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Revista Maranhão Turismo janeiro fevereiro 2020

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Ano XXX
São Luís - MA - Brasil
Janeiro/Fevereiro- 2020 
R$ 15,00 
DESDE 1990
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Breve memória dos 
antigos carnavais 
do Maranhão
8/21
Blocos Tradicionais 
Singular expressão da 
diversidade cultural 
maranhense
29
22/25
Temporada oficial do 
Carnaval 2020
32/35
47
40 anos do Bloco das 
Carroças em Rosário-MA
Carnaval aquece 
mercado e amplia 
oportunidades para 
pequenos negócios
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Bloco Tradicional “Os Foliões”
A Revista Maranhão Turismo, que se posiciona e 
se fortalece a cada ano como peça de resistência na 
defesa do turismo do Maranhão, desenvolve um tra-
balho que abrange diversas facetas, dentre as quais o 
resgate das raízes culturais do nosso Estado, prolífico 
em relação à diversidade cultural. O carnaval mara-
nhense, portanto, possui desde as suas origens, nos 
tempos coloniais, manifestações que marcaram épo-
ca e que deixaram rastros que ainda produzem ecos 
no atual formato das nossas assim chamadas ‘brinca-
deiras”.
Nesta edição, fazemos referências a manifesta-
ções antigas, tais como a Chegança, o Congo, o Coco, 
o Fandango, a Caninha Verde, o Baralho. Passeamos 
pelos Cordões de Fofões, Dominós, Ursos, Colombi-
nas, Cruz-Diabos, com a ocorrência dos chamados 
Assaltos, dentre outros. Fizeram fama os Cordões e 
Ranchos de Ursos (que possuía perfil carnavalesco de 
origem europeia, adaptado ao ambiente maranhen-
se), com apresentações de autos com figuras como os 
Ursos Caprichosos, Cachorros e outros personagens. 
Relembramos a magia do Tambor-de-Crioula e de 
forma saudosista a Casinha da Roça, que representa 
um dos pontos mais altos da nossa rara e iluminada 
criatividade momesca.
Criatividade que nos fez merecer a beleza dos 
nossos blocos tradicionais do Maranhão, que mere-
cem o devido respeito (algo que tem rareado entre 
os nossos gestores), em razão da enorme contribui-
ção à nossa cultura. Ligados, na sua origem, a clubes 
tradicionais ou de perfil mais humilde, expressando 
as aspirações da elite econômica ou representando 
bairros ou segmentos profissionais, a proliferação dos 
mesmos remonta ao século XX, e eles surgiram como 
desdobramentos de manifestações anteriores, tais 
como o Fandango, a Caninha Verde e a Chegança.
Como não celebrar os antológicos e licenciosos 
bailes de máscaras de Moisés Silva, que eram frequen-
tados por todas as classes sociais da cidade. Ele sem-
pre adotava um nome diferente para seus clubes: Ni-
ght and Day, Globo da Folia, Gruta de Satã, ambientes 
sempre muito bem decorados. As mulheres entravam 
de graça nos bailes, contanto que estivessem masca-
radas, artifício para atrair os homens.
O folião no carnaval só precisa de disposição, ale-
gria, criatividade e vontade de brincar para que con-
tinue enchendo os nossos corações de esperança na 
necessária fraternidade entre os homens.
Boa Leitura!
Revista Maranhão Turismo
Editora-Chefe
Léa Zacheu
Administrativo Financeiro
Sérgio Quirino 
Revisão
Lara Zacheu
Reportagem
Paulo Melo Sousa
Publicidade
Léa Zacheu
Assistente Comercial 
Lena Moreira
Impressão
Gráfica e Editora Lucena
Diagramação
Renê Caldas (renecaldas0@gmail.com)
Fotos
Charlles Eduardo
Djalma Raposo
Foto capa
Charlles Eduardo
Colaboradores
Danielle Vieira
Franci Monteles
Euvaldo de Jesus Pereira
Nilcimeire Sousa
Os anunciantes são os únicos responsáveis por todos os conceitos, 
conteúdos, erros, falhas, incoerências, informações, imagens, ofertas, 
opções, propostas, textos e similares constantes das próprias matérias 
promocionais, peças publicitárias e semelhantes publicadas nesta edição.
Rua 10, Nº 20 São Francisco São Luís - Maranhão- Brasil • CEP – 65076-520
Fone: (98) 98152 0970 (Tim) • (98) 99607 3423 (Oi) • (98) 98211 1426 (Tim)
E-mail: revistamaturismo@gmail.com
www.revistamaranhaoturismo.com
@revistamaturismo
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Representante em São Paulo - Rua Ministro Gastão Mesquita, 
nº 538, São Paulo - SP • CEP: 05012-010
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Bloco Tradicional “Os Feras”
Maranhão Turismo 7 
8 Maranhão Turismo
BREVE MEMÓRIA DOS 
ANTIGOS CARNAVAIS 
DO MARANHÃO
 Existe mais ou menos um consenso en-
tre os pesquisadores de que o carnaval mara-
nhense teria surgido no apagar das luzes do 
século XVIII a partir da prática do Entrudo, ou 
seja, uma brincadeira na qual os participantes, 
durante a folia momesca, jogavam uns contra 
os outros, luvas com recheio de areia, farinha, 
água, limões de cheiro, tapioca de goma, den-
tre outras coisas, visando sujar e lambuzar a 
todos, numa pândega coletiva e amistosa. Da 
mistura das culturas europeia, indígena e afri-
cana, fruto da nossa colonização, o carnaval 
aqui praticado começou a apresentar manifes-
tações que denunciam as raízes formativas da 
nossa sociedade, e ao longo do século XIX 
algumas brincadeiras surgiram e se desen-
volveram, tais como o Fandango, o Coco, o 
Baralho, os Autos, a Chegança e o Congo, 
estes dois últimos bem conhecidos na Bahia, 
Pernambuco e em alguns outros estados, mas 
citados apenas de forma casual como folgue-
dos outrora aqui existentes.
POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PÚBLICO / ACERVO PROMEM 
Maranhão Turismo 9 
BREVE MEMÓRIA DOS 
ANTIGOS CARNAVAIS 
DO MARANHÃO
O grande pesquisador mara-
nhense Antônio Lopes deixou-nos 
informações sobre a Chegança, que 
também existia em outros estados 
do país. No entanto, considerou a 
nossa como a mais completa que 
presenciou. Relatando que a for-
matação da Chegança maranhense 
apresentava uma série de Autos, nos 
quais se inseria no episódio central 
episódios outros, também chama-
dos de jornadas, tais como o do 
Mouro, do Imediato, do Piloto, do 
Mestre, da Marujada, informa Lopes 
que “em quase todos os estados 
brasileiros somente se conhece por 
Chegança algum desses episódios. 
Em outros, dá-se o nome de ‘Che-
gança’ ao que se denomina ‘Fandan-
go’ no Maranhão, isto é, um auto 
coreográfico acerca da guerra entre 
dois povos africanos, ao passo que a 
palavra ‘fandango’ naqueles, desig-
na simples dança”. Essa brincadeira 
era dançada em Portugal, no século 
XVIII, lembrando as lutas entre os 
portugueses e os mouros.
O Fandango também era 
conhecido em outros lugares 
do país, de norte ao nordes-
te, como Barca. Festa popular 
em homenagem a marinhei-
ros, ainda hoje encontra eco 
nas fantasias de marujos que 
de vez em quando aparecem 
em nosso carnaval. No sul 
era conhecido como Fandan-
go-Baile. Tida como antiga 
dança espanhola, foi adotada 
pelos negros do Maranhão e 
adaptada á nossa conjuntura 
histórica .
Personagem de “Fandango”, por José Jansen
10 Maranhão Turismo
Sobre a Caninha Verde, “a 
Brincadeira trazida do Minho, 
Portugal, consiste em canções 
e uma representação dramáti-
ca. Originariamente tratava-se 
de um divertimento ligado ao 
fim das colheitas, uma brin-
cadeira de roda envolvendo 
homens e mulheres (pare-
cida com quadrilha junina). 
Urbanizou-se no Maranhão, 
tendo versões carnavalescas 
frequentes até 1950 e ainda 
é apresentado ocasionalmen-
te”, segundo Mathias Röhrig 
Assunção, em “Resgatando o 
carnaval de rua: a fuzarca ma-
ranhense contra a homogenei-
zação nacional-global”. Ainda 
hoje a brincadeira da Cana 
Verde existe em Paraty, tendo 
se desenvolvido no Ceará, so-
bretudo nas áreas praianas.
No início do século XX 
novas formas de expressão 
surgiram no carnaval mara-
nhense, notadamente na capi-
tal, São Luís. Foi o momento 
em que os Cordões e os Ran-
chos tiveram vez, alcançando 
grande expressão até a década 
de 1970. 
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Maranhão Turismo 11 
Os Cordões eram grupos 
de pessoas fantasiados, ten-
do como personagens os Do-
minós, Pierrôs,Colombinas, 
Fofões, Ursos, Cruz Diabos, 
Baralho, com a ocorrência dos 
chamados Assaltos, dentre 
outros. Fizeram fama os Cor-
dões e Ranchos de Ursos (que 
possuía perfil carnavalesco de 
origem europeia, adaptado ao 
ambiente maranhense), com 
apresentações de autos com 
figuras como os Ursos Capri-
chosos, Cachorros e outros 
personagens. O Cruz-Diabo 
era fantasia típica do Mara-
nhão, apresentando roupa ver-
melha, ornada com galões e 
lantejoulas, calções e casaca, 
cabeça com chifre e portando 
um tridente na mão.
