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Ano XXX São Luís - MA - Brasil Janeiro/Fevereiro- 2020 R$ 15,00 DESDE 1990 FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O BL O CO T RA D IC IO N A L “O S A PA IX O N A D O S” Breve memória dos antigos carnavais do Maranhão 8/21 Blocos Tradicionais Singular expressão da diversidade cultural maranhense 29 22/25 Temporada oficial do Carnaval 2020 32/35 47 40 anos do Bloco das Carroças em Rosário-MA Carnaval aquece mercado e amplia oportunidades para pequenos negócios SU MÁ RIO FO TO : P O U SA D A B A LU A RT E / R IO S D E TU TÓ IA - M A FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Bloco Tradicional “Os Foliões” A Revista Maranhão Turismo, que se posiciona e se fortalece a cada ano como peça de resistência na defesa do turismo do Maranhão, desenvolve um tra- balho que abrange diversas facetas, dentre as quais o resgate das raízes culturais do nosso Estado, prolífico em relação à diversidade cultural. O carnaval mara- nhense, portanto, possui desde as suas origens, nos tempos coloniais, manifestações que marcaram épo- ca e que deixaram rastros que ainda produzem ecos no atual formato das nossas assim chamadas ‘brinca- deiras”. Nesta edição, fazemos referências a manifesta- ções antigas, tais como a Chegança, o Congo, o Coco, o Fandango, a Caninha Verde, o Baralho. Passeamos pelos Cordões de Fofões, Dominós, Ursos, Colombi- nas, Cruz-Diabos, com a ocorrência dos chamados Assaltos, dentre outros. Fizeram fama os Cordões e Ranchos de Ursos (que possuía perfil carnavalesco de origem europeia, adaptado ao ambiente maranhen- se), com apresentações de autos com figuras como os Ursos Caprichosos, Cachorros e outros personagens. Relembramos a magia do Tambor-de-Crioula e de forma saudosista a Casinha da Roça, que representa um dos pontos mais altos da nossa rara e iluminada criatividade momesca. Criatividade que nos fez merecer a beleza dos nossos blocos tradicionais do Maranhão, que mere- cem o devido respeito (algo que tem rareado entre os nossos gestores), em razão da enorme contribui- ção à nossa cultura. Ligados, na sua origem, a clubes tradicionais ou de perfil mais humilde, expressando as aspirações da elite econômica ou representando bairros ou segmentos profissionais, a proliferação dos mesmos remonta ao século XX, e eles surgiram como desdobramentos de manifestações anteriores, tais como o Fandango, a Caninha Verde e a Chegança. Como não celebrar os antológicos e licenciosos bailes de máscaras de Moisés Silva, que eram frequen- tados por todas as classes sociais da cidade. Ele sem- pre adotava um nome diferente para seus clubes: Ni- ght and Day, Globo da Folia, Gruta de Satã, ambientes sempre muito bem decorados. As mulheres entravam de graça nos bailes, contanto que estivessem masca- radas, artifício para atrair os homens. O folião no carnaval só precisa de disposição, ale- gria, criatividade e vontade de brincar para que con- tinue enchendo os nossos corações de esperança na necessária fraternidade entre os homens. Boa Leitura! Revista Maranhão Turismo Editora-Chefe Léa Zacheu Administrativo Financeiro Sérgio Quirino Revisão Lara Zacheu Reportagem Paulo Melo Sousa Publicidade Léa Zacheu Assistente Comercial Lena Moreira Impressão Gráfica e Editora Lucena Diagramação Renê Caldas (renecaldas0@gmail.com) Fotos Charlles Eduardo Djalma Raposo Foto capa Charlles Eduardo Colaboradores Danielle Vieira Franci Monteles Euvaldo de Jesus Pereira Nilcimeire Sousa Os anunciantes são os únicos responsáveis por todos os conceitos, conteúdos, erros, falhas, incoerências, informações, imagens, ofertas, opções, propostas, textos e similares constantes das próprias matérias promocionais, peças publicitárias e semelhantes publicadas nesta edição. Rua 10, Nº 20 São Francisco São Luís - Maranhão- Brasil • CEP – 65076-520 Fone: (98) 98152 0970 (Tim) • (98) 99607 3423 (Oi) • (98) 98211 1426 (Tim) E-mail: revistamaturismo@gmail.com www.revistamaranhaoturismo.com @revistamaturismo CA RT A AO L EI TO R Representante em São Paulo - Rua Ministro Gastão Mesquita, nº 538, São Paulo - SP • CEP: 05012-010 FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Bloco Tradicional “Os Feras” Maranhão Turismo 7 8 Maranhão Turismo BREVE MEMÓRIA DOS ANTIGOS CARNAVAIS DO MARANHÃO Existe mais ou menos um consenso en- tre os pesquisadores de que o carnaval mara- nhense teria surgido no apagar das luzes do século XVIII a partir da prática do Entrudo, ou seja, uma brincadeira na qual os participantes, durante a folia momesca, jogavam uns contra os outros, luvas com recheio de areia, farinha, água, limões de cheiro, tapioca de goma, den- tre outras coisas, visando sujar e lambuzar a todos, numa pândega coletiva e amistosa. Da mistura das culturas europeia, indígena e afri- cana, fruto da nossa colonização, o carnaval aqui praticado começou a apresentar manifes- tações que denunciam as raízes formativas da nossa sociedade, e ao longo do século XIX algumas brincadeiras surgiram e se desen- volveram, tais como o Fandango, o Coco, o Baralho, os Autos, a Chegança e o Congo, estes dois últimos bem conhecidos na Bahia, Pernambuco e em alguns outros estados, mas citados apenas de forma casual como folgue- dos outrora aqui existentes. POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PÚBLICO / ACERVO PROMEM Maranhão Turismo 9 BREVE MEMÓRIA DOS ANTIGOS CARNAVAIS DO MARANHÃO O grande pesquisador mara- nhense Antônio Lopes deixou-nos informações sobre a Chegança, que também existia em outros estados do país. No entanto, considerou a nossa como a mais completa que presenciou. Relatando que a for- matação da Chegança maranhense apresentava uma série de Autos, nos quais se inseria no episódio central episódios outros, também chama- dos de jornadas, tais como o do Mouro, do Imediato, do Piloto, do Mestre, da Marujada, informa Lopes que “em quase todos os estados brasileiros somente se conhece por Chegança algum desses episódios. Em outros, dá-se o nome de ‘Che- gança’ ao que se denomina ‘Fandan- go’ no Maranhão, isto é, um auto coreográfico acerca da guerra entre dois povos africanos, ao passo que a palavra ‘fandango’ naqueles, desig- na simples dança”. Essa brincadeira era dançada em Portugal, no século XVIII, lembrando as lutas entre os portugueses e os mouros. O Fandango também era conhecido em outros lugares do país, de norte ao nordes- te, como Barca. Festa popular em homenagem a marinhei- ros, ainda hoje encontra eco nas fantasias de marujos que de vez em quando aparecem em nosso carnaval. No sul era conhecido como Fandan- go-Baile. Tida como antiga dança espanhola, foi adotada pelos negros do Maranhão e adaptada á nossa conjuntura histórica . Personagem de “Fandango”, por José Jansen 10 Maranhão Turismo Sobre a Caninha Verde, “a Brincadeira trazida do Minho, Portugal, consiste em canções e uma representação dramáti- ca. Originariamente tratava-se de um divertimento ligado ao fim das colheitas, uma brin- cadeira de roda envolvendo homens e mulheres (pare- cida com quadrilha junina). Urbanizou-se no Maranhão, tendo versões carnavalescas frequentes até 1950 e ainda é apresentado ocasionalmen- te”, segundo Mathias Röhrig Assunção, em “Resgatando o carnaval de rua: a fuzarca ma- ranhense contra a homogenei- zação nacional-global”. Ainda hoje a brincadeira da Cana Verde existe em Paraty, tendo se desenvolvido no Ceará, so- bretudo nas áreas praianas. No início do século XX novas formas de expressão surgiram no carnaval mara- nhense, notadamente na capi- tal, São Luís. Foi o momento em que os Cordões e os Ran- chos tiveram vez, alcançando grande expressão até a década de 1970. FO TO : A RQ U IV O P AU LO M EL O S O U SA FO TO : A RQ U IV O P AU LO M EL O S O U SA FO TO : A RQ U IV O P AU LO M EL O S O U SA Maranhão Turismo 11 Os Cordões eram grupos de pessoas fantasiados, ten- do como personagens os Do- minós, Pierrôs,Colombinas, Fofões, Ursos, Cruz Diabos, Baralho, com a ocorrência dos chamados Assaltos, dentre outros. Fizeram fama os Cor- dões e Ranchos de Ursos (que possuía perfil carnavalesco de origem europeia, adaptado ao ambiente maranhense), com apresentações de autos com figuras como os Ursos