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E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Preparação para Concursos Professor de Letras/Português Assunto: Pronomes relativos Material organizado por: Prof. Luiz Carlos Melo e equipe Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Pronomes relativos 01. (Ano: 2018/Banca: CESPE) Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue. Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (ℓ.25) poderia ser reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado. ( )Certo ( )Errado 01. Resposta: errado 02. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com De acordo com a norma padrão escrita da língua portuguesa, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) Em “Pessoas que sabe falar mais de um idioma” (linha 09), o pronome “que” restringe o conjunto de pessoas com a capacidade de “deslocar” a atenção entre os sistemas de fala e escrita. ( ) Na frase “Pesquisas científicas conduzidas nos últimos anos têm confirmado a importância e os benefícios cognitivos de aprender novos idiomas” (linhas 01 e 02) a expressão destacada exerce a função de complemento nominal. ( ) Em “os resultados demonstram que, para adultos que só falam uma língua, a idade média para os primeiros sinais de demência começarem a se manifestar é 71,4” (linha 16 a 18), os dois “que” destacados têm a mesma função sintática. ( ) A voz verbal na frase “Vários estudos sobre o assunto foram conduzidos” (linha 16) é classificada como passiva analítica. ( ) Na frase “As pesquisas também consideraram fatores como escolaridade, nível de renda, sexo e saúde física, mas esses aspectos não alteraram os resultados” (linhas 19 a 21), a conjunção destacada introduz uma frase explicativa. a) F – V – F – V – V b) V – V – F – V – F c) F – F – V – V – F d) F – V – V – F – V e) V – F – V – F – V 02. Resposta: b 03. (Ano: 2018/Banca: FCC) Conversa ao vivo Estão multiplicando-se os bares e os restaurantes que oferecem, como irresistível atração, “música ao vivo”. Temo que eles alcancem, mais do que uma hegemonia, uma unanimidade. Temo que chegue o dia em que nada mais se converse à mesa, por conta desse discutibilíssimo privilégio de se ouvir música alta enquanto se bebe e se come. Para uma conversa, sempre restará, é verdade, o recurso da leitura labial – mas não farão falta o timbre e a entonação da voz da pessoa amiga? Vejo esse hábito de “animar” com muitos decibéis de música imposta os lugares em princípio concebidos para o lazer e a sociabilidade como uma dessas extravagâncias que acabam se fazendo naturais. Enormes receptores de TV se associam, por vezes, ao show de estímulos que nos distraem da nossa companhia, do que temos a pensar, a dizer e a ouvir. Uma espécie de confusa obrigação de festa e alegria ruidosa vai-se impondo aos passivos frequentadores, que acabam se esquecendo da boa recompensa que pode haver numa estimulante “conversa ao vivo”, na qual as palavras mesmas, as nossas e as alheias, constituem a música e o sentido de estarmos juntos. (TENÓRIO, Adalberto. inédito) Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) A atração da qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio a que deveríamos ser poupados. b) Quanto aos televisores, o autor julga-lhes um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes. c) A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d) Há pessoas que querem conversar, mas não as assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que lhes poupariam por algum tempo. e) Aos passivos frequentadores, de cuja paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis em que os pobres ouvidos acabam se acostumando. 03. Resposta: c 04. (Ano: 2018/Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos)) TEXTO II Caxambu, a cidade com a maior estância hidromineral do mundo A pequena cidade de Caxambu, localizada no sul de Minas Gerais, é a cidade com a maior estância hidromineral do Brasil. Segundo a prefeitura, é o maior complexo hidromineral do mundo! A cidade conta com 12 fontes de águas minerais em seu bucólico Parque das Águas, onde as pessoas podem experimentar as águas e fazer massagens e banhos com água mineral. Podemos dizer que Caxambu é uma pacata cidade do interior. Com seus 20 mil habitantes, o município é tranquilo e possui uma população hospitaleira. Muitos turistas chegam à cidade com o intuito de descansar, afinal stress não é uma palavra comum no vocabulário dos moradores da cidade. Por isso, há quem desembarque em Caxambu fugindo da agitação dos grandes centros urbanos, mas ainda são os aposentados o principal público que visita a cidade. O turismo na região é antigo. Já no século XIX, a família real saía do Rio de Janeiro para visitar Caxambu em busca das propriedades medicinais das águas da cidade. Devido a visitantes tão importantes, algumas fontes foram batizadas com nomes de membros da família real, com destaque para a fonte Dom Pedro, em que há uma coroa. Uma história interessante: a visita da Princesa Isabel a Caxambu, em 1868. Ela visitou a cidade acompanhada de seu marido, Conde d’Eu, com a intenção de beber das águas terapêuticas e curar sua infertilidade. A Princesa bebeu águas ricas em ferro e reverteu seu quadro de anemia. Não se sabe se foi devido a isso, mas ela conseguiu engravidar e, por gratidão, presenteou a cidade com a Igreja de Santa Isabel. ZIG, Felipe. Disponível em: < https://goo.gl/ptZorn>. Aceso em: 26 set. 2017 [Fragmento]. Releia o trecho a seguir. “A cidade conta com 12 fontes de águas minerais em seu bucólico Parque das Águas, onde as pessoas podem experimentar as águas e fazer massagens e banhos com água mineral.” Em relação ao uso da palavra destacada, assinale a alternativa CORRETA. a) A conjunção destacada foi utilizada incorretamente, pois não deve se referir a lugar físico. b) O pronome foi utilizado corretamente, fazendo referência ao substantivo já mencionado. c) O autor utilizou corretamente a preposição para designar um lugar específico. d) O autor utilizou incorretamente o advérbio, uma vez que deveria ter utilizado “aonde”. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 04. Resposta: b 05. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Leia o texto de Ruy Castro, para respondera questão. Todos chegarão lá O Brasil está envelhecendo. Segundo projeções oficiais, 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 – imagine o volume de antidepressivos, estimulantes e produtos geriátricos que isso vai exigir. Não quer dizer que a maioria desses macróbios¹ seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter, cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no parquinho. Quero crer que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vovô, aqui no Leblon – uma rede de vôlei frequentada diariamente por sexa ou septuagenários torrados de sol, com músculos invejáveis e capazes de saques e cortadas mortíferas. A vida para eles nunca parou. Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca. Bem diferente de 1968 – apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” –, em que ser velho era quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade”: a juventude justificando todas as injustiças e ignomínias² (como as da Revolução Cultural, na China, em que velhos eram humilhados publicamente por ser velhos). Naquela mesma época, o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas cabeleiras louras, para uma plateia de rapazes e moças idem. Hoje, ele é praticado por velhos carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá. (Folha de S.Paulo, 04.10.2013. Adaptado) ¹ macróbios: pessoas que chegaram à idade muito avançada ² ignomínias: infâmias; desonra infligida por julgamento público Assinale a alternativa redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. a) A velhice é um período da vida para o qual todos nós, em princípio, vamos chegar. b) Para os septuagenários esportistas do Leblon, cujos saques e cortadas são mortíferos, a vida nunca parou. c) Nelson Rodrigues, cuja a carreira literária e jornalística é notória, criou a expressão “a razão da idade”. d) Em 1968, onde o Poder Jovem chegou ao apogeu, ser velho era quase uma ofensa. e) As tradicionais bandas de rock, onde o grupo de fãs é formado por moças e rapazes, continuam fazendo sucesso. 05. Resposta: b 06. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Avaliar os servidores Instituições funcionam bem quando conseguem promover os incentivos corretos. Em se tratando do serviço público, isso significa recompensar o mérito e o esforço, evitando que funcionários sucumbam às forças da inércia. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Uma das razões do fracasso do socialismo real, recorde-se, foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. Para estes, a escolha racional era não chamar a atenção dos superiores, negativa ou positivamente. A gestão de pessoal no Estado brasileiro não chega a reproduzir um modelo soviético, mas carece de sistema eficaz de incentivos e sanções. Com efeito, políticas de bônus por produtividade nas carreiras públicas ainda são tímidas e raramente bem desenhadas. Já a dispensa de servidores por insuficiência de desempenho, embora prevista na Constituição, não pode ser posta em prática porque o Congresso nunca elaborou uma lei complementar que regulamentasse a avaliação dos profissionais, como a Carta exige. Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço. Discute-se no Senado projeto que cria um sistema de avaliação periódica, a ser adotado por União, Estados e municípios, que poderá levar à exoneração de servidores que obtenham, por sucessivas vezes (o número exato ainda é objeto de negociação), notas inferiores a 30% da pontuação máxima. Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos da categoria já se mobilizam contra o texto. Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar o statu quo. Sistemas de avaliação de servidores já existentes em alguns órgãos muitas vezes não passam de um jogo de cena corporativista, que acaba por distribuir premiações quase generalizadas. As dificuldades, contudo, não podem ser pretexto para o imobilismo. O projeto se apresenta como um passo inicial importante; uma vez posto em prática, a experiência servirá de base para eventuais aperfeiçoamentos. (Editorial. Folha de S.Paulo, 29.09.2017. Adaptado) Assinale a alternativa em que o pronome está empregado em conformidade com a norma-padrão. a) A dispensa de servidores onde o desempenho é insuficiente não pode ser posta em prática. b) A dispensa de servidores que o desempenho é insuficiente não pode ser posta em prática. c) A dispensa de servidores cujo desempenho é insuficiente não pode ser posta em prática. d) A dispensa de servidores o qual o desempenho é insuficiente não pode ser posta em prática. e) A dispensa de servidores aonde o desempenho é insuficiente não pode ser posta em prática. 06. Resposta: c 07. (Ano: 2017/Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Julgue o item a seguir em relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para palavras, expressões e trechos do texto. “que” (linha 11) por quem ( )Certo ( )Errado 07. Resposta: certo Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 08.( Ano: 2017/Banca: VUNESP) Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare. As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica. Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube tem a contribuição de um médico especialista. Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a entidade foi criada oficialmente com apoio do governo. O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas, segundo o Clube. Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens. Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até € 1.039 ou prisão por até um ano. (MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado) Com o sucesso do filme “Cartas para Julieta”, o Clube recebeu inúmeras cartas e prontamente enviou a todosos remetentes respostas detalhadas. Os pronomes substituem corretamente as expressões destacadas na frase e respeitam a colocação pronominal estabelecida pela norma-padrão na alternativa: a) recebeu-as … as enviou b) recebeu-as … lhes enviou c) as recebeu … enviou-as d) lhes recebeu … lhes enviou e) recebeu-lhes … as enviou 08. Resposta: b 09. (Ano: 2017/Banca: IBADE) Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores - já que os funcionários vão morar praticamente dentro do trabalho. O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhando para construir uma comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios. Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma creche para cachorros. O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia de criar a propriedade não é para reter os funcionários - que estão cada dia mais disputados entre as empresas de tecnologia. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com “Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”, disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência. Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em com unidades pertencentes ao seu empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los. É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão subindo rapidamente no Vale do Silício - calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia. (Disponível em: http//www.canaltech.com.br - por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017) No contexto, o pronome relativo destacado em: “a ideia evoca memórias das 'cidades empresas', que eram comuns na virada do século 20, ONDE os operários norte-americanos viviam em comunidades pertencentes ao seu empregador” pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por: a) para que. b) aos quais. c) em que. d) pelos quais. e) de que. 09. Resposta: c 10. (Ano: 2017/Banca: IESES) Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita. Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo. DIÁLOGO DE SURDOS Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos Acesso em 30 out 2017. A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com https://www.qconcursos.com/questoes/texto_associado/853522/72884?position=up E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...] Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica. Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem). Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes. Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo. Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição. Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti... A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua. Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados. Sírio Possenti Departamento de Linguística Universidade Estadual de Campinas Assinale a alternativa correta quando ao emprego dos pronomes e de acordo com as normas da redação oficial: a) V.Sa. foi informada sobre vossas atribuições nesse processo. b) É necessário que informeis sobre se V.Sa. estaríeis disponível para atender a essa demanda. c) V.Sa. está convocada a informar seu posicionamento, devendo comparecer acompanhado de seu representante judicial. d) Informou a V.Sa. que o processo estaria sob a sua jurisdição. 10. Resposta: d 11.( Ano: 2017/Banca: CRA - SC) Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com A RBS DESENHA SEU CAMINHO 21/12/2015 Revista Amanhã. Por André D´Angelo. Adaptado de: http://www.amanha.com.br/posts/view/1594/a-rbs-desenha-seu-caminho#sthash.PjikvSIU.d puf Acesso em 12 mar 2017. O Grupo RBS anunciou sua nova configuração organizacional. Criou a figura do CEO para suas duas grandes unidades de negócios, mídia e internet, e transformou seu atual presidente, Eduardo Melzer, em um “CEO acima dos CEOs”, pronto a se envolver tanto com o presente dos negócios do Grupo (rádio, TV e jornal) quanto com seu futuro (e-commerce, aplicativos, mobile). Na prática, a decisão entrega a Claudio Toigo Filho, o comandante da unidade de mídia, a missão de retardar o declínio das receitas dos negócios tradicionais da companhia, extraindo deles os recursos necessários para financiar parte de sua expansão no novíssimo mercado digital – aos quais Melzer parece conceder mais atenção, energia e preocupação. Dos quadros internos de que a RBS dispunha, Claudio Toigo é, provavelmente, o mais talhado para a tarefa. Conhece a casa (tem 20 anos de empresa), responde pelas finanças do Grupo já há alguns anos (o que o proporciona uma visão do todo) e, principalmente, é respeitado e benquisto por seus pares e subordinados. Para uma empresa que andou conflagrada por demissões em série, manifestações públicas infelizes e um semnúmero de boatos, uma figura serena e pacificadora como a de Toigo vem em boa hora. Seu histórico é o de um executivo equilibrado, pouco afeito a rompantes e quase nada personalista; um típico músico de orquestra, e não um solista. Um profissional com o perfil de promover evoluções, e não revoluções, menos ainda as radicais ou repentinas. Sua pouca aptidão para as questões editoriais – que, de resto, também pouco interessavam a Melzer – será suficientemente compensada pela criação da vice-presidência editorial, na qual Marcelo Rech fará o papel de porta-voz da família controladora. Entregue o navio mídia a um comandante de confiança, presume-se que Melzer sinta-se mais à vontade, a partir de agora, para perscrutar o futuro da RBS. E este passa, em um primeiro momento, pelo universo digital, por natureza, menos sujeito às limitações geográficas dos negócios tradicionais de comunicação. Não por acaso a e.Bricks, braço de internet do Grupo, tem sede em São Paulo; e, menos casual ainda, é que Melzer tenha passado tanto tempo lá quanto cá desde que assumiu a presidência corporativa, dois ou três anos atrás. Sabe o executivo que o cenário que se avizinha é pouco alvissareiro para a mídia tradicional; à perda de audiência dos veículos seguir-se-á a de receita e, claro, a de poder político. Por mais que se invista em bons produtos editoriais digitais, estes enfrentam um ambiente bastante diferente do das mídias convencionais: atenção do público hiperdispersa, baixas barreiras de entrada a concorrentes e capacidade de monetização da audiência e do engajamento ainda nebulosa. [...]. Para além da internet, a existência da diretoria de “desenvolvimento de novos negócios” (que, como o nome indica, não conta com um perímetro específico a delimitar seu radar) respondendo diretamente a Melzer sugere que eventuais novos empreendimentos possam ser apoiados pelo Grupo, mesmo que não contenham o DNA digital. Com isso, o organograma da RBS fica um tanto esquisito, é verdade – a um presidente-executivo (Melzer) respondem dois CEOS, um vice-presidente e uma diretora –, algo que está longe Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com de ser uma novidade na história do Grupo e que, sinceramente, constitui o menor dos problemas em uma empresa em pleno processo de reinvenção. [...]. “Na prática, a decisão entrega a Claudio Toigo Filho, o comandante da unidade de mídia, a missão de retardar o declínio das receitas dos negócios tradicionais da companhia, extraindo deles os recursos necessários para financiar parte de sua expansão no novíssimo mercado digital – aos quais Melzer parece conceder mais atenção, energia e preocupação”. Assinale a alternativa em que as palavras destacadas, na ordem em que aparecem, foram corretamente classificadas, levando-se em conta seu emprego no período acima. a) Artigo – artigo – preposição – pronome adjetivo. b) Preposição – artigo – preposição – conjunção integrante. c) Artigo – artigo – contração de preposição mais artigo – pronome relativo. d) Artigo – preposição – contração de preposição mais artigo – pronome relativo. 11. Resposta: d 12.( Ano: 2017/Banca: CRA - SC) Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita. Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo. A RBS DESENHA SEU CAMINHO 21/12/2015 Revista Amanhã. Por André D´Angelo. Adaptado de: http://www.amanha.com.br/posts/view/1594/a-rbs-desenha-seu-caminho#sthash.PjikvSIU.d puf Acesso em 12 mar 2017. O Grupo RBS anunciou sua nova configuração organizacional. Criou a figura do CEO para suas duas grandes unidades de negócios, mídia e internet, e transformou seu atual presidente, Eduardo Melzer, em um “CEO acima dos CEOs”, pronto a se envolver tanto com o presente dos negócios do Grupo (rádio, TV e jornal) quanto com seu futuro (e-commerce, aplicativos, mobile). Na prática, a decisão entrega a Claudio Toigo Filho, o comandante da unidade de mídia, a missão de retardar o declínio das receitas dos negócios tradicionais da companhia, extraindo deles os recursos necessários para financiar parte de sua expansão no novíssimo mercado digital – aos quais Melzer parece conceder mais atenção, energia e preocupação. Dos quadros internos de que a RBS dispunha, Claudio Toigo é, provavelmente, o mais talhado para a tarefa. Conhece a casa (tem 20 anos de empresa), responde pelas finanças do Grupo já há alguns anos (o que o proporciona uma visão do todo) e, principalmente, é respeitado e benquisto por seus pares e subordinados. Para uma empresa que andou conflagrada por demissões em série, manifestações públicas infelizes e um sem-número de boatos, uma figura serena e pacificadora como a de Toigo vem em boa hora. Seu histórico é o de um executivo equilibrado, pouco afeito a rompantes e quase nada personalista; um típico músico de orquestra, e não um solista. Um profissional com o perfil de promover evoluções, e não revoluções, menos ainda as radicais ou repentinas. Sua pouca aptidão para as questões editoriais – que, de resto, também pouco interessavam a Melzer – será suficientemente compensada pela criação da vice-presidência editorial, na qual Marcelo Rech fará o papel de porta-voz da família controladora. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Entregue o navio mídia a um comandante de confiança, presume-se que Melzer sinta-se mais àvontade, a partir de agora, para perscrutar o futuro da RBS. E este passa, em um primeiro momento, pelo universo digital, por natureza, menos sujeito às limitações geográficas dos negócios tradicionais de comunicação. Não por acaso a e.Bricks, braço de internet do Grupo, tem sede em São Paulo; e, menos casual ainda, é que Melzer tenha passado tanto tempo lá quanto cá desde que assumiu a presidência corporativa, dois ou três anos atrás. Sabe o executivo que o cenário que se avizinha é pouco alvissareiro para a mídia tradicional; à perda de audiência dos veículos seguir-se-á a de receita e, claro, a de poder político. Por mais que se invista em bons produtos editoriais digitais, estes enfrentam um ambiente bastante diferente do das mídias convencionais: atenção do público hiperdispersa, baixas barreiras de entrada a concorrentes e capacidade de monetização da audiência e do engajamento ainda nebulosa. [...]. Para além da internet, a existência da diretoria de “desenvolvimento de novos negócios” (que, como o nome indica, não conta com um perímetro específico a delimitar seu radar) respondendo diretamente a Melzer sugere que eventuais novos empreendimentos possam ser apoiados pelo Grupo, mesmo que não contenham o DNA digital. Com isso, o organograma da RBS fica um tanto esquisito, é verdade – a um presidente-executivo (Melzer) respondem dois CEOS, um vice-presidente e uma diretora –, algo que está longe de ser uma novidade na história do Grupo e que, sinceramente, constitui o menor dos problemas em uma empresa em pleno processo de reinvenção. [...]. “Na prática, a decisão entrega a Claudio Toigo Filho, o comandante da unidade de mídia, a missão de retardar o declínio das receitas dos negócios tradicionais da companhia, extraindo deles os recursos necessários para financiar parte de sua expansão no novíssimo mercado digital – aos quais Melzer parece conceder mais atenção, energia e preocupação”. Assinale a alternativa em que as palavras destacadas, na ordem em que aparecem, foram corretamente classificadas, levando-se em conta seu emprego no período acima. a) Preposição – artigo – preposição – conjunção integrante. b) Artigo – preposição – contração de preposição mais artigo – pronome relativo. c) Artigo – artigo – preposição – pronome adjetivo. d) Artigo – artigo – contração de preposição mais artigo – pronome relativo. 12. Resposta: b 13. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto abaixo: Há endereços na internet que trazem respostas às dúvidas sobre finanças pessoais e mostram as razões ..........todos devem fazer um orçamento de seus gastos. O usuário ..........interesse é investir no exterior, por exemplo, pode selecionar uma lista de fundos de investimentos e obter dados como a moeda.............são calculados os ganhos e o país ...........pertencem os fundos. O que ainda atrapalha os brasileiros é a lentidão..........os dados são transmitidos. a) por que, cujo, com que, onde, na qual b) pelas quais, cujo, em que, a que, com que c) com que, em que o, na qual, a quem, em que d) porque, por cujo, em que, ao qual, na qual e) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com do porquê, para quem o, com que, a que, com que 13. Resposta: b 14. (Ano: 2017/Banca: CESPE) Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item seguinte. O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados se o trecho “que tem seus principais pilares fincados na persecução do bem comum” (l. 4 e 5) fosse assim reescrito: cujos pilares principais se assentam na busca do bem comum. ( )Certo ( )Errado 14. Resposta: certo 15.( Ano: 2017/Banca: FCC) Sem privacidade Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade. Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação. (Jeremias Tancredo Paz, inédito) Está correto o emprego dos elementos sublinhados em: a) As confissões perturbadoras às quais aprendemos a conviver não respeitam nosso direito à um mínimo de privacidade. b) Houve tempos onde era feio e indiscreto ouvir conversas alheias; hoje, propaga-se as falas em voz alta por toda parte. c) Não faltava a aquelas antigas conversas um tom de intimidade, tão raro hoje entre os que ainda lhe são capazes. d) O olhar contemplativo, no qual se dedicavam os viajantes de ônibus, já não flue pelas janelas. e) O vício das conexões, cujas malhas nos envolvem a todos, não é de todo mau, segundo os otimistas. 15. Resposta: e 16. (Ano: 2017/Banca: FCC) Modos de disputa Dois indivíduos têm uma contenda e estão enraivecidos. Um deles diz ao outro, furioso: − Vou te quebrar a cara! Ao que o outro, igualmente indignado, responde com energia: − Pois eu vou te processar! São, não há dúvida, dois modos de disputar a razão de quem viu ofendido um suposto direito seu. O primeiro indivíduo recua bastante na história e reproduz a jurisprudência das cavernas: a pancada corretiva, o direito da força, orecurso dos instintos primários; o segundo preferiu confiar numa instituição, numa instância social, na mediação das leis, na força do direito. O que não significa que, em outra situação, os mesmos indivíduos não pudessem reagir de modo oposto: somos criaturas difíceis, sujeitas ao temperamento, ao sentimento de ocasião. “Vou te processar” é o modo civilizado, que confia no equilíbrio de um rito jurídico, devidamente conduzido e arbitrado por profissionais do ramo: advogados, juízes, promotores. O processo tem sua mecânica balizada por prazos, recursos, ações de embargo etc. O propósito está em que, ao fim e ao cabo do processo, todos os componentes de uma disputa tenham sido devidamente apreciados e julgados, a partir do Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com que se exare a sentença final. Como todo rito complexo e minucioso, pode demorar muito até o bater do martelo. A instituição justa do processo conta com o fato de que ambas as partes sigam exatamente os mesmos passos garantidos pela lei. Mas não há como evitar certas condicionantes, que fazem diferença: a habilidade maior de um advogado, os recursos para custear um processo longo, a intimidação que pode representar o fato de uma das partes ser um litigante de grande poder político ou notoriedade social. As diferenças sociais e econômicas entre os homens podem marcar o destino de um processo. Nesse caso, voltamos um pouquinho no tempo e, de um modo aparentemente mais civilizado, reproduzimos algo parecido com o direito da força. (Júlio Castro de Ribeiro, inédito) Está adequado o emprego dos elementos sublinhados na frase: a) A contenda à que se entregam os indivíduos revela o grau de civilização aonde cada um se encontra. b) Numa disputa de direitos à qual não faltam paixões, não devem estas contaminar a isenção do juiz. c) O rito disciplinado de um processo, de cujo depende a justa sentença, deve impor-lhe o juiz aos contendores. d) Há certas condicionantes que interferem no processo, prejudicam-lhe, acrescentando-o vícios insanáveis. e) O direito da força, no qual tantos parecem dar crédito, é um recuo a práticas onde o homem se brutaliza. 