De todos eles ainda sobrevivem 
os Fofões, graças a um resgate que 
tem sido feito sobretudo por artis-
tas, ultimamente. O Fofão é “um 
personagem que se caracteriza por 
performance gestual de alonga-
mento e abertura de braços e per-
nas, pequenos pulos cadenciados 
e lentos, curvando-se sutilmente 
para oferecer uma boneca de plás-
tico que carrega consigo presa às 
mãos numa solicitação de ajuda em 
dinheiro ou outros incentivos para 
a brincadeira (um gole de bebi-
da)...: sua origem remonta aos pa-
lhaços medievais, bobos, clowns e 
a comedia del’arte. Sua indumentá-
ria consta de um macacão bufante 
e folgado confeccionado em cetim 
ou chitão estampado, franzido nos 
ombros, gola, punhos e tornozelos, 
com folhos nas extremidades e gola 
de pontas com guizos de metal nos 
bicos de tecidos que tilintam e as-
sim, anunciam sua aproximação”, 
informa o designer e pesquisador 
Cláudio Vasconcelos.
“Cruz Diabo”, por José Jansen
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Bicho Terra década de 50
12 Maranhão Turismo
A DOCE LIBERTINAGEM 
DOS ANTIGOS BAILES 
DE MÁSCARAS
Ao lado da ascensão do chamado car-
naval dos cordões, com seus fofões, ursos, 
cruz-diabos, e o surgimento dos blocos 
tradicionais, desenvolveu-se também, ao 
longo do século XX, o carnaval nos clubes, 
os corsos e os bailes de máscaras, que já 
eram comuns em fins do século XIX. No 
início do século passado, os jornais já da-
vam notícias a respeito dessa prática com 
bailes no antigo Teatro São Luís, hoje Ar-
thur Azevedo: “Com uma casa a cunha, 
era gosto ver a profusão harmoniosa de 
máscaras e convidados que enchiam os 
seus amplos salões” (A Rua, 18 de feve-
reiro de 1915).
POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PÚBLICO / ACERVO PROMEM 
Maranhão Turismo 13 
Inicialmente organizados pelas famílias 
de maior poder aquisitivo de São Luís em 
clubes como o Casino Maranhense, o Lítero 
e o Jaguarema, os bailes mais populares, por 
sua vez, aconteciam em ambientes que se 
tornaram famosos, com evidência para o Bi-
gorrilho, Berimbau, Cantareira, Rasga Sun-
ga, Cabana do Pai Tomás, Lunáticos, Havaí, 
Vassourinha, Inferno Verde, Saravá, Rei Pelé, 
Gruta de Satã, dentre outros, que atingiram 
seu auge nas décadas de 1940 e 1950. Tais 
bailes, em nosso estado, caracterizavam-se 
pelo fato de serem frequentados de forma 
indistinta. 
Pessoas de boa condição social, bem 
como advindos da classe média ou sem mui-
tos recursos, que não podiam frequentar os 
luxuosos salões de então, sempre encontra-
vam nesses lugares o espaço ideal para se di-
vertirem. O tom da libertinagem começou a 
surgir em virtude da contratação de garotas, 
por parte dos donos das festas, no intuito 
de “animarem” os foliões, em boa parte for-
mada por homens casados que aproveitavam 
a clandestinidade oferecida pelas máscaras 
para pularem a cerca matrimonial.
14 Maranhão Turismo
Seu Moisés Silva, como era conhecido 
esse grande animador do Carnaval de São 
Luís, além dos bailes, fazia também Carna-
val de rua. “Eu fazia, por exemplo, a co-
roação da Rainha. Procurava uma garota 
bonita, forte, que preenchesse as condi-
ções necessárias para ser rainha, e dava a 
ela toda a vestimenta e tudo quanto fosse 
preciso, desde a costureira, tudo mesmo. 
Ela não contribuía com um alfinete sequer. 
Então eu, com a amizade que tinha e te-
nho ainda, conseguia com os meus amigos 
comerciantes, nas lojas, a vestimenta, na 
sapataria, o calçado. A única coisa que eu 
mandava fazer era a coroa. No dia, colo-
cava a rainha num carro alegórico muito 
bonito - eu fazia desfiles de carros - com 
cordões de dominós e de fofões com todo 
tipo de fantasia, com foguetes, balões, or-
questra...tudo isso coloria o Carnaval, dava 
uma animação muito grande” (entrevista 
concedida a Raimundo Nonato Reis Men-
donça e Francisco Jomar Câmara. Publica-
do no Vagalume - Suplemento cultural do 
SIOGE, março / abril de 1994).
Maranhão Turismo 15 
Os bailes de Moisés Silva 
eram frequentados por todas 
as classes sociais da cidade. Ele 
sempre adotava um nome dife-
rente para seus clubes: Night 
and Day, Globo da Folia, Gruta 
de Satã, ambientes sempre mui-
to bem decorados. As mulheres 
entravam de graça nos bailes, 
contanto que estivessem mas-
caradas, artifício para atrair os 
homens. Geralmente eram mu-
lheres sedutoras, que deixavam 
políticos e empresários boquia-
bertos. “A animação das ruas era 
uma atração para o clube, onde 
estava a maior animação; havia 
ocasiões em que eu vedava as 
portas, porque o clube já esta-
va lotado. As orquestras eram 
animadíssimas, mesmo porque 
eu fazia testes prévios com os 
músicos. Eu escolhia sempre as 
melhores orquestras, tais como 
a Jazz Vienense, Jazz Alcino Bí-
lio, Jazz Maranhense”, informa 
o saudoso Moisés Silva.
Os bailes de máscaras prosperaram, 
até que em 1966 o então prefeito Epitá-
cio Cafeteira os proibiu, o que provocou 
um período de decadência nessa mani-
festação cultural. “A atitude de Cafe-
teira, até certo ponto inexplicável, pelo 
fato de ter sido eleito pelas camadas 
mais populares da cidade, era acentu-
adamente marcada de conotação pseu-
domoralizante e demagógica. O pre-
feito, a pretexto de acabar com a onda 
de corrupção sexual, desencadeada na 
cidade por ocasião das festas de Momo, 
decidiu-se pela erradicação dos bailes 
de máscaras, que ele responsabilizava 
como focos indiscutíveis de perdição 
da juventude de nossa terra”, segundo 
declara o escritor Benedito Buzar, atual 
presidente da Academia Maranhense de 
Letras.
De acordo com o historiador Car-
los de Lima, já falecido, “foi o Cafeteira 
quem proibiu os bailes de máscaras, em 
1966; acho que ele não queria con-
corrência com a cara dele...eu cheguei 
a presenciar vários desses bailes, mas 
nenhum deles foi mais importante que 
os comandados por Moisés Silva. O que 
teve mais repercussão ficava no Beco 
Escuro. As pessoas, principalmente as 
mulheres, usavam luvas e máscaras pre-
tas, com um nariz pontudo vermelho. 
Dessa forma, ninguém as identificava”. 
Esses antológicos bailes, que também 
tiveram como promotores, além de 
Moisés Silva, nomes como Permínio 
Costa, José de Ribamar Dutra, Valmir, 
Pedro Veiga, Mundiquinho e Reinaldo 
Pinto, acabaram caindo em declínio e 
saíram de moda. Mas estão retornando 
aos poucos.
16 Maranhão Turismo
ALDEMIR SILVA
A OUSADIA DE UM 
NOTÁVEL FOLIÃO
Um folião por excelência estava dis-
posto a deixar a folia de Pindaré-Mirim 
crescer. Aldemir Silva fez história no 
carnaval maranhense, vivendo nas ruas 
o espírito momesco. Em Pindaré-Mirim, 
a cidade que o viu nascer, Aldemir já 
instaurava a mudança e, mesmo contra 
a vontade dos pais, de atitudes natural-
mente conservadoras, ele ia para as ruas 
durante o carnaval, e lançando mão da 
criatividade, extrapolava, literalmente. 
Em certa ocasião, trouxe do Posto 
Indígena Gonçalves Dias, localizado nas 
redondezas daquela cidade, alguns ín-
dios e índias (uns vestidos, outros nus) 
e os incorporou a um bloco por ele or-
ganizado. Naturalmente, o episódio foi 
um verdadeiro escândalo para a época, 
e a população local comentou o fato du-
rante muito tempo.
Aos 14 anos, Aldemir Silva se mudou para 
São Luís, em busca de estudo e oportunidades 
de trabalho. Contudo, nas férias, retornava à 
velha Pindaré, e ali sempre aprontava das suas. 
Organizava as festas em casas particulares, em 
decorrência da ausência de clubes sociais, e saía 
vestido de mulher pelas ruas da cidade, durante 
o período de Momo, paraespanto dos mais ve-
lhos e admiração dos mais jovens. Em certa oca-
sião, chocou a população local ao se fantasiar de 
viúva, fato que transformou seu nome em sinôni-
mo de carnaval para os moradores do antigo En-
genho Central. Em São Luís, Aldemir continuou 
brincando nas ruas, e a sua turma se transformou 
num verdadeiro mito na cidade, no que se refere 
ao carnaval, a partir dos anos 1950.
POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Aldemir Silva (lado direito da foto), na performance 
“O Bem Amado”. Anos 1970.
Aldemir Silva na performance “Chacrinha e suas Chacretes”. Anos 1970.
Maranhão Turismo 17 
Juntamente com alguns de seus amigos 
mais próximos, dentre os quais Biné e Al-
berto Duailibe, os irmãos Walter e Reinal-
do Nova da Costa, participou do Bloco “Os 
Sentenciados”, que despertava a preferên-
cia popular juntamente com o Vira-Lata. O 
quartel-general do grupo se localizava na 
própria casa de Aldemir, situada no bairro 
do Apicum. De lá, após se fantasiarem, sa-
íam pela cidade em verdadeiras caravanas 
de animação. Nomes como os de Inácio 
Braga, Jesus e Elir Gomes, Raul Guterres, 
Antônio Maria Carvalho e Antônio Carlos 
Saldanha, dentre outros, não serão esque-
cidos pelos adeptos da verdadeira folia do 
nosso valoroso carnaval. Aldemir Silva nas-
ceu em 20 de abril de 1920 e se encantou 
a 8 de dezembro de 2009.
