Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
1 AVALIAÇÃO MULTIAXIAL E DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO 1 SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................ 3 Avaliação Multiaxial .............................................................................. 5 Eixo I: Transtornos Clínicos - Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica ...................................................................................... 6 Eixo II: Transtornos da Personalidade - Retardo Mental ................ 7 Eixo III Condições Médicas Gerais ................................................. 8 Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais ............................ 10 Eixo V Avaliação Global do Funcionamento ................................... 13 Escala de Avaliação Global do Funcionamento (AGF) ...................... 15 Exemplos de registro dos resultados de uma avaliação multiaxial segundo o DSM-IV ....................................................................................... 16 Formulário de relato da avaliação multiaxial ...................................... 17 Formato não-axial .............................................................................. 18 DSM como modelo de classificação................................................... 19 Princípios Gerais do Diagnóstico Psicopatológico ............................. 24 Fenômenos e possibilidade de classificação .................................. 25 Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia, o processo diagnóstico ................................................................................................ 25 Confiabilidade e validade do diagnóstico em psicopatologia .......... 27 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 29 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Introdução A proposição do diagnóstico multiaxial foi oficialmente apresentada em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana APA na terceira edição do seu Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais - DSM-III. Entretanto, deve-se ressaltar que, historicamente, essa não era uma ideia nova, pois foi o psiquiatra alemão Ernest Kretschmer quem introduziu, em 1918, esse conceito de pluridimensionalidade no diagnóstico psiquiátrico. Também no Brasil, em 1959, Leme Lopes, Catedrático de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, propôs que o diagnóstico fosse feito em múltiplos eixos, por ele chamados de dimensões. Logo após sua apresentação oficial, uma edição revisada do manual da APA (DSM-III-R) trouxe um melhor delineamento da proposta multiaxial, esclarecendo seus objetivos, problemas e diferentes aplicações. Dado a pertinência e a aplicabilidade dos seus termos, bem como o sentido de verdadeira revolução na diagnose médica (inicialmente aplicado no campo psiquiátrico, hoje aplicável na Medicina em geral), no início da última década do Século XX essa proposição foi reafirmada no novo manual DSM-IV, e adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em sua Décima Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Objetivamente, uma avaliação multiaxial requer que todo caso seja avaliado em cinco diferentes eixos, cada um dos quais se refere à classe 4 diferente de informação. Os três primeiros eixos constituem a avaliação formal do diagnóstico. Os eixos quatro e cinco fornecem informações que complementam esse diagnóstico formal, e são de grande utilidade para o planejamento do tratamento e a previsão de resultados. Desse modo, multiaxialmente cada paciente é avaliado em cada um destes eixos. Os sistemas diagnósticos dos transtornos psiquiátricos quanto à etiologia são tanto em sua gênese como em sua manifestação, fenômenos muito complexos. O modelo biopsicossocial procura fazer jus a essa complexidade buscando analisar a gênese e o desenvolvimento dos transtornos mentais sob diferentes pontos de vista, de acordo com os diferentes fatores que os influenciam: São eles: • Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o metabolismo, etc.; • Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.; 5 • Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc. Avaliação Multiaxial Um sistema multiaxial envolve uma avaliação em diversos eixos, cada qual relativo a um diferente domínio de informações capaz de ajudar o clínico a planejar o tratamento e predizer o resultado. A classificação multiaxial do DSM- IV é composta de cinco eixos: O uso do sistema multiaxial facilita uma avaliação abrangente e sistemática que contemple os vários transtornos mentais e condições médicas gerais, problemas psicossociais e ambientais e nível de funcionamento, os quais poderiam ser ignorados se o foco estivesse na avaliação de um único problema apresentado. Um sistema multiaxial oferece um formato conveniente para organizar e comunicar informações clínicas, para captar a complexidade das situações clínicas e para descrever a heterogeneidade dos indivíduos portadores do mesmo diagnóstico. Além disso, o sistema multiaxial promove a aplicação do modelo biopsicossocial em contextos clínicos, de ensino e de pesquisa. 