Capri- chosos, Cachorros e outros personagens. O Cruz-Diabo era fantasia típica do Mara- nhão, apresentando roupa ver- melha, ornada com galões e lantejoulas, calções e casaca, cabeça com chifre e portando um tridente na mão. De todos eles ainda sobrevivem os Fofões, graças a um resgate que tem sido feito sobretudo por artis- tas, ultimamente. O Fofão é “um personagem que se caracteriza por performance gestual de alonga- mento e abertura de braços e per- nas, pequenos pulos cadenciados e lentos, curvando-se sutilmente para oferecer uma boneca de plás- tico que carrega consigo presa às mãos numa solicitação de ajuda em dinheiro ou outros incentivos para a brincadeira (um gole de bebi- da)...: sua origem remonta aos pa- lhaços medievais, bobos, clowns e a comedia del’arte. Sua indumentá- ria consta de um macacão bufante e folgado confeccionado em cetim ou chitão estampado, franzido nos ombros, gola, punhos e tornozelos, com folhos nas extremidades e gola de pontas com guizos de metal nos bicos de tecidos que tilintam e as- sim, anunciam sua aproximação”, informa o designer e pesquisador Cláudio Vasconcelos. “Cruz Diabo”, por José Jansen FO TO : A RQ U IV O A LD EM IR S IL VA Bicho Terra década de 50 12 Maranhão Turismo A DOCE LIBERTINAGEM DOS ANTIGOS BAILES DE MÁSCARAS Ao lado da ascensão do chamado car- naval dos cordões, com seus fofões, ursos, cruz-diabos, e o surgimento dos blocos tradicionais, desenvolveu-se também, ao longo do século XX, o carnaval nos clubes, os corsos e os bailes de máscaras, que já eram comuns em fins do século XIX. No início do século passado, os jornais já da- vam notícias a respeito dessa prática com bailes no antigo Teatro São Luís, hoje Ar- thur Azevedo: “Com uma casa a cunha, era gosto ver a profusão harmoniosa de máscaras e convidados que enchiam os seus amplos salões” (A Rua, 18 de feve- reiro de 1915). POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PÚBLICO / ACERVO PROMEM Maranhão Turismo 13 Inicialmente organizados pelas famílias de maior poder aquisitivo de São Luís em clubes como o Casino Maranhense, o Lítero e o Jaguarema, os bailes mais populares, por sua vez, aconteciam em ambientes que se tornaram famosos, com evidência para o Bi- gorrilho, Berimbau, Cantareira, Rasga Sun- ga, Cabana do Pai Tomás, Lunáticos, Havaí, Vassourinha, Inferno Verde, Saravá, Rei Pelé, Gruta de Satã, dentre outros, que atingiram seu auge nas décadas de 1940 e 1950. Tais bailes, em nosso estado, caracterizavam-se pelo fato de serem frequentados de forma indistinta. Pessoas de boa condição social, bem como advindos da classe média ou sem mui- tos recursos, que não podiam frequentar os luxuosos salões de então, sempre encontra- vam nesses lugares o espaço ideal para se di- vertirem. O tom da libertinagem começou a surgir em virtude da contratação de garotas, por parte dos donos das festas, no intuito de “animarem” os foliões, em boa parte for- mada por homens casados que aproveitavam a clandestinidade oferecida pelas máscaras para pularem a cerca matrimonial. 14 Maranhão Turismo Seu Moisés Silva, como era conhecido esse grande animador do Carnaval de São Luís, além dos bailes, fazia também Carna- val de rua. “Eu fazia, por exemplo, a co- roação da Rainha. Procurava uma garota bonita, forte, que preenchesse as condi- ções necessárias para ser rainha, e dava a ela toda a vestimenta e tudo quanto fosse preciso, desde a costureira, tudo mesmo. Ela não contribuía com um alfinete sequer. Então eu, com a amizade que tinha e te- nho ainda, conseguia com os meus amigos comerciantes, nas lojas, a vestimenta, na sapataria, o calçado. A única coisa que eu mandava fazer era a coroa. No dia, colo- cava a rainha num carro alegórico muito bonito - eu fazia desfiles de carros - com cordões de dominós e de fofões com todo tipo de fantasia, com foguetes, balões, or- questra...tudo isso coloria o Carnaval, dava uma animação muito grande” (entrevista concedida a Raimundo Nonato Reis Men- donça e Francisco Jomar Câmara. Publica- do no Vagalume - Suplemento cultural do SIOGE, março / abril de 1994). Maranhão Turismo 15 Os bailes de Moisés Silva eram frequentados por todas as classes sociais da cidade. Ele sempre adotava um nome dife- rente para seus clubes: Night and Day, Globo da Folia, Gruta de Satã, ambientes sempre mui- to bem decorados. As mulheres entravam de graça nos bailes, contanto que estivessem mas- caradas, artifício para atrair os homens. Geralmente eram mu- lheres sedutoras, que deixavam políticos e empresários boquia- bertos. “A animação das ruas era uma atração para o clube, onde estava a maior animação; havia ocasiões em que eu vedava as portas, porque o clube já esta- va lotado. As orquestras eram animadíssimas, mesmo porque eu fazia testes prévios com os músicos. Eu escolhia sempre as melhores orquestras, tais como a Jazz Vienense, Jazz Alcino Bí- lio, Jazz Maranhense”, informa o saudoso Moisés Silva. Os bailes de máscaras prosperaram, até que em 1966 o então prefeito Epitá- cio Cafeteira os proibiu, o que provocou um período de decadência nessa mani- festação cultural. “A atitude de Cafe- teira, até certo ponto inexplicável, pelo fato de ter sido eleito pelas camadas mais populares da cidade, era acentu- adamente marcada de conotação pseu- domoralizante e demagógica. O pre- feito, a pretexto de acabar com a onda de corrupção sexual, desencadeada na cidade por ocasião das festas de Momo, decidiu-se pela erradicação dos bailes de máscaras, que ele responsabilizava como focos indiscutíveis de perdição da juventude de nossa terra”, segundo declara o escritor Benedito Buzar, atual presidente da Academia Maranhense de Letras. De acordo com o historiador Car- los de Lima, já falecido, “foi o Cafeteira quem proibiu os bailes de máscaras, em 1966; acho que ele não queria con- corrência com a cara dele...eu cheguei a presenciar vários desses bailes, mas nenhum deles foi mais importante que os comandados por Moisés Silva. O que teve mais repercussão ficava no Beco Escuro. As pessoas, principalmente as mulheres, usavam luvas e máscaras pre- tas, com um nariz pontudo vermelho. Dessa forma, ninguém as identificava”. Esses antológicos bailes, que também tiveram como promotores, além de Moisés Silva, nomes como Permínio Costa, José de Ribamar Dutra, Valmir, Pedro Veiga, Mundiquinho e Reinaldo Pinto, acabaram caindo em declínio e saíram de moda. Mas estão retornando aos poucos. 16 Maranhão Turismo ALDEMIR SILVA A OUSADIA DE UM NOTÁVEL FOLIÃO Um folião por excelência estava dis- posto a deixar a folia de Pindaré-Mirim crescer. Aldemir Silva fez história no carnaval maranhense, vivendo nas ruas o espírito momesco. Em Pindaré-Mirim, a cidade que o viu nascer, Aldemir já instaurava a mudança e, mesmo contra a vontade dos pais, de atitudes natural- mente conservadoras, ele ia para as ruas durante o carnaval, e lançando mão da criatividade, extrapolava, literalmente. Em certa ocasião, trouxe do Posto Indígena Gonçalves Dias, localizado nas redondezas daquela cidade, alguns ín- dios e índias (uns vestidos, outros nus) e os incorporou a um bloco por ele or- ganizado. Naturalmente, o episódio foi um verdadeiro escândalo para a época, e a população local comentou o fato du- rante muito tempo. Aos 14 anos, Aldemir Silva se mudou para São Luís, em busca de estudo e oportunidades de trabalho. Contudo, nas férias, retornava à velha Pindaré, e ali sempre aprontava das suas. Organizava as festas em casas particulares, em decorrência da ausência de clubes sociais, e saía vestido de mulher pelas ruas da cidade, durante o período de Momo, paraespanto dos mais ve- lhos e admiração dos mais jovens. Em certa oca- sião, chocou a população local ao se fantasiar de viúva, fato que transformou seu nome em sinôni- mo de carnaval para os moradores do antigo En- genho Central. Em São Luís, Aldemir continuou brincando nas ruas, e a sua turma se transformou num verdadeiro mito na cidade, no que se refere ao carnaval, a partir dos anos 1950. POR: PAULO MELO SOUSA • FOTOS: ARQUIVO PESSOAL Aldemir Silva (lado direito da foto), na performance “O Bem Amado”. Anos 1970. Aldemir Silva na performance “Chacrinha e suas Chacretes”. Anos 1970. Maranhão Turismo 