Herdeiros - Um grupo foi criado para 
manter a tradição desses encontros mo-
mescos. O bloco “Herdeiros do Aldemir”, 
surgido em 2002, nasceu a partir da ini-
ciativa de três netos do grande folião: Luís 
Guilherme, Frederico Augusto e Carlos 
Gustavo. O bloco chegou a possuir 52 
componentes, a maioria dos quais fami-
liares de Aldemir Silva, contagiados pela 
euforia do ascendente, visando dar conti-
nuidade à tradição de se vestir de mulher e 
realizar paródias das músicas que estavam 
nas paradas de sucesso.
Em 2004, o bloco executou uma pa-
ródia da novela Celebridade. Os homens 
saíram vestidos de Darlene e as mulheres 
encarnaram o bombeiro Vladimir, persona-
gens da referida novela. A concentração 
da turma continuou sendo a residência 
dos Silva, à rua Frei Querubim, nº 44, 
no Apicum. A turma percorria todo o cir-
cuito carnavalesco e chegou a lançar um 
CD. Uma homenagem mais do que justa a 
quem soube manter durante tanto tempo 
com extrema dignidade a folia momesca no 
carnaval de rua do Maranhão, com a in-
tenção de preservar a memória do insigne 
folião Aldemir Silva.
Performance Cantora Wanderléa - Paródia da música “Pare o Casamento”. Anos 1970
18 Maranhão Turismo
O fenômeno cultural é de complexo 
entendimento. O que se sabe ao certo 
é que se transmuta ao longo do tempo, 
seja através da substituição de práticas ou 
por meio de alterações, às vezes radicais, 
nas diversas manifestações existentes. 
No carnaval maranhense podemos exem-
plificar as duas possibilidades, bastando 
citar a brincadeira do Urso, que desa-
pareceu, e os blocos ditos tradicionais, 
que se apresentam nos dias de hoje bem 
diferentes daqueles surgidos na década 
de trinta do século passado. Uma das 
brincadeiras que mantém fidelidade à sua 
proposta inicial é a da Casinha da Roça.
Surgida em 1946, no interior de uma 
oficina especializada na fabricação de 
carrocerias de caminhão, localizada na 
avenida Roma Velha, atual Newton Bello, 
no bairro do Monte Castelo, antigo Are-
al, a Casinha da Roça nasceu da ideia do 
senhor Emídio França, que sempre se 
orgulhou de ter sido o pioneiro na ope-
racionalização da montagem das carro-
cerias dos primeiros ônibus que circula-
ram no Maranhão. Seu Emídio, contando 
com a colaboração do senhor Zé Maria 
Soares, sugeriu a utilização do esquele-
to de um dos caminhões como base para 
a sustentação de uma casinha de palha, 
herança da nossa cultura indígena. Daí 
decidiram pendurar na estrutura obje-
tos utilitários manipulados pelo homem 
do campo e alimentos típicos da nossa 
culinária. A obra estava forjada e a brin-
cadeira, criada.
CASINHA DA ROÇA 
A PERSISTÊNCIA DA RAIZ
POR: PAULO MELO SOUSA
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Maranhão Turismo 19 
Naquela ocasião, a Casinha da Roça se 
apresentou no domingo de carnaval, estre-
ando ao lado dos outros Corsos (espécie de 
carros alegóricos, com integrantes fantasia-
dos, às vezes acompanhados por bandas de 
música, surgidos na década de 1920 e que 
sobreviveram até meados dos anos 1980), 
que eram comuns naquela época e reina-
vam nas avenidas de São Luís. O sucesso 
da novidade foi imediato, e representou, 
desde o início, um verdadeiro contraste em 
relação ao luxo dos similares. A Casinha, na 
verdade, é um Corso que sobreviveu àquele 
período. Na ocasião, as famílias tradicionais 
enfeitavam seus carros com fitas, flores e 
quaisquer outros adereços, para desfilarem 
pela cidade. As capotas dos automóveis 
eram arriadas e as moças e rapazes que 
participavam da brincadeira jogavam lança-
-perfume, confetes e serpentinas sobre os 
pedestres.
Os Corsos ditos populares usavam a es-
trutura dos caminhões. Nos taipais do veí-
culo, colocavam-se tábuas para que a altura 
dos mesmos aumentasse, por conta da se-
gurança. Uma orquestra com três ou quatro 
músicos forneciam o clima necessário para 
que trinta ou quarenta foliões fizessem a 
festa. Um ano após a sua estreia, a Casinha 
da Roça já contava com vinte sócios que se 
reuniam com frequência para a organização 
e manutenção da brincadeira. Marcada pela 
simplicidade, seu elemento dominante sem-
pre foi a criatividade, original e carregada 
de significados autênticos. 
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20 Maranhão Turismo
A intenção da proposta buscou desde 
o início mostrar a essência da cultura ma-
ranhense, evidenciando sobretudo a vida 
cotidiana do povo do interior do estado, a 
realidade da cultura da roça.
Normalmente, a montagem do Corso 
tomava dois dias de trabalho. A fartura dos 
adereços, contudo, sempre varia de ano para 
ano, de tal forma que, por diversas ocasiões, 
a brincadeira sofreu sério risco de não sair. 
Na carona da ideia que se propaga sobre a 
grande diversidade das nossas manifesta-
ções carnavalescas, a Casinha da Roça está 
na vanguarda desse discurso e merece todo 
o apoio possível. Outros corsos similares se 
inspiraram na proposta da Casinha, dentre 
eles o Tijupá e a Tapera.
 Após a montagem da estrutura, a Casi-
nha mostra seu miolo. No seu interior, a ca-
racterística principal observada é a presença 
de uma parelha de Tambor-de-Crioula sendo 
tocada ininterruptamente. Ao longo do es-
paço, vários fogareiros acesos são abanados 
pelas mãos habilidosas das cozinheiras que 
ficam o tempo inteiro a preparar as nossas 
comidas típicas, tais como o peixe frito com 
arroz de cuxá, o sururu, o caranguejo, o ca-
ruru, a farofa com farinha d’água, tripinha 
frita e peixe seco, dentre outros “pecados 
da gula”.
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Ali também estão representadas 
as nossas quebradeiras de coco ba-
baçu, enquanto que alguns socam 
pilão, tirando a casca do arroz. Os 
alimentos produzidos são consumi-
dos pelos brincantes e por parte da 
assistência que sempre está pedindo 
alguma coisa para as cozinheiras. 
Pendurados nas paredes da Casi-
nha da Roça encontram-se cachos 
de babaçu, banana, pitomba e coco 
d’água, ao lado de folhas de juçara, 
gaiolas de passarinhos, galinheiros, 
enxadas e todo tipo de apetrechos 
que nos façam lembrar imediata-
mente o ambiente rural.
Outra particularidade interes-
sante dessa manifestação está con-
tida na coreografia que sempre 
acompanhou a movimentação do 
Corso. 
A presença de brincantes fantasiados de índios, pescadores, 
lavradores, caçadores e rendeiras evoluindo à sua volta davam 
um toque a mais no tocante à originalidade da mesma. Durante 
muito tempo, as comidas eram doadas por pessoas que apre-
ciavam a Casinha, mas os tempos começaram a ficar mais duros 
e as contribuições foram minguando.
Naturalmente, a brincadeirasó aparece no período momes-
co, mas existem registros históricos, atípicos, de apresentações 
fora de época, por conta de comemorações de datas festivas ou 
de inaugurações de obras do governo estadual. Também sem-
pre existiu a tradição, na terça-feira de carnaval, de a Casinha 
dar uma “canja” em São José de Ribamar. Naquela cidade, ge-
ralmente em frente à igreja, os coreiros do Tambor-de-Crioula 
espalham suas toadas em homenagem ao santo padroeiro do 
Maranhão. Em seguida, o Corso retorna a São Luís.
Durante muitos anos a Casinha da Roça enfrentou proble-
mas com o patrocínio oficial, sem apoio, e em vários carnavais a 
brincadeira não se apresentou. Essa verdadeira voz da folia do 
passado ainda continua presente na memória dos maranhenses, 
legítima e lendária expressão da nossa diversidade cultural.
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22 Maranhão Turismo
BLOCOS TRADICIONAIS 
SINGULAR EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE 
CULTURAL MARANHENSE
CAPA
Por: Paulo Melo Sousa • Fotos: Charlles Eduardo
Ainda na primeira metade do século XX surgiram 
os primeiros blocos tradicionais. O ritmo por eles 
apresentado é tido como único em todo o Brasil, o 
que confere a tal brincadeira carnavalesca a aura da 
originalidade, o que enriquece a diversidade cultural 
do estado de forma extremamente singular. Tendo 
como grupo pioneiro o famoso Vira-Lata, surgido em 
1933 (e que se apresentava em clubes sociais e até em 
festas de aniversário), os blocos vieram apresentando 
modificações ao longo do tempo e ostentam, nos dias 
de hoje, a marca do luxo em suas fantasias, e uma 
evolução no ritmo e nas coreografias durante suas 
Bloco Tradicional “Os Feras”
Bloco Tradicional “Os Brasinhas”
Maranhão Turismo 23 
apresentações.
A batida dos seus grandes tambores de 
som encorpado e contratempos é própria, 
apresentando um samba mais lento, malemolente. 