6 O restante desta seção oferece uma descrição de cada um dos eixos do DSM-IV. Em alguns contextos ou situações, os clínicos podem preferir não utilizar o sistema multiaxial. Por esse motivo, diretrizes para o relato dos resultados de uma avaliação com o DSM-IV sem a aplicação do sistema multiaxial formal são fornecidas ao final desta seção. Eixo I: Transtornos Clínicos - Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica O Eixo I serve para o relato de todos os vários transtornos ou condições da Classificação, exceto Transtornos da Personalidade e Retardo Mental (relatados no Eixo II). Os principais grupos de transtornos descritos no Eixo I são listados no quadro a seguir. O Eixo I também abrange Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica. Quando um indivíduo apresenta mais de um transtorno no Eixo I, todos eles devem ser mencionados. Se mais do que um transtorno do Eixo I estiver presente, o diagnóstico principal ou o motivo da consulta deve ser indicado em primeiro lugar. Quando um indivíduo apresenta ao mesmo tempo um transtorno do Eixo I e um transtorno do Eixo II, o diagnóstico principal ou o motivo da consulta presumivelmente estarão no Eixo I, a menos que o diagnóstico do Eixo II seja seguido da expressão qualificadora “(Diagnóstico Principal)” ou “(Motivo da Consulta)”. Se não houver transtorno do Eixo I, isto deve ser codificado como V71.09. Quando um diagnóstico do Eixo I é protelado por depender da coleta de informações adicionais, isto deve ser codificado como 799.9. 7 Eixo II: Transtornos da Personalidade - Retardo Mental O Eixo II diz respeito ao relato de Transtornos da Personalidade e Retardo Mental. Ele também pode ser usado para a anotação de aspectos da personalidade e mecanismos de defesa predominantemente mal adaptativos. A disposição dos Transtornos da Personalidade e do Retardo Mental em um eixo separado contempla a possível presença de Transtornos da Personalidade e Retardo Mental, os quais, de outro modo, podem ser ignorados quando a atenção se volta para os transtornos geralmente mais floridos do Eixo I. A codificação dos Transtornos da Personalidade no Eixo II não deve ser interpretada como se a sua patogênese ou tratamento se diferenciassem em comparação com os transtornos codificados no Eixo I. Os transtornos do Eixo II são relacionados no quadro adiante. Na situação comum em que um indivíduo apresenta mais de um diagnóstico do Eixo II, todos devem ser relatados. Quando um indivíduo exibe um diagnóstico do Eixo I e outro do Eixo II e o diagnóstico do Eixo II é o 8 diagnóstico principal ou o motivo da consulta, isto deve ser indicado pelo acréscimo da expressão qualificadora “(Diagnóstico Principal)” ou “(Motivo da Consulta)” após o diagnóstico do Eixo II. Quando nenhum transtorno do Eixo II está presente, aplica-se o código V71.09. Quando um Diagnóstico do Eixo II é protelado por depender da coleta de informações adicionais, isto deve ser codificado como 799.9. O Eixo II também pode ser usado para indicar aspectos predominantemente mal adaptativos da personalidade que não alcançam o limiar para um Transtorno da Personalidade (nesses casos, nenhum código numérico deve ser usado ). O uso habitual de mecanismos de defesa mal adaptativos também pode ser indicado no Eixo II. Eixo III Condições Médicas Gerais O Eixo III é usado para indicar condições médicas gerais potencialmente relevantes para o entendimento ou manejo do transtorno mental do indivíduo. Essas condições são classificadas fora do capítulo “Transtornos Mentais” da CID-9-MC (e fora do Capítulo V da CID-10). Uma listagem das amplas categorias de condições médicas gerais é oferecida no quadro a seguir. Como já mencionamos na “Introdução”, a distinção multiaxial entre os transtornos dos Eixos I, II e III não quer dizer que existem diferenças 9 fundamentais em sua conceitualização, que os transtornos mentais não têm relação com fatores ou processos físicos ou biológicos, ou que as condições médicas gerais não têm relação com fatores ou processos comportamentais ou psicossociais. A finalidade de dar destaque às condições médicas gerais consiste em encorajar uma avaliação minuciosa e melhorar a comunicação entre os serviços de assistência à saúde. As condições médicas gerais podem estar relacionadas aos transtornos mentais de diversas maneiras. Em alguns casos, existe uma relação etiológica evidente entre a condição médica geral e o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas psiquiátricos e fica claro que o mecanismo é fisiológico. Quando um transtorno mental é considerado consequência fisiológica direta de uma condição médica geral, um Transtorno Mental Devido a uma Condição Médica Geral deve ser diagnosticado no Eixo I, e a condição médica geral deve ser registrada no Eixo I e no Eixo III. Por exemplo, quando o hipotireoidismo é uma causa direta de sintomas depressivos, a designação no Eixo I é 293.83 Transtorno do Humor Devido a Hipotireoidismo, Com Características Depressivas, sendo o hipotireoidismo novamente citado e codificado no Eixo III como 244.9. Nos casos em que a relação etiológica entre a condição médica geral e os sintomas mentais não é suficientemente clara para garantir um diagnóstico de Transtorno Mental Devido a Uma Condição Médica Geral no Eixo I, o transtorno mental apropriado (p. ex., Transtorno Depressivo Maior) deve ser listado e codificado no Eixo I, sendo a condição médica geral codificada apenas no Eixo III. Existem outras situações nas quais as condições médicas gerais são registradas no Eixo III em virtude de sua importância para o entendimento ou tratamento global do indivíduo portador de transtorno mental. Um transtorno do Eixo I pode constituir uma reação psicológica a uma condição médica geral do Eixo III (p. ex., o desenvolvimento de 309.0 Transtorno da Adaptação Com Humor Depressivo como reação ao diagnóstico de carcinoma de mama). Algumas condições médicas gerais podem não estar diretamente relacionadas ao transtorno mental, mas ainda assim influenciar o prognóstico ou o tratamento (p. ex., quando o diagnóstico no Eixo I é 296.30 Transtorno Depressivo Maior e 10 no Eixo III há o diagnóstico de 427.9 arritmia, a escolha da farmacoterapia é influenciada pela condição médica geral; ou quando uma pessoa com diabete melito é internada devido a uma exacerbação da Esquizofrenia, sendo que deve ser feito o controle do tratamento com insulina). Quando um indivíduo apresenta mais de um diagnóstico clinicamente relevante no Eixo III, todos devem ser registrados. Quando não há nenhum transtorno no Eixo III, isto deve ser indicado pela anotação: “Eixo III: Nenhum”. Se um diagnóstico do Eixo III é protelado por depender da coleta de informações adicionais, isto deve ser indicado pela anotação “Eixo III: Protelado”. Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais O Eixo IV é utilizado para relatar problemas psicossociais e ambientais que podem afetar o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico dos transtornos mentais (Eixos I e II). Um problema psicossocial ou ambiental pode ser um evento vital negativo, uma dificuldade ou deficiência ambiental, um estresse familiar ou interpessoal, uma inadequação do suporte social ou dos recursos 11 pessoais ou algum outro problema relacionado ao contexto no qual se desenvolveram as dificuldades da pessoa. Os chamados “estressores positivos”, tais como uma promoção no emprego, devem ser listados apenas se constituírem um problema, como quando um indivíduo tem dificuldade para se adaptar à nova situação. Além do papel que exercem na deflagração ou exacerbação de um transtorno mental, os problemas psicossociais também podem desenvolver-se em conseqüência da psicopatologia da pessoa ou podem constituir problemas que devem ser considerados no plano global de tratamento. Quando um indivíduo apresenta múltiplos problemas psicossociais ou ambientais, podem ser anotados tantos quantos sejam considerados relevantes. Em geral, convém anotar apenas aqueles problemas psicossociais e ambientais que estiveram presentes durante o ano anterior à avaliação atual. Entretanto, o clínico pode optar por anotar os problemas psicossociais e ambientais que ocorreram antes do último ano, caso eles tenham contribuído claramente para o transtorno mental ou tenham-se tornado foco de tratamento — por exemplo, experiências de combate anteriores levando a um Transtorno de Estresse Pós- Traumático. Na prática, a maioria dos problemas psicossociais e ambientais será indicada no Eixo IV. Entretanto, quando um problema psicossocial ou ambiental é o principal foco primário da atenção clínica, ele deve também ser registrado no Eixo I, com um código extraído da seção Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica. Por questões de conveniência, os problemas são agrupados nas seguintes categorias: • Problemas com o grupo primário de apoio — por exemplo, morte de um membro da família; problemas de saúde na família; ruptura da família por separação, divórcio ou desavença; saída do lar; novo casamento do pai/mãe; abuso sexual ou físico; superproteção pelos pais: negligência para com criança; disciplina inadequada; discórdia entre irmãos; nascimento de um irmão. • Problemas relacionados ao ambiente social — por exemplo, morte ou perda de um amigo; apoio social inadequado; viver sozinho; dificuldades de aculturação; discriminação; adaptação à transição no ciclo vital (por exemplo, aposentadoria). 12 • Problemas educacionais — por exemplo, analfabetismo; problemas acadêmicos; discórdia com professores ou colegas de escola; ambiente escolar inadequado. • Problemas ocupacionais — por exemplo, desemprego; ameaça de perda do emprego; jornada de trabalho estressante; condições de trabalho difíceis; insatisfação com o emprego; mudança de emprego; discórdia com chefe ou colegas de trabalho. • Problemas de moradia — por exemplo, falta de moradia; moradia inadequada; bairro perigoso; discórdia com vizinhos ou com o locador. • Problemas econômicos — por exemplo, extrema pobreza; recursos financeiros inadequados; apoio previdenciário inadequado. • Problemas com o acesso aos serviços de assistência à saúde — por exemplo, serviços inadequados de assistência à saúde; indisponibilidade de transporte aos locais de assistência à saúde; seguro-saúde inadequado. • Problemas relacionados à interação com o sistema judicial — por exemplo, detenção; prisão; litígio; vítima de crime. • Outros problemas psicossociais e ambientais — por exemplo, exposição a desastres, guerra e outras hostilidades; discórdia com prestadores de serviços que não fazem parte da família, tais como advogado, assistente social ou médico; indisponibilidade de agências de assistência social. Ao usar o Formulário de Relato da Avaliação Multiaxial, é preciso identificar as categorias relevantes de problemas psicossociais e ambientais e indicar os fatores específicos envolvidos. Se não utilizar um formulário de registro com uma lista de categorias de problemas, o clínico poderá simplesmente listar os problemas específicos no Eixo IV. 13 Eixo V Avaliação Global do Funcionamento O Eixo V é usado para o relato do julgamento clínico acerca do nível global de funcionamento do indivíduo. Essas informações são úteis para o planejamento do tratamento e para a mensuração de seu impacto, bem como na previsão do resultado. A descrição do funcionamento global no Eixo V pode ser feita usando a Escala de Avaliação Global do Funcionamento (AGF). A Escala AGF pode ser particularmente útil para rastrear o progresso clínico dos indivíduos em termos globais por meio de uma medida única. A Escala AGF deve ser pontuada com respeito apenas ao funcionamento psicológico, social e ocupacional. As instruções