16. Resposta: b 17. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP) Deu ruim pro Uber? Filipe Vilicic Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a noção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”. Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana. Ao Uber era atribuída uma, nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro. Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo de reclamação contra o Uber. Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de meu círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas como observador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clientes vieram me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam passado por problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que reproduz uma situação pela qual passei três vezes (a última, em maio): motoristas cancelarem a corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de partida, aparentemente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem que vale mais a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber? Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância. Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora) criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoproclamam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e, depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas, digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo? Já era para o Uber? Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de frear, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentos-chave para suas histórias, nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará “adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida. Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu -ruim-pro-uber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54 Assinale a alternativa em que o “que” destacado é um pronome relativo. a) “Há a noção de que o app entrou numa ladeira em ponto morto.” b) “Parece que a empresa americana era encarada como uma criança talentosa.” c) “Será que o Uber conseguirá o mesmo?” d) “[...] por que o Uber tá tão ruim?” e) “[...] o Uber conseguirá ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si [...]”. 17. ! Resposta: e 18.( Ano: 2017/Banca: FCC) Máquinas monstruosas À medida que foram surgindo, muitas máquinas despertaram terror nos homens. Multiplicando a força dos órgãos humanos, elas acentuavam-lhes a potência, de modo que a engrenagem oculta que as fazia funcionar resultava lesiva para o corpo: feria-se quem descuidasse das próprias mãos. Mas aterrorizavam sobretudo porque atuavam como se fossem coisas vivas: era impossível não ver como viventes os grandes braços dos moinhos de vento, os dentes das rodas dos relógios, os dois olhos ardentes da locomotiva à noite. As máquinas pareciam, portanto, quase humanas, e é nesse “quase” que residia a sua monstruosidade. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.comE-mail: preparaconcursos10@gmail.com (Adaptado de: ECO, Umberto (org.) História da beleza. Trad. Eliane Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2014, p. 382) Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) O terror com que os antigos eram tomados atribuiu-se à aspectos fantasmagóricos que as máquinas despertavam. b) A capacidade dos órgãos humanos, em cuja as máquinas implementavam, eram multiplicados várias vezes. c) Aos úteis mecanismos daquelas máquinas poucos davam valor, como parceiros de um trabalho cujo aprimoramento era indiscutível. d) Se aos desavisados lhes ferisse uma máquina, culpavam-lhe por essa monstruosidade. e) Por vezes nos parece mais monstruosos o que nos assemelha do que as coisas que em nada nos pode lembrar. 18. Resposta: c 19. (Ano: 2017/Banca: RBO) Atenção às frases a seguir: Eles compraram meus bilhetes para as próximas viagens. Ele jamais procurou seus pertences no setor de Achados e Perdidos. Não perguntem para ele onde fica a saída da estação; ele não é daqui. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, os pronomes substituem corretamente as expressões em destaque. a) compraram-no / procurou-os / perguntem-lhe b) compraram-lo / procurou-nos / lhe pergunte c) compraram-lhes / procurou-lhes / perguntem-lo d) compraram-nos / procurou-os / perguntem-lhe e) compraram-nos / os procurou / lhe perguntem 19. Resposta: e 20. (Ano: 2017/Banca: AOCP) O Lado Negro do Facebook Por Alexandre de Santi O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu, antes, um lugar onde 1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora, não consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Facebook é ótimo. Nos aproxima dos nossos amigos, ajuda a conhecer gente nova e acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa história também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os sentimentos dos outros. E, de quebra, mais infelizes. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica) recrutaram 82 usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto mais tempo a pessoa passava na rede social, mais infeliz ficava. Os cientistas não sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada inveja subliminar, que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido com você. Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos de viagem? Você tem a sensação de que todo mundo está de férias, ou que seus amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um fracassado. “Como as pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo reflete a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS e coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar as férias”, diz Spritzer. E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos, pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida offline. Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda. Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos. Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos, como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o contrário. Adaptado de Superinteressante. Disponível em: http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-facebook/ Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome relativo. a) “Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais impulsivos”. b) “Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês”. c) “A maior parte das pessoas o adora”. d) “Uma pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos”. e) “Na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir seus problemas”. 