Além desses instrumentos, a percussão conta 
com a presença de retintas, cabaças, recorecos, 
agogôs, afoxés, maracás e rocas, o que permite 
a esses blocos tocarem vários ritmos musicais, 
dançados por seus tocadores e brincantes. 
Pessoas de famílias com bom poder aquisitivo 
e que não desejavam se misturar ao carnaval 
de rua começaram a se reunir em grupos e se 
visitavam mutuamente. Com o passar do tempo 
o ritmo se naturalizou e os blocos ganharam 
as ruas, alcançando a periferia, fortalecendo a 
identidade cultural maranhense.
A indumentária era composta por roupas de 
palhaços com chapéu pontudo e rostos pintados, 
e a brincadeira contava com a participação de 
jovens que tinham bom poder aquisitivo. “Minha 
participação no carnaval maranhense foi muito ativa 
desde o começo da minha juventude; inicialmente 
fiz parte do bloco “Oba”, um dos blocos tradicionais 
da terra, fundado por Nazar e com fantasia de 
corsários. O “Oba” era uma das grandes atrações 
do carnaval de rua, juntamente com outros blocos, 
como o “Vira-Lata”, “Os Sentenciados”, etc. Com 
a extinção do “Oba”, eu me integrei ao “Vira-Lata” 
e o fiz até o encerramento de suas atividades. O 
“Vira-Lata” foi, na verdade, o grande bloco do 
carnaval maranhense, cuja extinção ainda hoje 
muitos lamentam” (depoimento de Vera Cruz 
Marques, jornalista e folião, falecido em 1992). 
Dentre outros grupos que fizeram época se 
destacaram os Coringas (Legionários), Pif-Paf, 
Mal-Encarados, Tarados, dentre outros.
Um dos blocos que mais fidelidade mantiveram 
às origens da brincadeira é o “Boêmios do Ritmo”, 
fundado em São Luís no dia 8 de dezembro de 
1947. 
Bloco Tradicional “Os Apaixonados”
24 Maranhão Turismo
Criado por inspiração de um 
grupo de inveterados amantes de 
Baco, tocados pela boemia, logo 
após a procissão em comemoração 
ao dia de Nossa Senhora da 
Conceição (na antiga igreja da rua 
Grande, onde hoje se localiza o 
edifício Caiçara), o grupo seguiu 
o caminho que já vinha sendo 
percorrido pelos blocos Vira-
Lata, Pif Paf e Os Coringas, 
dentre outros. O bloco procurou 
manter em atividade seus antigos 
contratempos (grandes, como 
no início da brincadeira), suas 
retintas, seus ganzás originais, 
e até um reco reco improvisado 
a partir de um castiçal metálico 
usado em igrejas, e cantando os 
próprios sambas, que ultrapassam 
duas centenas, e manteve a 
fantasia do fofão e o samba mais 
lento.
CAPA
Bloco Tradicional “Os Foliões”
Bloco Tradicional “Os Tremendões”
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Maranhão Turismo 25 
Os blocos possuem uma 
tradição alicerçada na transmissão 
de conhecimentos e vivências 
realizadas há várias gerações, 
e por apresentarem recriações 
feitas pelos próprios brincantes 
em suas comunidades, o que 
mantém firme a identidade cultural 
dessa manifestação folclórica. 
O pedido de registro do bloco 
tradicional como patrimônio no 
Livro das Formas e Expressões 
foi entregue ao Instituto de 
Patrimônio Histórico Nacional 
(Iphan) em 2009. No dia 8 de 
maio de 2012, Dia Municipal do 
Bloco Tradicional, foi entregue 
o relatório final do Inventário 
Nacional de Referências Culturais 
(INRC) do bloco tradicional 
do Maranhão a representantes 
do então Ministério da Cultura 
(MinC), o que oficializou a 
candidatura dessa manifestação 
ao título de Patrimônio Cultural 
Imaterial do Brasil. A brincadeira 
já é considerada Patrimônio 
Cultural do Maranhão.
Bloco Tradicional “Os Vampiros”
Bloco Tradicional “Os Diplomáticos”
26 Maranhão Turismo
Esta manifestação folclórica constitui de forma 
sólida a identidade cultural do Maranhão. As 
apresentações desta brincadeira não obedecem 
a um calendário fixo, podendo ser apreciadas no 
carnaval, no período junino, no pagamento de 
promessas ou em qualquer outra ocasião festiva ou 
religiosa. Os pesquisadores que já se debruçaram 
sobre a pesquisa do Tambor-de-Crioula não sabem 
precisar ao certo as suas origens.
Depoimentos de antigos mestres tambozeiros, 
tais como o Mestre Leonardo Martins, falecido 
em 2004, ressaltam a espontaneidade do seu 
aparecimento na cultura maranhense dizendo que 
“...uns conta que o Tambor-de-Crioula foi inventado 
pelos pretos e escravos que fugiram pro mato, que 
cortaram pau ocado e fizeram tambô pra eles se 
diverti no mato no tempo da escravidão; era preto 
fugido que fazia, mas outros dizem que tem origem 
africana...”. 
Por muitos anos essa brincadeira foi discriminada 
por conta das suas origens africanas, por seus 
atores e por seu discurso, ficando sua existência 
confinada até bem pouco tempo ao interior do 
estado, nos povoados distantes e, na capital, em 
redutos afastados, geralmente na periferia da 
capital maranhense.
TAMBOR-DE-CRIOULA
PATRIMÔNIO CULTURAL 
IMATERIAL DO BRASIL
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Esse tipo de preconceito existiu até 
há alguns anos atrás, até que o governo 
estadual começou a apoiar as manifestações 
folclóricas. “O Tambor-de-Crioula, na 
época em que fui chamada para incrementar 
o artesanato e o folclore, no Maranhão, 
entre 1966 e 1970...foram feitas várias 
parelhas de tambor para essa manifestação 
porque todas as apresentações dos grupos 
de Bumba-Meu-Boi sempre terminavam 
com uma festa de Tambor-de-Crioula. 
Daí pra frente, incentivamos esse batuque 
e tocadores como seu Leonardo e seu 
Lauro foram buscar os seus tambores no 
interior do estado e começaram a fazer 
apresentações”, informa a folclorista 
Zelinda Lima.
Mais tarde, após a elaboração e entrega 
de um vasto dossiê para o Conselho 
Consultivo do Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, 
foi feito o registro do Tambor-de-Crioula 
do Maranhão como patrimônio cultural 
imaterial do Brasil, na 53ª reunião do 
instituto, em 18 de junho de 2007. 
No dia 20 de novembro desse mesmo 
ano, a brincadeira foi inscrita no Livro 
de Registro das Formas de Expressão, o 
que promoveu um fortalecimento dessa 
manifestação cultural em todo o estado, 
gerando a formação de dezenas de novos 
grupos.
O Tambor-de-Crioula é formado 
por um grupo de mulheres que 
dançam alegre e freneticamente(as 
coreiras) e um grupo de homens 
que tocam os instrumentos de 
percussão, um conjunto de três 
tambores, denominados de parelha, 
que conferem, ao serem tocados, 
ritmo rústico e artesanal à dança. 
Um dos tambores recebe o nome de 
Tambor Grande (também chamado 
de roncador ou rufador), enquanto 
que o segundo é o Meião (conhecido 
pelas outras designações de 
socador ou chamador), e o terceiro 
é o Crivador (também batizado de 
tambor pequeno, pererengue ou 
merengue), acompanhados por um 
par de matracas de madeira roliça 
(que são percutidas no corpo do 
tambor grande. Originalmente, os 
instrumentos são tradicionais são 
roliços, oriundos de troncos de 
árvores, cujo processo é dominado 
por alguns artesãos que ainda os 
fabricam. Há alguns anos, a matéria-
prima tem mudado, tendo surgido 
tambores a partir de canos plásticos, 
usados em tubulações de água.
Essa manifestação, que se 
apresenta de forma efusiva durante o 
carnaval, também ocorre em terreiros 
de Tambor de Mina, associado a uma 
entidade simbolizada por Averequéte, 
vodum jeje-nagô masculino, 
pertencente ao panteão do trovão, 
originário do Daomé. Com certeza, 
uma das manifestações culturais que 
melhor representam a identidade 
cultural do povo maranhense.
28 Maranhão Turismo
A SOBREVIVÊNCIA DAS 
TRIBOS DE ÍNDIOS
Os grupos carnavalescos 
denominados de Tribos de Índios 
surgiram no início da década de 
1950. Os seus criadores foram 
nitidamente influenciados pelos 
filmes norte-americanos de 
faroeste, de tal forma que tanto a 
indumentária utilizada pelos grupos 
quanto os adornos e as pinturas 
faciais reproduziam a cultura das 
tribos nativas do Estados Unidos, 
tais como Apaches e Sioux. A 
origem da brincadeira é atribuída 
à presença de militares dos EUA 
em São Luís, durante a Segunda 
Guerra Mundial.
Naquela época o aeroporto 
do Tirirical, atual Marechal Cunha 
Machado, servia de ponto de apoio 
para as aeronaves que seguiam para 
a Base Aérea de Recife. Durante a 
permanência em São Luís, alguns 
desses militares trouxeram na 
bagagem alguns filmes de faroeste 
produzidos em Hollywood, e os 
mesmos foram exibidos em nossa 
capital, influenciando a criação 
dessa brincadeira de carnaval em 
São Luís, inspirada nos índios 
que apareciam em tais filmes, 
começando pelos nomes das tribos 
indígenas da América do Norte. 
Esses grupos cresceram e tiveram 
seu apogeu nas décadas de 1970 
e 1980, decaindo aos poucos. 
