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Prévia do material em texto

E-mail:​ ​preparaconcursos10@gmail.com 
 
Preparação para Concursos 
 
 
 
Professor de Letras/Português 
Assunto: Pronomes 
demonstrativos 
 
Material organizado por: 
Prof. Luiz Carlos Melo e equipe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparação para Concursos 
Professor Luiz Carlos Melo 
 
mailto:preparaconcursos10@gmail.com
E-mail:​ ​preparaconcursos10@gmail.com 
 
Pronomes demonstrativos 
 
 
 
01. (Ano: 2018/Banca: CESP) 
 
Preparação para Concursos 
Professor Luiz Carlos Melo 
 
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Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se 
segue. 
 
Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que 
sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical. 
( )Certo ( )Errado 
 
01. Resposta: certo 
 
02. (Ano: 2018/Banca: FGV) 
Texto 2 – Intercâmbio de alimentos 
Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, ​História em debate​. São Paulo: Editora do Brasil, p. 
72. 
 
A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das transformações mais 
revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres humanos. 
Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos 
americanos, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal. Todavia, os 
espanhóis enviavam à Europa todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam 
para, de alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de encontrar os 
tão desejados metais preciosos. 
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora e a fauna de 
ambos os continentes foram modificadas, pois diversas plantas e animais adaptaram-se aos 
novos climas. Com isso, a dieta dos habitantes das duas regiões foi enriquecida. 
Observe os três segmentos abaixo, retirados do texto 2. 
 
“por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal” 
 
“Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa...” 
 
“Com isso, a dieta dos habitantes das duas regiões foi enriquecida”. 
 
Nessas ocorrências, os pronomes demonstrativos empregados: 
a) têm sempre por antecedente uma oração; 
b) referem-se sempre a termos imediatamente anteriores; 
c) mostram sempre referências a um de dois termos citados; 
d) prendem-se sempre a elementos distantes no tempo; 
e) ligam-se semanticamente a elementos já citados. 
02. Resposta: e 
03. (​Ano:​ 2018/​Banca:​ FGV) 
Texto 3 – A produção do conhecimento, 
Flávio de Campos 
 
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto. O 
bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que 
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julgar mais convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante 
ter dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde trabalhador. 
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar essas dúvidas 
e tentar solucionar o maior número delas. Em qualquer área profissional, há sempre 
questões em aberto, onde as reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas 
conclusivas. A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é possível ampliar e 
reformular essas respostas obtidas anteriormente. 
O demonstrativo abaixo cujo antecedente é uma oração é: 
a) “O bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses...”; 
b) “...considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que julga mais 
convincentes”; 
c) “Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar...”; 
d) “...é a capacidade de organizar essas dúvidas...”; 
e) “Sempre é possível ampliar e reformular essas respostas obtidas anteriormente”. 
03. Resposta: c 
04. (​Ano:​ 2018/​Banca:​ COPERVE - UFSC) 
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Observe as sentenças abaixo, retiradas do Texto 1. Considerando os pronomes 
destacados, assinale a alternativa correta. 
 
I. “Quando você sai em viagem, a sua estação favorita começa a perder qualidade, e você 
ouve interferência. Isso ocorre porque a onda eletromagnética da rádio está fraca quando 
chega ao seu aparelho.” (linhas 21 a 23) 
II. “Dentro do cérebro, ocorre algo parecido. Para melhorar a qualidade dos sinais, seria 
necessário amplificá-los com mais energia.” (linhas 23 e 24) 
III. “Nossa memória não é fotográfica, mas funciona. Mesmo depois de aprender uma tarefa, 
como tocar violão, costurar ou falar um idioma, podemos errar ao executá-la.” (linhas 30 a 
32) 
a) Em I, o termo “isso” retoma a frase “quando você sai em viagem”. 
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b) Em II, o termo “los” pode ser substituído pelo pronome “ele” sem violar a norma 
padrão escrita da língua portuguesa. 
c) Em III, o termo “la” recupera o nome “memória”. 
d) Em II e III, os termos “los” e “la” exercem a função de complemento verbal. 
e) Nas frases I, II e III, os termos destacados têm a função de recuperar um nome. 
04. Resposta: d 
05. (​Ano:​ 2018/​Banca:​ VUNESP) 
 ​Ensino com diretriz 
 
Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crianças e 
jovens devem aprender até o 9° ano do ensino fundamental. Trata-se da quarta versão da 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos próximos 
dois anos. 
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que os 
alunos devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade, mas não 
existe norma válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a progressão do ensino 
e o que se deve esperar como resultado. 
Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos – isso 
será papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que podem fazer 
acréscimos conforme necessidades regionais. 
A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do aprendizado e 
avaliações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e 
pragmatismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse aspecto, a nova versão da 
BNCC está perto de merecer nota de aprovação. 
O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu 
nas escolas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assuntos 
dificulta abordagens mais aprofundadas e criativas. 
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de difícil 
aplicação imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr em prática 
esse plano que pode oferecer educação decente e igualitária às crianças. 
 (Editorial. ​Folha de S.Paulo​, 10.12.2017. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que os termos destacados correspondem, correta e 
respectivamente, a um pronome demonstrativo e a um pronome apassivador. 
a) Soa como obviedade, mas não existe norma válida em ​todo​ o país… / O programa 
ainda ​se​ mostra extenso em demasia... 
b) ... que definirá o padrão nacional para ​o​ que crianças e jovens devem aprender... / ... 
não muitodiferente do que ​se​ viu nas escolas das últimas décadas.. 
c) ... e competências e habilidades ​que​ os alunos devem demonstrar a cada passo da 
vida escolar. / ... e o que ​se​ deve esperar como resultado. 
d) ... ​qualquer​ modelo é melhor do que nenhum. / Note-​se​ ainda que a base curricular 
não especifica como alcançar seus objetivos... 
e) Nesse ​aspecto, a nova versão da BNCC está perto de merecer nota de aprovação. / 
Trata-​se​ da quarta versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
05. Resposta: b 
06. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ FCC) 
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 ​ A vontade do falecido 
 
Alguns dias depois, deu-se o evento. Seu Irineu pisou no prego e esvaziou. Apanhou 
um resfriado, do resfriado passou à pneumonia, da pneumonia passou ao estado de coma e 
do estado de coma não passou mais. Levou pau e foi reprovado. Um médico do SAMDU*, 
muito a contragosto, compareceu ao local e deu o atestado de óbito. 
 Tudo que era parente com razoáveis esperanças de herança foi velar o morto. 
Tomou-se conhecimento de uma carta que estava cuidadosamente colocada dentro do 
cofre, sobre o dinheiro deixado por seu Irineu. E na carta o velho dizia: “Quero ser enterrado 
junto com a quantia existente nesse cofre, que é tudo o que eu possuo e que foi ganho com 
o suor do meu rosto, sem a ajuda de parente vagabundo nenhum”. E, por baixo, a 
assinatura com firma reconhecida para não haver dúvida: Irineu de Carvalho Pinto 
Boaventura. 
Para quê! Nunca se chorou tanto num velório, sem se ligar pro morto. A parentada 
chorava às pampas, mas não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do 
falecido. 
Foi quase na hora do corpo sair. Desde o momento em que se tomou conhecimento do 
que a carta dizia, que Altamirando imaginava um jeito de passar o morto para trás. Era 
muita sopa deixar aquele dinheiro ali pro velho gastar com minhoca. Pensou, pensou e, na 
hora que iam fechar o caixão, ele deu o grito de “pera aí”. Tirou os sessenta milhões de 
dentro do caixão, fez um cheque da mesma importância, jogou lá dentro e disse “fecha”. 
 – Se ele precisar, mais tarde desconta o cheque no Banco. 
* SAMDU – Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência, já extinto. 
 (Stanislaw Ponte Preta. ​Dois amigos e um chato​, 1986. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que, na expressão destacada, o termo “o” está empregado como 
pronome demonstrativo. 
a) … e que foi ganho com o suor ​do​ meu rosto. 
b) … para desrespeitar a vontade ​do​ falecido. 
c) … em que se tomou conhecimento ​do​ que a carta dizia… 
d) … uma carta […] cuidadosamente colocada dentro ​do​ cofre… 
e) Apanhou um resfriado, ​do​ resfriado passou à pneumonia… 
06. Resposta: c 
07.( ​Ano:​ 2017/​Banca:​ PR-4 UFRJ) 
 ​DISCRETA PRIMAVERA 
 Fernanda Torres 
 