20. Resposta: d 21. (Ano: 2017/Banca: FCC) Entre o público e o privado Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com “Pichou o nome da gangue em parede de igreja.” Essa frase está no dicionário Houaiss para exemplificar o sentido do verbo pichar: “escrever, rabiscar (dizeres de qualquer espécie) em muros, paredes, fachadas de edifícios etc.”. Mas o exemplo de aplicação do verbo não é neutro: a diferença entre “nome da gangue” e “parede de igreja” parece sugerir a violência de um ato condenável, herético, pecaminoso, aplicado sobre o espaço do sagrado. Do ponto de vista dos pichadores, porém, sua ação é política, e corresponderia, ainda, a uma manifestação artística de caráter transgressivo. A pichação seria o direito de os anônimos marginalizados inscreverem sua marca pessoal no espaço público, para proclamarem sua existência como sujeitos. Já os adversários dos pichadores costumam ver nas pichações a obsessão pela sujeira atrevida, pelo prazer rudimentar de manchar o que é limpo. Os mais sofisticados chegam mesmo a reverter a justificativa dos pichadores: a pichação seria a manifestação de uma iniciativa privada dentro do espaço aberto ao público. A discussão está lançada. Não parece que estejamos próximos de ver terminada essa batalha pela distribuição e reconhecimento de direitos conflitantes. O espaço da cidade continua, assim, um campo de disputa entre os que detêm o direito de propriedade e os que justificam a ação transgressiva como o direito a uma assinatura. (Teobaldo Tirreno, inédito) Está correto oemprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) O exemplo à que se prende o dicionarista para o uso do verbo pichar justifica o por quê do reparo que lhe faz o autor do texto. b) Os pichadores têm alegações nas quais muita gente escarnece, por considerar que eles não podem aspirar em uma condição de artistas. c) A polêmica cujos termos o texto analisa diz respeito às divergências entre concepções do que seja o exercício de determinados direitos. d) Os pichadores dizem que aqueles que lhes recriminam por abusarem do espaço público são os mesmos que nenhum respeito o dedicam. e) Os argumentos aos quais se servem os críticos dos pichadores não convencem a quem lhes examina com alguma isenção. 21. Resposta: c 22. (Ano: 2017/Banca: FGV) Vale a pena investir em energia nuclear no Brasil? Creio que ainda não temos estudos suficientes para o uso da energia nuclear, principalmente em um país como o Brasil, onde a estrutura e a segurança dificilmente são prioridades. Acho que devíamos investir em outros métodos de energia, alguma energia sustentável e segura. Agora devemos nos preocupar um pouco mais com o planeta e com a segurança das pessoas, para garantir um futuro. O Estado de São Paulo, 18 de março de 2011 Assinale a opção que indica o termo sublinhado que se refere a um outro termo anterior do texto. a) que b) energia nuclear c) onde Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d) planeta e) das pessoas 22. Resposta: c 23.( Ano: 2017/Banca: FAURGS) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Se o verbo portar (I. 13) fosse substituído pelo verbo dispor em o burocrata que emite os documentos que somos obrigados a portar (I. 11-13), qual das alternativas estaria gramaticalmente correta? a) o burocrata que emite os documentos de que somos obrigados a dispor. b) o burocrata que emite os documentos com que somos obrigados a dispor. c) o burocrata que emite os documentos com os quais somos obrigados a dispor. d) o burocrata que emite os documentos aos quais somos obrigados a dispor. e) o burocrata que emite os documentos a que somos obrigados a dispor. 23. Resposta: a 24. (Ano: 2017/Banca: FAURGS) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 10, 40 e 42. a) que - com - de b) da qual - em - de c) de que - em - em d) que - em - em e) de que - com - em 24. Resposta: a 25. (Ano: 2017/Banca: FAURGS) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com No que se refere às funções sintáticas do pronome relativo, considere as afirmações abaixo. I - Em "A flor que plantei há meses floresceu", o pronome relativo exerce função de predicativo. II - Em "Este é o colega a quem emprestei a mala", o pronome relativo exerce função de objeto indireto. III- Em "Este é o artista por quem a tela foi pintada", o pronome relativo exerce função de agente da passiva. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 25. Resposta: d 26. (Ano: 2017/Banca: FAURGS) Considerando-se a regência verbo-nominal da língua portuguesa e o emprego de pronomes relativos, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 04, 07, 09 e 10. a) com a qual - de que - procedem com - resulta em b) por que - que - procedem a - resulta c) cujo - que - procedem de - resulta Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d) por que - de que - procedem a - resulta em e) pela qual - de que - procedem com - resulta 26. Resposta: d 27. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Geração Cibernética Os computadores ficaram mais fáceis. Uso um computador como uma supermáquina de escrever. Recentemente, o filho de um amigo, de 11 anos, estava em casa. Em segundos, trocou a imagem de “papel de parede”. Descobriu jogos. Baixou arquivos. Apagou alguns, depois de me mostrar que tornavam meu laptop mais lento. Impossível eu não me sentir um asno quando um moleque dá com simplicidade lições sobre uma máquina que me acompanha há anos. A verdade é que me sinto um asno até mesmo diante de um micro-ondas de última geração, com múltiplas funções. Sonho com os aparelhos antigos, com uma única função. Bastava apertar um botão e pronto! A questão é que as crianças de hoje em dia já nascem sabendo. Ou quase. Qualquer uma pega um celular e aprende as funções em segundos! Tablet e laptop nem se fala. Pesquisam, descobrem jogos, quebram senhas. Para essa geração que vem aí, a cibernética é simples. Fico tentando achar explicações. Terá havido uma mudança cerebral? Não digo física, embora acredite na evolução das espécies. Mas na forma de usar os neurônios? Surgiram diferentes formas de pensar e analisar o mundo, a partir da cibernética? É um novo tipo de inteligência que desponta? Seja o que for, essa ligação umbilical com celulares e computadores terá efeitos no futuro próximo. Como serão essas crianças quando adultas? Sem dúvida, mais informadas, com mais ferramentas de pesquisa e conhecimento. Quais serão, porém, seus valores, na medida em que a internet é uma terra de ninguém? Estamos diante de um novo jeito de ser, viver e pensar. E como tudo o que é novo, por mais correções que sejam necessárias, também implicará um passo à frente, em termos de civilização. Não tenha dúvidas: seu filho será muito diferente de você. (Walcyr Carrasco. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ walcyr-carrasco/noticia/2016/10/geracao-cibernetica.html. Publicado em 27 out. 2016. Acesso em: 03 jun. 2017. Adaptado) Considere a frase reescrita a partir do texto: O garoto apagou alguns arquivos que tornavam meu laptop mais lento. Assinale a alternativa em que, ao se substituir o termo em destaque, a frase permanece com seu sentido original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. a) O garoto apagou alguns arquivos com os quais tornavam meu laptop mais lento. b) O garoto apagou alguns arquivos pelos quais tornavam meu laptop mais lento. c) O garoto apagou alguns arquivos dos quais tornavam meu laptop mais lento. d) O garoto apagou alguns arquivos nos quais tornavam meu laptop mais lento. e) O garoto apagou alguns arquivos os quais tornavam meu laptop mais lento. 27.Resposta: e 28. (Ano: 2017/Banca: FEPESE) Fundamental é chegar ao essencial Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com “Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro paralá e para cá, restringir imensamente meu tempo de convivência com as pessoas de que eu gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar onde vão me oferecer apenas e tão somente dinheiro?”Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou muitas pessoas no trajeto de ida ou de volta do trabalho. Para alguns, a resposta a esse questionamento poderia vir de pronto: “Porque sem dinheiro não se vive”. Sim, sem dinheiro não se vive, mas só com dinheiro não se vive. Há uma mudança em curso no mundo do trabalho. As pessoas estão começando a fazer uma distinção necessária entre o que é essencial e o que é fundamental. Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é o que lhe permite conquistar algo. Por exemplo, trabalho não é essencial, é fundamental. Você não trabalha para trabalhar, você trabalha porque o trabalho lhe permite atingir a amizade, a felicidade, a solidariedade. Dinheiro não é essencial, é fundamental. Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial. O que eu quero no meu trabalho é ter a minha obra reconhecida, me sentir importante no conjunto daquela obra. Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas a questionar o que, de fato, estão fazendo ali. Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral. Nós estamos substituindo paulatinamente a preocupação com os “comos” por uma grande demanda em relação aos “porquês”. O nosso modo de vida no Ocidente está em crise e algumas questões relevantes vêm à tona: a compreensão sobre a nossa importância, o nosso lugar na vida, o que vale e o que não vale, qual é o próprio sentido da existência. Afinal de contas, a ciência nos prometera há cem anos que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre haveria para a família, para o lazer, para a amorosidade. Ora, durante os últimos cinquenta anos se trabalhou em busca de um lugar no mundo do fundamental: a propriedade, o consumo. Isso não satisfaz a nossa necessidade de reconhecimento, de valorização. Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as pessoas a ficarem absolutamente incomodadas: “Por que eu estou fazendo isso?” E a nossa lista dos “porquês” foi sendo substituída pela lista dos “apesar de”: “Apesar do salário...”, “Apesar das pessoas...”, “Apesar desse ambiente, eu faço”. É muito diferente de se ter razões para fazer. Quando há a razão de um lado, o senão de outro, e a balança começa a pesar para a senão, indagamos: “Qual a qualidade da minha vida?” CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 63-65. [Adaptado] Considere os trechos abaixo retirados do texto: 1. “Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro para lá e para cá, restringir imensamente meu tempo de convivência com as pessoas de que eu gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar onde vão me oferecer apenas e tão somente dinheiro?” (primeiro parágrafo) 2. “Porque sem dinheiro não se vive”. (segundo parágrafo) 3. Nós estamos substituindo paulatinamente a preocupação com os “comos” por uma grande demanda em relação aos “porquês”. (quarto parágrafo) Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação aos trechos. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com ( ) As palavras “Por que” (em 1), “Porque” (em 2) e “porquês” (em 3) apresentam grafias distintas por estarem funcionando, respectivamente, como pronome relativo, conjunção subordinativa e pronome interrogativo. ( ) Em 1, “de que” poderia ser substituído por “de quem” ou “das quais”, sem prejuízo de significado e sem ferir a norma culta da língua escrita. ( ) Em 1, o pronome relativo “onde” poderia ser substituído por “aonde” sem ferir a norma culta da língua escrita, pois faz referência a uma localização sem envolver movimento. ( ) Em 2, se o pronome átono “se” fosse posposto ao verbo, estaria ferindo a norma culta da língua escrita no que se refere à colocação pronominal. ( ) Em 3, a palavra “paulatinamente” poderia ser substituída por “rapidamente”, sem prejuízo de significado. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. a) F • F • V • V • F b) F • V • F • V • F c) F • V • F • V • V d) V • F • V • F • V e) V • V • F • F • F 28. Resposta: b 29. (Ano: 2017/Banca: NC-UFPR) Considere o seguinte trecho: O ex-presidente seria também contrário à realização da Assembleia Constituinte, ________________ está programada para o próximo domingo, num momento tão delicado para o país. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) que a eleição dela b) cuja eleição c) a qual eleição d) em que a eleição e) onde a eleição 29. Resposta: b 30.(Ano: 2017/Banca: NC-UFPR) Considere o trecho abaixo: Hoje, grande parte dos embates ocorre no dia a dia e, em especial, no ambiente profissional. Daí a conclusão, bastante compreensível, __________ sensação de nos sentirmos pressionados, capaz de operar transformações físicas e mentais “necessárias” para a sobrevivência, pode ser benéfica. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) onde a b) de que a c) que a Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d) em que a e) cuja 30. Resposta: b 31. (Ano: 2017/Banca: NC-UFPR) Considere o seguinte trecho: O ex-presidente seria também contrário à realização da Assembleia Constituinte, ________________ está programada para o próximo domingo, num momento tão delicado para o país. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) que a eleição dela b) cuja eleição c) a qual eleição d) em que a eleição e) onde a eleição 31. Resposta: b 32.( Ano: 2017/Banca: VUNESP) A questão foi elaborada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir. Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Grande Transição do Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o leitor já se perguntou, como imagino, que diabos está acontecendo com o mundo nos últimos anos e o que pode vir daqui para a frente, a obra do especialista formula algumas respostas – imaginativas, provisórias e diabolicamente complicadas. Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambientais, uma conexão que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite nos espíritos mais serenos. Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas o sociólogo também tenta investigar como a ascensão das redes sociais pode afetar a organização da sociedade do futuro; como o conhecimento emergente (biotecnologia, nanotecnologia, inteligência artificial) pode transformar a vida humana neste século; e o que a tradição filosófica ocidental e as descobertas da biologiaevolucionista têm a dizer sobre nossa natureza e nosso futuro como espécie. Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se justifica pelo próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo “a grande transição do século 21”, um ponto de virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renascimento do século 16 ou a Revolução Industrial do século 18. Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e em crise permanente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas ainda estão se encaminhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas substitutas passam por um parto difícil. Resultado: sensação perpétua de caos e desalento, ainda que o momento também esteja repleto de potencialidades positivas. Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem solapado o funcionamento das democracias. “As leis de mercado são hoje um eufemismo que designa a combinação entre controle oligopolista e hegemonia do capital financeiro”, resume. Nesse cenário, poucos decidem os destinos de bilhões. Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do ciberespaço para criar um modelo de participação política mais direto, evitando que a democracia representativa se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como fazer isso sem que as redes sociais se transformem numa reunião de condomínio improdutiva de dimensões planetárias. (Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27.05.2017. Adaptado) Assinale a alternativa em que a inclusão do pronome com a preposição redunda em versão correta da frase, de acordo com a modalidade padrão. a) Estaríamos vivendo a grande transição do século 21. / Século 21, a que estaríamos vivendo a grande transição. b) O eixo político-ambiental está no cerne do livro. / Livro em cujo cerne está o eixo político-ambiental. c) Estruturas velhas estão se encaminhando para o leito de morte. / Leito de morte, do qual as estruturas velhas estão se encaminhando. d) Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro. / Livro ambicioso, do qual o sociólogo analisa incertezas do futuro. e) A humanidade precisa enfrentar o maior desafio em um futuro próximo. / Um futuro próximo, com o qual a humanidade precisa enfrentar o maior desafio. 32. Resposta: b 33. (Ano: 2017/Banca: FUNDATEC) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 32, 40 (duas ocorrências) e 43. a) que – que – que – que b) que – no qual – de quem – que c) que – no qual – que – de que d) de que – em que – de que – de que e) de que – que – do qual – de que Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 33. Resposta: d 34. (Ano: 2017/Banca: FUNDATEC) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 32, 40 (duas ocorrências) e 43. a) que – que – que – que b) que – no qual – de quem – que c) que – no qual – que – de que Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com d) de que – em que – de que – de que e) de que – que – do qual – de que 34. Resposta: d 35. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 32, 40 (duas ocorrências) e 43. a) que – que – que – que b) que – no qual – de quem – que c) que – no qual – que – de que d) de que – em que – de que – de que e) de que – que – do qual – de que 35. Resposta: d 36. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO) Nos documentos oficiais, prioriza-se o emprego da norma culta da Língua Portuguesa. De acordo com essa norma, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados abaixo, na ordem em que aparecem. 1. O Oficial de Promotoria registrou em uma certidão que foi autuado o estabelecimento _________ dependências se constatou toda sorte de irregularidades. 2. Foi transferido ontem o Oficial de Promotoria ________ trabalho fiz alusão. 3. Serão conhecidos no próximo ano os nomes dos novos Oficiais de Promotoria __________ serviços o Ministério Público passará a contar. a) nas quais - de quem - cujos os b) a cujas - ao qual - de cujos c) em cujas - a cujo - com cujos d) cujas as - por cujo - a cujos e) de cujas - de cujo - por cujos 36. Resposta: c 37. (Ano: 2017/Banca: Quadrix) Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com Considerando as ideias e os aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir. O segmento “cujas águas depois eram usadas para o consumo da população” (linhas 5 e 6) poderia ser reescrito, correta e coerentemente, da seguinte forma: que suas águas depois eram destinadas ao consumo da população. ( )Certo ( )Errado Preparação para Concursos Professor Luiz Carlos Melo mailto:preparaconcursos10@gmail.com E-mail: preparaconcursos10@gmail.com 37. Resposta: errado 38. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Leia o texto para responder à questão. Com quase quatro anos, minha filha começa a compreender um elemento fundamental da existência: o tempo. Meu filho, de dois, não tem a menor ideia ________ haja um antes e um depois. Sua vida é um agora contínuo, uma tela diante_________ passam mamadeira, berço, carrinho, pudim, avó, banho, Lego, minhoca. Outro dia me meti numa encrenca ___________ resolvi falar que “amanhã” seria aniversário dele e ele iria ganhar presente. Ele abriu um sorriso, pediu o presente. Eu disse “amanhã”. Ele pediu de novo, educadamente, mas já sem o sorriso. Não entendia ________ eu não lhe dava o presente. Repeti, educadamente (e sorrindo muitíssimo), que o presente seria dado “amanhã”. Foi aquela choradeira. Claro. (Antonio Prata, “Eu não quero ficar velhinha”. Folha de S.Paulo, 19.02.2017. Adaptado) De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: a) de que … da qual … porque … por que b) em que … na qual … por que … por que c) que … à qual … porquê … porque d) de que … na qual … porquê … porquê e) que … a qual … porque … porque 38. Resposta: a 39. (Ano: 2017/Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos)) Risco pediátrico O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu acesso ao resultado de centenas de fiscalizações realizadas pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) ao longo de 2015. Em meio ao calhamaço de informações, um ponto se destaca: o descaso para com a infraestrutura da rede pública de atenção primária. É justamente nas 41 mil unidades básicas de saúde (UBS) espalhadas pelo país que os pacientes deveriam ter acesso às ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e de cuidados. Plenamente eficientes, ajudariam a reduzir a incidência de doenças e a controlar os problemas crônicos, com menos sequelas e mortes, esvaziando hospitais e, o que mais gostam de ouvir os gestores, diminuindo custos. Contudo, os dados mostram
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