especificam: “Não incluir prejuízo no funcionamento devido a limitações físicas (ou ambientais)”. A Escala AGF é dividida em 10 faixas de funcionamento. A atribuição de uma pontuação na Escala AGF envolve a escolha de um único valor que melhor reflita o nível geral de funcionamento do indivíduo. A descrição de cada faixa de 10 pontos na Escala AGF tem dois componentes: a primeira parte se refere à gravidade dos sintomas, e a segunda, ao funcionamento. A pontuação se situa dentro de uma determinada faixa se a gravidade do sintoma ou o nível de funcionamento estão dentro desta faixa. Por exemplo, a primeira parte da faixa 41-50 descreve “sintomas graves (p. ex., ideação suicida, rituais obsessivos severos, furtos freqüentes em lojas)”, e a segunda parte inclui “qualquer prejuízo 14 grave no funcionamento social, ocupacional ou escolar (p. ex., nenhum amigo, incapaz de manter um emprego)”. Cabe notar que, naquelas situações em que a severidade dos sintomas e o nível de funcionamento do indivíduo são discordantes, a pontuação final na Escala AGF sempre refletirá o pior resultado. Por exemplo, a pontuação AGF de um indivíduo que representasse um perigo significativo para si mesmo, embora, em outros aspectos, estivesse funcionando bem, estaria abaixo de 20. Da mesma forma, a pontuação de um indivíduo com sintomatologia psicológica mínima, mas com prejuízos significativos no funcionamento (p. ex., um indivíduo cuja excessiva preocupação com o uso de substâncias resultou na perda do emprego e dos amigos, mas em nenhuma outra psicopatologia) seria inferior a 40. Na maioria dos casos, as pontuações na Escala AGF devem ser relativas ao período atual (i. é, o nível de funcionamento no momento da avaliação), uma vez que as determinações do funcionamento atual geralmente refletem a necessidade de tratamento ou cuidados. De modo a contemplar a variabilidade diária no funcionamento, a pontuação para “período atual” é às vezes operacionalizada anotando-se o nível mais baixo de funcionamento durante a semana anterior. Em alguns contextos, pode ser útil anotar a pontuação na Escala AGF no momento da internação e por ocasião da alta. A Escala AGF também pode ser aplicada a outros períodos de tempo (p. ex., o mais alto nível de funcionamento durante alguns meses durante o ano anterior). A Escala AGF é relatada no Eixo V pelo termo “AGF =,” seguido da pontuação de 1 a 100 da AGF, acrescentando-se entre parênteses o período de tempo refletido na pontuação, por exemplo, “(atual)”, “(nível mais alto no ano passado)”, “(na alta)”. Para garantir que nenhum elemento da Escala AGF seja esquecido ao fazer uma avaliação, poderá ser aplicado o seguinte método para determinar a pontuação: PASSO 1: Começando no nível mais alto, avaliar cada faixa por meio da pergunta “a gravidade dos sintomas do indivíduo OU seu nível de funcionamento são piores do que o que está indicado na descrição da faixa?” 15 PASSO 2: Continue descendo na escala até chegar à faixa que melhor se aplica à gravidade dos sintomas do indivíduo OU a seu nível de funcionamento, o que for pior. PASSO 3: Examine a faixa inferior a esta para ter a certeza de não ter parado prematuramente. Esta faixa deve ser pesada demais para ambos os aspectos (gravidade dos sintomas e nível de funcionamento). Neste caso, a faixa apropriada foi alcançada (continuar com o passo 4); do contrário, volte para o passo 2 e continue a descer a escala. PASSO 4: Para determinar a pontuação específica dentro da faixa de 10 pontos selecionada, avalie se o indivíduo está funcionando na extremidade inferior ou superior da faixa de 10 pontos. Por exemplo, considere um indivíduo que escuta vozes que não influenciam seu comportamento (p. ex., alguém com longo histórico de Esquizofrenia que aceita suas alucinações como parte da doença). Se as vozes ocorrem com relativa infrequência (uma vez por semana ou menos), uma pontuação de 39 ou 40 pode ser a mais apropriada. Em comparação, se o indivíduo escuta vozes quase que continuamente, uma pontuação de 31 ou 32 seria mais adequada. Em alguns contextos, pode ser útil avaliar a incapacitação social e ocupacional e rastrear o progresso na reabilitação independentemente da gravidade dos sintomas psicológicos. Para esta finalidade, uma proposta — Escala de Avaliação do Funcionamento Social e Ocupacional (EAFSO) é incluída no Apêndice B. Duas propostas de escalas adicionais — Escala de Avaliação Global de Funcionamento nas Relações (AGFR) e Escala de Funcionamento Defensivo, que podem ser úteis em alguns contextos. Escala de Avaliação Global do Funcionamento (AGF) Considerar o funcionamento psicológico, social e ocupacional em um continuum hipotético de saúde-doença mental. Não incluir prejuízo no funcionamento devido a limitações físicas (ou ambientais). 16 Exemplos de registro dos resultados de uma avaliação multiaxial segundo o DSM-IV 17 Formulário de relato da avaliação multiaxial O formulário seguinte é oferecido como possibilidade de relato de avaliações multiaxiais. Em alguns contextos, este formulário poderá ser usado exatamente como está; em outros, poderá ser adaptado para atender a necessidades especiais. 