Prévia do material em texto
Confeitarias Árabe e Judia Características: Em alguns países, são usadas as flores de laranja para aromatizar a água que servirá à preparação de pratos. Comparados à maioria dos doces ocidentais, a doçaria árabe é bem mais acentuada no açúcar, mas cai bem no gosto dos brasileiros, pois se assemelham na doçura à confeitaria portuguesa e às nossas compotas regionais e doces de fazenda. Uma iguaria da doçaria árabe muito conhecida no mundo inteiro é a Baklava, torta de massa folhada de origem turca. Confeitaria Árabe é a Baklava, torta de massa folhada de origem turca. Junto com as sedas e especiarias vindas do extremo oriente, chegaram a Bagdá as massas e o sorvete. E, das cozinhas persas, passaram aos árabes, que os trouxeram para o ocidente. Da China veio o arroz, a cana-de-açúcar e algumas aves. A técnica do sorvete (do árabe, xarib) foi da China para a Índia e de lá para a Pérsia, onde há registros de que no séc. VI já se fazia sorvetes de água de rosas, frutas e pistaches. Por exemplo, as já citadas água de rosas e água de flor de laranjeiras – mai ward e mai zahr, são duas essências tipicamente orientais e devem ser usadas somente para perfumar os pratos. Usadas normalmente em caldas e doces, podem ser também adicionadas em alguns pratos salgados, como tripa cheia, carneiro recheado e outros pratos recheados que levam manteiga; Anis – yansun . No Brasil o anis é muitas vezes confundido com a Ingredientes Principais Anis – yansun . No Brasil o anis é muitas vezes confundido com a erva-doce, que é uma erva diferente. O anis é usado na fabricação do arak, um destilado de uvas de alto teor alcoólico. Na culinária é usado somente na elaboração de alguns doces e em pastelaria; Amêndoas e nozes – lauz e jauz - As amêndoas e nozes sempre fizeram parte da tradição culinária do Oriente Médio tanto em pratos salgados ou doces. Poucos são os recheios de doces que não levam algum tipo de amêndoa e nos pratos salgados são usados quando se quer dar um toque mais saboroso e refinado aos pratos; Canela – kirfy - Das centenas de variedades de canela conhecidas somente duas são usadas: a canela do Ceilão ou canela verdadeira, com aroma e sabor delicados, e a canela da China, mais forte e picante. Ambas porém tem o mesmo uso. Os árabes as usam indistintamente em pratos doces e salgados. Deve ser usada com moderação para que o seu aroma não se sobreponha ao dos outros ingredientes; Cravo-da-índia – kabsh kurnful - Uma das mais antigas especiarias da culinária árabe, é bastante usado em doces. especiarias da culinária árabe, é bastante usado em doces. Nos pratos salgados é comum usá-lo moído junto com a canela; Erva-doce (funcho) – chãmró - Da mesma família que o anis, tem o mesmo uso que este, porém não é usado no arak; Gergelim – samsum - Importantíssimo na culinária oriental, principalmente na Índia, onde é considerado quase sagrado. Tem numerosos usos na culinária árabe, além do uso em biscoitos, pães e doces. Depois de torrado e moído, é transformado em pasta (tahine) que entra na preparação de inúmeros pratos; Hortelã – naaná - Originária da bacia do Mediterrâneo e Ásia ocidental é citada na mitologia grega e tem uso Ásia ocidental é citada na mitologia grega e tem uso antiqüíssimo na culinária. É indispensável no tabule e inúmeros outros pratos. usá-la ou não misturada à massa do quibe é uma das grandes polêmicas da gastronomia árabe. Uns dizem que misturada ao quibe, este perde o seu sabor autêntico. Outros, ao contrário, dizem que seu sabor fica mais rico. De qualquer maneira, a palavra final é sempre do cozinheiro; Malva-rosa ou malva-cheirosa – Usada da mesma maneira que a água de rosas: em pratos salgados recheados, caldas e doces; Miski (*) - É uma resina vegetal geralmente usada em doces. É encontrada na forma de pequenas pedras transparentes. Mascar miski é um costume árabe antigo; Molho de romã – homed remãn - Este condimento é na verdade um tempero preparado com o caldo da romã. Bastante saboroso e muito valorizado na preparação de inúmeros pratos, pode ser usado como substituto do limão. Bastante apreciado misturado com alho e azeite e limão. Bastante apreciado misturado com alho e azeite e consumido com pão; Snoubar - Este é o ingrediente mais sofisticado da culinária árabe. Seja pelo seu preço seja pelo seu sabor inigualável, esta semente, originária de uma espécie de pinheiro e que leva cem anos para produzir, comum nas montanhas do Líbano, é usada em recheios, molhos, etc; Miski - resina vegetal utilizada para aromatizar doces. Uma curiosidade sobre o miski: é uma resina vegetal, obtido pela perfuração da casca da aroeira (árvore da mesma família do pistache); a colheita é feita entre os meses de junho a outubro e a produção é bastante limitada, o que encarece o produto e o eleva ao patamar de “iguaria”. Cada árvore recebe de 5 a 10 incisões durante 4 dias seguidos. A resina então escorre pelos furos como uma lágrima e cai no chão ao redor da árvore (que foi previamente coberto com carbonato de cálcio. Após 2 dias, as gotas de resina secam e se tornam sólidas, e nesse momento são cuidadosamente recolhidas e higienizadas. Embora a aroeira seja uma planta nativa de todo o Mediterrâneo, apenas as árvores nascidas na ilha grega de Chios produzem o miski, o que faz com que sua produção receba a Chios produzem o miski, o que faz com que sua produção receba a Denominação de Origem Controlada. Em Chios existe uma cooperativa de apenas seis vilarejos medievais produtora de miski chamada 'Mastichochoria' que abastece os mercados de todo o mundo. Além do uso culinário, o miski tem sido usado como goma de mascar por mais de 2.400 anos; também foi muito empregado como remédio, atuando no sistema digestivo; bem como em cosmético pelos povos egípcios. O miski pode ser encontrado em envelopes de aproximadamente 3 gr, ou como óleo (como o usado no Restaurante Arábia de São Paulo e que custa a "bagatela" de U$ 650 a garrafa de 200 ml!!!). Seu aroma é único, ficando bastante difícil descrevê-lo. Numa interpretação livre, diria que se parece com o aroma delicado de figo verde Ataif (katayef, kataif, atayef) Pequenas panquecas recheadas de nozes ou queijo e umedecidas com uma calda rala feita de água, açúcar, limão, água de rosas ou de flor de laranjeira. Também é usado o mel no lugar da calda. É uma sobremesa luxuosa, muito usada em casamentos por todo o Oriente Médio e mundo árabe; Pratos Principais Baklawa (baklava) Sobremesa composta de várias camadas de massa phylo intercaladas por um recheio de frutas secas (em geral nozes embebidas na calda de maçã e limão) e regada com mel ou calda de flor de laranjeira. Geralmente no formato de triângulo; Basboosa (Basboosa, Hareesa ou Nammoura) Bolo denso de trigo e iogurte que é ensopado em um xarope doce. Possui vários nomes e várias formas de fazer. Os sírios e os palestinos chamam- no de Hareesa e usam farinha como o ingrediente principal; os libaneses chamam-no de Nammoura e acrescentam coco à mistura, e os Egípcios chamam- Pratos Principais acrescentam coco à mistura, e os Egípcios chamam- no Basboosa e usam a sêmola de trigo em vez de farinha; Halwa (halva) Doce feito com massa de sementes de gergelim torradas, moídas e misturadas com açúcar derretido. É por vezes temperado com mel, baunilha e pistache. frutas ou nozes; Lokum (loukoum, loukoumi, Loukoum, turkish delight) Doce de origem turca, cujo nome original completo é “rahat lokum”, que se difundiu por todo o mundo, sendo muito apreciado. Antigamente, chamava-se de Lokum a uma grande variedade de doces turcos, a maioria deles elaborados a Pratos Principais variedade de doces turcos, a maioria deles elaborados a base de açúcar e cremes, conhecidos, também, por delícias turcas . Com o tempo, a denominação de Lokum se restringiu a um único produto – uma espécie de geléia cortada em cubos e recoberta com açúcar de confeiteiro, feita de amido,açúcar e água. Um processo especial durante sua elaboração lhe confere uma textura suave e elástica. Pode ter vários aromas e cores. O mais tradicional é rosado e aromatizado com água de rosas. Algumas receitas incluem frutos secos picados, como nozes, avelãs ou pistache. É um quitute fino, muito usado em festas, para presentear ou para receber convidados. Mamul (Maamoul) Mamul é um doce árabe cuja receita é composta de semolina, manteiga, mahlab socado, leite, amêndoas, nozes, chá de água de flor de laranjeira. É um doce bonito, com o formato de uma concha. Há, também, os feitos de pistache, mas esses o formato é alongado; Meghli Pratos Principais Meghli Espécie de pudim de arroz, de origem libanesa, tradicionalmente preparado em ocasiões especiais, sobretudo quando do nascimento de um bebê, para ser servido às visitas recebidas. Também é servido na ceia de Natal, junto com o rocambole natalino (Bouche de Nöel). É feito com leite fresco, água de rosas, mel e pistaches picados. Atualmente, perdeu um pouco seu caráter de sobremesa só para ocasiões