17 Juntamente com alguns de seus amigos mais próximos, dentre os quais Biné e Al- berto Duailibe, os irmãos Walter e Reinal- do Nova da Costa, participou do Bloco “Os Sentenciados”, que despertava a preferên- cia popular juntamente com o Vira-Lata. O quartel-general do grupo se localizava na própria casa de Aldemir, situada no bairro do Apicum. De lá, após se fantasiarem, sa- íam pela cidade em verdadeiras caravanas de animação. Nomes como os de Inácio Braga, Jesus e Elir Gomes, Raul Guterres, Antônio Maria Carvalho e Antônio Carlos Saldanha, dentre outros, não serão esque- cidos pelos adeptos da verdadeira folia do nosso valoroso carnaval. Aldemir Silva nas- ceu em 20 de abril de 1920 e se encantou a 8 de dezembro de 2009. Herdeiros - Um grupo foi criado para manter a tradição desses encontros mo- mescos. O bloco “Herdeiros do Aldemir”, surgido em 2002, nasceu a partir da ini- ciativa de três netos do grande folião: Luís Guilherme, Frederico Augusto e Carlos Gustavo. O bloco chegou a possuir 52 componentes, a maioria dos quais fami- liares de Aldemir Silva, contagiados pela euforia do ascendente, visando dar conti- nuidade à tradição de se vestir de mulher e realizar paródias das músicas que estavam nas paradas de sucesso. Em 2004, o bloco executou uma pa- ródia da novela Celebridade. Os homens saíram vestidos de Darlene e as mulheres encarnaram o bombeiro Vladimir, persona- gens da referida novela. A concentração da turma continuou sendo a residência dos Silva, à rua Frei Querubim, nº 44, no Apicum. A turma percorria todo o cir- cuito carnavalesco e chegou a lançar um CD. Uma homenagem mais do que justa a quem soube manter durante tanto tempo com extrema dignidade a folia momesca no carnaval de rua do Maranhão, com a in- tenção de preservar a memória do insigne folião Aldemir Silva. Performance Cantora Wanderléa - Paródia da música “Pare o Casamento”. Anos 1970 18 Maranhão Turismo O fenômeno cultural é de complexo entendimento. O que se sabe ao certo é que se transmuta ao longo do tempo, seja através da substituição de práticas ou por meio de alterações, às vezes radicais, nas diversas manifestações existentes. No carnaval maranhense podemos exem- plificar as duas possibilidades, bastando citar a brincadeira do Urso, que desa- pareceu, e os blocos ditos tradicionais, que se apresentam nos dias de hoje bem diferentes daqueles surgidos na década de trinta do século passado. Uma das brincadeiras que mantém fidelidade à sua proposta inicial é a da Casinha da Roça. Surgida em 1946, no interior de uma oficina especializada na fabricação de carrocerias de caminhão, localizada na avenida Roma Velha, atual Newton Bello, no bairro do Monte Castelo, antigo Are- al, a Casinha da Roça nasceu da ideia do senhor Emídio França, que sempre se orgulhou de ter sido o pioneiro na ope- racionalização da montagem das carro- cerias dos primeiros ônibus que circula- ram no Maranhão. Seu Emídio, contando com a colaboração do senhor Zé Maria Soares, sugeriu a utilização do esquele- to de um dos caminhões como base para a sustentação de uma casinha de palha, herança da nossa cultura indígena. Daí decidiram pendurar na estrutura obje- tos utilitários manipulados pelo homem do campo e alimentos típicos da nossa culinária. A obra estava forjada e a brin- cadeira, criada. CASINHA DA ROÇA A PERSISTÊNCIA DA RAIZ POR: PAULO MELO SOUSA FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 19 Naquela ocasião, a Casinha da Roça se apresentou no domingo de carnaval, estre- ando ao lado dos outros Corsos (espécie de carros alegóricos, com integrantes fantasia- dos, às vezes acompanhados por bandas de música, surgidos na década de 1920 e que sobreviveram até meados dos anos 1980), que eram comuns naquela época e reina- vam nas avenidas de São Luís. O sucesso da novidade foi imediato, e representou, desde o início, um verdadeiro contraste em relação ao luxo dos similares. A Casinha, na verdade, é um Corso que sobreviveu àquele período. Na ocasião, as famílias tradicionais enfeitavam seus carros com fitas, flores e quaisquer outros adereços, para desfilarem pela cidade. As capotas dos automóveis eram arriadas e as moças e rapazes que participavam da brincadeira jogavam lança- -perfume, confetes e serpentinas sobre os pedestres. Os Corsos ditos populares usavam a es- trutura dos caminhões. Nos taipais do veí- culo, colocavam-se tábuas para que a altura dos mesmos aumentasse, por conta da se- gurança. Uma orquestra com três ou quatro músicos forneciam o clima necessário para que trinta ou quarenta foliões fizessem a festa. Um ano após a sua estreia, a Casinha da Roça já contava com vinte sócios que se reuniam com frequência para a organização e manutenção da brincadeira. Marcada pela simplicidade, seu elemento dominante sem- pre foi a criatividade, original e carregada de significados autênticos. FO TO : A CE RV O P RO M EM 20 Maranhão Turismo A intenção da proposta buscou desde o início mostrar a essência da cultura ma- ranhense, evidenciando sobretudo a vida cotidiana do povo do interior do estado, a realidade da cultura da roça. Normalmente, a montagem do Corso tomava dois dias de trabalho. A fartura dos adereços, contudo, sempre varia de ano para ano, de tal forma que, por diversas ocasiões, a brincadeira sofreu sério risco de não sair. Na carona da ideia que se propaga sobre a grande diversidade das nossas manifesta- ções carnavalescas, a Casinha da Roça está na vanguarda desse discurso e merece todo o apoio possível. Outros corsos similares se inspiraram na proposta da Casinha, dentre eles o Tijupá e a Tapera. Após a montagem da estrutura, a Casi- nha mostra seu miolo. No seu interior, a ca- racterística principal observada é a presença de uma parelha de Tambor-de-Crioula sendo tocada ininterruptamente. Ao longo do es- paço, vários fogareiros acesos são abanados pelas mãos habilidosas das cozinheiras que ficam o tempo inteiro a preparar as nossas comidas típicas, tais como o peixe frito com arroz de cuxá, o sururu, o caranguejo, o ca- ruru, a farofa com farinha d’água, tripinha frita e peixe seco, dentre outros “pecados da gula”. FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 21 Ali também estão representadas as nossas quebradeiras de coco ba- baçu, enquanto que alguns socam pilão, tirando a casca do arroz. Os alimentos produzidos são consumi- dos pelos brincantes e por parte da assistência que sempre está pedindo alguma coisa para as cozinheiras. Pendurados nas paredes da Casi- nha da Roça encontram-se cachos de babaçu, banana, pitomba e coco d’água, ao lado de folhas de juçara, gaiolas de passarinhos, galinheiros, enxadas e todo tipo de apetrechos que nos façam lembrar imediata- mente o ambiente rural. Outra particularidade interes- sante dessa manifestação está con- tida na coreografia que sempre acompanhou a movimentação do Corso. A presença de brincantes fantasiados de índios, pescadores, lavradores, caçadores e rendeiras evoluindo à sua volta davam um toque a mais no tocante à originalidade da mesma. Durante muito tempo, as comidas eram doadas por pessoas que apre- ciavam a Casinha, mas os tempos começaram a ficar mais duros e as contribuições foram minguando. Naturalmente, a brincadeirasó aparece no período momes- co, mas existem registros históricos, atípicos, de apresentações fora de época, por conta de comemorações de datas festivas ou de inaugurações de obras do governo estadual. Também sem- pre existiu a tradição, na terça-feira de carnaval, de a Casinha dar uma “canja” em São José de Ribamar. Naquela cidade, ge- ralmente em frente à igreja, os coreiros do Tambor-de-Crioula espalham suas toadas em homenagem ao santo padroeiro do Maranhão. Em seguida, o Corso retorna a São Luís. Durante muitos anos a Casinha da Roça enfrentou proble- mas com o patrocínio oficial, sem apoio, e em vários carnavais a brincadeira não se apresentou. Essa verdadeira voz da folia do passado ainda continua presente na memória dos maranhenses, legítima e lendária expressão da nossa diversidade cultural. FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O 22 Maranhão Turismo BLOCOS TRADICIONAIS SINGULAR EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE CULTURAL MARANHENSE CAPA Por: Paulo Melo Sousa • Fotos: Charlles Eduardo Ainda na primeira metade do século XX surgiram os primeiros blocos tradicionais. O ritmo por eles apresentado é tido como único em todo o Brasil, o que confere a tal brincadeira carnavalesca a aura da originalidade, o que enriquece a diversidade cultural do estado de forma extremamente singular. Tendo como grupo pioneiro o famoso Vira-Lata, surgido em 1933 (e que se apresentava em clubes sociais e até em festas de aniversário), os blocos vieram apresentando modificações ao longo do tempo e ostentam, nos dias de hoje, a marca do luxo em suas fantasias, e uma evolução no ritmo e nas coreografias durante suas Bloco Tradicional “Os Feras” Bloco Tradicional “Os Brasinhas” Maranhão Turismo 23 apresentações. A batida dos seus grandes tambores de som encorpado e contratempos é própria, apresentando um samba mais lento, malemolente. Além desses instrumentos, a percussão conta com a presença de retintas, cabaças, recorecos, agogôs, afoxés, maracás e rocas, o que permite a esses blocos tocarem vários ritmos musicais, dançados por seus tocadores e brincantes. Pessoas de famílias com bom poder aquisitivo e que não desejavam se misturar ao carnaval de rua começaram a se reunir em grupos e se visitavam mutuamente. Com o passar do tempo o ritmo se naturalizou e os blocos ganharam as ruas, alcançando a periferia, fortalecendo a identidade cultural maranhense. A indumentária era composta por roupas de palhaços com chapéu pontudo e rostos pintados, e a brincadeira contava com a participação de jovens que tinham bom poder aquisitivo. “Minha participação no carnaval maranhense foi muito ativa desde o começo da minha juventude; inicialmente fiz parte do bloco “Oba”, um dos blocos tradicionais da terra, fundado por Nazar e com fantasia de corsários. O “Oba” era uma das grandes atrações do carnaval de rua, juntamente com outros blocos, como o “Vira-Lata”, “Os Sentenciados”, etc. Com a extinção do “Oba”, eu me integrei ao “Vira-Lata” e o fiz até o encerramento de suas atividades. O “Vira-Lata” foi, na verdade, o grande bloco do carnaval maranhense, cuja extinção ainda hoje muitos lamentam” (depoimento de Vera Cruz Marques, jornalista e folião, falecido em 1992). Dentre outros grupos que fizeram época se destacaram os Coringas (Legionários), Pif-Paf, Mal-Encarados, Tarados, dentre outros. Um dos blocos que mais fidelidade mantiveram às origens da brincadeira é o “Boêmios do Ritmo”, fundado em São Luís no dia 8 de dezembro de 1947. Bloco Tradicional “Os Apaixonados” 24 Maranhão Turismo Criado por inspiração de um grupo de inveterados amantes de Baco, tocados pela boemia, logo após a procissão em comemoração ao dia de Nossa Senhora da Conceição (na antiga igreja da rua Grande, onde hoje se localiza o edifício Caiçara), o grupo seguiu o caminho que já vinha sendo percorrido pelos blocos Vira- Lata, Pif Paf e Os Coringas, dentre outros. O bloco procurou manter em atividade seus antigos contratempos (grandes, como no início da brincadeira), suas retintas, seus ganzás originais, e até um reco reco improvisado a partir de um castiçal metálico usado em igrejas, e cantando os próprios sambas, que ultrapassam duas centenas, e manteve a fantasia do fofão e o samba mais lento. CAPA Bloco Tradicional “Os Foliões” Bloco Tradicional “Os Tremendões” FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 25 Os blocos possuem uma tradição alicerçada na transmissão de conhecimentos e vivências realizadas há várias gerações, e por apresentarem recriações feitas pelos próprios brincantes em suas comunidades, o que mantém firme a identidade cultural dessa manifestação folclórica. O pedido de registro do bloco tradicional como patrimônio no Livro das Formas e Expressões foi entregue ao Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 2009. No dia 8 de maio de 2012, Dia Municipal do Bloco Tradicional, foi entregue o relatório final do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do bloco tradicional do Maranhão a representantes do então Ministério da Cultura (MinC), o que oficializou a candidatura dessa manifestação ao título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A brincadeira já é considerada Patrimônio Cultural do Maranhão. Bloco Tradicional “Os Vampiros” Bloco Tradicional “Os Diplomáticos” 26 Maranhão Turismo Esta manifestação folclórica constitui de forma sólida a identidade cultural do Maranhão. As apresentações desta brincadeira não obedecem a um calendário fixo, podendo ser apreciadas no carnaval, no período junino, no pagamento de promessas ou em qualquer outra ocasião festiva ou religiosa. Os pesquisadores que já se debruçaram sobre a pesquisa do Tambor-de-Crioula não sabem precisar ao certo as suas origens. Depoimentos de antigos mestres tambozeiros, tais como o Mestre Leonardo Martins, falecido em 2004, ressaltam a espontaneidade do seu aparecimento na cultura maranhense dizendo que “...uns conta que o Tambor-de-Crioula foi inventado pelos pretos e escravos que fugiram pro mato, que cortaram pau ocado e fizeram tambô pra eles se diverti no mato no tempo da escravidão; era preto fugido que fazia, mas outros dizem que tem origem africana...”. Por muitos anos essa brincadeira foi discriminada por conta das suas origens africanas, por seus atores e por seu discurso, ficando sua existência confinada até bem pouco tempo ao interior do estado, nos povoados distantes e, na capital, em redutos afastados, geralmente na periferia da capital maranhense. TAMBOR-DE-CRIOULA PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO BRASIL FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 27 Esse tipo de preconceito existiu até há alguns anos atrás, até que o governo estadual começou a apoiar as manifestações folclóricas. “O Tambor-de-Crioula, na época em que fui chamada para incrementar o artesanato e o folclore, no Maranhão, entre 1966 e 1970...foram feitas várias parelhas de tambor para essa manifestação porque todas as apresentações dos grupos de Bumba-Meu-Boi sempre terminavam com uma festa de Tambor-de-Crioula. Daí pra frente, incentivamos esse batuque e tocadores como seu Leonardo e seu Lauro foram buscar os seus tambores no interior do estado e começaram a fazer apresentações”, informa a folclorista Zelinda Lima. Mais tarde, após a elaboração e entrega de um vasto dossiê para o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, foi feito o registro do Tambor-de-Crioula do Maranhão como patrimônio cultural imaterial do Brasil, na 53ª reunião do instituto, em 18 de junho de 2007. No dia 20 de novembro desse mesmo ano, a brincadeira foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão, o que promoveu um fortalecimento dessa manifestação cultural em todo o estado, gerando a formação de dezenas de novos grupos. O Tambor-de-Crioula é formado por um grupo de mulheres que dançam alegre e freneticamente(as coreiras) e um grupo de homens que tocam os instrumentos de percussão, um conjunto de três tambores, denominados de parelha, que conferem, ao serem tocados, ritmo rústico e artesanal à dança. Um dos tambores recebe o nome de Tambor Grande (também chamado de roncador ou rufador), enquanto que o segundo é o Meião (conhecido pelas outras designações de socador ou chamador), e o terceiro é o Crivador (também batizado de tambor pequeno, pererengue ou merengue), acompanhados por um par de matracas de madeira roliça (que são percutidas no corpo do tambor grande. Originalmente, os instrumentos são tradicionais são roliços, oriundos de troncos de árvores, cujo processo é dominado por alguns artesãos que ainda os fabricam. Há alguns anos, a matéria- prima tem mudado, tendo surgido tambores a partir de canos plásticos, usados em tubulações de água. Essa manifestação, que se apresenta de forma efusiva durante o carnaval, também ocorre em terreiros de Tambor de Mina, associado a uma entidade simbolizada por Averequéte, vodum jeje-nagô masculino, pertencente ao panteão do trovão, originário do Daomé. Com certeza, uma das manifestações culturais que melhor representam a identidade cultural do povo maranhense. 