Apresentavam um pequeno 
ritual teatralizado, de morte e 
consequente ressurreição, com a 
presença de um pajé exercitando 
uma prática de cura, lembrando 
uma passagem do auto do Bumba-
Meu-Boi.
Com o passar do tempo, os 
organizadores dessa brincadeira 
começaram a criar grupos com nomes 
de tribos de índio do Brasil. Foi a partir 
daí que surgiram as Tribos de Índios 
Tupis, Guaranys, Carajás e Upaon-
Açu, dentre outras. Essa mudança 
trouxe uma identificação maior com 
a causa indígena. A valorização dos 
primeiros habitantes do Maranhão e de 
São Luís, a Ilha Grande (Upaon-Açu 
dos Tupinambás, que aqui habitavam 
quando da chegada dos franceses), 
com a divulgação da cultura desses 
povos e a importância da mesma para 
a formação da nossa sociedade são 
lembradas nas apresentações desses 
grupos. 
Geralmente as Tribos de Índios 
sempre continham em média 50 
componentes, dentre brincantes, 
intérpretes de rituais e músicos com 
seus batuques frenéticos, sendo 
que boa parte do grupo é formado 
por crianças. Algumas dessas tribos 
surgiram no bairro da Madre Deus, 
tais como a Guarany, criada em 1978 
através da articulação de José Ribamar 
Alves, o Zé Ilha, ícone da cultura 
popular maranhense, que participou 
de antigas Tribos de Índios como a 
Sioux. Outro grupo que se destaca é 
a Tribo Carajás, que foi fundada em 
1982, integrada por 50 crianças, 
evidenciando a importância dos povos 
indígenas para a cultura maranhense. 
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40 ANOS DO BLOCO 
DAS CARROÇAS EM 
ROSÁRIO-MA
Por Euvaldo de Jesus Pereira
Numa quarta-feira de cinzas do ano de 1980, 
um grupo de amigos ainda com vontade de con-
tinuar a farra do carnaval juntou-se em frente ao 
antigo bar do meio para tentar dar vazão a este 
desejo, porém, faltava o principal, dinheiro e con-
dições físicas, pois, após quatro dias de folia o 
corpo pedia, mais as pernas já não agüentavam, 
entretanto, como em Rosário a vontade de festejar 
é maior que a necessidade da vida real, resolveu 
chamar um carroceiro que era o Sr. Jeco, também 
conhecido como Maravilha e, saíram pelas ruas da 
cidade batendo em latas, garrafas e cantando “ei 
você ai me dá um dinheiro aí”, parando de comér-
cio em comércio e em algumas residências. 
Pela idéia inusitada os comerciantes lhes davam 
bebidas, e assim seguiam em frente festejando ao 
seu modo a sua quarta feira de cinzas, eram eles: 
Zé Luis, Caumba, Riba do bar do meio, Carlito (fa-
lecido), Valdo Bergel, Nato de Luba entre outros. 
No ano seguinte chamaram alguns músicos para 
alegrar a sua farra, vale destacar, Xololó (falecido) 
e Segura o fio e, assim ano a ano foram acrescen-
tando alguns novos itens e hoje o Bloco das Carro-
ças é destaque nacional trazendo inúmeros turistas 
na quarta-feira de cinzas para a nossa cidade, é 
o maior bloco de rua do Estado do Maranhão e 
tornou-se o encerramento do carnaval maranhen-
se. Muitos chamam de erroneamente de Micarro-
ça, mas o verdadeiro nome adotado e aceito pelos 
seus organizadores é Bloco das Carroças, que hoje 
tem como organizadora a prefeitura municipal de 
Rosário, com coordenação da Secretaria Municipal 
da Cultura, através do Secretário Alaim Tavares, 
Euvaldo de Jesus e Fran Gomes.
Este ano o Bloco das Carroças irá completar 
40 anos e muitas coisas vem se transformando ao 
longo do tempo, o número de carroças na cidade 
diminuiu em função do uso de motos com caleças, 
diminuindo significativamente a quantidade de 
pessoas que utilizam carroças como meio de 
transporte de pequenas cargas, mas apesar disso 
o Bloco das Carroças resiste bravamente, sendo 
um atrativo para o encerramento do carnaval da 
região.
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30 Maranhão Turismo
BLOCO BITTENCÁ 
E ACOLÁ COM TRIPLA 
ANIMAÇÃO NA FOLIA
Flávia Bittencourt recebe Mariana Aydar 
e Jaloo para comandarem juntos a folia 
na terça de carnaval na Beira-Mar
Tudo confirmado para mais 
uma grande apresentação do 
bloco Bittencá E Acolá no carna-
val maranhense. Sob o comando 
da cantora e compositora Flávia 
Bittencourt, o bloco sairá na ter-
ça – feira de carnaval (25.02) às 
17H, no Circuito Beira Mar em 
São Luís.
Esse ano o bloco conta com 
patrocínio da Fribal e do Gover-
no do Maranhão, via Lei Estadu-
al de Incentivo à Cultura. E terá 
tripla animação, pois além de 
Flávia, estarão se apresentando 
os cantores Mariana Aydar e Ja-
loo como convidados especiais.
O Cantor e compositor Jaime 
Melo Maciel Júnior, ou simples-
mente Jaloo, é considerado um 
dos nomes modernos da músi-
ca índie brasileira. Já Mariana 
Aydar domina a cena artística há 
20 anos. Ela traz na bagagem 
agora solo, toda a sua experiên-
cia carnavalesca como backing 
vocal do trio elétrico de Daniela 
Mercury.
Como mensagem principal, 
o bloco Bittencá E Acolá defen-
de a diversidade de gênero e a 
liberdade de expressão. Saindo 
no carnaval maranhense des-
de 2018, o bloco já teve como 
convidados especiais em edições 
anteriores as cantoras Maria 
Gadú e Vanessa da Mata. Aces-
so gratuito ao bloco, no circuito 
carnavalesco da Beira – Mar.
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O cantor Jaloo, que também é DJ e produtor musical, chega a São Luís para agitar a terça 
carnavalesca no Bloco Bittencá E Acolá.
A cantora Mariana Aydar, grande intérprete de rir-
mos nordestinos como o forró, e uma das convida-
das especiais do Bloco Bittencá E Acolá.
Sucesso e já tradicional no carnaval maranhense, o Bloco Bittencá E Acolá que sairá no 
circuito da Beira – Mar, com apresentação na terça de carnaval (25.02).
Maranhão Turismo31 
A folia de Momo está chegando e 
com ela a irreverência tem espaço garan-
tido. O carnaval maranhense possui uma 
peculiaridade especial. Os letristas desta 
terra trazem consigo um toque mágico 
de bom humor e muita genialidade, que 
dão origem a composições fantásticas, 
promovendo, assim, a alegria geral da 
nação brasileira. Os trocadilhos utiliza-
dos nas tradicionais marchinhas carnava-
lescas tomam conta das ruas e as letras 
e melodias, de fácil memorização, fazem 
a cabeça do povo, sem sair de moda de 
forma alguma.
Dentre os compositores maranhen-
ses de grande valor, quem merece um 
destaque especial é o poeta, escritor e 
magistrado Eulálio Figueiredo. Nascido 
em São João Batista, veio para São Luís 
com apenas três anos de idade, firmou 
suas raízes no bairro do Desterro e des-
de cedo mostra um interesse aguçado 
pelas artes. Em sua juventude, cercado 
pelos ares inspiradores do largo do Des-
terro, este grande artista já compunha, 
escrevia poesias, fazia teatro e capoeira. 
A arte já era predestinada à sua vida.
A arte nasceu com Eulálio, cujo 
nome é sinônimo de alegria. Mas isso 
tem uma explicação. Eulálio é aquariano; 
nasceu no mês do carnaval, mais preci-
samente no dia 12 de fevereiro.
Durante sua trajetória de vida logrou 
êxito na carreira jurídica, passando em 
primeiro lugar no concurso para Juiz de 
Direito no ano de 1991, acompanhado 
também de sua carreira como professor 
universitário na Universidade Federal do 
Maranhão, há 33 anos. É autor de diver-
sas obras literárias e membro da Acade-
mia Maranhense de Letras Jurídicas.
O diferencial de Eulálio Figueiredo 
é justamente sua pluralidade. A forma 
como sabe administrar suas vertentes 
e qualidade que se propõe a apresentar 
cada trabalho que executa é admirável.
No ano de 2006 o compositor e 
poeta iniciou sua parceria de ouro, com 
o compositor e intérprete Allysson Ri-
beiro. A dupla já estreou a sociedade 
musical de forma vitoriosa, ganhando no 
mesmo ano seu primeiro título carnava-
lesco, no festival da Mirante com a mar-
chinha Mensalão, de autoria de Eulálio. 
Em 2016 o Brasil conheceu o talento 
da dupla, quando Eulálio deu o grande 
start, que elevou os solos maranhen-
ses ao âmbito nacional. Com o auxilio 
de seu parceiro Allysson, o poeta ficou 
dentre os três finalistas no concurso de 
marchinhas do programa Fantástico, da 
Rede Globo, com a marchinha Pedala-
das Carnavalescas, de autoria desses 
dois grandes letristas. Em 2019 fez par-
te do projeto Carnaval da Maranhensi-
dade, onde levou toda sua desenvoltura 
artística ao carnaval do Rio de Janeiro, 
em um intercâmbio cultural de extremo 
valor para ambos os estados.
Seu currículo como compositor pas-
seia também por gêneros como samba, 
bolero e toadas de bumba-boi. Já teve 
suas letras musicadas nas vozes de Eu-
gênia Miranda, dos cantadores Chagas 
e Canário, dentre outros artistas locais.
