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Dos Fatos Jurídicos - Direito Civil

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Fatos Jurídicos
1. Definição:
a. Acontecimentos relevantes ao direito.
2. Classificação:
Atos Jurídicos Lícitos (que não são negócios jurídicos) em sentido estrito
1. Outras designações:
a. Atos jurídicos em sentido estrito.
b. Atos meramente lícitos (Sílvio Rodrigues).
c. Atos-fatos jurídicos (Pontes de Miranda).
2. Definição:
a. Conduta humana.
b. Relevante ao direito.
c. Não contraria a lei.
d. Independente da vontade.
e. Não há outra opção.
3. Exemplos:
a. Reconhecimento de um filho.
b. Achado de um tesouro - Art. 1.264, CC.
c. Ocupação - Art. 1.263, CC.
4. Fundamentação Legal - Art. 185, CC.
Negócios Jurídicos
1. Definição:
a. Conduta humana.
b. Relevante ao direito.
c. Em conformidade com a norma.
d. Dotado de vontade negocial.
2. Elementos:
a. Estruturais (plano da existência):
i. Sujeitos / partes / agentes.
ii. Objeto(s).
iii. Forma.
iv. Manifestação de vontade:
1. Escrita.
2. Falada.
3. Gestual.
4. Silêncio - Art. 111, CC.
b. De validade:
i. Agente capaz - Art. 104, I, CC.
ii. Objeto lícito, possível e determinado(nável) - Art. 104, II, CC.
iii. Forma prescrita ou não defesa em lei - Art. 104, III, CC.
iv. Vontade livre e consciente.
c. Acidentais (plano da eficácia):
i. Facultativo.
ii. Condição - Art. 121, CC:
1. Cláusula que subordina a eficácia do negócio à ocorrência de um
evento futuro e incerto.
2. Condição Suspensiva (se): impede início do negócio; suspende até a
eficácia (ex.: te darei um presente SE você tirar 10 na prova) - Art.
125, CC.
3. Condição Resolutiva (enquanto): suspende negócio; perda de
eficácia se evento ocorrer (ex.: pode alugar esta sala ENQUANTO eu
não passar no Exame da Ordem) - Art. 127, CC.
iii. Termo:
1. Cláusula que subordina a eficácia do negócio à ocorrência de evento
futuro e certo, como a morte.
2. Termo inicial: início da eficácia (dies a quo).
3. Termo final: eficácia cessa (dies ad quem).
iv. Encargo:
1. Em alguns negócios, são liberalidades em que só uma parte se
obriga.
2. Restrição ou ônus imposto ao beneficiário de uma liberalidade
(doação, testamento, cessão).
3. Exemplo: te dou minha casa desde que você cuide do cachorro.
Defeitos dos Negócios Jurídicos - Vícios da Vontade
1. Erro (ou Ignorância) - Arts. 138 a 144, CC:
a. Definição:
i. Falsa percepção ou desconhecimento acerca de algum aspecto da realidade,
relevante para um dado negócio jurídico.
ii. É difícil de comprovar.
b. Efeito Jurídico:
i. Anulabilidade, desde que o erro seja:
1. Substancial (fundamental para a realização do negócio jurídico).
2. Escusável (tolerável).
3. Identificável pela outra parte.
2. Dolo - Arts. 145 a 150, CC:
a. Definição:
i. Erro provocado com intenção.
ii. Artifício malicioso adotado com o intuito de induzir alguém ao erro, a fim de
obter para si ou para terceiro vantagem num negócio jurídico.
b. Efeito Jurídico:
i. Anulabilidade, desde que erro seja:
1. Principal (dolo foi determinante, com má intenção).
3. Coação - Arts. 151 a 155, CC:
a. Definição:
i. Ameça/violência exercida com o intuito de compelir outrem a praticar
negócio jurídico contra a sua vontade íntima.
ii. Má-fé explícita.
b. Efeito jurídico:
i. Anulabilidade, desde que a coação seja:
1. Causa determinante do negócio jurídico.
2. Grave.
3. Injusta.
4. Estado de Perigo - Art. 156:
a. Definição:
i. Situação de extrema necessidade conhecida pela outra parte que leva
alguém a celebrar negócio jurídico em que assume obrigação
excessivamente onerosa.
b. Elementos caracterizantes:
i. Situação de perigo extremo.
ii. Iminência de dano grave.
iii. Conhecimento da outra parte (dolo de aproveitamento).
iv. Assunção de obrigação excessivamente onerosa.
c. Efeitos Jurídicos:
i. Negócio jurídico anulável (Art. 171, II, CC) - prazo decadencial de 4 anos.