28 Maranhão Turismo A SOBREVIVÊNCIA DAS TRIBOS DE ÍNDIOS Os grupos carnavalescos denominados de Tribos de Índios surgiram no início da década de 1950. Os seus criadores foram nitidamente influenciados pelos filmes norte-americanos de faroeste, de tal forma que tanto a indumentária utilizada pelos grupos quanto os adornos e as pinturas faciais reproduziam a cultura das tribos nativas do Estados Unidos, tais como Apaches e Sioux. A origem da brincadeira é atribuída à presença de militares dos EUA em São Luís, durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela época o aeroporto do Tirirical, atual Marechal Cunha Machado, servia de ponto de apoio para as aeronaves que seguiam para a Base Aérea de Recife. Durante a permanência em São Luís, alguns desses militares trouxeram na bagagem alguns filmes de faroeste produzidos em Hollywood, e os mesmos foram exibidos em nossa capital, influenciando a criação dessa brincadeira de carnaval em São Luís, inspirada nos índios que apareciam em tais filmes, começando pelos nomes das tribos indígenas da América do Norte. Esses grupos cresceram e tiveram seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, decaindo aos poucos. Apresentavam um pequeno ritual teatralizado, de morte e consequente ressurreição, com a presença de um pajé exercitando uma prática de cura, lembrando uma passagem do auto do Bumba- Meu-Boi. Com o passar do tempo, os organizadores dessa brincadeira começaram a criar grupos com nomes de tribos de índio do Brasil. Foi a partir daí que surgiram as Tribos de Índios Tupis, Guaranys, Carajás e Upaon- Açu, dentre outras. Essa mudança trouxe uma identificação maior com a causa indígena. A valorização dos primeiros habitantes do Maranhão e de São Luís, a Ilha Grande (Upaon-Açu dos Tupinambás, que aqui habitavam quando da chegada dos franceses), com a divulgação da cultura desses povos e a importância da mesma para a formação da nossa sociedade são lembradas nas apresentações desses grupos. Geralmente as Tribos de Índios sempre continham em média 50 componentes, dentre brincantes, intérpretes de rituais e músicos com seus batuques frenéticos, sendo que boa parte do grupo é formado por crianças. Algumas dessas tribos surgiram no bairro da Madre Deus, tais como a Guarany, criada em 1978 através da articulação de José Ribamar Alves, o Zé Ilha, ícone da cultura popular maranhense, que participou de antigas Tribos de Índios como a Sioux. Outro grupo que se destaca é a Tribo Carajás, que foi fundada em 1982, integrada por 50 crianças, evidenciando a importância dos povos indígenas para a cultura maranhense. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 29 40 ANOS DO BLOCO DAS CARROÇAS EM ROSÁRIO-MA Por Euvaldo de Jesus Pereira Numa quarta-feira de cinzas do ano de 1980, um grupo de amigos ainda com vontade de con- tinuar a farra do carnaval juntou-se em frente ao antigo bar do meio para tentar dar vazão a este desejo, porém, faltava o principal, dinheiro e con- dições físicas, pois, após quatro dias de folia o corpo pedia, mais as pernas já não agüentavam, entretanto, como em Rosário a vontade de festejar é maior que a necessidade da vida real, resolveu chamar um carroceiro que era o Sr. Jeco, também conhecido como Maravilha e, saíram pelas ruas da cidade batendo em latas, garrafas e cantando “ei você ai me dá um dinheiro aí”, parando de comér- cio em comércio e em algumas residências. Pela idéia inusitada os comerciantes lhes davam bebidas, e assim seguiam em frente festejando ao seu modo a sua quarta feira de cinzas, eram eles: Zé Luis, Caumba, Riba do bar do meio, Carlito (fa- lecido), Valdo Bergel, Nato de Luba entre outros. No ano seguinte chamaram alguns músicos para alegrar a sua farra, vale destacar, Xololó (falecido) e Segura o fio e, assim ano a ano foram acrescen- tando alguns novos itens e hoje o Bloco das Carro- ças é destaque nacional trazendo inúmeros turistas na quarta-feira de cinzas para a nossa cidade, é o maior bloco de rua do Estado do Maranhão e tornou-se o encerramento do carnaval maranhen- se. Muitos chamam de erroneamente de Micarro- ça, mas o verdadeiro nome adotado e aceito pelos seus organizadores é Bloco das Carroças, que hoje tem como organizadora a prefeitura municipal de Rosário, com coordenação da Secretaria Municipal da Cultura, através do Secretário Alaim Tavares, Euvaldo de Jesus e Fran Gomes. Este ano o Bloco das Carroças irá completar 40 anos e muitas coisas vem se transformando ao longo do tempo, o número de carroças na cidade diminuiu em função do uso de motos com caleças, diminuindo significativamente a quantidade de pessoas que utilizam carroças como meio de transporte de pequenas cargas, mas apesar disso o Bloco das Carroças resiste bravamente, sendo um atrativo para o encerramento do carnaval da região. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O 30 Maranhão Turismo BLOCO BITTENCÁ E ACOLÁ COM TRIPLA ANIMAÇÃO NA FOLIA Flávia Bittencourt recebe Mariana Aydar e Jaloo para comandarem juntos a folia na terça de carnaval na Beira-Mar Tudo confirmado para mais uma grande apresentação do bloco Bittencá E Acolá no carna- val maranhense. Sob o comando da cantora e compositora Flávia Bittencourt, o bloco sairá na ter- ça – feira de carnaval (25.02) às 17H, no Circuito Beira Mar em São Luís. Esse ano o bloco conta com patrocínio da Fribal e do Gover- no do Maranhão, via Lei Estadu- al de Incentivo à Cultura. E terá tripla animação, pois além de Flávia, estarão se apresentando os cantores Mariana Aydar e Ja- loo como convidados especiais. O Cantor e compositor Jaime Melo Maciel Júnior, ou simples- mente Jaloo, é considerado um dos nomes modernos da músi- ca índie brasileira. Já Mariana Aydar domina a cena artística há 20 anos. Ela traz na bagagem agora solo, toda a sua experiên- cia carnavalesca como backing vocal do trio elétrico de Daniela Mercury. Como mensagem principal, o bloco Bittencá E Acolá defen- de a diversidade de gênero e a liberdade de expressão. Saindo no carnaval maranhense des- de 2018, o bloco já teve como convidados especiais em edições anteriores as cantoras Maria Gadú e Vanessa da Mata. Aces- so gratuito ao bloco, no circuito carnavalesco da Beira – Mar. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O O cantor Jaloo, que também é DJ e produtor musical, chega a São Luís para agitar a terça carnavalesca no Bloco Bittencá E Acolá. A cantora Mariana Aydar, grande intérprete de rir- mos nordestinos como o forró, e uma das convida- das especiais do Bloco Bittencá E Acolá. Sucesso e já tradicional no carnaval maranhense, o Bloco Bittencá E Acolá que sairá no circuito da Beira – Mar, com apresentação na terça de carnaval (25.02). Maranhão Turismo31 A folia de Momo está chegando e com ela a irreverência tem espaço garan- tido. O carnaval maranhense possui uma peculiaridade especial. Os letristas desta terra trazem consigo um toque mágico de bom humor e muita genialidade, que dão origem a composições fantásticas, promovendo, assim, a alegria geral da nação brasileira. Os trocadilhos utiliza- dos nas tradicionais marchinhas carnava- lescas tomam conta das ruas e as letras e melodias, de fácil memorização, fazem a cabeça do povo, sem sair de moda de forma alguma. Dentre os compositores maranhen- ses de grande valor, quem merece um destaque especial é o poeta, escritor e magistrado Eulálio Figueiredo. Nascido em São João Batista, veio para São Luís com apenas três anos de idade, firmou suas raízes no bairro do Desterro e des- de cedo mostra um interesse aguçado pelas artes. Em sua juventude, cercado pelos ares inspiradores do largo do Des- terro, este grande artista já compunha, escrevia poesias, fazia teatro e capoeira. A arte já era predestinada à sua vida. A arte nasceu com Eulálio, cujo nome é sinônimo de alegria. Mas isso tem uma explicação. Eulálio é aquariano; nasceu no mês do carnaval, mais preci- samente no dia 12 de fevereiro. Durante sua trajetória de vida logrou êxito na carreira jurídica, passando em primeiro lugar no concurso para Juiz de Direito no ano de 1991, acompanhado também de sua carreira como professor universitário na Universidade Federal do Maranhão, há 33 anos. É autor de diver- sas obras literárias e membro da Acade- mia Maranhense de