Este ano, como é de costume, Eulá-
lio apresenta uma novidade que promete 
animar o período momesco. É a marchi-
nha Black Friday do Carnaval, que traz 
numa letra irreverente a sutileza de seus 
versos humorísticos, com a parceria do 
também compositor Allysson Ribeiro. A 
marchinha já está gravada e faz parte da 
programação carnavalesca das rádios e 
do circuito de Rua de São Luís. O cli-
pe da música já está disponível no You 
Tube.
O CARNAVAL 
NA POESIA
DE EULÁLIO
FIGUEIREDO
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32 Maranhão Turismo
A temporada oficial do Car-
naval do Maranhão 2020 acon-
tece de 21 a 25 de fevereiro, 
nos circuitos Beira-Mar, Madre 
Deus, Passarela do Samba, e o 
novo circuito Rio Bacanga, pre-
visto para acontecer no encon-
tro das avenidas Senador Vitori-
no Freire e Africanos.
A folia contará com progra-
mação infantil, no Parque do 
Rangedor, a ser realizada no do-
mingo de Carnaval. 
Outro espaço que volta em 
2020 é a tenda do Tambor de 
Crioula, montada no Largo do 
Caroçudo, na Madre Deus, em 
todos os dias de folia.
Mais de 230 grupos e ar-
tistas, entre cantores, bandas 
e agremiações carnavalescas 
do Maranhão vão abrilhantar a 
agenda do Carnaval do Mara-
nhão 2020 
Entre as atrações estão can-
tores, blocos carnavalescos, tri-
bos de índio, grupos de tambor 
de crioula, bandas de samba e 
pagode, escolas de samba e 
muitos outros. 
PASSARELA DO SAMBA – de 21/02 
(sexta-feira) a 25/02 (terça-feira)
- Abertura do Carnaval do Maranhão 
2020: entrega simbólica da chave da 
cidade ao Rei Momo;
- Desfile das Escolas de Samba: dias 
23/02 (Domingo) e 24/02 (segunda-
-feira);
- Desfile dos Blocos Tradicionais: dia 
22/02 (Sábado).
- Encerramento do Carnaval do Mara-
nhão 2020: Banda Mesa de Bar (25/02 
- terça-feira), a partir das 23 horas
TEMPORADA OFICIAL 
DO CARNAVAL 2020
Maranhão Turismo 33 
CIRCUITO 
RIO BACANGA
De 22/02 (Sábado) a 24/02 
(segunda-feira)
- Este circuito está estreando 
no Carnaval do Maranhão;
- Atrações nacionais de 
destaque: Saia Rodada Elétrico 
(sábado - 22/02), Avine Vinny 
(domingo – 23/02) e Mano 
Walter (segunda-feira – 24/02);
- O Circuito Rio Bacanga 
também contará com 
apresentações de artistas locais 
– PALCO E TRIO ELÉTRICO.
Saia Rodada Elétrico 
Avine Vinny
Mano Walter
34 Maranhão Turismo
CIRCUITO 
BEIRA MAR
De 23/02 (Domingo) a 25/02 
(terça-feira)
- Este circuito contará com 
apresentações de artistas locais, 
blocos tradicionais, blocos 
afros, tribo de índios, entre 
outros – PALCO E TRIO
- Atrações nacionais e 
internacionais de destaque: 
Maria Rita (Domingo - 23/02) – 
BLOCO DO BEM;
Cidade Negra (Domingo - 
23/02) – BLOCO LAMPARINA;
Margareth Menezes (segunda-
feira – 24/02) – PALCO;
Kenyatta Hill (segunda-feira – 
24/02) – Bloco da Tribo de Jah;
Grupo Bom Gosto (segunda-
feira – 24/02) – Bloco SAMBA 
DE CARNAVAL c/ Argumento;
Zeca Baleiro (terça-feira – 
25/02) – PALCO
Jaloo e Mariana Aydar (terça-
feira – 25/02) – Bloco BITENCÁ 
ACOLÁ c/ Flávia Bittencourt
Duda Beat e Otto (terça-feira – 
25/02) – Bloco BOTA PRA MOER 
c/ Criolina
Maria Rita
Margareth Menezes
Lamparina
Cidade Negra
Criolina
Maranhão Turismo 35 
CIRCUITO MADRE DEUS 
de 21/02 (sexta-feira) a 25/02 (terça-feira)
- Este circuito terá início no dia 21/02 (sexta-
feira), às 16 horas, com a abertura do Circuito 
Madre Deus;
- O Circuito Madre Deus contará com 
apresentações de Tribos de Índio, Tambor de 
Crioula, Grupos de Samba e artistas locais.
Kenyatta Hill
Zeca Baleiro
Flávia Bittencourt
Duda Beat
Tribo de Jah
Grupo Bom Gosto
Argumento
36 Maranhão Turismo
FEIJOADA DO 
MARANHÃO 2020
Comemorando 29 anos de gastronomia de 
primeira, gente bonita, muita alegria e música boa
Falta poucos meses para a edição de 
29 anos de um dos eventos mais tra-
dicionais da Cidade de Belo Horizonte, 
que será realizado em 29 de Agosto no 
Hotel Dayrell no centro da bela capital 
do Estado de Minas Gerais. Trata-se da 
Feijoada do Maranhão, reunindo gastro-
nomia de primeira, gente bonita, muita 
alegria e música boa. Neste ano a Fei-
joada do Maranhao ira homenagear o 
radialista Acyr Antão pelos seus 50 anos 
de rádio 
No último dia 15 de fevereiro acon-
teceu o lançamento da Feijoada do Ma-
ranhão 2020 com a presença da Corte 
Real do Carnaval de Belo Horizonte, e 
a apresentação da Musa da Feijoada do 
Maranhão 2020. Malu Agatâo para co-
locar a faixa da musa o Deputado Mauro 
Tramonte e o empresario da Multimar-
cas Consocios Fabiano Lopes Ferreira, 
a festa de lançamento foi servido uma 
otima feijoada acompanhada do Samba 
da Faixa Nobre B. 
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O empresario da Multimarcas Consórcios Fabiano Lopes
Ferreira com a Musa da Feijoada do Maranhão Malu Agatão
Na entrega da faixa da Musa da feijoada com o Deputado Mauro Tramonte, Malu Agatão, 
Valdez Maranhão e Fabiano Lopes ferreira
Fabiano Lopes ferreira, Neilson Faria, Diretor Comer-
cial do Gafe Segafredo Zanetti
Valdez Maranhão com a Musa da Feijoada do Maranhão 
Malu Agatão
A Corte Real do Carnaval de BH com a empresária Zulmira Vieira
Maranhão Turismo37 
BLOCO DA 
IMPRENSA
O Bloco da Imprensa foi um sucesso 
de público, organização, animação e está 
acontecendo em frente ao Bar do Porto/
Praça dos Catraieiros, na Praia Grande, 
Centro Histórico.
O melhor da rica diversidade cultural 
maranhense está sendo oferecido aos pro-
fissionais da comunicação, turistas e foli-
ões. Estão de parabéns os organizadores 
Célio Sérgio e Joel Jacintho que promovem 
dias de pura alegria, junto com a parceria 
do Governo do Maranhão, por meio da Se-
cretaria de Cultura e Turismo (Sectur).
José Domingues Neto, Danielle Vieira, Célio Sérgio e 
Lourdinha Castro.
Nedilson Machado, Miguel Abdalla, Joel Jacintho e 
Adriana Vieira.
Madalena Nobre e Marcos Davi.Beto Soares e Werther Bandeira 
(Villa do Vinho).
Marcos Davi (Mundo Passaporte) e 
Reginaldo Rodrigues (Jornal Cazumbá)
Adriane Bombom
Grupo de amigos animado
O jornalista Dyego Rodrigues.
Lissandra Leite e Ademar Danilo.
Reginaldo Silva (Folhagem) e Julieta Ramos
Polyanna Fernandes, Samartony Martins e 
Sérgio Carvalho.
 O jornalista Márcio Pinto e a assessora da 
CDL SLZ Luíza Lina.
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38 Maranhão Turismo
BLOCO TÁ BUNITA 
AGITOU NO 
PRÉ-CARNAVAL
O bloco Tá Bunita agitou 
o Pré-Carnaval na ilha. 
Evento idealizado pelo 
fisioterapeuta Igor Lustosa, 
reuniu muita gente bonita 
no Santorini Eventos e 
teve renda revertida 
para a Casa Acolher.
Vicente Garcia e Aécio Macchi, 
Amanda Couto e Leonardo César.
Giselle AraújoDanielle Vieira e José Domingues Neto.Lorena Bessani e José Gonçalves Jr.
Danielle Vieira e Jeferson LauandeWilliam Santos e Davi Max Karine Baldez e Francisco Veras Emanuelle Schiavotelo com as filhas 
Bárbara e Valentina
 O padrinho do bloco Werther Bandeira (Villa do Vinho), 
o organizador do evento Igor Lustosa e Beto Soares.
O dermatologista Eduardo Lago com a filha Letí-
cia e a esposa e rainha do Bloco Manoella Lago.
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Maranhão Turismo 39 
BAILE DE GALA 
DE PERGENTINO 
HOLANDA & 
AS TRADIÇÕES 
INDIANAS
Assim como o Baile da Vogue 
está para São Paulo e o Baile do 
Copa para o Rio de Janeiro, em São 
Luís o ponto alto do carnaval de gala 
é o tradicional Almoço de Carnaval 
do PH Revista; um grande e ele-
gante baile carnavalesco promovido 
anualmente em celebração ao ca-
derno dominical do colunista social 
Pergentino Holanda, que em 2020 
completou 40 anos de circulação. A 
decoração cenográfica foi assinada 
pela designer Cíntia Klamt Mota que 
se transportaram com gosto para a 
terra dos Deuses e Marajás.