18 Formato não-axial Os clínicos que não desejam usar o formato multiaxial podem simplesmente enumerar os diagnósticos apropriados. Os que fizerem esta opção devem seguir a regra geral de registrar tantos transtornos mentais, condições médicas gerais e outros fatores coexistentes quantos sejam relevantes para os 19 cuidados e tratamento do indivíduo. O Diagnóstico Principal ou o Motivo da Consulta devem ser listados em primeiro lugar. DSM como modelo de classificação 20 O DSM é um modelo de classificação multiaxial, cujo propósito é auxiliar o diagnóstico e o tratamento de transtornos psicopatológicos. Estes últimos são separados conforme suas características sintomáticas e inseridos em categorias. Portanto, é organizado categorialmente e, principalmente, zela para ser um modelo ateórico não explicitamente comprometido com alguma teoria específica (Gomes de Matos et al., 2005). Segundo Wilson, Hayes, Gregg e Zettle (2001), o DSM seria um sistema de classificação sindrômico, ou seja, que classifica especificamente a ocorrência de síndromes, como está escrito no próprio manual em sua penúltima edição: “[...] cada um dos transtornos mentais é conceituado como uma síndrome ou padrão comportamental ou psicológico” (APA, 1994, p. XXI). Há, de certa forma, um consenso de que a tradição médica empirista tenha sido uma influência direta para as práticas psicológicas (Pinto, 2012). Visto que a Psicologia dialoga constantemente com a Medicina psiquiátrica, principalmente em sua prática mais clássica (i.e. a clínica), a utilização de instrumentos médicos pela Psicologia se torna explicável, tendo função considerável, principalmente por facilitar a comunicação e proporcionar maior diálogo entre as duas áreas. Segundo Wilson et al. (2001), síndromes referem-se a características formais, topográficas, publicamente observáveis de comportamentos. Para os autores, um problema se apresenta na distância entre a proposta de uma classificação sindrômica e o uso que ela tem no contexto clínico, de maneira que 21 o modelo não está sendo utilizado apenas como uma classificação sistemática e organizada de signos e sintomas, mas também no estabelecimento do que é tipicamente associado a um estado patológico. Segundo os autores, síndromes diferem de doenças na medida em que as últimas são classificadas segundo direcionamentos funcionais que implicam etiologia, curso ao longo do tempo e respostas a tratamentos para ela especificados (cf. Wilson et al., 2001, p.212). Segundo este raciocínio, classificações sindrômicas se atêm a caracterizar topograficamente os comportamentos, o que não é recurso suficiente para uma descrição funcional (i.e. etiológica) de comportamentos mas, em algum grau, para critérios de comunicação (Banaco, Zamignani, & Meyer, 2010). Em se tratando de doenças, o termo leva a uma conotação baseada em pressupostos médicos, existindo então uma explicação causal, para o que seria chamado de “comportamento problema” manifestado pelo indivíduo. Embora exista o zelo pela constituição de um modelo ateórico (i.e. que não se propõe a uma teoria etiológica acerta da síndrome) o contexto de práticas médicas cotidianas pode gerar, no grande público, uma tradução equivocada de síndromes em doenças. Neste sentido, o que é manifesto e observável publicamente comumente passa a ser caracterizado como expressão de uma doença e, portanto, diretamente causado por ela. Estabelece-se então que o DSM é um modelo sindrômico, porém com margem para a interpretação de propósito etiológico. Este descreve topografias variadas que frequentemente podem ser parte de um mesmo repertório comportamental, sendo controladas por contingências semelhantes. Consta no prefácio de sua última edição: “o DSM se propõe a servir como um guia prático, funcional e flexível para organizar informações que podem auxiliar o diagnóstico preciso e o tratamento de transtornos mentais.” (APA, 2013, p. xli). A que se referiria o termo “funcional” neste citado? – A resposta para esta questão parece estar pouco clara. Para além de funções comunicativas, interpretações de asserções deste tipo parecem admitir o diagnóstico como fonte controladora para um tratamento não especificado. Argui-se aqui que uma concepção de tratamento frequentemente inclui uma conotação etiológica para tal. Neste contexto, há 22 margem para a busca (tanto de profissionais quanto clientes) por tratamentos que incluem noções causais em perspectivas teóricas variadas. Segundo Wilson et al. (2001), em uma cultura médica, sistemas de classificação deste tipo são utilizados com o apoio de um modelo de classificação auxiliar chamado de “modelo biológico”. Caso um diagnóstico seja impreciso ou dificultado pela grande variedade sintomática do paciente, as características primeiras do fenômeno são investigadas, ou seja, sua fisiologia. Exames laboratoriais, de imagem, ferramentas de investigação afins na cultura médica são utilizadas neste modelo. O recurso a este modelo, porém, parece estranho quando o assunto é psicopatologia, principalmente em uma perspectiva analítico-comportamental (Banaco, Kovac, Martone, Vermes, & Zamignani, 2012). Uma vez que o recurso à fisiologia parece não ser bem aceito para todos os tipos de transtornos psicopatológicos, diagnósticos são criados e classificados a partir de um estudo estatístico. Nesse contexto, a variação sintomática ou topográfica explicitada por qualquer tipo de síndrome descrita pelo manual sindrômico pode ser estendida ao infinito, na medida em que este estudo não é limitado por uma teoria que defina critérios específicos (Wilson et al., 2001). Partindo do que é apresentado por Wilson et al. (2001), é visto que da edição do DSM-III (APA, 1987) para o DSM-IV (APA, 1994) somaram-se classificações de síndromes em quantidade considerável. Uma amostra disso é o número de possíveis diagnósticos para psicopatologias ligadas à ansiedade, que foi elevado de 9 para 12 (Friman, Hayes, & Wilson, 1998). Quanto ao DSM- V (APA, 2013), é visto que continua sendo 12 o número de possíveis diagnósticos relacionados à ansiedade, porém, algumas diferenças na construção dessa edição devem ser consideradas (e.g. transtornos ligados aos comportamentos obsessivos e compulsivos nesta atualização parecem merecer uma classificação separada dos transtornos relativos à ansiedade). Neste sentido, há um acréscimo no número de síndromes a cada edição do manual. Mesmo com as revisões recorrentes do DSM, as possíveis queixas de clientes que sofrem por sintomas de “transtornos psicopatológicos” parecem crescer e muitos dos sintomas descritos em contexto clínico continuarão não sendo abarcados completamente pela classificação. 