Letras Jurídicas. O diferencial de Eulálio Figueiredo é justamente sua pluralidade. A forma como sabe administrar suas vertentes e qualidade que se propõe a apresentar cada trabalho que executa é admirável. No ano de 2006 o compositor e poeta iniciou sua parceria de ouro, com o compositor e intérprete Allysson Ri- beiro. A dupla já estreou a sociedade musical de forma vitoriosa, ganhando no mesmo ano seu primeiro título carnava- lesco, no festival da Mirante com a mar- chinha Mensalão, de autoria de Eulálio. Em 2016 o Brasil conheceu o talento da dupla, quando Eulálio deu o grande start, que elevou os solos maranhen- ses ao âmbito nacional. Com o auxilio de seu parceiro Allysson, o poeta ficou dentre os três finalistas no concurso de marchinhas do programa Fantástico, da Rede Globo, com a marchinha Pedala- das Carnavalescas, de autoria desses dois grandes letristas. Em 2019 fez par- te do projeto Carnaval da Maranhensi- dade, onde levou toda sua desenvoltura artística ao carnaval do Rio de Janeiro, em um intercâmbio cultural de extremo valor para ambos os estados. Seu currículo como compositor pas- seia também por gêneros como samba, bolero e toadas de bumba-boi. Já teve suas letras musicadas nas vozes de Eu- gênia Miranda, dos cantadores Chagas e Canário, dentre outros artistas locais. Este ano, como é de costume, Eulá- lio apresenta uma novidade que promete animar o período momesco. É a marchi- nha Black Friday do Carnaval, que traz numa letra irreverente a sutileza de seus versos humorísticos, com a parceria do também compositor Allysson Ribeiro. A marchinha já está gravada e faz parte da programação carnavalesca das rádios e do circuito de Rua de São Luís. O cli- pe da música já está disponível no You Tube. O CARNAVAL NA POESIA DE EULÁLIO FIGUEIREDO FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O 32 Maranhão Turismo A temporada oficial do Car- naval do Maranhão 2020 acon- tece de 21 a 25 de fevereiro, nos circuitos Beira-Mar, Madre Deus, Passarela do Samba, e o novo circuito Rio Bacanga, pre- visto para acontecer no encon- tro das avenidas Senador Vitori- no Freire e Africanos. A folia contará com progra- mação infantil, no Parque do Rangedor, a ser realizada no do- mingo de Carnaval. Outro espaço que volta em 2020 é a tenda do Tambor de Crioula, montada no Largo do Caroçudo, na Madre Deus, em todos os dias de folia. Mais de 230 grupos e ar- tistas, entre cantores, bandas e agremiações carnavalescas do Maranhão vão abrilhantar a agenda do Carnaval do Mara- nhão 2020 Entre as atrações estão can- tores, blocos carnavalescos, tri- bos de índio, grupos de tambor de crioula, bandas de samba e pagode, escolas de samba e muitos outros. PASSARELA DO SAMBA – de 21/02 (sexta-feira) a 25/02 (terça-feira) - Abertura do Carnaval do Maranhão 2020: entrega simbólica da chave da cidade ao Rei Momo; - Desfile das Escolas de Samba: dias 23/02 (Domingo) e 24/02 (segunda- -feira); - Desfile dos Blocos Tradicionais: dia 22/02 (Sábado). - Encerramento do Carnaval do Mara- nhão 2020: Banda Mesa de Bar (25/02 - terça-feira), a partir das 23 horas TEMPORADA OFICIAL DO CARNAVAL 2020 Maranhão Turismo 33 CIRCUITO RIO BACANGA De 22/02 (Sábado) a 24/02 (segunda-feira) - Este circuito está estreando no Carnaval do Maranhão; - Atrações nacionais de destaque: Saia Rodada Elétrico (sábado - 22/02), Avine Vinny (domingo – 23/02) e Mano Walter (segunda-feira – 24/02); - O Circuito Rio Bacanga também contará com apresentações de artistas locais – PALCO E TRIO ELÉTRICO. Saia Rodada Elétrico Avine Vinny Mano Walter 34 Maranhão Turismo CIRCUITO BEIRA MAR De 23/02 (Domingo) a 25/02 (terça-feira) - Este circuito contará com apresentações de artistas locais, blocos tradicionais, blocos afros, tribo de índios, entre outros – PALCO E TRIO - Atrações nacionais e internacionais de destaque: Maria Rita (Domingo - 23/02) – BLOCO DO BEM; Cidade Negra (Domingo - 23/02) – BLOCO LAMPARINA; Margareth Menezes (segunda- feira – 24/02) – PALCO; Kenyatta Hill (segunda-feira – 24/02) – Bloco da Tribo de Jah; Grupo Bom Gosto (segunda- feira – 24/02) – Bloco SAMBA DE CARNAVAL c/ Argumento; Zeca Baleiro (terça-feira – 25/02) – PALCO Jaloo e Mariana Aydar (terça- feira – 25/02) – Bloco BITENCÁ ACOLÁ c/ Flávia Bittencourt Duda Beat e Otto (terça-feira – 25/02) – Bloco BOTA PRA MOER c/ Criolina Maria Rita Margareth Menezes Lamparina Cidade Negra Criolina Maranhão Turismo 35 CIRCUITO MADRE DEUS de 21/02 (sexta-feira) a 25/02 (terça-feira) - Este circuito terá início no dia 21/02 (sexta- feira), às 16 horas, com a abertura do Circuito Madre Deus; - O Circuito Madre Deus contará com apresentações de Tribos de Índio, Tambor de Crioula, Grupos de Samba e artistas locais. Kenyatta Hill Zeca Baleiro Flávia Bittencourt Duda Beat Tribo de Jah Grupo Bom Gosto Argumento 36 Maranhão Turismo FEIJOADA DO MARANHÃO 2020 Comemorando 29 anos de gastronomia de primeira, gente bonita, muita alegria e música boa Falta poucos meses para a edição de 29 anos de um dos eventos mais tra- dicionais da Cidade de Belo Horizonte, que será realizado em 29 de Agosto no Hotel Dayrell no centro da bela capital do Estado de Minas Gerais. Trata-se da Feijoada do Maranhão, reunindo gastro- nomia de primeira, gente bonita, muita alegria e música boa. Neste ano a Fei- joada do Maranhao ira homenagear o radialista Acyr Antão pelos seus 50 anos de rádio No último dia 15 de fevereiro acon- teceu o lançamento da Feijoada do Ma- ranhão 2020 com a presença da Corte Real do Carnaval de Belo Horizonte, e a apresentação da Musa da Feijoada do Maranhão 2020. Malu Agatâo para co- locar a faixa da musa o Deputado Mauro Tramonte e o empresario da Multimar- cas Consocios Fabiano Lopes Ferreira, a festa de lançamento foi servido uma otima feijoada acompanhada do Samba da Faixa Nobre B. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O O empresario da Multimarcas Consórcios Fabiano Lopes Ferreira com a Musa da Feijoada do Maranhão Malu Agatão Na entrega da faixa da Musa da feijoada com o Deputado Mauro Tramonte, Malu Agatão, Valdez Maranhão e Fabiano Lopes ferreira Fabiano Lopes ferreira, Neilson Faria, Diretor Comer- cial do Gafe Segafredo Zanetti Valdez Maranhão com a Musa da Feijoada do Maranhão Malu Agatão A Corte Real do Carnaval de BH com a empresária Zulmira Vieira Maranhão Turismo37 BLOCO DA IMPRENSA O Bloco da Imprensa foi um sucesso de público, organização, animação e está acontecendo em frente ao Bar do Porto/ Praça dos Catraieiros, na Praia Grande, Centro Histórico. O melhor da rica diversidade cultural maranhense está sendo oferecido aos pro- fissionais da comunicação, turistas e foli- ões. Estão de parabéns os organizadores Célio Sérgio e Joel Jacintho que promovem dias de pura alegria, junto com a parceria do Governo do Maranhão, por meio da Se- cretaria de Cultura e Turismo (Sectur). José Domingues Neto, Danielle Vieira, Célio Sérgio e Lourdinha Castro. Nedilson Machado, Miguel Abdalla, Joel Jacintho e Adriana Vieira. Madalena Nobre e Marcos Davi.Beto Soares e Werther Bandeira (Villa do Vinho). Marcos Davi (Mundo Passaporte) e Reginaldo Rodrigues (Jornal Cazumbá) Adriane Bombom Grupo de amigos animado O jornalista Dyego Rodrigues. Lissandra Leite e Ademar Danilo. Reginaldo Silva (Folhagem) e Julieta Ramos Polyanna Fernandes, Samartony Martins e Sérgio Carvalho. O jornalista Márcio Pinto e a assessora da CDL SLZ Luíza Lina. FO TO S: D JA LM A R A PO SO / CH A RL LE S ED U A RD O 38 Maranhão Turismo BLOCO TÁ BUNITA AGITOU NO PRÉ-CARNAVAL O bloco Tá Bunita agitou o Pré-Carnaval na ilha. Evento idealizado pelo fisioterapeuta Igor Lustosa, reuniu muita gente bonita no Santorini Eventos e teve renda revertida para a Casa Acolher. Vicente Garcia e Aécio Macchi, Amanda Couto e Leonardo César. Giselle AraújoDanielle Vieira e José Domingues Neto.Lorena Bessani e José Gonçalves Jr. Danielle Vieira e Jeferson LauandeWilliam Santos e Davi Max Karine Baldez e Francisco Veras Emanuelle Schiavotelo com as filhas Bárbara e Valentina O padrinho do bloco Werther Bandeira (Villa do Vinho), o organizador do evento Igor Lustosa e Beto Soares. O dermatologista Eduardo Lago com a filha Letí- cia e a esposa e rainha do Bloco Manoella Lago. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 39 BAILE DE GALA DE PERGENTINO HOLANDA & AS TRADIÇÕES INDIANAS Assim como o Baile da Vogue está para São Paulo e o Baile do Copa para o Rio de Janeiro, em São Luís o ponto alto do carnaval de gala é o tradicional Almoço de Carnaval do PH Revista; um grande e ele- gante baile carnavalesco promovido anualmente em celebração ao ca- derno dominical do colunista social Pergentino Holanda, que em 2020 completou 40 anos de circulação. A decoração cenográfica foi assinada pela designer Cíntia Klamt Mota que se transportaram com gosto para a terra dos Deuses e Marajás. O Palazzo Eventos, palco da festa comandada com brilhantismo por Pergentino Holanda (o PH), era uma perfeita “filial” da Índia, com diversos espaços instagramáveis que reproduziam imagens de Deu- ses indianos e templos, a opulência do palácio Thaj Mahal e até a répli- ca de um elefante, em cenários que renderam milhares de cliques e fo- tos. No palco, atrações como Banda Argumento, cantores Fabrícia, Pepê Júnior e Flávia Bittencourt, bandas e passistas entre muitos outros se revezaram e garantiram a animação dos foliões até o final da festa. A Cia de Dança de Solange Costa foi uma atração, executando uma legítima coreografia das danças indianas de Bollywood. Augusto e Karla Diniz da TVN O anfitrião PH com Adriana, Danielle Vieira e Orlando Gonçalves Erick e Fides Ostbye que vieram de New York especialmente para a festa Conceição e José Pinto com Jakeline e Fernando Chiacchio da CDL SLZ O casal Armando e Dinalva Ferreira do Rio Poty Hotel O Procurador do Estado e advogado Daniel Blume e Priscila Blume Silvana Rodrigues e Abner Noronha da CDL SLZ Étia Vale e a cantora Flávia Bittencourt que cantou e encantou A modelo e arquiteta Bianca Klamt com a sua mãe e decoradora do belíssimo evento Cíntia Klamt Oscar Yamakawa e Elizabeth Rodrigues com Beth e José Jorge Soares FO TO S: D A N IE LL E VI EI RA 40 Maranhão Turismo SUCESSO DA FEIJOADA DO NED 2020 O tradicional evento que dá o “start” no Car- naval maranhense é a Feijoada do Ned, evento promovido pelo colunista social e blogueiro in- fluente, Nedilson Machado (jornal “O IMPAR- CIAL” e do Blog do Ned) que há anos reúne a nata da sociedade para uma tarde / noite de alegria e confraternização carnavalesca. A fórmula do su- cesso de Nedilson sempre foi aliar gente boni- ta, muita animação e o prato típico brasileiro que virou “pièce de resistence” desta temporada de folia – uma suculenta feijoada. Esse ano o evento aconteceu Grand São Luís Hotel, especialmente decorado com maestria por Roberval Braga e nem precisa dizer que a festa foi sucesso total, as fotos falam pelo evento: Cássia Melo (Grupo Oito e Mkt Fribal). Diretoria da CDL SLZ: Marcelo Resende e Fernando Chiacchio com as esposas Luzia e Jakeline. Fernanda Torres e Silas Diniz da Equatorial Energia MA. Equipe Potiguar: Elenilson Santos, Nilde Moraes, Thaylana Sousa, Rafael Maciel, Marcelo Silva. Bruna Castelo Branco e Max de Medeiros Polyanna Fernandes e Sérgio Carvalho. Werther Bandeira (Villa do Vinho), Beto Soares com Danielle Vieira, José Domingues Neto e Adriana Vieira. Miguel e Cláudia Abdalla. O anfitrião NM entre Lorena Bessani e José Gonçalves. Lourdes Castro, Danielle Vieira e Léa Zacheu. Luana Furtado e Luiz Carlos Cardoso da Equatorial Energia MA. O Procurador do Estado e Advogado Daniel Blume e sua esposa Priscila. FO TO S: D JA LM A R A PO SO Maranhão Turismo 41 FO TO S: D JA LM A R A PO SO / H ER BE RT H A LV ES / CH A RL LE S ED U A RD O O PassaporteFolia 2020, a Feijoada pré-carnavalesca, que comemorou os 16 anos do Programa de TV Mundo Passaporte, foi sucesso total e contou com grandes atrações, entre elas, Tere- sa Canto, Lucio Mari Cordas, Thais Mo- reno, Banda Kayambá e DJ Johnny Jay. A super festa aconteceu, nos luxuo- sos salões do Hotel Luzeiros – São Luis, um dos mais conceituados do país, na tarde do 16 de fevereiro, em pleno do- mingo magro de carnaval e foi bastante prestigiada por amigos, familiares, cole- gas de imprensa e muitos admiradores do Programa, que é exibido pela REDE- TV São Luis e em Rede Nacional, pela AMAZONSAT. Além da TV, o público pode acessar o conteúdo, através do Portal Blog, que se transformou numa plataforma interativa, atualizada e dis- ponível pela Internet, tablet, celular, etc. Basta colocar mundopassaporte.com.br e ficar por dentro de todas as notícias, vídeos e redes sociais do programa. O apresentador Marcos Davi e sua bela esposa, Madalena Nobre, que apresenta o Programa Nobre, cuidaram com rigor nos detalhes de todo o even- to, que teve como tema “O CARNAVAL DA DIVERSIDADE CULTURAL DA HUMANIDADE”. Marcos Davi contou a nossa produ- ção, que “foi um momento de come- morar as vitórias e conquistas dos 16 anos do programa e anunciar muitas surpresas boas”. Contatos do Programa: producao@mundopassaporte.com. br ou pelo fone: (98) 98122-2450 COMEMORANDO 16 ANOS E O SUCESSO ABSOLUTO, PROGRAMA MUNDO PASSAPORTE REALIZOU GRANDE FESTA Marcos Davi, com Fernanda Mendes (Rosa Maré Moda Praia), Leonara Abreu e Madalena Nobre Marcos Davi com o casal, Vânio e Leonice Azevedo Madalena Nobre entrevistando , Pablo Buás, supervisor de recepção do renomado Hotel Luzei- ros, um dos mais conceituados do país Madalena Nobre com o casal de empreendedores, Francisco e Cláudia Rocha (RR Transportes) Regina e José Lucena Lúcia Sabino e Léa ZacheuJefferson Lauande, Keith Almeida, Dr. Fernando França, Ma- dalena Nobre, Ivaldo Rodrigues, Baiano Filho e Rita Matos Francisco Neto, Marcos Davi e Rosângela DiasMarcos Davi, com familiares, Raimundo e Josenita Machado (pais), Kricia, Christina, Márcia Fernan- da, Graça e Nídia Santiago. Com a Bandeira do Maranhão, todos festejaram os 16 anos do programa de TV Mundo Passaporte 42 Maranhão Turismo BAILE CAIA NA GANDAIA AGITOU A SEXTA MAGRA DE CARNAVAL EM SÃO LUÍS Os blocos, bailes, feijoadase ensaios de escolas de samba animaram o folião maranhense durante o período pré-carna- valesco. Uma das novidades do pré-Car- naval da Ilha neste ano foi o Baile Caia na Gandaia, que agitou a noite da sexta-feira Magra de Carnaval, na Casa Fanzine, na avenida Beira-Mar. Com o lema “Vista-se de Alegria e Caia na Gandaia” os foliões desfrutaram da animada festa com mais de cinco ho- ras de música e dançaram embalados por marchinhas, samba de raiz, axé e MPB. Três grandes atrações animaram o bai- le que começou com o cantor Marconi Rezende com seu repertório de MPB em ritmo de Carnaval, interpretando músicas de Chico Buarque, Moraes Moreira, Al- ceu Valença, Gilberto Gil, entre outros. Com mais de 30 anos de criação, o grupo Espinha de Bacalhau não deixou ninguém ficar parado e fez os gandaieiros dançarem samba de raiz de nomes conhe- cidos do cenário nacional e também sam- bas maranhenses. Novidade no Carnaval maranhense, a sambista Anna Christina Bahia (de Brasí- lia) subiu ao palco acompanhada pelo seu diretor musical, o violonista Beto Cardo- so e o grupo Espinha de Bacalhau. Com seu vozeirão e sua alegria contagiante, a convidada da noite, Anna Christina Bahia também fez o folião dançar e cair na gan- daia embalado por um repertório versátil com samba de raiz, sambas enredos, axé e marchinhas. Uma noite memorável de uma gan- daia carnavalesca que promete se repetir em 2021, com a produção das jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques junta- mente com a empresária e advogada Silvia Abdalla. “O baile, preparado com muito carinho, teve como resultado um ambiente de muita música, alto astral, alegria, ani- mação e fantasias que deram um charme especial à festa”, avalia Franci Monteles. O evento teve o apoio do grupo Mateus, da Via Mundo, Pousada Rancho do Buna (Atins) e da Inspirar Inovação & Comuni- cação. Yndara Vasques com a cantora Anna Christina Bahia As gandaieiras Terezinha Rodrigues, De Jesus Mendes, Franci Monteles e Cildéa Sá Jandilson Carvalho, Samartony Martins, Joel Jacintho, Eden Jr. e esposa Katy Maria Silvia Abdala e Yndara Vasques (produção do Caia na Gandaia) e proprietária da Casa Fanzine Cíntia Pessoa Os jornalistas Guto Bogéa (PJ Turismo) e Joel Jacinto Franci Monteles, Marcos Martins a cantora