As petições pululam na tela do computador. Assino, assino todas elas. Peço a 
demarcação das terras indígenas, a liberação do aborto e a descriminalização das drogas. 
Grito contra o trabalho escravo, o preconceito racial e de gênero; tento melar o emprego 
indiscriminado de agrotóxicos, frear o degelo das calotas polares, o desmatamento e a 
destruição dos corais da Amazônia. Clamo pelo fim da guerra na Síria, da corrupção e do 
foro privilegiado; exijo a reforma política; voto pela proteção dos micos-leões e falho com os 
ursos-polares. 
E, em meio ao acúmulo de urgências, ao imenso ruído do planeta, vacilo entre a 
paralisia e a ação. Entre o engajamento e a reflexão no silêncio. Entre ser e não ser. 
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Quem É Primavera das Neves?, documentário de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, 
toca em cheio na histeria do agora, sem falar diretamente dela. 
Primavera Ácrata Saiz das Neves é uma mulher que enfrentou o açoite e os insultos do 
mundo, a afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as 
delongas da lei, a prepotência do mando e o achincalhe do século XX. 
Filha de pai anarquista e mãe sufragista, fugidos das ditaduras de Franco e Salazar, ela 
cresceu no Catete do pós-guerra, estudou no Licée e dominou seis línguas. Casou-se com 
um tenente português e retornou para o Brasil em 1964, sozinha, com uma filha pequena. O 
marido permaneceu em Lisboa, condenado à prisão por ter participado da mal-sucedida 
Revolta da Beja. 
Em meio à insensatez e às injustiças de seu tempo, Primavera dedicou a vida à 
amizade, à maternidade, ao amor e à arte. Foi íntima e discreta, e nem por isso mesquinha, 
pequena ou indiferente. 
Traduziu Lewis Carroll, Vladimir Nabokov, Arthur C. Clarke e Emily Dickinson, Simenon 
e Julio Verne. Foi poeta, mãe, mulher, amiga e adoradora de Wagner; influenciou de forma 
profunda os que a conheceram, mas teve uma vida invisível. Morreu aos 47 anos. 
Teria permanecido anônima, não fosse a obstinação de arqueólogo de Furtado e 
Azevedo, que, intrigados com o nome da tradutora de Alice no País das Maravilhas, 
desencavaram sua preciosa história. 
Eulalie, a amiga saudosa, que sempre admirou a personalidade livre e contemporânea 
de Primavera, jamais percebeu nela a vontade de se promover — é o verbo que usa: 
promover. 
 Hoje, estamos todos em promoção, gritando a esmo, como numa liquidação de Natal. 
O século XXI promove revoluções movidas a likes. Não diminuo a importância das 
petições que, reitero, assino convicta. Mas o milênio que se inicia também produziu uma 
perturbadora pornografia do ego, do exibicionismo das selfies; o bestialógico da 
multiplicação de blogueiros e a brutalidade travestida de diversão dos realities. Um 
confessionário a céu aberto, onde todos, e cada um, têm o quinhão de narcisismo 
preenchido pela publicação de seu diário de bordo. 
Primavera era em tudo o contrário. Apesar das perseguições que testemunhou e sofreu, 
da inteligência e sensibilidade que possuiu, nunca se impôs ao mundo, ou impôs o seu 
mundo aos demais. 
 A ela, bastava ser — qualidade cada vez mais rara de ver, ter e encontrar. 
 Fonte: http://vejario.abril.com.br/blog/fernanda-torres/discreta-primavera/ 
No fragmento extraído do texto “influenciou de forma profunda ​os que a conheceram, mas 
teve uma vida invisível”. O termo em destaque é: 
a) artigo definido. 
b) pronome oblíquo. 
c) pronome demonstrativo. 
d) artigo neutro. 
e) pronome possessivo. 
07. Resposta: c 
08. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ IBADE) 
 A mulher que ia navegar 
 
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O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e apagando, dava banhos 
intermitentes de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada 
junto à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e 
suave. 
Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu marido, todo 
bovino; um pintor louro e nervoso; uma senhora morena de riso fácil e engraçado; umfísico, 
uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a roda que falava de 
política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes sorrindo quando 
alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio braço, atenta à mudança da cor. 
Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo. “Muito!”, disse quando alguém lhe 
perguntou se gostara de um certo quadro - e disse mais algumas palavras; mas mudou um 
pouco a posição do braço e continuou a se mirar, interessada em si mesma, com um ar 
sonhador. 
Quando começou a discussão sobre pintura figurativa, abstrata e concreta, houve um 
momento em que seu marido classificou certo pintor com uma palavra forte e vulgar; ela 
ergueu os olhos para ele, com um ar de censura; mas nesse olhar havia menos zanga do 
que tédio. Então senti que ela se preparava para o enganar. 
Ela se preparava devagar, mas sem dúvida e sem hesitação íntima nenhuma; devagar, 
como um rito. Talvez nem tivesse pensado ainda que homem escolheria, talvez mesmo isso 
no fundo pouco lhe importasse, ou seria, pelo menos, secundário. Não tinha pressa. O 
primeiro ato de sua preparação era aquele olhar para si mesma, para seu belo braço que 
lambia devagar com os olhos, como uma gata se lambe no corpo; era uma lenta 
preparação. Antes de se entregar a outro homem, ela se entregaria longamente ao espelho, 
olhando e meditando seu corpo de 30 anos com uma certa satisfação e uma certa 
melancolia, vendo as marcas do maiô e da maternidade e se sorrindo vagamente, como 
quem diz: eis um belo barco prestes a se fazer ao mar; é tempo. 
Talvez tenha pensado isso naquele momento mesmo; olhou-me, quase surpreendendo o 
olhar com que eu estudava; não sei; em todo caso, me sorriu e disse alguma coisa, mas 
senti que eu não era o navegador que ela buscava. Então, como se estivesse despertando, 
passou a olhar uma a uma as pessoas da roda; quando se sentiu olhado, o homem 
inteligente que falava muito continuou a falar encarando-a, a dizer coisas inteligentes sobre 
homem e mulher; ela ia voltar os olhos para outro lado, mas ele dizia logo outra coisa 
inteligente, como quem joga depressa mais quirera de milho a uma pomba. Ela sorria, mas 
acabou se cansando daquele fluxo de palavras, e o abandonou no meio de uma frase. Seus 
olhos passaram pelo marido e pelo pequeno pintor louro e então senti que pousavam no 
físico. Ele dizia alguma coisa à mulher recentemente desquitada, alguma coisa sobre um 
filme do festival. Era um homem moreno e seco, falava devagar e com critério sobre arte e 
sexo. Falava sem pose, sério; senti que ela o contemplava com uma vaga surpresa e com 
agrado. Estava gostando de ouvir o que ele dizia à outra. O homem inteligente que falava 
muito tentou chamar-lhe a atenção com uma coisa engraçada, e ela lhe sorriu; mas logo 
seus olhos se voltaram para o físico. E então ele sentiu esse olhar e o interesse com que 
ela o ouvia, e disse com polidez: 
 - A senhora viu o filme? 
Ela fez que sim com a cabeça, lentamente, e demorou dois segundos para responder 
apenas: vi. Mas senti que seu olhar já estudava aquele homem com uma severa e 
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fascinada atenção, como se procurasse na sua cara morena os sulcos do vento do mar e, 
no ombro largo, a secreta insígnia do piloto de longo, longo curso. 
Aborrecido e inquieto, o marido bocejou - era um boi esquecido, mugindo, numa ilha 
distante e abandonada para sempre. É estranho: não dava pena. 
 Ela ia navegar. 
 