23 A expansão de diagnósticos não precisa ser entendida apenas como a “descoberta” de fatores subjetivos específicos, mas também pode ser interpretada como um fenômeno vinculado a condições econômicas e, mais especificamente, a necessidades de mercado. Analisando neste sentido, Leader (2015) levanta evidências históricas para o vínculo entre a expiração das patentes de determinados medicamentos de alta vendagem (e.g. antidepressivos) e o investimento orçamentário da indústria farmacêutica na consolidação e divulgação de novos diagnósticos, que exigem novos medicamentos (e.g. estabilizadores do humor). Desta forma, a atividade científica que envolve a formação e a consolidação de diagnósticos pode ser entendida, enquanto prática cultural, a partir da noção skinneriana de controle econômico (cf. Skinner, 2003, p. 436). O aumento do número de transtornos diagnosticáveis interfere na prática clínica, tanto envolvendo a Psicologia quanto a Medicina. Supondo uma prática de diagnosticar o sujeito com inúmeros transtornos diferentes a fim de serem considerados todos os sintomas descritos, o número de transtornos que são comórbidos entre si é vasto. Gomes de Matos et al. (2005), na discussão acerca da relevância da categorização para a escolha de um curso de tratamento (psicofármaco ou mesmo psicoterápico), apontam dados sobre o aumento de diagnósticos comórbidos: A Psiquiatria considera implicações específicas para cada tipo de transtorno diagnosticado, assim como para seu tratamento (Sanches, Assunção, & Hetem, 2005). Sendo assim, a comorbidade pode dar margem a pelo menos dois desdobramentos: (a) uma vez que se considere a maior especificação do caráter de determinada síndrome como favorável ao tratamento, medicamentos mais adequados podem ser administrados de forma eficiente; ou 24 (b) pode sustentar uma contrapartida que promulga maior prescrição de tratamentos psicofarmacológicos. O segundo desdobramento, implica em que um diagnóstico com muitos outros associados pode permitir a administração plural de medicamentos. Tratando-se de um instrumento de fundamentação médica, uma ressalva é anunciada no que diz respeito ao uso medicamentoso nos tratamentos como forma resolutiva para os transtornos (Lisboa, 2008): em casos nos quais os comportamentos do sujeito em questão sejam prejudiciais a si, ao seu ambiente3, ou dificultando intervenções com objetivos terapêuticos o auxílio farmacoterápico é justificável. O entendimento do fenômeno então adquire caráter traduzido pela sentença: “a etiologia está implícita à topografia, que por sua vez remete a uma disfunção fisiológica”. Síndromes e doenças, a despeito da discussão conceitual, são funcionalmente semelhantes na medida que quando se cessam os sintomas (ou parte deles) é reforçada a noção de que as causas foram tratadas. Princípios Gerais do Diagnóstico Psicopatológico Apesar de absolutamente imprescindível considerar os aspectos pessoais, singulares de cada indivíduo, sem um diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode nem compreender adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia terapêutica mais apropriado. O individual é real. O universal não existe na natureza, apenas no espírito humano que capta e constitui as idéias a partir do processo de abstração e generalização. Há, no processo diagnóstico, uma relação dialética permanente entre o particular, individual (aquele paciente específico, aquela pessoa em especial), e o geral, universal (categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence). Os diagnósticos são idéias (constructos), fundamentais para o trabalho científico, para o conhecimento do mundo, mas não objetos reais e concretos. 25 Fenômenos e possibilidade de classificação Tanto na natureza como na esfera humana, podem-se distinguir três grupos de fenômenos em relação à possibilidade de classificação: - Aspectos e fenômenos encontrados em todos seres humanos; - Aspectos e fenômenos encontrados em algumas pessoas, mas não em todas; - Aspectos e fenômenos encontrados em apenas um ser humano em particular. Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia, o processo diagnóstico 26 - O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. Os exames complementares auxiliam no diagnóstico diferencial mas não substituem o essencial do diagnóstico psicopatológico: uma história bem colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com habilidade. - O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psico- orgânicos (delirium, demências, etc.), não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador. Muitas vezes o raciocínio diagnóstico baseado em pressupostos etiológicos mais confunde que esclarece. Deve-se portanto manter duas linhas paralelas de raciocínio clínico: uma linha diagnóstica (cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas apresentados) e uma linha etiológica (buscar uma formulação hipotética plausível sobre os possíveis fatores etiológicos envolvidos). - Não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental. - O