Anna Christina Bahia e Yndara Vasques Gente bonita e animada caiu na gandaiaAs primas Débora Bahia e Anna Christina Bahia Claudio e Iracema da CI Comunicação FO TO S: O RC EN IL JÚ N IO R E G IL SO N F ER RE IR A Maranhão Turismo 43 3º EDIÇÃO DO CLAUDIAN CARVALY FANTASY O empresário e digital influencer Claudio Carvalho realizou a 3º edição do “Claudian Carvaly Fantasy” com sucesso, onde as madrinhas e a musa abrilhantaram a festa. Foi um evento luxuoso e glamoroso, onde recebeu a imprensa, patrocinadores e a sociedade ludovicense. A festa aconteceu no dia 14/02 nos salões do Imperial Eventos, que contou com as participações de Argumento, Favela do Samba e Thais Moreno. O queridíssimo Claudio Carvalho, preparou tudo com todo amor e muito capricho, pensando até nos mínimos detalhes, pois o baile foi destruição e lacração. ACEITA OU CHORA. Cláudio e amigasNatassia Weba e Cláudio Carvalho Fabia Vierinha, Rafaela Durans e Keila Dondoca A musa Tatiana Lobão e NayaraCláudio Carvalho é Rafaela Durans madrinha digital Paulo RaybanRafaela Durans e Lelis Lis madrinhas Lenny Giffony madrinha do Fantasy O casal Fernando Dias e Karla Mesquita Cláudio Carvalho e a musa do Fantasy Tatiana Lobão 44 Maranhão Turismo FOTÓGRAFO MEIRELES JR. LANÇOU LIVRO “MANGUEZAIS: RAÍZES MARANHENSES” Depois de revelar ao mundo belezas únicas do Maranhão, tais como a grandiosidade dos Len- çóis Maranhenses e a pluralidade de São Luís, capital Patrimônio da Humanidade pela UNESCO; o fotógrafo Meireles Jr. resolveu apresentar a todos aquele que é considerado um dos maiores e mais importantes ecossistemas do mundo, o Mangue. Esse é o tema de seu sétimo livro intitu- lado livro “Manguezais: Raízes Maranhenses”. Como já sugeriu o renomado Sebastião Salgado, “um fotógra- fo terá cumprido muito bem sua missão quando as pessoas, após verem as suas fotos, saírem di- ferentes das que eram antes de entrar nessa exposição”. Salgado também lembra que, a fotografia é com certeza, “a nova linguagem universal, que pode ser lida sem tradução, em todo o mundo”. Meireles Jr. com certeza cum- priu essa bela missão de emocio- nar com sua obra. A mesma foi muito elogiada por todos que foram conferir o seu lançamento no São Luís Sho- pping. Agora, o livro com textos em inglês e português Mangue- zais pode ser encontrado nas lo- jas Fribal, empresa que patroci- nou o projeto, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O fotógrafo entre Miguel Abdala, André Fernandes e Márcio; o trio da Ideia Propa- ganda que assinou a parte gráfica da obra. A educadora Elizabeth Rodrigues (grupo Dom Bosco) e Oscar Yamakawa A Banda Alcmena Revival que fez show especial para os convidados de Meireles Jr. O fotógrafo entre os advogados Daniel Blume e Thiago Brhanner. Bahiano e Rita Matos com Lea Zacheu O fotógrafo Antonio Marcos Beto (Marcos Stúdio) e família prestigiaram o evento. Os pais do fotógrafo, Lenir e José Maria Meireles. Maria Eduarda e Andrea, filha e esposa de Meireles Jr. Igor Quartin, do MKT do São Luís Shopping. A jornalista Adriana Vieira e Maria Fer- nanda Oliveira, da Fribal que patrocinou o projeto, com Meireles Jr. FO TO S: D A N IE LL E VI EI RA Maranhão Turismo 45 NOVA LOJA TVN EM ROSÁRIO A TVN inaugurou uma nova loja na cidade de Rosá- rio (MA). Localizada na Rua Heráclito Nina, N. 3117, no Centro de Rosário; a nova loja funciona diariamente das 08H às 18H de segunda às sextas; e das 08H às 12H nos sábados. A nova unidade atende os clientes das cidades de Rosário e Bacabeira (MA) oferecendo os mais moder- nos serviços da TVN Fibra: IPTV, Internet e Telefonia, além de todo o atendimento ao cliente. Na inauguração da loja a TVN presenteou a co- munidade de Rosário com a exibição popular em um ginásio da cidade a comé- dia maranhense de suces- so “Muleque Té Doido 3, Mais Doido Ainda”, além de levar os atores do fil- me como convidados vips. Eles interagiram com a população após a exibição da comédia e foram muito aplaudidos. Um exemplo do quanto a TVN apoia e ajuda a democratizar a cul- tura maranhense. FO TO S: B IN É M O RA IS O elenco da comédia Muleque Té Doido com Rosa Almeida e Walkíria Pinto na nova loja da TVN em Rosário. Neidson Moreira (Alvorecer), Dyego Neiva (Projetista de Rede TVN) e Jeferson Bandeira (Ger. Técnico TVN).Os atores interagindo com o público em Rosário (MA). Os atores maranhenses com Walkíria Pinto (Ger. Comercial TVN) e o apresentador Marcos Davi (Mundo Passaporte). Dyego Neiva (TVN), as personagens de “Muleque Té Doido” Nikima, Zé Mukura e Sorriso, Jeferson Bandeira (Ger.Técnico TVN), o ator e diretor Erlanes Duarte, a personagem Guida Gue Vara e Rosa Almeida (TVN Rosário e Bacabeira). 46 Maranhão Turismo Enquanto os foliões de carteirinha aguardam ansiosamente pelo feriadão que se aproxima para caírem na festança de Momo, empreendedores se prepa- ram para aumentar o seu faturamento durante o período. Seja nas atividades de comércio, prestação de serviços ou economia criativa, ninguém duvida: o carnaval movimenta uma cadeia produ- tiva significativa. Atividades como alimentos e be- bidas, vendas de acessórios e artigos carnavalescos, confecção ou customi- zação de fantasias e abadás, pousadas e hotéis, agências e receptivos, salão de beleza (maquiagem e cabelereiros), empresas de segurança, transporte (táxi, motoristas de aplicativos, locadoras de veículos), imobiliárias, além de toda uma gama de profissionais da economia cria- tiva – músicos, fotógrafos, artistas plás- ticos, atores e atrizes e etc., acabam ga- nhando com o Carnaval. A festa é uma opção de renda,ainda, para quem está desempregado ou quer ampliar o orça- mento familiar e optando em ser vende- dores ambulantes durante a folia. Antenado com a data comemorati- va e com a oportunidade que traz aos empreendedores, o Sebrae oferta cur- sos e oficinas rápidos para quem quer melhorar as vendas nesse período. Na cidade de Rosário, por exemplo, que tem a expectativa de receber 20 mil visi- tantes para a festa, a instituição realizou o II Carnaval de Oportunidades no iní- cio deste mês de fevereiro, com oficinas de gastronomia para empreendedores da área de alimentos, além de palestras específicas sobre empreendedorismo, identidade visual, reciclagem de resídu- os e microempreendedor individual. “Tivemos, ainda, uma parceria entre Sebrae, Senar e Prefeitura de Rosário que favoreceu a capacitação dos mem- bros da Associação dos Barraqueiros do município, com vistas a melhorar a pres- tação de serviços aos clientes durante os dias de folia – para atender melhor tanto a população local quanto aos visitantes que a cidade espera receber nesse pe- ríodo”, informou o gerente da unidade regional do Sebrae em Lençóis-Munim, Davi Felipe Amorim. “Aprendemos muito com essas ofi- cinas, principalmente quanto às boas práticas de manipulação dos alimen- tos, receitas de caldos diferenciados e também a questão da reciclagem dos resíduos. Este será um legado que o Sebrae está deixando a todos nós para que possamos melhorar o atendimen- to ao público não apenas no Carnaval, mas para melhorar a qualidade dos produtos que a gente comercializa, destacou a presidente da Associação dos Barraqueiros de Rosário, Késia Dutra. DICAS PARA EMPREENDEDORES Independente do nicho de negócio, o Sebrae destaca algumas dicas para quem é empreendedor e quer faturar um pouco mais durante o Carnaval. De acordo com a gerente de Soluções Em- presariais do Sebrae no Maranhão, Keila Pontes, a hora é de chamar a atenção do consumidor com objetivo de fidelizar os que já são clientes e conquistar novos. CARNAVAL AQUECE MERCADO E AMPLIA OPORTUNIDADES PARA PEQUENOS NEGÓCIOS Segmento já começa a lucrar com as prévias carnavalescas, mas os empreendedores estão se preparando mesmo é para o período momesco, onde esperam aumentar as vendas. Maquiagem, cílios postiços e unhas também estão ganhando as cores alegres do carnaval para fazer bonito nos blocos de rua. No II Carnaval de Oportunidades de Rosário, os empreendedores do município receberam dicas e participaram de oficinas para vender mais no período da folia. Maranhão Turismo 47 48 Maranhão Turismo Maranhão Turismo 49 50 Maranhão Turismo Maranhão Turismo 51 52 Maranhão Turismo