BRAGA, Rubem. ​A mulher que ia navegar​. In: Rubem Braga. Recado da primavera. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Record, 1991. p.80- 82. 
Alguns elementos linguísticos, nos processos de construção textual, são usados para 
substituir palavras, expressões ou ideias anteriormente expostas. 
Um exemplo em que o vocábulo destacado contempla esse uso é: 
a) "Ela não dava atenção a NINGUÉM." 
b) "Talvez tenha pensado ISSO naquele momento mesmo." 
c) "Senti QUE ela fruía nisso um prazer silencioso e longo." 
d) "Para QUE recensear a roda que falava de política e de pintura?" 
e) "Talvez nem tivesse pensado AINDA que homem escolheria." 
08. Resposta: b 
09. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ VUNESP) 
Leia este texto. 
 
 O tempo passa voando quando você faz _______ gosta. 
Já reparou que toda vez que você está se divertindo, ______ um filme, o tempo parece 
passar mais rápido? 
_______acontece ______ sempre que você está aproveitando a vida você está 
preferindo viver _____ observar o tempo passar. 
 
Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto, respectivamente e de acordo com 
a norma-padrão. 
a) aquilo que … assistindo … Isto … porque … do que 
b) aquilo de que … assistindo a … Isso … porque … a 
c) o que … assistindo à … Isso … por que … à 
d) o de que … assistindo … Isto … por que … a 
e) o de que … assistindo a … Isto … porquê … do que 
09. Resposta: b 
10.( ​Ano:​ 2017/​Banca:​ IBFC) 
Texto 
 
 ​Camelos e beija-flores... 
 (Rubem Alves) 
 
A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as “estórias” 
deveriam ser grafadas como “histórias”. É assim que os gramáticos decidiram e escreveram 
nos dicionários. 
Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’ eu quero 
dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são tão 
diferentes quanto camelos e beija-fores...” 
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Professor Luiz Carlos Melo 
 
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Escrevi um livro baseado na diferença entre “história” e “estória”. O revisor, obediente 
ao dicionário, corrigiu minhas “estórias” para “história”. Confiando no rigor do revisor, não li 
o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de 
camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos... 
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o ​Tutameia com esta afirmação: “A estória 
não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.” 
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava 
estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava sem 
lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta 
que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...” 
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão 
definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...] 
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é 
uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu. Aí, ao ler o 
mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos 
dos outros. Toda estória é um espelho. [...] 
A história nos leva para o tempo do “nunca mais”, tempo da morte. As estórias nos 
levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o “era uma vez,há 
muito tempo” é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo 
mágico da alma. 
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever “estória” não corrija para “história”. Não 
quero confundir camelos e beija-flores... 
O emprego do pronome demonstrativo em ‘Ele começa o ​Tutameia com ​esta 
afirmação:” (4º§) está correto uma vez que: 
a) é catafórico e antecipa a informação que será apresentada. 
b) faz referência temporal e reporta a um tempo específico. 
c) é anafórico e resgata um referente anteriormente citado. 
d) cumpre função espacial indicando a proximidade do emissor. 
e) indica uma referência textual genérica sem necessidade de especificação. 
10. Resposta: a 
11.( ​Ano:​ 2017/​Banca:​ CESPE) 
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No que concerne aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB2A1AAA, julgue o 
item seguinte. 
 
A correção gramatical e as relações de coesão do texto seriam mantidas caso o pronome 
“essa” (l.37) fosse substituído por ​ela​. 
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( )Certo ( )Errado 
 
11. Resposta: certo 
12.(​Ano:​ 2017/​Banca:​ FCC) 
 
 ​Modos de disputa 
 
​Dois indivíduos têm uma contenda e estão enraivecidos. Um deles diz ao outro, furioso: 
− Vou te quebrar a cara! Ao que o outro, igualmente indignado, responde com energia: − 
Pois eu vou te processar! 
São, não há dúvida, dois modos de disputar a razão de quem viu ofendido um suposto 
direito seu. O primeiro indivíduo recua bastante na história e reproduz a jurisprudência das 
cavernas: a pancada corretiva, o direito da força, o recurso dos instintos primários; o 
segundo preferiu confiar numa instituição, numa instância social, na mediação das leis, na 
força do direito. O que não significa que, em outra situação, os mesmos indivíduos não 
pudessem reagir de modo oposto: somos criaturas difíceis, sujeitas ao temperamento, ao 
sentimento de ocasião. 
“Vou te processar” é o modo civilizado, que confia no equilíbrio de um rito jurídico, 
devidamente conduzido e arbitrado por profissionais do ramo: advogados, juízes, 
promotores. O processo tem sua mecânica balizada por prazos, recursos, ações de 
embargo etc. O propósito está em que, ao fim e ao cabo do processo, todos os 
componentes de uma disputa tenham sido devidamente apreciados e julgados, a partir do 
que se exare a sentença final. Como todo rito complexo e minucioso, pode demorar muito 
até o bater do martelo. 
A instituição justa do processo conta com o fato de que ambas as partes sigam 
exatamente os mesmos passos garantidos pela lei. Mas não há como evitar certas 
condicionantes, que fazem diferença: a habilidade maior de um advogado, os recursos para 
custear um processo longo, a intimidação que pode representar o fato de uma das partes 
ser um litigante de grande poder político ou notoriedade social. As diferenças sociais e 
econômicas entre os homens podem marcar o destino de um processo. Nesse caso, 
voltamos um pouquinho no tempo e, de um modo aparentemente mais civilizado, 
reproduzimos algo parecido com o direito da força​. 
 (Júlio Castro de Ribeiro, ​inédito​) 
Está adequado o emprego dos elementos sublinhados na frase: 
a) A contenda à que se entregam os indivíduos revela o grau de civilização aonde cada 
um se encontra. 
b) Numa disputa de direitos à qual não faltam paixões, não devem estas contaminar a 
isenção do juiz. 
c) O rito disciplinado de um processo, de cujo depende a justa sentença, deve 
impor-lhe o juiz aos contendores. 
d) Há certas condicionantes que interferem no processo, prejudicam-lhe, 
acrescentando-o vícios insanáveis. 
e) O direito da força, no qual tantos parecem dar crédito, é um recuo a práticas onde o 
homem se brutaliza. 
12. Resposta: b 
13. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ FAU) 
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Texto 01: 
 O desvio ético do gerundismo 
 