diagnóstico psicopatológico repousa sobre a totalidade dos dados clínicos, momentâneos (exame psíquico) e evolutivos (anamnese, história dos sintomas e evolução do transtorno), e avaliado e interpretado com conhecimento (teórico e científico) e habilidade (clínica e intuitiva). - O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do curso da doença. - O padrão evolutivo de determinado quadro clínico (prognóstico e a evolução do caso) nos obriga a repensar e refazer continuamente o seu diagnóstico. - O diagnóstico psicopatológico deve ser sempre pluridimensional. Várias dimensões clínicas e psicossociais devem ser incluídas para uma formulação diagnóstica completa. - Importância da formulação diagnóstica em vários eixos: - Identifica-se um transtorno psiquiátrico; diagnosticam-se condições ou doenças físicas associadas; avaliam-se a personalidade e o nível intelectual 27 desse doente, a sua rede de apoio social, além de fatores ambientais protetores ou desencadeantes. Confiabilidade e validade do diagnóstico em psicopatologia - A confiabilidade de um procedimento diagnóstico diz respeito à capacidade desse procedimento produzir, em relação a um mesmo indivíduo ou para pacientes de um mesmo grupo diagnóstico, em circunstâncias diversas, o mesmo diagnóstico. Ao mudar diferentes aspectos do processo de avaliação (avaliador ou momento de avaliação), o resultado final permanece o mesmo. - A validade diz respeito à capacidade de um procedimento diagnóstico conseguir captar, identificar ou medir aquilo que realmente se propõe a reconhecer. Para saber se um novo procedimento diagnóstico é válido, é preciso compará-lo com outro procedimento diagnóstico prévio (“padrão ouro”), que seja bem-aceito e reconhecido como mais acurado, capaz de identificar satisfatoriamente o objeto pesquisado. - A sensibilidade de um novo procedimento diagnóstico está relacionada à capacidade desse procedimento de detectar casos verdadeiros incluídos na categoria diagnóstica. - Já a especificidade do procedimento refere-se à capacidade de identificar verdadeiros “não-casos” em relação à categoria diagnóstica que se pesquisa. - Um procedimento com alta sensibilidade identifica quase todos os casos, mas pode falhar reconhecendo erroneamente um não-caso (falso- positivo) como caso. Outro procedimento com alta especificidade pode ter a qualidade de apenas reconhecer casos verdadeiros, mas pode falhar, deixando de reconhecê-los, considerando-os como não-casos. O ideal de um procedimento diagnóstico é que ele seja confiável (reprodutível), válido (o mais próximo possível da “verdade” diagnóstica), com alta sensibilidade e especificidade. 28 29 REFERÊNCIAS American Psychiatric Association (APA). (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. American Psychiatric Association. (1987). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (3rd ed.). Washington, DC: Author. American Psychiatric Association. (1994). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (4th ed.). Washington, DC: Author. APA - American Psychiatric Association. Manual de diagnóstico e estatística de distúrbios mentais DSMIII-R; (Tradução Lúcia Helena Siqueira Barbosa; Revisão Tecnica Sylvio Giordano Júnior). São Paulo: Manole, 1989. APA - American Psychiatric Association. Manual de diagnóstico e estatística de distúrbios mentais. DSM IV. (Tradução de Dayse Batista, Supervisão da Tradução: Alceu Filmann). Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. Banaco, R. A., Kovac, R., Martone, R. C., Vermes, J. S., & Zamignani, D. R. (2012). Psicopatologia. In M. M. C. Hubner, & M. B. Moreira (Eds.), Fundamentos de Psicologia: Temas clássicos de psicologia sob a ótica da análise do comportamento (pp. 154-166). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Banaco, R. A., Zamignani, D. R., & Meyer, S. B. (2010). Função do comportamento e do DSM: Terapeutas analítico-comportamentais discutem a psicopatologia. In E. Z. Tourinho, & S. V. Luna. (Orgs.), Análise do comportamento: Investigações históricas, conceituais e aplicadas. (pp. 175- 191). São Paulo: Roca. Barnes-Holmes, D., O’Hora, D., Roche, B., Hayes, S. C., Bissett, R. T., & Lyddy, F. (2001). Understanding and verbal regulation. In S. C. Hayes, D. Barnes-Holmes, & B. Roche (Eds.), Relational frame theory: A post-skinnerian account of human language and cognition (pp. 103-117). New York: Kluwer Academic Publishers. Beauchesne, H. História da psicopatologia. Martins Fontes, São Paulo, 1989. Bissett, R. T., & Hayes, S. C. (1999). The likely success of functional analysis tied to the DSM. Behaviour Research and Therapy, 37, 379-383. Boulanger, J. L., Hayes, S. C., & Pistorello, J. (2010). Experiential avoidance as a functional contextual concept. In A. M. Kring & D. M. Sloan (Eds.), Emotion regulation and psychopathology: A transdiagnostic approach to etiology and treatment (pp. 107-136). New York: Guilford. Britto, I. A. G. S. (2012). Psicopatologia e análise do comportamento: Algumas reflexões. Boletim Contexto, 37, 55-76. C. M. P. da Silva. (Ed.), Sobre comportamento e cognição: Análise comportamental aplicada implicações para pesquisas. (Vol. 21, pp. 61-72). São Paulo: ESETec. Caixeta, M. Personalidade Patológica. São Paulo: Memnom, 2004. Caplan, E.M. Traums, brains and sprains: railway, spire and the origins of psychoneuroses. Bulletin for the History of Medicine 1XIX: 347-419, 1995. Carneiro, Francisco Danúzio de Macêdo Fator cultural e diagnóstico multiaxial em psiquiatria - relato com comentários de um caso. Fortaleza, set 1994. 18 p. (Monografia apresentada na disciplina Antropologia Para a Saúde do Mestrado em Saúde Pública, Universidade Estadual do Ceará-Brasil). 