O Palazzo Eventos, palco da 
festa comandada com brilhantismo 
por Pergentino Holanda (o PH), era 
uma perfeita “filial” da Índia, com 
diversos espaços instagramáveis 
que reproduziam imagens de Deu-
ses indianos e templos, a opulência 
do palácio Thaj Mahal e até a répli-
ca de um elefante, em cenários que 
renderam milhares de cliques e fo-
tos. No palco, atrações como Banda 
Argumento, cantores Fabrícia, Pepê 
Júnior e Flávia Bittencourt, bandas 
e passistas entre muitos outros se 
revezaram e garantiram a animação 
dos foliões até o final da festa. A Cia 
de Dança de Solange Costa foi uma 
atração, executando uma legítima 
coreografia das danças indianas de 
Bollywood.
 Augusto e Karla Diniz da TVN
O anfitrião PH com Adriana, Danielle Vieira 
e Orlando Gonçalves
Erick e Fides Ostbye que vieram de New 
York especialmente para a festa
Conceição e José Pinto com Jakeline e 
Fernando Chiacchio da CDL SLZ
O casal Armando e Dinalva Ferreira do Rio 
Poty Hotel
O Procurador do Estado e advogado Daniel 
Blume e Priscila Blume
Silvana Rodrigues e Abner Noronha da CDL 
SLZ
Étia Vale e a cantora Flávia Bittencourt que 
cantou e encantou
A modelo e arquiteta Bianca Klamt com a sua mãe 
e decoradora do belíssimo evento Cíntia Klamt
Oscar Yamakawa e Elizabeth Rodrigues com 
Beth e José Jorge Soares
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40 Maranhão Turismo
SUCESSO DA 
FEIJOADA DO 
NED 2020
O tradicional evento que dá o “start” no Car-
naval maranhense é a Feijoada do Ned, evento 
promovido pelo colunista social e blogueiro in-
fluente, Nedilson Machado (jornal “O IMPAR-
CIAL” e do Blog do Ned) que há anos reúne a nata 
da sociedade para uma tarde / noite de alegria e 
confraternização carnavalesca. A fórmula do su-
cesso de Nedilson sempre foi aliar gente boni-
ta, muita animação e o prato típico brasileiro que 
virou “pièce de resistence” desta temporada de 
folia – uma suculenta feijoada.
Esse ano o evento aconteceu Grand São Luís 
Hotel, especialmente decorado com maestria por 
Roberval Braga e nem precisa dizer que a festa foi 
sucesso total, as fotos falam pelo evento:
Cássia Melo (Grupo Oito e Mkt 
Fribal).
Diretoria da CDL SLZ: Marcelo 
Resende e Fernando Chiacchio com 
as esposas Luzia e Jakeline.
Fernanda Torres e Silas Diniz da 
Equatorial Energia MA.
Equipe Potiguar: Elenilson Santos, 
Nilde Moraes, Thaylana Sousa, 
Rafael Maciel, Marcelo Silva.
Bruna Castelo Branco e 
Max de Medeiros
Polyanna Fernandes e Sérgio 
Carvalho.
Werther Bandeira (Villa do Vinho), 
Beto Soares com Danielle Vieira, José 
Domingues Neto e Adriana Vieira.
Miguel e Cláudia Abdalla.
O anfitrião NM entre Lorena 
Bessani e José Gonçalves.
Lourdes Castro, Danielle Vieira e 
Léa Zacheu.
Luana Furtado e Luiz Carlos 
Cardoso da Equatorial Energia MA.
O Procurador do Estado e Advogado 
Daniel Blume e sua esposa Priscila.
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Maranhão Turismo 41 
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O PassaporteFolia 2020, a Feijoada 
pré-carnavalesca, que comemorou os 
16 anos do Programa de TV Mundo 
Passaporte, foi sucesso total e contou 
com grandes atrações, entre elas, Tere-
sa Canto, Lucio Mari Cordas, Thais Mo-
reno, Banda Kayambá e DJ Johnny Jay.
A super festa aconteceu, nos luxuo-
sos salões do Hotel Luzeiros – São Luis, 
um dos mais conceituados do país, na 
tarde do 16 de fevereiro, em pleno do-
mingo magro de carnaval e foi bastante 
prestigiada por amigos, familiares, cole-
gas de imprensa e muitos admiradores 
do Programa, que é exibido pela REDE-
TV São Luis e em Rede Nacional, pela 
AMAZONSAT. Além da TV, o público 
pode acessar o conteúdo, através do 
Portal Blog, que se transformou numa 
plataforma interativa, atualizada e dis-
ponível pela Internet, tablet, celular, etc. 
Basta colocar mundopassaporte.com.br 
e ficar por dentro de todas as notícias, 
vídeos e redes sociais do programa.
O apresentador Marcos Davi e sua 
bela esposa, Madalena Nobre, que 
apresenta o Programa Nobre, cuidaram 
com rigor nos detalhes de todo o even-
to, que teve como tema “O CARNAVAL 
DA DIVERSIDADE CULTURAL DA 
HUMANIDADE”. 
Marcos Davi contou a nossa produ-
ção, que “foi um momento de come-
morar as vitórias e conquistas dos 16 
anos do programa e anunciar muitas 
surpresas boas”. 
Contatos do Programa: 
producao@mundopassaporte.com.
br ou pelo fone: (98) 98122-2450
COMEMORANDO 16 ANOS 
E O SUCESSO ABSOLUTO, 
PROGRAMA MUNDO 
PASSAPORTE REALIZOU 
GRANDE FESTA
Marcos Davi, com Fernanda Mendes (Rosa Maré 
Moda Praia), Leonara Abreu e Madalena Nobre
Marcos Davi com o casal, Vânio e
Leonice Azevedo
Madalena Nobre entrevistando , Pablo Buás, 
supervisor de recepção do renomado Hotel Luzei-
ros, um dos mais conceituados do país
Madalena Nobre com o casal de empreendedores, 
Francisco e Cláudia Rocha (RR Transportes)
Regina e 
José Lucena
Lúcia Sabino e Léa ZacheuJefferson Lauande, Keith Almeida, Dr. Fernando França, Ma-
dalena Nobre, Ivaldo Rodrigues, Baiano Filho e Rita Matos
Francisco Neto, Marcos Davi e Rosângela DiasMarcos Davi, com familiares, Raimundo e Josenita 
Machado (pais), Kricia, Christina, Márcia Fernan-
da, Graça e Nídia Santiago.
Com a Bandeira do Maranhão, todos festejaram os 16 anos 
do programa de TV Mundo Passaporte
42 Maranhão Turismo
BAILE CAIA NA GANDAIA 
AGITOU A SEXTA MAGRA 
DE CARNAVAL EM SÃO LUÍS
Os blocos, bailes, feijoadase ensaios 
de escolas de samba animaram o folião 
maranhense durante o período pré-carna-
valesco. Uma das novidades do pré-Car-
naval da Ilha neste ano foi o Baile Caia na 
Gandaia, que agitou a noite da sexta-feira 
Magra de Carnaval, na Casa Fanzine, na 
avenida Beira-Mar. 
Com o lema “Vista-se de Alegria e 
Caia na Gandaia” os foliões desfrutaram 
da animada festa com mais de cinco ho-
ras de música e dançaram embalados por 
marchinhas, samba de raiz, axé e MPB. 
Três grandes atrações animaram o bai-
le que começou com o cantor Marconi 
Rezende com seu repertório de MPB em 
ritmo de Carnaval, interpretando músicas 
de Chico Buarque, Moraes Moreira, Al-
ceu Valença, Gilberto Gil, entre outros. 
Com mais de 30 anos de criação, o 
grupo Espinha de Bacalhau não deixou 
ninguém ficar parado e fez os gandaieiros 
dançarem samba de raiz de nomes conhe-
cidos do cenário nacional e também sam-
bas maranhenses.
Novidade no Carnaval maranhense, a 
sambista Anna Christina Bahia (de Brasí-
lia) subiu ao palco acompanhada pelo seu 
diretor musical, o violonista Beto Cardo-
so e o grupo Espinha de Bacalhau. Com 
seu vozeirão e sua alegria contagiante, a 
convidada da noite, Anna Christina Bahia 
também fez o folião dançar e cair na gan-
daia embalado por um repertório versátil 
com samba de raiz, sambas enredos, axé e 
marchinhas. 
Uma noite memorável de uma gan-
daia carnavalesca que promete se repetir 
em 2021, com a produção das jornalistas 
Franci Monteles e Yndara Vasques junta-
mente com a empresária e advogada Silvia 
Abdalla. “O baile, preparado com muito 
carinho, teve como resultado um ambiente 
de muita música, alto astral, alegria, ani-
mação e fantasias que deram um charme 
especial à festa”, avalia Franci Monteles. 
O evento teve o apoio do grupo Mateus, 
da Via Mundo, Pousada Rancho do Buna 
(Atins) e da Inspirar Inovação & Comuni-
cação.
Yndara Vasques com a cantora Anna Christina Bahia
As gandaieiras Terezinha Rodrigues, De 
Jesus Mendes, Franci Monteles e Cildéa Sá
Jandilson Carvalho, Samartony Martins, Joel 
Jacintho, Eden Jr. e esposa Katy Maria
Silvia Abdala e Yndara Vasques (produção 
do Caia na Gandaia) e proprietária da Casa 
Fanzine Cíntia Pessoa
Os jornalistas Guto Bogéa (PJ Turismo) e 
Joel Jacinto
Franci Monteles, Marcos Martins a cantora 
Anna Christina Bahia e Yndara Vasques
Gente bonita e animada caiu na gandaiaAs primas Débora Bahia e Anna Christina 
Bahia
Claudio e Iracema da CI Comunicação
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Maranhão Turismo 43 
3º EDIÇÃO DO CLAUDIAN 
CARVALY FANTASY
O empresário e digital influencer Claudio Carvalho realizou a 3º edição do “Claudian Carvaly 
Fantasy” com sucesso, onde as madrinhas e a musa abrilhantaram a festa. Foi um evento luxuoso e 
glamoroso, onde recebeu a imprensa, patrocinadores e a sociedade ludovicense.