5. Lesão - Art. 157, CC:
a. Definição:
i. Situação de prejuízo resultante de manifesta desproporção entre as
prestações de um negócio jurídico, em razão de premente necessidade ou
inexperiência da parte lesada.
b. Elementos caracterizantes:
i. Não importa se outra parte sabia.
ii. Pode ser causada por inexperiência.
iii. Subjetivo: premente necessidade ou inexperiência.
iv. Objetivo: desproporção entre as prestações de um negócio jurídico.
c. Efeitos jurídicos:
i. Anulabilidade.
ii. Princípio da Preservação do Negócio Jurídica - Art. 157, §2°, CC.
Fraude contra credores
1. Definição:
a. Vício social (prejudica terceiros).
b. Devedor reduz / elimina patrimônio que representa garantia.
c. Anulável (art. 178, II, CC).
d. Devedor insolvente que promove:
i. Negócios jurídicos gratuitos (art. 158, CC)
ii. Remissão de dívidas (art. 158, CC).
iii. NJ onerosos (art. 159, CC)
iv. Concessão de garantias fraudulentas (art. 163, CC) - Ex.: empenhar,
hipotecar, alienação fiduciária.
2. Direito do credor quirografário:
a. Prazo decadencial de 4 anos (art. 178, CC).
b. Promover ação pauliana / revocatória:
i. Desconstitui-se ato feito.
ii. Bem retorna ao acervo (art. 165, CC).
iii. Bens são rateados entre credores.
iv. Proposta em face do devedor e do 3° envolvido.
Classificação dos Negócios Jurídicos
1. Quanto ao n° de partes:
a. Unilaterais (ex.: testamento).
b. Bilaterais (ex.: doação, contratos, comodatos).
c. Plurilaterais (ex.: contrato de consórcio, sociedade).
2. Quanto ao momento de produção de efeitos:
a. inter vivos (ex.: casamento).
b. mortis causa (ex.: disposição testamentária).
3. Quanto a existência de contraprestação:
a. Onerosos.
b. Gratuitos.
4. Quanto a forma:
a. Solene (exige formalidade).
b. Não solene (sem formalidade).
5. Relação entre os negócios jurídicos:
a. Principais.
b. Acessórios (ex.: contrato de fiança).
Invalidade do Negócio Jurídico
1. Definição:
a. Sanção pelo descumprimento de pressupostos.
b. Contrário ao Art. 104, CC.
2. Classificação:
a. Nulidade:
i. Mais grave.
ii. Não admite convalidação (Art. 169, CC).
iii. Alegada por qualquer interessado e MP (Art. 168, CC).
iv. Juiz pode reconhecer a nulidade de ofício (Art. 166, parágrafo único, CC).
v. Imprescritível e não se sujeita a decadência (Art. 169, 2ª parte, CC).
vi. Hipóteses: Arts. 166 e 167, CC.
b. Anulabilidade:
i. Menos grave.
ii. Admite convalidação (Arts. 172 - 176, CC).
iii. Alegada por diretamente interessado (Art. 177, CC).
iv. Não pode ser declarado de ofício (Art. 177, CC).
v. Sujeito a prazo decadencial (Arts. 178 e 179, CC).
vi. Hipóteses: Art. 171, CC.
3. Novo sistema de invalidades inaugurado com o CC/2002:
a. Invalidade tornou-se um gênero.
b. Nulidade e anulabilidade são espécies.
c. Ilicitude por ambas as partes (Art. 166, III, CC).
d. Regras de fechamento do sistema (Arts. 166, VII, e 179, CC).
Simulação
1. Definição:
a. Falsa licitude.