30 Cavalcante, S. N. (1997). Notas sobre o fenômeno depressão a partir de uma perspectiva analítico-comportamental. Psicologia: Ciência e Profissão, 17(2), 2-12. Cavalcante, S. N., & Tourinho, E. Z. (1998). Classificação e diagnóstico na clínica: Possibilidades de um modelo analítico-comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 14, 139-147. Chawla, N., & Ostafin, B. (2007). Experiential avoidance as a functional dimensional approach to psychopathology: An empirical review. Journal of Clinical Psychology, 63(9), 871–890. Copque, H. L. F., & Guilhardi, H. J. (2008). O modelo comportamental na análise do TOC. In: V. Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. Ferreira, D. C., & Tourinho, E. Z. (2011). Relações entre depressão e contingências culturais nas sociedades modernas: Interpretação analítico- comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13, 20-36. Friman, P. C., Hayes, S. C., & Wilson, K. G. (1998). Why behavior analysts should study emotion: The example of anxiety. Journal of Applied Behavior Analysis, 1, 137-156. further reflection. Englewood Clifs (pp. 15-31). New Jersey: Prentice Hall. Gomes de Matos, E., Gomes de Matos, T. M., & Gomes de Matos, G. M. (2005). A importância e as limitações do uso do DSM-IV na prática clínica. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 27, 312-318. Hayes, S. C. (1987). A contextual approach to therapeutic change. In N. Jacobson (Ed.), Psychotherapists in clinical practice: Cognitive and behavioral perspectives (pp. 327-387). New York: Guilford. Hayes, S. C., & Follette, W. C. (1992). Can functional analysis provide a substitute for syndromal classification? Behavioral Assessment, 14, 345-365. Hayes, S. C., Gifford, E. V., Wilson, K. G., Barnes-Holmes, D., & Healy, O. (2001). Derived relational responding as learned behavior. In S. C. Hayes, D. Barnes-Holmes, & B. Roche (Eds.), Relational frame theory: A post-skinnerian account of human language and cognition (pp. 21- 49). New York: Kluwer Academic Publishers. Hayes, S. C., Strosahl, K., & Wilson, K. G. (1999). Acceptance and commitment therapy: An experiential approach to behavior change. Guilford Press, New York. Hayes, S. C., Wilson, K. G., Gifford, E. V., Follette, V. M., & Strosahl, K. (1996). Experiential avoidance and behavior disorders: A functional dimensional approach to diagnosis and treatment. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 64, 1152-1168. Joseph, R. Neuropsychology. Baltimore: Williams, 2000. Kaplan, Harold I.; Sadock, Benjamin; Grebb, Jack A. - Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica, tradução de Dayse Batista 7a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. Laplanche, J; Pontalis, J. B. - Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1983. Leader, D. (2015). Simplesmente bipolar. Rio de Janeiro: Zahar. 31 Leonardi, J. L. (2016). Prática baseada em evidências em psicologia e a eficácia da terapia analítico-comportamental. Projeto de Qualificação de Doutorado. Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Lisboa, M. S. (2008). “Diverso do que é”: Negociações sobre o diagnóstico de “doença mental” em conversações intra-familiares. Dissertação de Mestrado não-publicada, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil. OMS - Organização Mundial de Saúde - Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas; tradução Dorgival Caetano. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. Pessotti, I. (2001). Depressão: Tradição e moda. In H. J. Guilhardi (Ed.), Sobre comportamento e cognição: Expondo a variabilidade (pp. 47-55). Santo André: ESETec. Pinto, Gerardo da Frota. Psiquiatria básica. Fortaleza: Editora do Centro Médico Cearense, 1983 (pág. 273). Pinto, T. (2012). Crítica do empirismo aplicado à psicopatologia clínica: Da esterilidade do DSM a uma saída pela psicanálise. Ágora, 15, 405-420. Sanches, R. F., Assunção, S., & Hetem, L. A. B. (2005). Impacto da comorbidade no diagnóstico e tratamento do transtorno bipolar. Revista de Psiquiatria Clínica, 32, 71-77. Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. New York: McMillan Skinner, B. F. (1957). Verbal behavior. New York: Appleton-Century-Crofts. Skinner, B. F. (1959). What is psychotic behavior?. In B. F. Skinner, Cumulative Record (pp. 202- 219). New York: Appleton-Century-Crofts. Skinner, B. F. (1981). Selection by consequences. Science, 213, 501-504. Skinner, B. F. (1987). What is wrong with daily life in the western world?. In B. F. Skinner, Upon Tourinho, E. Z. (2006). Subjetividade e relações comportamentais. Tese (Professor Titular). Departa- mento de Psicologia Experimental. Universidade Federal do Pará. Belém, Pará. Tourinho, E. Z., Teixeira, E. D. R., & Maciel, J. M. (2000). Fronteiras entre análise do comportamento e fisiologia: Skinner e a temática dos eventos privados. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(3), 425-434. Vasconcellos-Silva, P. R., & Castiel, L. D. (2009). As novas tecnologias de autocuidado e os riscos do autodiagnóstico pela Internet. Revista Panam Salud Publica, 26(2), 172–175. Wilson, K. G., Hayes, S. C., Gregg, J., & Zettle, R. D. (2001). Psychopathology and Psychotherapy. In S. C. Hayes, D. Barnes-Holmes, & B. Roche (Eds.), Relational frame theory: A post-skin- nerian account of human language and cognition (pp 211-237). New York: Kluwer Academic Publishers. Zamignani, D. R., & Banaco, R. A. (2005). Um panorama analítico- comportamental sobre os transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 7(1), 77-92.
Compartilhar