especiais e é usualmente consumida; ATAIF DE NOZES - Porção para 6 Comparados à maioria dos doces ocidentais, a doçaria árabe é bem mais acentuada no açúcar, característica que cai bem no gosto dos brasileiros, pois se assemelham na doçura à confeitaria portuguesa e às nossas compotas regionais e doces de fazenda. Uma iguaria da doçaria árabe muito conhecida no mundo inteiro é a Baklava, torta de massa folhada de origem turca, e o ataif, uma espécie de crepe doce servido quente e coberto com calda de flor de laranjeira; INGREDIENTES Massa: 500ml de leite 1 ½ colher (sopa) de fermento biológico 2 xícaras (chá) de farinha de trigo Óleo de Canola o suficiente para untar uma chapa (frigideira) Recheio de nozes: 500g de nozes moídas 1 colher (sopa) de açúcar refinado 1 colher (café) de canela em nozes: 500g de nozes moídas 1 colher (sopa) de açúcar refinado 1 colher (café) de canela em pó. Calda de água de flor de laranjeira: · 300ml de água · ½ kg de açúcar · 2 colheres de sopa de água de flor de laranjeira · ½ limão; PREPARO Massa: · Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador; · Aqueça bem uma chapa (ou frigideira). Unte-a com o óleo; · Em fogo médio coloque uma concha pequena da massa de ataif e espalhe formando discos (discos de mais ou menos 10cm de diâmetro); · Depois de cozidos retire-os da chapa com o auxílio de uma espátula; Recheio de nozes: · Para o recheio, misture bem as nozes com o açúcar e a canela; · Recheie cada crepe com 1 colher (de sopa) do recheio de nozes. Feche formando uma meia lua e pressione bem a borda para lacrar bem o ataif; Calda de água de flor de laranjeira: · Derreter o açúcar na água · Acrescentar a água de flor de laranjeira · Quando levantar fervura acrescentar o limão espremido; · Regue as panquecas e sirva imediatamente. Características: Desde a Antiguidade por conta da diversidade de produtos que existam no Crescente Fértil (região da antiga mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates. Hoje essa região é o Iraque), se consumiam frutos como tâmaras, uvas, frutos cítricos, figos, damascos e frutos secos como amêndoas, pistaches, nozes, macadâmia, base Confeitaria Judia (ou Judaica) figos, damascos e frutos secos como amêndoas, pistaches, nozes, macadâmia, base de vários doces árabes; • Os Antigos usavam mel de abelhas para adoçar pães e outros preparos, conservavam eles em jarros de barros e usavam de duas qualidades: claro e escuro; • Como visto na anteriormente, muitos desses povos eram nômades e mercadores e introduziram vários produtos da península arábica e da Ásia na culinária como o açúcar (Índia) e as diversas especiarias usadas na culinária árabe; • O açúcar foi levado para Europa pelos povos árabes e revolucionou o preparo de alimentos sobre tudo os doces. • Pode-se dizer que foram os primeiros povos a criarem preparações doces; • A confeitaria árabe se destaca pelo uso de frutos, oleaginosas, mel, caldas de açúcar aromatizados com diversos tipos de especiarias; • As principais especiarias usadas nos preparos de doces são: canela, cravo, cardamomo, anis, flores; Principais Doces Judaicos:Principais Doces Judaicos: Rugelach - é um pão judaico de origem asquenazita. É muito popular em Israel, e entre judeus europeus e americanos, geralmente encontrado em cafés e padarias.Tradicionalmente feitos na forma de um crescente, enrola-se um triângulo de massa ao redor de um recheio, que pode ser passas, canela, chocolate, marzipã, geléias, nozes, entre outros Lekach - Além de ser o bolo tradicional comido em Rosh hashaná para simbolizar um ano doce, é costume pedir e receber “lekach” (um pedaço desse bolo) na véspera de Yom Kipur, geralmente aos pais ou a um mentor. Um dos motivos desse costume é que, se estiver escrito que no decorrer do ano teremos de recorrer à ajuda de alguém, que Deus nos livre, que esse decreto seja cumprido com esse pedido; Challah - O modo de trançar é o segredo da challah. O pão judaico, que se pronuncia "ralá", é consumido durante cerimônia realizada no dia do descanso semanal sagrado, às sextas-feiras, após o pôr-do-sol. A challah é um pão simbólico do povo judeu que consumimos na sexta-feira, à noite, durante o Shabat. É uma cerimônia religiosa que marca o final da semana e o início do dia do descanso. Na Bíblia, conta-se que Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo ele descansou; Homentasch (de ídiche: bolsa de Hamã; plural:Homentaschen hebraico: Oznei Haman, Orelha de Hamã) é uma bolacha recheada de