Saúde Coletiva - Níveis de prevenção

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Resumo Saúde Coletiva/ Pública (Níveis de Prevenção, Agentes Causais e Métodos de Abordagem
Fisioterapêutica)
Maria Clara Souza Borges
Níveis de Prevenção
➔ O conhecimento epidemiológico
sobre as doenças permite
classificá-las e obter uma medida
de sua importância e possibilidade
de prevenção;
➔ Conhecer a história natural de uma
doença nos permite prevenir e,
portanto, a possibilidade de intervir
efetivamente sobre ela;
● O fisioterapeuta deve ser um profissional
GENERALISTA (olha o indivíduo como um
todo) o que impacta na qualidade de vida
do indivíduo;
● mecanismos de defesa = medidas
preventivas;
● Saúde:
❖ equilíbrio entre forma e função do
organismo à fatores que tendem a
pertubá-lo;
❖ estado relativo de contínua adaptação
orgânica ao ambiente;
● Doença:
❖ somatória de contínuas agressões ao
organismo que resultam na redução de
saúde;
História natural das Doenças:
desequilíbrio na tríade da doença.
Tríade: agente agressor - hospedeiro - ambiente
Período Pré-patogênico (não há doença)
Fase de suscetibilidade (prevenção primordial e
primária)
● Prevenção Primordial:
Ações ou atividades que visam estabelecer e
manter condições de vida e trabalho (saúde) que
minimizem os riscos à saúde (de adoecer) da
população geral ou de grupos selecionados.
❖ promoção a saúde (mecanismo de
defesa); que minimizem os risco à
saúde; sem falar de doença o foco
é a saúde;
❖ estágio: exposição ao agente
agressor.
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Maria Clara Souza Borges
❖ exemplos: alimentação adequada,
atividade física, lar estável, acesso
à saneamento básico.
● Prevenção Primária:
Atos destinados a diminuir a incidência de uma
doença numa população ou em um indivíduo, ou
seja modificar os fatores de risco em uma
direção favorável.
❖ proteção específica(mecanismo de
defesa) o foco é o risco da
doença;
❖ estágio: pré doença, exposição ao
agente agressor específico.
❖ exemplos: vacina, repelente,
atividade física com finalidade de
prevenir doenças cardiovasculares.
➔ deve-se olhar o objetivo (foco) da medida,
se é a SAÚDE (primordial), ou se é o
RISCO DA DOENÇA (primária); há medidas
iguais que entram em prevenções
diferentes por causa do objetivo.
Período Patogênico (presença de doença)
Fase pré- clínica:
❖ diagnóstico precoce (mecanismo de
defesa);
❖ sinais; (não visíveis) exames
❖ detectar precocemente;
Fase clínica:
❖ limitação do dano (mecanismo de defesa);
❖ sintomas; (visíveis) tratamento.
❖ evitar morte ou sequela.
● Prevenção Secundária: foco é a cura;
➔ redução das consequências mais
graves da doença (evitar sequela e
mortalidade);
➔ doenças crônicas estáveis não
saem da secundária por não ter
CURA; ex: HIV
➔ saída do nível secundário: óbito,
cura ou sequela (terciário);
➔ exemplos: exame de sangue,
tratamento.
Fase Residual
● Prevenção Terciária: redução das
limitações/sequelas, reduzir incapacidades,
minimizar o sofrimento. reabilitação: tornar
funcional.
➔ saída do nível terciário: óbito ou
reabilitação (limitação de
incapacidades)
➔ exemplos: próteses, cadeira de
rodas, dispositivos de marcha que
o ajudem a voltar a funcionalidade.
● Prevenção Quaternária: qualidade de
vida e cuidados paliativos da incapacidade
permanente e/ou doença criminal. o foco é
a dignidade
➔ pode ser confundido com o
secundário por manter a qualidade
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de vida mas convivendo com a
sequela;
➔ iatrogenia: erro dos profissionais
da saúde, excesso de tratamento
(construção da autonomia e
dignidade do sujeito);
➔ distanásia: profissional saúde que
não dá cuidados paliativos para um
paciente terminal (doença crônica
progressiva).
Agentes Causais das Doenças e o
Papel da Fisioterapia
Generalista: expandir o olhar para reconhecer o
agente causal além do biológico.
1. Método de controle de risco:
coletividade
exposição, necessidades, determinantes de
saúde;
avaliar um grupo -> perfil sociodemográfico e
perfil epidemiológico (HMA- histórico das
condições de vida) -> riscos -> traçar objetivos
por necessidade dos grupo (gênero, idade,
patologias)
1. Método de controle de danos:
indivíduos
cura, reabilitação, sequela;
avaliar um indivíduo -> perfil sociodemográfico e
perfil epidemiológico ( HMA - histórico da moléstia
atual + histórico das condições de vida) ->
determinar nível de atenção -> traçar objetivos
por necessidade dos indivíduos (limitar os
danos/reintegração, sequelas)
❖ só é possível prevenir aquilo que se
conhece (agente causal ou agressor).
ou seja:
1. reconhecer o risco;
2. identificar o nível de atenção; (de acordo
com as possibilidades e objetivos)
3. realizar a abordagem holística/integral.
Agentes Causais das Doenças
adquiridas:
● infectocontagiosas (vírus, bactéria);
● traumas: lesão tecidual de maneira
inesperada;
● traumas diretos: acidentes comunitários
(públicos) ou domésticos;
● traumas indiretos: doenças degenerativas;
congênitas:
● genéticas;
● doenças relacionadas ao parto/concepção.
repercussão funcional: limitações funcionais que a
dor/doença causa.
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Maria Clara Souza Borges
Métodos de Intervenção de Fisioterapia
em Saúde Coletiva
● todos níveis de saúde englobam a
educação (orientação);
educação em saúde (população)
● educação popular;
● pensar crítico sobre a sua realidade;
● autonomia para realizar hábitos em saúde;
● promover mudanças no comportamento e
conhecimento;
● ocorre preferencialmente de forma
precoce, com o início da infância.
Locais: escola, comunidades, ambiente de trabalho,
domicílio.
➔ a prática deve ser prazerosa, criativa e
educativa com informações claras e
objetivas para atingir educadores naturais
(pais e pedagogos);
educação na saúde (gestores + profissionais
da saúde)
● educação permanente;
● produzir conhecimento para atuação em
saúde;
● práticas de ensino, diretrizes didáticas e
orientações curriculares.
Educar: capacitar o sujeito, aumentar
interesse, aumentar anatomia, transformar,
empoderar, o sujeito é ativo.