Há implicações éticas no vício de linguagem. O uso excessivo e desnecessário do 
gerúndio é conhecido como endorreia, cuja forma popular é a construção “vou estar 
+ gerúndio”, uma perífrase (locução formada por dois ou três verbos). A locução em 
si é legítima, quando comunica a ideia de uma ação futura que ocorrerá no momento 
de outra ou sequenciada. As sentenças “vou estar dormindo na hora do jogo” ou 
“vou estar vendo o jogo quando você estiver assistindo à novela” são adequadas ao 
sistema da língua, assim como em verbos que indiquem processo: “amanhã vai estar 
chovendo” ou ato contínuo: “vou estar trabalhando das 8h às 18h.” 
Aquilo que nos acostumamos a chamar de gerundismo se dá quando não 
queremos comunicar essa ideia de eventos ou ações simultâneas, mas antes falar de 
ação pontual, em que a duração não é preocupação dominante. “Vou falar” narra algo 
que vai ocorrer a partir de agora. “Vou estar falando” se refere a um futuro em 
andamento. 
É inadequado usar uma forma verbal com valor de outra – falar de ação isolada, 
que se encerraria num só ato, como se fosse contínua. Quando respondemos ao 
telefone “vou estar passando o recado” fazemos o recado, que potencialmente tem 
tudo para ser dado, não ter mais prazo de validade. O vício aqui isenta a pessoa de 
responsabilidade sobre o que prometeu fazer. É antes de tudo um desvio ético. 
 (Revista Língua Portuguesa, ano 7, número 77. Março de 2012) 
No excerto: “Aquilo que nos acostumamos a chamar de gerundismo se dá quando 
não queremos comunica (...)”. A palavra destacada pode ser classificada como: 
a) Pronome demonstrativo. 
b) Substantivo. 
c) Pronome indefinido. 
d) Advérbio. 
e) Adjetivo. 
13. Resposta: a 
14. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ FADESP) 
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No trecho “isso incluiria discutir futebol” (l. 7), o pronome destacado refere-se a 
a) “ia à vida” (l. 6). 
b) “entregava a matéria” (l. 5). 
c) “se trabalhasse num jornal” (l. 7). 
d) “Relia-o para ver se era aquilo mesmo” (l. 5). 
14. Resposta: a 
15. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ FAUEL) 
 ​Cassini faz primeiro mergulho entre Saturno e seus anéis; 
 cientistas esperam dados de qualidade inédita. 
 
Após 13 anos em órbita, a sonda Cassini-Huygens já está enviando informações para a 
Terra após ter feito seu primeiro “mergulho” entre os anéis de Saturno - são 22 planejados 
para os próximos cinco meses. 
A Cassini começou a executar a manobra - considerada difícil e delicada - na última 
quarta-feira e restabeleceu contato com a Nasa (agência espacial americana) na manhã 
desta quinta. A sonda se movimenta a 110 mil km/h, tão rapidamente que qualquer colisão 
com outros objetos - mesmo partículas de terra ou gelo - poderia provocar danos. 
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Um objetivo central é determinar a massa e, portanto, a idade dos anéis - formados, 
acredita-se, por gelo e água. Quanto maior a massa, mais velhos eles podem ser, talvez tão 
antigos quanto Saturno. Os cientistas pretendem descobrir isso ao estudar como a 
velocidade da sonda é alterada enquanto ela voa entre os campos gravitacionais gerados 
pelo planeta e pelas faixas de gelo que giram em torno dele. 
Fragmento do texto publicado no site da BBC Brasil, por Jonathan Amos, correspondente 
de Ciência da BBC, dia 27 de abril de 2017. 
Ainda a respeito do termo ISSO, é CORRETO afirmar que se classifica como pronome: 
a) de tratamento, podendo ser substituído em outros casos por “esse” ou “essa”, de 
acordo com a necessidade de marcar o gênero. 
b) pessoal, podendo ser substituído em outros casos por “isto”, de acordo com a 
necessidade de marcar a distância de quem fala e do objeto a que se refere. 
c) relativo e não pode ser substituído sem alteração do sentido da frase no texto e 
contexto em que está inserido. 
d) demonstrativo e pode situar um termo, um conceito, uma frase ou até mesmo algo 
fora do texto, no contexto em que está inserido. 
e) indefinido, utilizado para indicar algo que possui relação direta com o contexto em 
que está inserido. 
15. Resposta: d 
16. (Ano:​ 2017/​Banca:​ COPEVE-UFAL) 
 
Dadas as afirmativas sobre os aspectos morfossintáticos dos quadrinhos, 
I​. O pronome demonstrativo ESTA, 1º quadrinho, foi corretamente empregado, já que 
expressa proximidade de quem se manifesta com o objeto referente. 
II​. A linguagem verbal do 2º quadrinho foi constituída por apenas um período simples. 
III​. A vírgula, que aparece no 2º quadrinho, está de acordo com as orientações gramaticais, 
uma vez que aparece isolando um termo explicativo. 
IV​. O termo TODA A PROVA, presente no 3º quadrinho, apresenta idêntica classificação 
sintática que AS QUESTÕES, no 3º quadrinho. 
verifica-se que está(ão) correta(s) 
a) I, II, III e IV. 
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b) I, II e IV, apenas. 
 
c) ​III e IV, apenas. 
d) ​I e II, apenas. 
e) ​III, apenas. 
16. Resposta: b 
17.( ​Ano:​ 2017/​Banca:​ COPEVE-UFAL) 
 
Os doze grandes olímpicos 
 
Os doze grandes deuses do Olimpo eram deuses supremos que sucederam aos Titãs. 
Primitivamente, o Olimpo designava o cume de uma montanha, a maior montanha de maior 
altitude de toda a Grécia, situado no Nordeste. Até mesmo na Ilíada, ​essa ideia começa a 
desagregar-se para dar a noção de um outro Olimpo, localizado algures num reino 
misterioso, em nível muito superior ao de todas as outras montanhas da Terra. [...] 
HAMILTON, Edith. Mitologia. São Paulo: M. Fontes, 1992, p. 22. 
 
O pronome demonstrativo presente na expressão ​essa ideia funciona como elemento de 
substituição, uma vez que assegura a cadeia referencial do texto. Assinale a alternativa cujo 
enunciado representa a ideia retomada pela referida expressão. 
a) A noção de um outro Olimpo. 
b) A primeira designação do Olimpo. 
c) Os doze grandes deuses do Olimpo. 
d) A montanha de maior altitude de toda a Grécia. 
e) Os deuses supremos que sucederam aos Titãs. 
17. Resposta: b 
18.( ​Ano:​ 2017/​Banca:​ IBEG) 
 
Leia o texto abaixo para responder a questão 
Dia Mundial da Aids é comemorado 
com palestra e caminhada 
Roseli Servilha 
 O Dia mundial de luta contra a AIDS é celebrado nesta quinta-feira, 1º, e desde esta 
quarta, palestras alusivas ao dia foram realizadas no Centro Estadual Especializado em 
Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap). 
 Tema como ‘Um novo olhar na prevenção do HIV’, foi proferido pela médica Leila 
Regina Amorim, que falou sobre novas alternativas para prevenção da doença. Leila 
aproveitou para falar sobre formas de prevenção. 
 “Hoje trabalhamos a prevenção combinada, que é um conjunto de ações que visam 
analisar o ser como um todo e, não só a orientação de usar preservativo. Mas, também, 
outras situações de onde o paciente foi exposto”. 
 Ela fala sobre a profilaxia pós-exposição ao vírus HIV (PEP), para aqueles indivíduos 
que estiveram em uma situação sexual de risco, “é possível fazer uso das medicações, 
numa forma de evitar complicações”. 
 A profilaxia pré-exposição (PREP), vem mostrando eficácia em sua atuação, mas ainda 
não está disponível no Brasil, “a perspectiva é de que no início do ano que vem, ela seja 
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implantada no nosso país”, revela.​ O novo medicamento, segundo Leila, não será para todas 
as pessoas, mas aquelas que têm risco maior de adquirir a doença. 
 O Cedap é uma unidade da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), referência na 
Bahia para diagnóstico e tratamento de HIV/AIDS e doenças sexualmente transmissíveis. A 
unidade funciona de segunda a sexta-feira, nos horários das 7h às 17h, e está localizado à 
Rua Comendador José Alves Ferreira, 240, Garcia - Salvador. 
 