2. Espécies:
a. Inocente (doutrina).
b. Fraudulenta.
c. Absoluta:
i. Forja ato falso para obter vantagem.
ii. Parece existir NJ que não se realizou de fato.
d. Relativa:
i. Parece um negócio jurídico diferente daquele que realmente se fez.
ii. Negócio jurídico dissimulado (nulo, art. 167, CC) e NJ simulado.
Atos Ilícitos
1. Definição:
a. Comportamento humano juridicamente relevante, mas contrário ao ordenamento
jurídico.
b. Conduta comissiva ou omissiva.
c. Causa danos.
d. Gera responsabilidade civil.
Responsabilidade Civil
1. Definição:
a. Dever e direito indenizatório.
2. Classificação:
a. Contratual (fonte):
i. Descumprimento contratual - Arts. 389 e seguintes, CC.
b. Extracontratual (fonte):
i. Não depende de outro vínculo - Arts. 186 e 187, CC.
c. Subjetiva (fundamento):
i. Conduta eivada de culpa/dolo da qual deriva danos a outrem.
ii. Conduta culposa/dolosa + nexo causal + dano.
iii. Art. 186, CC.
d. Objetiva (fundamento):
i. Atividade potencialmente danosa.
ii. Dever de indenizar independente de dolo/culpa.
iii. Ação/omissão + nexo causal + dano.
iv. Art. 927, parágrafo único, CC e art. 37, §6°, CF.
e. Abuso de Direito:
i. Excesso nos limites impostos.
ii. Art.187, CC.
Hipóteses que afastam a ilicitudedo ato danoso
1. Art. 188, I, CC ➝ legítima defesa.
2. Art. 188, II e parágrafo único, CC ➝ estado de necessidade.
3. Art. 929, CC ➝ direito de indenização.
4. Art. 930, CC ➝ direito a ação de regresso.
Prescrição
1. Direito material ainda existe, mas não pode ser alcançado por vias jurídicas.
2. Perda da pretensão (art. 189, CC).
3. Prescreve a exceção: direito não pode ser invocado nem em sede de defesa (art.
190).
4. Após consumação, a observância do direito (adimplemento) é válida, pois o direito
material ainda existe.
5. Prazos são fixados em lei, não podendo ser alterados (art. 192, CC).
6. Possível a renúncia (expressa ou tácita) ao direito de invocar a prescrição, após sua
consumação e se não implicar prejuízo para terceiro (art. 191, CC).
7. Deve ser conhecida de ofício pelo juiz (art. 487, II, CPC 2015).
8. Admite causas de impedimento, suspensão e interrupção de seu curso (arts. 197 e
203, CC).
Decadência
1. Perde-se o direito material.
2. Perda de um direito potestativo (aquele cujo exercício não depende da colaboração
alheia), em razão da inércia de seu titular, durante um certo tempo.
3. Impede que o direito seja invocado mesmo em sede de exceção, pois ele já não
existe.
4. Não se pode cogitar de observância do direito após a consumação da decadência,
em razão da natureza dos direitos sujeitos à decadência.
5. Fixada em lei ou pela vontade das partes (art. 211, CC).
6. Nula a renúncia à decadência fixada em lei (art. 209, CC), nada impede a renúncia
ao direito de invocar a decadência convencional.
7. Decadência legal deve ser conhecida de ofício (art. 210, CC), não podendo fazê-lo se
a decadência for de natureza convencional.
8. Não admite causas de impedimento, suspensão e interrupção de seu curso (art.
207, CC); exceção: não corre prazo decadencial contra absolutamente incapazes
(art. 208, CC).
Provas dos Fatos Jurídicos
1. Observação:
a. Nenhuma prova é absoluta.
2. Classificação (Art. 212 a 232, CC):
a. Confissão:
i. Reconhecimento de fato contrário ao seu próprio interesse.
b. Documental:
i. Representa fato idôneo que pode ser reproduzido em juízo (ex.:
e-mail, imagem, áudio, vídeo).
c. Testemunhal:
i. Terceiro depõe em juízo e presta informações sobre o caso.
d. Pericial:
i. Exame, vistoria ou avaliação envolvendo conhecimentos
técnicos/científicos que o juiz não domina.
e. Presunção:
i. Conclusão extraída de um fato conhecido para a resolução de fato
desconhecido.

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