A festa aconteceu no dia 14/02 nos salões do Imperial Eventos, que contou com as participações 
de Argumento, Favela do Samba e Thais Moreno. O queridíssimo Claudio Carvalho, preparou tudo 
com todo amor e muito capricho, pensando até nos mínimos detalhes, pois o baile foi destruição e 
lacração. ACEITA OU CHORA.
Cláudio e amigasNatassia Weba e 
Cláudio Carvalho
Fabia Vierinha, Rafaela 
Durans e Keila Dondoca
A musa Tatiana Lobão e NayaraCláudio Carvalho é Rafaela 
Durans madrinha digital
Paulo RaybanRafaela Durans e Lelis Lis 
madrinhas
Lenny Giffony madrinha do 
Fantasy
O casal Fernando Dias e 
Karla Mesquita
Cláudio Carvalho e a musa 
do Fantasy Tatiana Lobão
44 Maranhão Turismo
FOTÓGRAFO MEIRELES JR. 
LANÇOU LIVRO “MANGUEZAIS: 
RAÍZES MARANHENSES”
Depois de revelar ao mundo 
belezas únicas do Maranhão, tais 
como a grandiosidade dos Len-
çóis Maranhenses e a pluralidade 
de São Luís, capital Patrimônio 
da Humanidade pela UNESCO; 
o fotógrafo Meireles Jr. resolveu 
apresentar a todos aquele que é 
considerado um dos maiores e 
mais importantes ecossistemas 
do mundo, o Mangue. Esse é o 
tema de seu sétimo livro intitu-
lado livro “Manguezais: Raízes 
Maranhenses”.
Como já sugeriu o renomado 
Sebastião Salgado, “um fotógra-
fo terá cumprido muito bem sua 
missão quando as pessoas, após 
verem as suas fotos, saírem di-
ferentes das que eram antes de 
entrar nessa exposição”. Salgado 
também lembra que, a fotografia 
é com certeza, “a nova linguagem 
universal, que pode ser lida sem 
tradução, em todo o mundo”.
Meireles Jr. com certeza cum-
priu essa bela missão de emocio-
nar com sua obra. 
A mesma foi muito elogiada 
por todos que foram conferir o 
seu lançamento no São Luís Sho-
pping. Agora, o livro com textos 
em inglês e português Mangue-
zais pode ser encontrado nas lo-
jas Fribal, empresa que patroci-
nou o projeto, via Lei Estadual de 
Incentivo à Cultura.
O fotógrafo entre Miguel Abdala, André 
Fernandes e Márcio; o trio da Ideia Propa-
ganda que assinou a parte gráfica da obra.
 A educadora Elizabeth Rodrigues 
(grupo Dom Bosco) e Oscar Yamakawa
A Banda Alcmena Revival que fez show
especial para os convidados de Meireles Jr.
O fotógrafo entre os advogados Daniel 
Blume e Thiago Brhanner.
 Bahiano e Rita Matos com Lea Zacheu
O fotógrafo Antonio Marcos Beto (Marcos 
Stúdio) e família prestigiaram o evento.
 Os pais do fotógrafo, Lenir e 
José Maria Meireles.
Maria Eduarda e Andrea, filha e 
esposa de Meireles Jr.
 Igor Quartin, do MKT do 
São Luís Shopping.
A jornalista Adriana Vieira e Maria Fer-
nanda Oliveira, da Fribal que patrocinou o 
projeto, com Meireles Jr.
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Maranhão Turismo 45 
NOVA LOJA 
TVN EM 
ROSÁRIO
A TVN inaugurou uma 
nova loja na cidade de Rosá-
rio (MA). Localizada na Rua 
Heráclito Nina, N. 3117, no 
Centro de Rosário; a nova 
loja funciona diariamente 
das 08H às 18H de segunda 
às sextas; e das 08H às 12H 
nos sábados.
A nova unidade atende 
os clientes das cidades de 
Rosário e Bacabeira (MA) 
oferecendo os mais moder-
nos serviços da TVN Fibra: 
IPTV, Internet e Telefonia, 
além de todo o atendimento 
ao cliente.
Na inauguração da loja 
a TVN presenteou a co-
munidade de Rosário com 
a exibição popular em um 
ginásio da cidade a comé-
dia maranhense de suces-
so “Muleque Té Doido 3, 
Mais Doido Ainda”, além 
de levar os atores do fil-
me como convidados vips. 
Eles interagiram com a 
população após a exibição 
da comédia e foram muito 
aplaudidos. Um exemplo 
do quanto a TVN apoia e 
ajuda a democratizar a cul-
tura maranhense.
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O elenco da comédia Muleque Té Doido com Rosa Almeida e Walkíria Pinto na nova loja da TVN em Rosário. 
Neidson Moreira (Alvorecer), Dyego Neiva (Projetista de 
Rede TVN) e Jeferson Bandeira (Ger. Técnico TVN).Os atores interagindo com o público em Rosário (MA).
Os atores maranhenses com Walkíria Pinto (Ger. Comercial 
TVN) e o apresentador Marcos Davi (Mundo Passaporte).
Dyego Neiva (TVN), as personagens de “Muleque Té Doido” 
Nikima, Zé Mukura e Sorriso, Jeferson Bandeira (Ger.Técnico 
TVN), o ator e diretor Erlanes Duarte, a personagem Guida 
Gue Vara e Rosa Almeida (TVN Rosário e Bacabeira).
46 Maranhão Turismo
Enquanto os foliões de carteirinha 
aguardam ansiosamente pelo feriadão 
que se aproxima para caírem na festança 
de Momo, empreendedores se prepa-
ram para aumentar o seu faturamento 
durante o período. Seja nas atividades 
de comércio, prestação de serviços ou 
economia criativa, ninguém duvida: o 
carnaval movimenta uma cadeia produ-
tiva significativa.
 Atividades como alimentos e be-
bidas, vendas de acessórios e artigos 
carnavalescos, confecção ou customi-
zação de fantasias e abadás, pousadas 
e hotéis, agências e receptivos, salão 
de beleza (maquiagem e cabelereiros), 
empresas de segurança, transporte (táxi, 
motoristas de aplicativos, locadoras de 
veículos), imobiliárias, além de toda uma 
gama de profissionais da economia cria-
tiva – músicos, fotógrafos, artistas plás-
ticos, atores e atrizes e etc., acabam ga-
nhando com o Carnaval. A festa é uma 
opção de renda,ainda, para quem está 
desempregado ou quer ampliar o orça-
mento familiar e optando em ser vende-
dores ambulantes durante a folia.
 Antenado com a data comemorati-
va e com a oportunidade que traz aos 
empreendedores, o Sebrae oferta cur-
sos e oficinas rápidos para quem quer 
melhorar as vendas nesse período. Na 
cidade de Rosário, por exemplo, que 
tem a expectativa de receber 20 mil visi-
tantes para a festa, a instituição realizou 
o II Carnaval de Oportunidades no iní-
cio deste mês de fevereiro, com oficinas 
de gastronomia para empreendedores 
da área de alimentos, além de palestras 
específicas sobre empreendedorismo, 
identidade visual, reciclagem de resídu-
os e microempreendedor individual.
 “Tivemos, ainda, uma parceria entre 
Sebrae, Senar e Prefeitura de Rosário 
que favoreceu a capacitação dos mem-
bros da Associação dos Barraqueiros do 
município, com vistas a melhorar a pres-
tação de serviços aos clientes durante os 
dias de folia – para atender melhor tanto 
a população local quanto aos visitantes 
que a cidade espera receber nesse pe-
ríodo”, informou o gerente da unidade 
regional do Sebrae em Lençóis-Munim, 
Davi Felipe Amorim.
 “Aprendemos muito com essas ofi-
cinas, principalmente quanto às boas 
práticas de manipulação dos alimen-
tos, receitas de caldos diferenciados e 
também a questão da reciclagem dos 
resíduos. Este será um legado que o 
Sebrae está deixando a todos nós para 
que possamos melhorar o atendimen-
to ao público não apenas no Carnaval, 
mas para melhorar a qualidade dos 
produtos que a gente comercializa, 
destacou a presidente da Associação 
dos Barraqueiros de Rosário, Késia 
Dutra.
 
DICAS PARA 
EMPREENDEDORES
Independente do nicho de negócio, 
o Sebrae destaca algumas dicas para 
quem é empreendedor e quer faturar 
um pouco mais durante o Carnaval. De 
acordo com a gerente de Soluções Em-
presariais do Sebrae no Maranhão, Keila 
Pontes, a hora é de chamar a atenção do 
consumidor com objetivo de fidelizar os 
que já são clientes e conquistar novos.
CARNAVAL AQUECE MERCADO E AMPLIA 
OPORTUNIDADES PARA PEQUENOS NEGÓCIOS
Segmento já começa a lucrar com as prévias carnavalescas, mas os empreendedores estão 
se preparando mesmo é para o período momesco, onde esperam aumentar as vendas.
Maquiagem, cílios postiços e unhas também estão ganhando as 
cores alegres do carnaval para fazer bonito nos blocos de rua.
No II Carnaval de Oportunidades de Rosário, os empreendedores do município receberam 
dicas e participaram de oficinas para vender mais no período da folia.
Maranhão Turismo 47 
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52 Maranhão Turismo