(​retirado de http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1820495 em 30\11\2016​) 
Os pronomes demonstrativos, presentes no primeiro parágrafo do texto, poderiam ser 
substituídos, sem prejuízo do sentido por: 
a) “naquela quinta” e “nessa quarta”, respectivamente. 
b) “quinta passada” e “quarta passada”, respectivamente. 
c) “quinta” e “quarta”, simplesmente, em processo de economia vocabular. 
d) “na próxima quinta” e “nessa quarta”, respectivamente. 
e) ​“em quinta” e “quarta próxima”, respectivamente. 
18. Resposta: d 
19. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ IF-CE) 
 
No segundo parágrafo do texto, o pronome demonstrativo “Essa” (linha 4) faz alusão ao 
segmento 
a) ”a conclusão” (linha 4). 
b) “a linguagem científica” (linha 1). 
c) “A maioria da população brasileira” (linha 1). 
d) “A maioria... de luz.” (primeiro parágrafo). 
e) “primeira pesquisa nacional” (linha 4). 
19. Resposta: d 
20. (​Ano:​ 2017/​Banca:​ IF-CE) 
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No segundo parágrafo do texto, o pronome demonstrativo “Essa” (linha 4) faz alusão ao 
segmento 
a) ”a conclusão” (linha 4). 
b) “a linguagem científica” (linha 1). 
c) “A maioria da população brasileira” (linha 1). 
d) “A maioria... de luz.” (primeiro parágrafo). 
e) “primeira pesquisa nacional” (linha 4). 
20. Resposta: d 
 
21. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ CRO - SC) 
Pesquisa mostra que todas as línguas da família indoeuropeia, incluindo as latinas, 
tiveram origem na mesma região 
Por Guilherme Rosa 23 ago 2012, 19h44 - Atualizado em 6 maio 2016, 16h28 Adaptado de: 
http://veja.abril.com.br/ciencia/lingua-ancestral-do-portugues-se-originouna-turquia​/ Acesso em 
02 dez 2016. 
[...] Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística ​têm uma origem comum. Por 
isso, acabam herdando ​algumas características ​dessa língua original, como palavras ​cognatas 
e construções linguísticas. A família com mais línguas é a ​Niger-Congolesa​, que tem mais de 
1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 
idiomas catalogados, mas é falada por quase três bilhões de pessoas. [...] 
A família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. 
Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela 
América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões depessoas em todo o 
mundo. A segunda maior família de línguas é a sinotibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o 
birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas. 
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Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família 
indo-europeia. Uma d​elas propunha que ​ela era descendente de um idioma falado por um povo 
seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra 
hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, 
onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 
9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura. 
Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual 
desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico 
utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas 
costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e 
montar uma árvore genealógica com seus ancestrais. 
Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas 
indo-europeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas 
em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos. 
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela 
Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma 
original. 
Como resultado, confirmaram que a família indo-europeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 
9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa 
“língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia. 
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas sub 
famílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje – o céltico, 
germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 
6.000 anos atrás. 
Analise as proposições a seguir sobre as palavras destacadas no primeiro parágrafo: 
I. A palavra “cognatas”, destacada no texto, significa: de mesma origem. 
II. A palavra “têm”, destacada no primeiro parágrafo, é acentuada por ser um monossílabo tônico 
terminado em “-em”. 
III. A palavra “algumas” pertence à classe dos pronomes indefinidos; e “dessa” é uma contração 
de pronome demonstrativo com preposição. 
IV. O hífen em “Niger-Congolesa” justifica-se pelo fato de o hífen sempre ser empregado na 
composição de gentílicos compostos. 
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições. 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas I, III e IV estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas I e IV estão corretas. 
21. Resposta: b 
 
22. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ CRO - SC) 
 
MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO 
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de 
mergulhos nos anéis do planeta 
 
Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em: 
http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/​ ​Acesso em 
03 dez 2016. 
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Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta 
quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da 
sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o 
que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as 
regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência 
espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a 
sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão. 
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e 
campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou 
mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, 
mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de 
lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua 
Enceladus. 
Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda ​vai realizar diversos rasantes 
entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos 
do planeta. ​Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende 
sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As 
manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, 
como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini 
será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens 
que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os 
campos gravitacional e magnético. 
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão ​dessa forma ​aconteceu para evitar o 
impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida. 
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque 
Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para 
evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as 
contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o 
descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão. 
Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto. 
 
I. As aspas em “Grand finale” indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o sentido 
literal das palavras. 
II. Da mesma forma que o plural da palavra “anel” é “anéis”, tal como empregada nesse 
parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel. 
III. A palavra “essa”, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e 
refere-se, no parágrafo, ao termo “observação mais próxima e detalhada dessa região”. 
IV. A forma verbal “vai realizar”, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica tempo 
futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por “realizará”. 
 
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições. 
a) Apenas II e III estão corretas. 
b) Apenas III e IV estão corretas. 
c) Apenas I, III e IV estão corretas. 
d) Apenas I e III estão corretas. 
22. Resposta: b 
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23.( ​Ano:​ 2016/​Banca:​ MS CONCURSOS) 
Em Português existem três pronomes demonstrativos com suas formas variáveis em 
gênero e número e três invariáveis. Eles assinalam a posição do objeto designado 
relativamente às pessoas do discurso (falante/ouvinte) e ao assunto do discurso (o 
ser de que se fala). Há uma estreita relação entre ospronomes pessoais, os 
possessivos e os demonstrativos. 
1ª pessoa: (meu), este, esta, isto. 
2ª pessoa: (teu), esse, essa, isso. 
3ª pessoa: (seu), aquele, aquela, aquilo. 
 
De acordo com tal nomenclatura, depois de ler os itens, marque a alternativa correta. 
I - Usamos “este” no lugar onde estou. 
II - Usamos “esse” no lugar onde você está. 
III - Usamos “aquele” no lugar distante do falante e de ouvinte. 
IV - Quanto aos seres que se encontram perto do falante, nunca devemos usar o 
“este”. 
a) Apenas I, II e III estão corretos. 
b) Apenas II, III e IV estão corretos. 
c) Apenas I, III e IV estão corretos. 
d) Apenas I, II e IV estão corretos. 
23. Resposta: a 
 
24. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ COSEAC) 
Texto I 
A língua do Brasil amanhã 
 (Mário Perini) 
Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a respeito do futuro da nossa língua. Às 
vezes se diz que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de outras línguas 
supostamente expansionistas (em especial o inglês, atual candidato número um a língua 
universal); ou vai se “misturar” com o espanhol, formando o “portunhol”; ou, simplesmente, 
que vai se corromper pelo uso da gíria e das formas populares de expressão (do tipo: o 
casaco que cê ia sair com ele tá rasgado). Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: 
a nossa língua, estou convencido, não está em perigo de desaparecimento, muito menos de 
mistura. Por outro lado (e não é possível agradar a todos) acredito que nossa língua está 
mudando, e certamente não será a mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos. 
(...) 
O que é que poderia ameaçar a integridade, ou a existência de nossa língua? O primeiro 
fator, frequentemente citado, é a influência do inglês – o mundo de empréstimos que 
andamos fazendo para nos expressarmos sobre certos assuntos. 
Não se pode negar que o fenômeno existe: o que mais se faz hoje em dia é surfar, deletar 
ou tratar do marketing. Mas isso não significa o desaparecimento da língua portuguesa; 
empréstimos são um fato da vida, e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso, mas 
avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue são palavras de origem estrangeira; hoje já se 
naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça nelas. 
(...) 
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Quero dizer que não há o menor sintoma de que os empréstimos estrangeiros estejam 
causando lesões na língua portuguesa: a maioria, aliás, desaparece em pouco tempo, e os 
que ficam se assimilam. O português, como toda língua, precisa crescer para dar conta das 
novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; para isso pode aceitar empréstimos 
(...) – e também pode criar palavras a partir de seus próprios recursos – como computador, 
ecologia, poluição – ou então estender o uso de palavras antigas a novos significados – 
executivo ou celular, que significam coisas hoje que não significavam há vinte anos. Isso 
está acontecendo a todo tempo com todas as línguas e nunca levou nenhuma delas à 
extinção. (...) 
(PERINI, M. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios, SP: Parábola, 2004, p.11-14) 
 