forma triangular consumida na festa de Purim. A origem deste doce é a Europa oriental. O recheio tradicional é de sementes de papoula, mas pode também ser recheada com tâmaras, chocolate e outras frutas. A massa é cortada em círculos e depois de recheada, dobrada em três partes unidas no centro. A forma final seria semelhante ao chapéu que Hamãfinal seria semelhante ao chapéu que Hamã usava (semelhante ao chapéu de Napoleão Bonaparte); Bolo de Maçã - servido ao longo de gerações durante as festas que comemoram a libertação de povo hebreu da escravatura no Antigo Egito. Além de ser sem lactose, uma vez que usamos azeite no lugar da manteiga, este bolo é ainda mais especial porque contém uma camada secreta de maçãs marinadas com canela. Pain Petri (ou Moroccan Challah)- é um doce, com aroma de anis, pão trançado de marroquina judaica origem, que é tradicionalmente assado para Shabbat, o judeu sábado, bem como Rosh Hashanah, e é popular entre os judeus marroquinos comunidade de Marrocos, França e Israel; Mounah - é um pão doce judeu argelino de origem sefardita, semelhante ao challah, kubaneh ou brioche, que é tradicionalmente consumido nos feriados judaicos de Mimouna e Shabbat, hoje comumente encontrados na França e Israel. Tem um sabor doce enriquecido com óleo e ovos e geralmente contém anis, gergelim, laranja. Kubaneh - é um pão assado por judeus iemenitas da noite para o dia e comido no café da manhã no Shabat, é preparado assado a baixa temperatura em um recipiente fechado. Os ingredientes incluem farinha, açúcar, sal e manteiga (ou margarina). Os ovos com casca podem ser cozidos no prato ao lado do pão e servidos como acompanhamento; Pletzel - é um pão sírio/ judeu semelhante a foccacia, coberto com sementes de papoula e cebola. Desafio : Rugelach INGREDIENTES Para a Massa 770gr (5.5 copos) de farinha de triga 150gr (3/4 copo) de açúcar 30gr fermento biológico fresco (2 tabletes) 4 ovos 180ml água morna 1 fava de baunilha (usar o recheio da fava, ou 2 colheres de chá de extrato de baunilha). 175gr manteiga sem sal, macia (deixar 30min fora da geladeira, cortada em cubos de 2cm) 0.5 colher de chá de sal Para o caldoPara o caldo 1 pacote de ovomaltine (de 400gr) 100ml de leite 75gr de chocolate amargo de alta qualidade 3-4 colheres de sopa de amido de milho; Preparando a massa Misture na batedeira planetária a farinha, o açúcar e o fermentopor 2-3 minutos. Adicione os ovos, água e baunilha e continue misturando até ter uma mistura homogênea. Deixe a planetária continuar a bater adicione um por um os cubos de manteiga e continue batendo por 10 minutos. Adicione o sal e continue a bater por 1 minuto, até o sal dissolver completamente. Cubra a tigela da massa com pano úmido, deixe 30min fora da geladeira e coloque na geladeira por mais 30min. Preparação dos recheio Derreta a manteiga no banho maria, junto com o chocolate amargo. Adicione gradualmente o ovomaltine e daí o leite. Use o leite para evitar que o ovomaltine resseque. Continue cozinhar o recheio por mais 15min. Ele precisa ter consistência firme, mas não seca. Preparação dos Rugelaches Tire a massa da geladeira, corte ao meio e devolva uma metade para a geladeira, envolvido em filme plástico. Coloque sobre sua área de trabalho algum filme plástico ou papel manteiga. Você vai precisar de trabalhar em cima dele. Abra a metade com rolo de massa, na forma de um retângulo grande. Abra a massa até ficar bem fina – não mais alta que 5mm. Espalhe metade do recheio de chocolate por cima de toda a massa. Salpique o amido de milho (da mesma forma que, por exemplo, salpicamos parmesão sobre a pizza).. Isso evita que o Salpique o amido de milho (da mesma forma que, por exemplo, salpicamos parmesão sobre a pizza).. Isso evita que o chocolate ‘escape’ da massa. Segure as duas extremidade de um mesmo lado e, com cuidado, dobre a massa. O chocolate todo precisa ficar dentro da massa dobrada. Cubra com filme plástico e deixe na geladeira. Repita o mesmo processo com a outra metade da massa. Deixe as massas na geladeira por mais 30min. Tire cada metade e abra com rolo de massa. Abaixe a massa de novo para altura de 5mm. Corte a massa em triângulos compridos. Enrole cada triângulo da parte maior para a ponta, para formar um croissant pequeno. Deixe os croissants crescer por 30 min. Preaqueça o forno para 180 graus. Pincele os Rugelachs com ovo batido. Você pode colocar também gergelins brancos em cima dos rugelachs, mas isso não é obrigatório. Asse por 20 minutos.