assim como em outras áreas; o aristotelismo contribuiu 
para temas do Direito. no caso do Direito Penal; seu pensamento fornecerá subsídios que foram consagrados jusfilosoficamente na doutrina e na 
legislação. Constata-se então que; mesmo transcorridos milênios; a sua lógica para aferição da (in)correção da conduta humana; de certo modo; 
é válida; pois a regra é a punição apenas dos delitos cometidos dolosamente. É claro que houve um amadurecimento teórico; do qual adveio o 
embasamento para justificar também a responsabilização de atos cometidos a partir da assunção do risco de produção de um resultado (dolo 
eventual) e também aqueles provenientes da culpa (imprudência; imperícia e negligência). no entanto; nada disso retira os méritos de sua 
proposta; considerando; sobretudo; a incipiência histórica de sua formulação e também a sua confirmação histórica. Afinal; Aristóteles; adotando 
a postura típica do filósofo (tal como pressupunha Sócrates); debruçou-se sobre as mais variadas temáticas; sendo; de fato; bastante 
enriquecedora a sua proposta sobre o agir justo para a dogmática penal.
Ciências Jurídicas
DIREITO
XIII Seminário de Pesquisa da Estácio

Continue navegando