 
Leia o fragmento seguinte para responder à questão. 
“Não se pode negar que o fenômeno existe: ​o que mais se faz hoje em dia é surfar, deletar 
ou tratar do ​marketing​. Mas isso não significa ​o desaparecimento da língua portuguesa; ...” 
(linhas 13-14) 
O pronome “isso” tem função coesiva e retoma 
a) a mudança da língua portuguesa, que não será a mesma daqui a vinte, cem anos ou 
trezentos anos. 
b) o mundo de empréstimos que andamos fazendo para nos expressarmos sobre 
certos assuntos. 
c) o sintoma de que empréstimos estrangeiros estão causando lesões na língua 
portuguesa. 
d) o desaparecimento da língua portuguesa em benefício de outras línguas 
supostamente expansionistas. 
24. Resposta: b 
 
25. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ IF-PA) 
 ​ 77 das 100 melhores escolas do País estão no Ceará, mostra Ideb 
 Por Domitila Andrade 
As 24 melhores escolas dos anos iniciais do ensino fundamental estão todas no Ceará. 
As escolas municipais São Joaquim, em Coreaú, e Emílio Sendim, em Sobral, lideram o 
ranking, com nota 9,8. 
No que se refere aos primeiros cinco anos do ensino fundamental, 77 das 100 melhores 
escolas públicas do Brasil estão no Ceará. Os números que impressionam são do Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos a 2015 e foram divulgados ontem 
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 
Esse é apenas um dos parâmetros em que o Ceará se destaca na primeira parte do 
ensino fundamental. As 24 primeiras posições são todas ocupadas por escolas do Estado. 
Os desempenhos mais significativos são das escolas municipais São Joaquim, em Coreaú, 
e Emílio Sendim, em Sobral. Ambas lideram o ranking com nota 9,8 no Ideb. 
Combate à infrequência, avaliações semanais que baseiam o planejamento da semana 
seguinte e o ensaio de um tempo integral que oferece reforço escolar no contra-turno são 
três das ações destacadas pela diretora da Emílio Sendim, Mílvia Carvalho. Isso fez com 
que a escola saísse de uma nota 7,4 na última avaliação, em 2013, para a atual 9,8. 
Naquele ano, as ações ainda não haviam sido implantadas. 
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A excelência se dá também, conforme a gestora, pela especialização da escola no nicho 
determinado do ensino fundamental — dos 702 alunos, apenas 75 são da Educação de 
Jovens e Adultos (EJA). “Isso faz com que tenhamos a certeza de que o aluno que sai no 5º 
ano está com a alfabetização consolidada. E nos dá mais garantia de que ele obterá 
sucesso nas próximas etapas de ensino”, comemora Mílvia. 
Outros índices 
Tanto nos primeiros anos do ensino fundamental quanto nos finais, do 6º ao 9º, o Ceará 
é quem apresenta os melhores resultados do Nordeste no Ideb. Na avaliação do 1º ao 5º 
ano, o Estado é o sexto do País, com nota 5,9, enquanto a média nacional é 5,5 e a do 
Nordeste 4,8. O Ceará foi também o que mais ultrapassou a meta estipulada, com 1,4 ponto 
acima dos 4,5 traçados. 
Dos 183 municípios cearenses avaliados pelo índice, todos alcançaram a meta. Nesse 
quesito, apenas o Acre também conseguiu unanimidade nas cidades com meta cumprida 
para os primeiros cinco anos do ensino fundamental. 
Quando são avaliados os dados do intervalo entre 6º e 9º ano, os números até são mais 
modestos, mas os 4,8 obtido pelo Ceará ainda nos deixa na quinta posição do País e é 
superior aos 4,5 da média nacional e aos 4 da região. Além disso, o Ceará foi o único 
estado do Nordeste que conseguiu superar a meta, com meio ponto acima do objetivo 
traçado. 
Enfocando os dados municipais, Sobral é a cidade com os melhores resultados, 
liderando o ranking nacional com nota 8,8. Em segundo lugar, outra cidade cearense: Pires 
Ferreira, com 8,7. Entre os dez municípios do País com melhores notas, quatro são do 
Ceará. Além das citadas, Deputado Irapuan Pinheiro (5º lugar, com 8,2) e Brejo Santo (6º 
lugar, com 8,1). 
Para alcançar o topo e saltarem um ponto desde a última pesquisa, quando teve nota 
7,8, a titular da Secretaria Municipal da Educação de Sobral, Iracema Sampaio, acredita na 
estruturação da política educacional em três eixos norteadores: fortalecimento da gestão 
escolar, com escolha de diretores por processo seletivo e autonomia financeira e 
pedagógica dada ao núcleo gestor; incremento da formação pedagógica, com investimento 
na formação do núcleo gestor e dos professores e na compra de material didático 
atualizado; e a valorização do magistério, com gratificações por desempenho. 
“Esse terceiro ponto é muito importante porque faz com que os professores se 
redescubram no ofício de educar”, aponta a secretária. Ela destaca também o alinhamento 
das políticas do município que fizeram com que todas as escolas apresentem notas muito 
próximas. “Há um alinhamento no pensamento dos gestores de que é possível fazer, de que 
os meninos de escola pública têm potencial, desde que seja dada condição a eles de 
aprender e ao professor de ensinar”, explica. 
Outro fator, apontado pelo secretário estadual da Educação, Idilvan Alencar, é a adoção 
em todos os municípios das medidas preconizadas pelo Programa Alfabetização da Idade 
Certa (Paic). A formação continuada dos professores, a premiação dos melhores resultados 
e o apoio aos piores resultados, a determinação do montante de recurso recebido pelo 
município que deverá ser destinado à educação são algumas das ações destacadas pelo 
secretário. 
“Hoje, uma grande parcela do investimento da Seduc é destinada ao ensino 
fundamental, porque entendemos que é tarefa do Estado ser parceira do município. Apostar 
na alfabetização é o que vai nos garantir melhores índices no futuro”, projeta. 
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(Com adaptações) 
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/09/09/noticiasjornalcotidiano,3657675/7
7-das-100-melhores-escolas-do-pais-estao-no-ceara-mostra-ideb.shtml 
“Isso faz com que tenhamos a certeza de que o aluno que sai no 5º ano está com a 
alfabetização consolidada. E nos dá mais garantia de que ele obterá sucesso nas próximas 
etapas de ensino”, comemora Mílvia.” 
Acerca do parágrafo acima é ​CORRETO​ afirmar que: 
a) O pronome demonstrativo “isso”, que inicia o segmento, refere-se anaforicamente à 
informação do período anterior. 
b) De acordo com a norma culta, a preposição “de”, no primeiro período, está mal 
empregado, uma vez que o vocábulo “certeza” não rege preposição. 
c) Para manter o paralelismo sintático, a forma do verbo “sair”, no primeiro período, 
deveria estar acentuada. 
d) Ao usar a flexão verbal “tenhamos”, Mílvia Carvalho se exime da responsabilidade 
sobre o tema tratado. 
e) Para que se mantenha a correção gramatical, dever-se-ia substituir, no 2º período, o 
advérbio “mais” pela conjunção “mas”. 
25. Resposta: a 
26.( ​Ano:​ 2016/​Banca:​ IBFC) 
Ensinamento 
Minha mãe achava estudo 
a coisa mais fina do mundo. 
Não é. 
A coisa mais fina do mundo é o sentimento. 
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, 
ela falou comigo: 
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”. 
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente. 
Não me falou em amor. 
Essa palavra de luxo. 
 (Adélia Prado) 
O último verso do texto emprega o pronome “essa” como recurso coesivo. Seu uso 
pode ser explicado uma vez que: 
a) antecipa uma ideia que será apresentada 
b) faz referência a algo próximo ao leitor 
c) sinaliza uma referência temporal 
d) resume elementos de uma enumeração 
e) retoma um termo citado anteriormente 
26. Resposta: e 
27. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ COPEVE-UFAL) 
 Friburgo 1919 
 Amado Pae 
5ª feira recebi ​vossa carta-bilhete do dia 29, que me alegrou, pois por ela fui informado 
que tudo, graças a Deus, vai na forma costumeira, sem novidades. 
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Por aqui, a ​cousa é a mesma. Eu já estou restabelecido de todo e não é sem tempo, 
pois fiquei quatro dias tomando apenas canja, em virtude de prescrição médica. Ora, quatro 
dias de canja não é nenhuma brincadeira... ​Enfim​, estou ​são​, graças a Deus. 
Estou muito e muito saudoso, mas o que me consola muito é a certeza de que falta 
pouco tempo. Estamos quase no fim do ano ginasial. Deus permita que isso passe 
depressa! Por hoje basta. Envio-vos saudosíssimos e respeitosos abraços. Beijando-vos a 
mão, peço a vossa bênção. 
 O filho muito amoroso. 
 Carlos 
 Disponível 
em:<www.rio.rj.gov.br/sme/downloads/coordenadoriaEducacao/2caderno/6anoLPAluno2cad
erno.pdf>. Acesso em: 23 set. 2016. 
 
Em relação à estrutura e classificação das palavras destacadas no texto, assinale a 
alternativa correta. 
a) O termo ​vossa​ classifica-se como pronome demonstrativo. 
b) O hífen em ​carta-bilhete​ justifica-se por ser palavra composta por aglutinação. 
c) O termo ​cousa​ é uma variante de “causa”. 
d) O termo ​Enfim​ pode ser substituído por “a fim de”. 
e) O termo ​são​ classifica-se como adjetivo. 
27. Resposta: e 
28. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ COPEVE-UFAL) 
 
Os pronomes demonstrativos ​isto​ e ​isso​ foram usados na tirinha como indicadores 
a) espaciais adequados ao tempo de fala dos enunciadores. 
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b) espaciais adequados à posição, na cena, dos enunciadores. 
c) espaciais inadequados à posição, na cena, dos enunciadores. 
d) temporais adequados à posição, na cena, dos enunciadores. 
e) temporais inadequados à posição, na cena, dos enunciadores. 
28. Resposta: b 
 
 
29. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ UFSC) 
Com base no ​Texto 3​ e na norma padrão escrita, analise as afirmativas abaixo. 
I. O anúncio explora o recurso da ambiguidade. 
II. Com o sentido em que está sendo empregado, o verbo haver não admite flexão de 
número. 
III. A palavra “o” corresponde a um pronome demonstrativo. 
IV. A palavra “goleada” é formada pelo processo de derivação deverbal ou regressiva. 
Assinale a alternativa ​CORRETA​. 
a) Somente a afirmativa I está correta. 
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 
e) Somente a afirmativa IV está correta. 
29. Resposta: b 
 30. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ UFSC) 
Texto 4 
 
Considere os seguintes trechos do ​Texto 4​ e assinale a alternativa ​CORRETA​. 
“​E​ a m’boi de cobra?” (Tirinha A) 
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“Como os caraíbas chamam ​aquilo​?” (Tirinha A) 
“​Essa​ aí, é di quê?” (Tirinha B) 
Os termos “e” e “aquilo”, na Tirinha A, e o termo “essa”, na Tirinha B, funcionam, 
respectivamente, como: 
a) conjunção coordenativa, pronome interrogativo e pronome demonstrativo. 
b) preposição, pronome interrogativo e pronome relativo. 
c) preposição, pronome demonstrativo e pronome demonstrativo. 
d) conjunção subordinativa, pronome interrogativo e pronome interrogativo. 
e) conjunção coordenativa, pronome demonstrativo e pronome demonstrativo. 
30. Resposta: e 
31. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ FUMARC) 
Quem são nossos ídolos? 
Claudio de Moura Castro 
 
Eu estava na França nosidos dos anos 80. Ligando a televisão, ouvi por acaso uma 
entrevista com um jovem piloto de Fórmula 1. Foi-lhe perguntado em quem se inspirava 
como piloto iniciante. A resposta foi pronta: Ayrton Senna. O curioso é que nessa época 
Senna não havia ganho uma só corrida importante. Mas bastou ver o piloto brasileiro se 
preparando para uma corrida: era o primeiro a chegar no treino, o único a sempre fazer a 
pista a pé, o que mais trocava ideias com os mecânicos e o último a ir embora. Em outras 
palavras, sua dedicação, tenacidade, atenção aos detalhes eram tão descomunais que, 
aliadas a seu talento, teriam de levar ao sucesso. 
Por que tal comentário teria hoje alguma importância? 
Cada época tem seus ídolos, pois eles são a tradução de anseios, esperanças, sonhos e 
identidade cultural daquele momento. Mas, ao mesmo tempo, reforçam e ajudam a 
materializar esses modelos de pensar e agir. 
Já faz muito tempo, Heleno de Freitas foi um grande ídolo do futebol. Segundo consta, 
jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar a criatividade. Entrava 
em campo exibindo seu bigodinho e, após o gol, puxava o pente e corrigia o penteado. O 
ídolo era a genialidade pura do futebol-arte. 
Mais tarde, Garrincha era a expressão do povo, com sua alegria e ingenuidade. Era o 
jogador cujo estilo brotava naturalmente. Era a espontaneidade, como pessoa e como jogo, 
e era facilmente amado pelos brasileiros, pois materializava as virtudes da criação genial. 
Para o jogador "cavador", cabia não mais do que um prêmio de consola- ção. Até que veio 
Pelé. Genial, sim. Mas disciplinado, dedicado e totalmente comprometido a usar todas as 
energias para levar a cabo sua tarefa. E de atleta completo e brilhante passou a ser um 
cidadão exemplar. 
É bem adiante que vem Ayrton Senna. Tinha talento, sem dúvida. Mas tinha mais do que 
isso. Tinha a obsessão da disciplina, do detalhe e da dedicação total e completa. Era o 
talento a serviço do método e da premeditação, que são muito mais críticos nesse desporto. 
Há mais do que uma coincidência nessa evolução. Nossa escolha de ídolos evoluiu porque 
evoluímos. Nossos ídolos do passado refletiam nossa imaturidade. Era a época de 
Macunaíma. Era a apologia da genialidade pura. Só talento, pois esforço é careta. 
Admirávamos quem era talentoso por graça de Deus e desdenhávamos o sucesso 
originado do esforço. Amadurecemos. Cresceu o peso da razão nos ídolos. A emoção 
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ingênua recuou. Hoje criamos espaço para os ídolos cujo êxito é, em grande medida, 
resultado da dedicação e da disciplina – como Pelé e Senna. 
Mas há o outro lado da equação, vital para nossa juventude. Necessitamos de modelos que 
mostrem o caminho do sucesso por via do esforço e da dedicação. Tais ídolos trazem um 
ideário mais disciplinado e produtivo. 
Nossa educação ainda valoriza o aluno genial, que não estuda – ou que, paradoxalmente, 
se sente na obrigação de estudar escondido e jactar-se de não fazê-lo. O cê-dê-efe é 
diminuído, menosprezado, é um pobre-diabo que só obtém bons resultados porque se mata 
de estudar. A vitória comemorada é a que deriva da improvisação, do golpe de mestre. E, 
nos casos mais tristes, até competência na cola é motivo de orgulho. 
Parte do sucesso da educação japonesa e dos Tigres Asiáticos provém da crença de que 
todos podem obter bons resultados por via do esforço e da dedicação. Pelo ideário desses 
países, pobres e ricos podem ter sucesso, é só dar duro. 
O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que aconteceu nos 
desportos – da emoção para a razão. É preciso que o sucesso escolar passe a ser visto 
como resultado da disciplina, do paroxismo de dedica- ção, da premeditação e do método 
na consecução de objetivos. 
A valorização da genialidade em estado puro é o atraso, nos desportos e na educação. O 
modelo para nossos estudantes deverá ser Ayrton Senna, o supremo cê-dê-efe de nosso 
esporte. Se em seu modelo se inspirarem, vejo bons augúrios para nossa educação. 
 
Disponível em: http://veja.abril.com.br/idade/educacao/060601/ponto_de_vista.html. Acesso 
em: jul. 2016. 
Em “O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante ​à que aconteceu nos 
desportos – da emoção para a razão.”, ​à​ é: 
a) artigo definido. 
b) pronome demonstrativo. 
c) pronome indefinido. 
d) preposição. 
31. Resposta: b 
32. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ CESPE) 
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Julgue (​C ou ​E​) o item seguinte, relativos a acentuação de palavras e a aspectos 
gramaticais do texto IV. 
 
Os pronomes demonstrativos “isso” (l.47) e “esse” (l.48) retomam, respectivamente, o 
sentido de ​julgar e decompor as obras​ e o de ​processo. 
( )Certo ( )Errado 
 
32. Resposta: errado 
33.(​Ano:​ 2016/​Banca:​ Quadrix) 
As 12 substâncias químicas 
que causam mais problemas hormonais 
 
Uma organização ​americana​1 dedicada a estudar os efeitos ambientais sobre a saúde 
das pessoas e animais divulgou uma lista com as substâncias ​químicas​2 que mais causam 
danos ao corpo por provocar alterações hormonais. Esses compostos são os chamados 
desreguladores endócrinos – uma vez em contato com o organismo, eles imitam a ação de 
hormônios ​naturais​3​ , alterando a ação ou a quantidade deles no corpo. 
 
 “Nós estamos rotineiramente expostos a esses desreguladores endócrinos e isso tem 
um potencial de prejudicar de forma significativa a saúde dos jovens. É importante fazermos 
o que estiver ao nosso alcance para ​evitá-los​”, diz Renee Sharp, diretor de pesquisa do 
Environmental Working Group​ (EWG), que elaborou a lista. 
 
Para fazer a lista, os pesquisadores do EWG reuniram uma série de artigos 
científicos​4 sobre os efeitos dessas substâncias na saúde das pessoas. Segundo os 
especialistas do grupo, os desreguladores endócrinos podem ser muitas vezes encontrados 
em alimentos, água, embalagens e produtos de consumo, como os de limpeza e 
cosméticos. A exposição a esses compostos já foi associada a ​diversos​5 problemas: entre 
eles danos à fertilidade e à cognição e um maior risco de câncer. 
 
Entre os itens da lista do EWG, está o bisfenol A (BPA), um composto químico 
presente​6 principalmente em alguns objetos de plástico e latas de alumínio. A substância 
vem sendo alvo de uma série de pesquisas científicas, que já encontraram uma relação 
entre o BPA e problemas de fertilidade, obesidade, câncer, entre outras condições. Estudos 
como esses fizeram com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibisse, 
em setembro de 2011, a comercialização de mamadeiras com a presença do composto. 
(veja.abril.com.br) 
No segundo parágrafo, está destacada a forma "evitá-los". Analise o contexto em que ela 
aparece e assinale a alternativa que contenha uma análise totalmente correta. 
a) Trata-se de uma forma conjugada do verbo "evitar" unida a uma variação dopronome oblíquo "os". 
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b) Trata-se da forma infinitiva do verbo "evitar" unida a uma variação do pronome do 
caso oblíquo "os". 
c) Trata-se da forma infinitiva do verbo "evitar" unida à forma de um pronome 
demonstrativo. 
d) Trata-se da forma infinitiva de um verbo da segunda conjunção unida a um pronome 
do caso reto. 
e) A forma "evitá-los" está incorreta: o mais correto seria escrever "evitar-os". 
33. Resposta: b 
34. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ IF SUL - MG) 
 
 ​Vício em internet: quando o acesso à web se torna uma doença 
Acredite ou não: o conceito de dependência em internet começou como uma piada. Em 
1995, o psiquiatra norte-americano Ivan Goldberg publicou um artigo satírico em seu site 
pessoal no qual ele descrevia um problema recém-descoberto e batizado como IAD (sigla 
para Internet Addiction Disorder, ou Desordem do Vício em Internet). 
O que Goldberg não imaginava era que a imprensa e a comunidade científica passariam 
a tratar o IAD como um problema real, usando como gancho os rápidos avanços 
tecnológicos ocorridos na década de 90. Com o advento dos navegadores, buscadores e 
computadores pessoais, era natural que tal assunto chamasse atenção até mesmo dos 
leigos. 
Ainda que não seja mencionado na versão mais recente do Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, datado de 2013), os profissionais de psiquiatria 
e psicologia do mundo inteiro são unânimes: o vício em internet existe e é uma doença 
bastante perigosa. Hoje em dia temos milhares de casos em todo o planeta, incluindo no 
Brasil, onde ainda é bastante difícil encontrar tratamento especializado para quem sofre 
desse mal. 
Assim como outros transtornos psicológicos, a dependência em internet pode afetar 
qualquer pessoa, mas alguns indivíduos possuem maior predisposição a desenvolverem a 
doença. De acordo com a psicóloga Daniela Faertes, especialista em mudança de 
comportamento, pessoas introvertidas e que têm dificuldades em manter relações 
interpessoais são as que possuem maior tendência a se tornarem viciadas. 
Os fanáticos pela internet geralmente são afetados por problemas pessoais ou 
familiares, incluindo bullying, exclusão social, frustrações profissionais, conturbações no 
casamento e até mesmo dificuldades financeiras. Tendo isso em mente, o acesso frenético 
à internet pode ser entendido como uma válvula de escape desse indivíduo – um local 
confortável que acaba tomando o lugar do mundo real. 
Para Daniela Faertes, é necessário que haja um autocontrole dos horários em que se 
acessa a internet e utiliza o telefone celular. “Uma das grandes questões é que, mesmo não 
sendo dependente, a internet provoca uma percepção distorcida da passagem do tempo e, 
como a gama de assuntos que pode ser acessada por ela é infinita, é necessário colocar 
um limite pessoal”, observa. 
 Disponível em: ​<http://goo.gl/hFSm5J>​ . Acesso em: 30 abr 2016 (com adaptações). 
As expressões destacadas dos trechos “no qual ​ele​ descrevia um problema” e “para quem 
sofre ​desse​ mal” pertencem a uma categoria de palavras da língua que têm por função: 
a) Indicar a retomada de informações introduzidas previamente em outras passagens 
do texto. 
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https://www.qconcursos.com/questoes/texto_associado/663263/65138?position=up
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b) Sinalizar as relações (temporais, causais, adversativas, por exemplo) existentes 
entre blocos de informações. 
c) Apresentar um cenário em cujo interior informações subsequentes devem ser 
interpretadas. 
d) Sintetizar as novas informações constantes no parágrafo seguinte. 
34. Resposta: a 
35. (​Ano:​ 2016/​Banca:​ IF Sul Rio-Grandense) 
Leia o texto, para responder à questão. 
Contra a mera “tolerância” das diferenças 
Renan Quintanilha 
“É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, 
aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar. 
“Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou 
seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela 
conduta. 
“Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” 
um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para 
poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma 
“permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema. 
Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente 
dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de 
estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue 
linha divisória entre o normal e o anormal. 
Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como 
virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação 
legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu 
sentido recorrente nos discursos da política. 
Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões 
controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade 
das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um 
mundo marcado por graves desigualdades estruturais. 
Marcuse​1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a 
tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade 
marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele 
trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade 
igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos 
tempos. 
Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os 
direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, 
as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos 
vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso. 
Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como 
integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de 
reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da 
tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth​2​. 
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Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam 
posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e 
promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas. 
O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas 
na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de 
ninguém pra existir. 
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